quinta-feira, 12 de maio de 2016

BOA NOITE!

Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido como Agepê foi um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso gravando sambas que caíram imediatamente no gosto popular.

Moro onde não mora ninguém, Me leva e Moça criança, são exemplos de músicas que se tornaram famosas na voz de Agepê.

Acho que todos gostarão de ouvir o sambista cantando Deixa eu te amar



Rapidinhas


Segurança do Palácio desautorizou Jaques Wagner
Na derradeira manhã do governo Dilma, quando as equipes do cerimonial e segurança do Palácio do Planalto instalavam grades e detectores de metal para organizar os espaços onde militantes, jornalistas e autoridades públicas ouviriam o discurso de despedida, o ex-ministro Jaques Wagner (PT) tentou interferir e foi desautorizado pelo comando da guarda militar. Ex-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Wagner queria autorizar a entrada de cerca de cem mulheres para abraçar Dilma e levar flores. Segundo um funcionário da Presidência responsável pelo contato com movimentos sociais, Wagner ouviu do novo comandante a seguinte frase: "O senhor já não é mais ministro". De fato, ele havia sido exonerado na véspera pela presidente.

PT vai organizar viagens para Dilma e gabinete paralelo ao de Temer
O PT vai planejar com organizações e movimentos sociais de esquerda da Frente Brasil Popular uma agenda de viagens e atos políticos pelo país a ser cumprida pela presidente afastada Dilma Rousseff com parlamentares e seus ex-ministros. Ao mesmo tempo, os ex-integrantes do primeiro escalão de Dilma devem acompanhar, "cada um na sua área", as primeiras ações do governo interino do vice-presidente Michel Temer (PMDB), conforme disse o ex-ministro Aloizio Mercadante. A base dos "ministros" será em Brasília (DF), em local a ser definido, mas o espaço poderá funcionar na sede do PT. Eles não devem montar escritório no Palácio da Alvorada, residência de Dilma. "A Frente Brasil Popular vai fazer um calendário de mobilizações pelo país e vamos para o debate político, tanto na defesa de mérito, porque isso é a abertura de um processo (de impeachment contra Dilma), quanto na defesa do nosso legado, das nossas políticas. Esse é um enfrentamento que vai ter que ser feito", disse o agora ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), um dos mais próximos da presidente nos dois mandatos.

Governo Dilma deixou 'infiltrados' no Planalto
Além do gabinete paralelo formado por ex-ministros da presidente afastada Dilma Rousseff, o governo Michel Temer (PMDB) também será vigiado por funcionários comissionados que ainda não foram exonerados e se dispuseram a avisar sobre qualquer alteração determinada pelo presidente interino nas políticas em andamento. Eles pretendem ficar no cargo até que sejam demitidos. De maneira informal, alguns devem participar da fase de transição entre governos - que não existe oficialmente, como em casos de fim de mandato eleitoral. "Nós somos os heróis da resistência. Vamos ficar aqui para passar o que tiver de informação", disse um assessor da Secretaria Nacional de Articulação Social. "Se os caras meterem a mão, vamos denunciar na hora para os movimentos sociais. Se quiserem vir quebrar os vidros e tomar conta da portaria, que façam."

A vingança de Eduardo Cunha
O ex-presidente da Câmara Federal, de quem partiu a determinação para o início do processo de impeachment da presidente Dilma, prometeu que daria o troco às declarações dela quando de sua saída  da Câmara. Afastado do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha cumpriu nesta quinta-feira o prometido e respondeu na mesma moeda à provocação feita pela então presidente Dilma Rousseff quando do julgamento que o tirou da Câmara: "Boa tarde a todos. Apenas uma frase: Antes tarde do que nunca", tuitou o peemedebista, copiando exatamente a frase que a petista usou para comentar a derrocada dele.

Em meio à crise, Jaques Wagner compra sítio do tamanho de 14 Maracanãs
Com o nome de Fazenda Dinamarca, Wagner, sua mulher e Guiga compraram uma fração de 14 hectares do imóvel _ algo como 14 Maracanãs. O local incluía casa com cinco suítes, garagem, piscina e acesso ao Rio Santo Antônio, da chapada Diamantina. Agora, o nome é “Sítio Felicidade”. Segundo o registro do cartório, o imóvel teve uma entrada de R$ 398 mil e o resto dividido em dez prestações de R$ 14 mil. O salário de Jaques Wagner é de R$ 30 mil. O antigo dono é o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB). Pelo rateio, segundo o registro cartorial, Jaques Wagner e sua mulher tem 76% do imóvel (R$ 408 mil), enquanto a empresa de Guiga tem os outros 24% (R$ 129 mil).

Opinião

Retorno à irrelevância*

Dilma Vana Rousseff não apareceu por um acaso na Presidência da República. Sem nenhuma qualidade que a credenciasse para tão relevante função pública, ela não teria subido a rampa do Palácio do Planalto, há cinco anos, se não fosse pela vontade do capo petista Luiz Inácio Lula da Silva. Julgando-se um semideus da política, Lula criou Dilma do nada e empenhou seu capital político para conduzi-la ao cargo mais alto da administração do País, apenas para provar que podia. Portanto, é na descomunal vaidade de Lula que se deve procurar a origem da profunda crise que o País ora enfrenta – e foi em reação a essa irresponsabilidade que o País se levantou, em apoio ao impeachment de Dilma e em repúdio a Lula.

O impeachment de Dilma tornou-se imperativo. Tratava-se de colocar um ponto final em uma trajetória que arruinava o Brasil e os brasileiros e ameaçava a democracia. E essa trajetória não pode ser compreendida sem que se recapitulem os momentos mais significativos da farsa conduzida por Lula há 14 anos e que, felizmente, caminha para seu desfecho.

O chefão do PT elegeu-se em 2002 e, forçado pela crise causada pelo receio de que ele fosse adotar a perniciosa agenda petista, governou em princípio conforme a cartilha do bom senso. Infenso, porém, à divisão do poder inerente ao presidencialismo de coalizão, construiu sua maioria parlamentar comprando deputados. Reelegeu-se em 2006 já em meio a grossos escândalos de corrupção – o mensalão – e aderiu de vez à irresponsabilidade, franqueando os cofres públicos a abutres variados e alimentando seus empresários de estimação com generosos subsídios. Em troca, o PT e os demais partidos da base cobraram pedágio sobre a roubalheira e com isso sustentaram seu projeto de poder.

Inebriado pelo sucesso dessa fórmula, Lula permitiu que os aloprados de seu partido alimentassem a ideia de que ele poderia pleitear um terceiro mandato. Era conveniente, pois o PT, em consequência do mensalão, não tinha nomes competitivos para disputar a sucessão.

A ideia da re-reeleição acabou abandonada, pois era excessiva até para os padrões do lulopetismo, mas eis que Lula encontrou a solução perfeita: inventaria um candidato, desconhecido o bastante para que pudesse controlá-lo, e, uma vez eleito, esse dublê se limitaria a guardar lugar para a volta triunfal de Lula em 2014.

Foi assim que Lula tirou Dilma Rousseff da cartola. A máquina de propaganda petista criou para a candidata a imagem de competente administradora. Nada tinha correspondência com a realidade – por onde havia passado, seja no Conselho de Administração da Petrobrás, seja no Ministério de Minas e Energia, seja na Casa Civil, Dilma havia deixado um rastro de negligência, omissão e decisões voluntariosas e equivocadas.

A tarefa de Dilma seria apenas não fazer bobagens e cumprir rigorosamente as ordens de Lula. Na campanha de 2010, ele avisou aos eleitores que Dilma seria apenas um nome na cédula. “Eu mudei de nome e vou colocar a Dilma lá”, disse Lula, humilhando publicamente sua criatura.

Mas eis que, como acontece em todo conto de terror, a criatura resolveu pensar por conta própria. Passou a acreditar que era presidente de verdade, com direito até a governar e a reivindicar a reeleição. A desconjuntada mandatária começou assim a assombrar o País, tomando decisões baseadas em suas convicções pré-históricas, de linhagem stalinista, que arruinaram os frágeis avanços das classes mais baixas e atrasaram em ao menos uma década o desenvolvimento brasileiro. Como isso não bastasse, Dilma, que nunca suportou a política, alienou sua base de apoio e afastou de si até o PT.

E foi em seu governo – na verdade, desde que ocupou cargos ministeriais – que prosperou e eclodiu o maior caso de corrupção da história do Brasil. Não inventou o petrolão – apenas nada fez para interromper a festa com dinheiro público.

Nesse cenário, a queda de Dilma era questão de tempo. Mas Dilma só se tornou importante por ter arruinado o País. Começa a voltar, agora, para sua irrelevância. O mesmo ainda acontece com Lula, o todo-poderoso que concebeu Dilma e foi o grande responsável por tão infausto momento na história brasileira – e nutre esperanças de voltar a morar no Palácio da Alvorada a partir de 2018.
Isso, definitivamente, o País não merece.
*Publicado no Estadão.com em 12/05/2016

Ministério

Temer reduz para 21



Foram anunciados hoje (12) os novos ministros do governo de Michel Temer (PMDB). Foram reduzidos para 21 os ministros que farão parte do governo provisório, incluindo três gaúchos: Osmar Terra, Eliseu Padilha e Fabio Medina Osório.

Confira a relação do novo ministério:

- Raul Jungmann, ministro da Defesa
- Romero Jucá, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
- Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo
- Gilberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
- Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
- Bruno Araújo, ministro das Cidades
- Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
- Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura
- Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil
- Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
- Leonardo Picciani, ministro do Esporte
- Ricardo Barros, ministro da Saúde
- José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente
- Henrique Alves, ministro do Turismo
- José Serra, ministro das Relações Exteriores
- Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho
- Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
- Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil
- Fabiano Augusto Martins Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
- Fábio Medina Osório, AGU

Noticiário Internacional

“Líder profundamente impopular”

O jornal americano The New York Times se referiu a Dilma como "uma líder profundamente impopular" que provocou "a raiva pública generalizada de um sistema corrupto e uma economia maltratada". A publicação lembrou que o país passará a ser governado pelo vice-presidente, Michel Temer, "que tem sido acusado por violar limites de financiamento de campanha agora estará sobre enorme pressão política para conter a pior crise política do Brasil em décadas".
O texto ainda ressalta que a crise política brasileira acontece "enquanto o país luta para conter a propagação do Zika vírus e apenas a meses dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro". Já a emissora CNN considera que o processo de impeachment de Dilma "não será totalmente calmo", já que seus apoiadores "se comprometeram a tomar as ruas em retaliação, garantindo uma longa e potencialmente confusa batalha pela frente".

O jornal britânico The Guardian ressaltou que Dilma foi a primeira mulher a se tornar presidente do Brasil e que a sua popularidade "despencou junto com a economia". A publicação lembrou que seu afastamento acontece "a menos da metade do fim de seu mandato" e "coloca problemas econômicos, paralisia política e alegadas irregularidades fiscais a frente dos 54 milhões de votos que a colocaram no cargo". O texto ainda afirma que muitos dos senadores que vão julgá-la "são acusados de crimes ainda mais graves" e que o "impeachment é mais político do que jurídico".

Ainda na Grã-Bretanha, o jornal Financial Times afirmou que "é provável que Dilma perca o seu eventual julgamento" e que, se isso acontecer, a presidente deixará o cargo a dois anos e sete meses do fim de seu mandato. "Isso também dará fim a 13 anos de governo de seu partido de esquerda, o PT, o mais recente movimento para o centro na política da América do Sul, que vive o fim de seu boom econômico". A publicação também faz um questionamento sobre Michel Temer: "Cerimonioso e de fala mansa, com reputação de ser como uma esfinge, o advogado de 75 anos terá de lidar com três crises simultâneas. Ele estará a altura desta tarefa?", diz o texto, se referindo às crises econômica, ética e política.

O Le Monde, da França, lembrou que "a impopular presidente acusou diversas vezes o seu vice-presidente de um golpe de Estado", afirmando que Temer se tornou "um adversário da presidente desde março", com o fim da coalizão entre PMDB e PT. Já o espanhol El País chamou a votação do Senado desta quarta-feira de "histórica" e afirmou que Dilma deve sair do Palácio do Planalto pela porta principal, "um gesto explícito que quer dizer que ela acata mas não aprova a decisão".
(Fonte: VEJA.com)

De olho em 2018

Lula prepara oposição 

Foto: Reprodução
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já prepara uma dura oposição ao governo de Michel Temer. Lula avalia que é muito difícil a presidente Dilma Rousseff ser reconduzida ao cargo, após o afastamento de até 180 dias. Argumenta, porém, que o PT precisa rapidamente de uma bandeira para construir a narrativa do pós-Dilma e aplainar o caminho rumo às eleições de 2018.

Abatido, Lula passou o dia desta quarta-feira, 11, no hotel onde costumava despachar, em Brasília, desde que sua posse na Casa Civil foi suspensa por decisão judicial. Conversou com senadores do PT e até do PMDB de Temer, além de integrantes de movimentos sociais.

Após 13 anos e 4 meses no poder, o PT volta para a oposição apostando no racha entre Temer e o PMDB do Senado, que já dá sinais de descontentamento em relação à montagem do ministério. A ordem é montar um grupo para esquadrinhar as primeiras medidas do presidente interino e desconstruí-las. O PT vai intensificar a luta política no Senado, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), é antigo desafeto de Temer.

“Faremos uma oposição firme, mas não a que eles fizeram. Não vamos agir para provocar instabilidade econômica. Eles deram apoio à pauta-bomba e nós não vamos fazer isso”, disse o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE). “Não deixaremos que se consume a perda de direitos sociais, que acabem com o pré-sal nem que privatizem a Caixa Econômica Federal”, emendou o senador Paulo Rocha (PA), líder do PT.

Mas, nos bastidores, dirigentes do partido observam que somente esse discurso não basta para a resistência. O PT quer que Dilma percorra o País e faça viagens internacionais para denunciar o “golpe”.

Lula, na definição de quem esteve com ele, já está “com a cabeça no dia seguinte”. Toda a estratégia está sendo preparada para reconstruir a imagem do PT e lançar a candidatura do ex-presidente, em 2018. Tudo depende, porém, do desfecho da Operação Lava Jato, já que ele está na mira da Polícia Federal e também do Ministério Público.
(Agência Estado)

Bloqueio de estradas

PRF multa veículos envolvidos

Bloqueio em Sapucaia do Sul - Foto: Arquivo RBS
Mais de 50 multas foram aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal durante os protestos que bloquearam estradas no Rio Grande do Sul na última terça-feira (10).

Os veículos multados foram utilizados por seus motoristas e/ou proprietários para perturbar a circulação, interromper ou restringir, de forma deliberada, a circulação em rodovias federais.

A multa aplicada é no valor de R$ 5.746 e será encaminhada pela PRF para a AGU que fará a cobrança judicial. O motorista do veículo multado poderá ter o direito de dirigir suspenso por 12 meses.

A PRF alerta que continuará monitorando futuros protestos e que qualquer veículo flagrado nestas condições será multado. Em caso de reincidência, o valor da multa dobra.

(Fonte: Rádio Gaúcha)

Discurso de posse

Temer vai pedir união e apoio da sociedade


No primeiro discurso à nação, hoje à tarde, o peemedebista apresentará a diretriz do novo governo: a redução do tamanho da máquina administrativa
O primeiro discurso de Michel Temer como presidente em exercício da República vai ser uma convocação para que todos — políticos, empresários e sociedade — se unam neste momento de transição para o êxito de “um governo de salvação nacional”. Embora ciente de que tem pouco tempo para apresentar propostas concretas ao país, sob pena de se acabar a lua de mel com os brasileiros, Temer não apresentará hoje nenhuma ação imediata. “Não mostraremos um pacote. Daremos as diretrizes políticas e econômicas do nosso governo”, disse um aliado direto do vice-presidente. Até o fechamento desta edição, às 2h, a votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff não havia terminado no Senado, mas, pelos discursos proferidos, ficava claro que o afastamento seria aprovado.

Temer estava ontem, no Palácio do Jaburu, rascunhando o discurso que pronunciará no meio da tarde hoje, assim que assumir definitivamente o governo. Ele pediu a um conjunto de deputados aliados que estejam ao lado dele durante o primeiro pronunciamento ao país. A intenção do peemedebista é deixar claro que todos têm um papel fundamental neste momento de dificuldade.

O peemedebista dirá que o próprio Executivo Federal está ciente da gravidade do momento e que decidiu, por isso, reduzir o tamanho da máquina administrativa, com o corte de ministérios e de cargos comissionados e de confiança. Para Temer, esses gestos, além de possíveis revisões de gastos supérfluos, poderão contribuir com a redução do deficit fiscal e permitir que, ainda este ano, as taxas de juros comecem a ser reduzidas, abrindo espaço para a retomada do crescimento no início de 2017.

Temer também reservará espaço no discurso para dois pontos que têm sido alvo de profundas críticas. O vice-presidente vai reiterar o que já dissera no áudio vazado antes da votação do impeachment na Câmara, em 17 de abril: não vai acabar com os programas sociais. O cuidado do peemedebista é tanto que ele acabou ficando atado em relação ao reajuste do Bolsa Família, anunciado pela presidente Dilma Rousseff no 1º de maio — ela ficará 180 dias afastada, prazo máximo para o julgamento final do processo de impeachment pelo Senado. Em um primeiro momento, Temer pensou em vetar o reajuste. Recuou, para não tomar uma medida impopular logo de saída.
(Fonte: Correio Braziliense)

12/005/2016


Estadão - Senadores afastam Dilma; Temer anunciará plano
Vice-presidente prevê um pronunciamento à Nação hoje com as principais diretrizes de seu governo; Dilma marca ato para selar sua despedida do poder e iniciar afastamento

Folha de São Paulo - Senadores afastam Dilma; Temer anunciará plano
Vice-presidente prevê um pronunciamento à Nação hoje com as principais diretrizes de seu governo; Dilma marca ato para selar sua despedida do poder e iniciar afastamento

O Globo - Dilma receberá citação sobre decisão do Senado por volta das 11h
À tarde, em outra etapa, Lewandowski vai ao Senado para discutir já a nova fase do processo. É que, com a admissibilidade aprovada, entra na segunda fase do processo, onde as ações do processo serão comandadas pelo presidente do Supremo, como ocorreu em 1992

Gazeta do Povo - Dilma perde no Senado e é afastada da Presidência
Afastamento foi confirmado por 55 votos a 22. Vice-presidente Michel Temer assume o cargo ainda nesta quinta-feira (12)

Correio Braziliense - Por 55 votos a 22, Senado aprova processo de impeachment e Dilma é afastada
Vice-presidente Michel Temer assume as funções de presidente da República

Estado de Minas Senado afasta Dilma da presidência da República por 180 dias

Depois de mais de 20 horas de sessão, os senadores afastaram por 55 votos a 22 a presidente Dilma Rousseff do cargo. Agora, o Senado, sob a presidência do STF, vai analisar e julgar o processo de impeachment, para decidir se cassa em definitivo o mandato da presidente

Revista ÉPOCA - O autogolpe de uma presidente
Dilma Rousseff governou sozinha, errou sozinha e criou as condições políticas para ser derrubada – sozinha

Revista CARTA CAPITAL - Dilma é afastada
O Senado aprovou, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff

Revista VEJA - Senado afasta Dilma do Planalto e interrompe o projeto de poder petista
Presidente ficará fora do cargo por até 180 dias, prazo que a Casa tem para julgá-la em definitivo. Suas chances de voltar ao posto são cada vez mais distantes

Portal G1 - Processo de impeachment é aberto, e Dilma é afastada por até 180 dias
Senadores aprovaram instauração de processo por 55 votos a 22. Presidente fica afastada por até 180 dias enquanto é julgada no Senado

Agência Brasil - Intimação a Dilma traz prerrogativas que ela terá durante afastamento do cargo
Após a proclamação do resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na manhã desta quinta-feira (12), o presidente do Senado leu para os senadores o texto da intimação que será entregue pelo primeiro-secretário da Casa, senador Vicentinho Alves (PR-TO) a Dilma

Portal IG - Michel Temer: o 3º vice do PMDB a assumir a presidência
Corte de dez ministérios e medidas para reverter a situação econômica do país são as principais promessas do presidente da República em exercício

Opinião

 ‘O triste fim de uma utopia’*

Zuenir Ventura

Com certeza esse não era o desfecho esperado por Lula quando disse para a então candidata: “Dilma, sua eleição será a realização final do meu governo”. Na verdade, é o final infeliz de uma história que começou tão bem. Ao ser fundado em fevereiro de 1980, numa assembleia no Colégio Sion, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores foi a luz no fim do túnel no momento em que o Brasil vivia os estertores da ditadura militar. Toda a energia social reprimida por mais de uma década passou a se manifestar em movimentos de afirmação popular nos anos de 1978/79. Foi quando as históricas greves do ABC paulista, que chegaram a realizar assembleias com mais de 100 mil operários, revelaram um novo sindicalismo, liderado por um fenômeno que estava surgindo sob a forma de um retirante nordestino, torneiro mecânico barbudo de apelido Lula.

 “A classe operária vai ao paraíso” deixou de ser o título de um filme famoso de Elio Petri para ser visto como uma espécie de vaticínio, reforçado pela coincidência de que o operário do filme também tinha perdido um dedo na máquina da fábrica em que trabalhava. Os desiludidos com as organizações tradicionais que não conseguiam tirar os militares do poder embarcaram com esperança na promissora aventura. Entre os 128 que assinaram a ata inaugural estavam os socialistas Antonio Candido e Sérgio Buarque, o comunista Apolônio de Carvalho, os trotskistas Mario Pedrosa e Lélia Abramo, e os cristãos Paulo Freire e Plínio de Arruda Sampaio.

Em 1976, o Grupo Casa Grande, que promovia ousados debates ainda na vigência da censura, até sob ameaça de bombas, trouxe aquela novidade paulista ao Rio pela primeira vez para uma palestra. Era uma plateia de mais de mil estudantes e intelectuais, que ouviram embevecidos Lula criticar estudantes e intelectuais. Franco, errando na concordância, mas carismático, foi uma revelação.

No entanto, o resultado da primeira experiência eleitoral de Lula, em 1982, não correspondeu ao prestígio que adquirira como líder sindical. Ficou em quarto lugar na disputa pelo governo de SP. Só em 1986 recuperou-se, ao ser eleito o deputado mais votado do país. Mas em seguida vieram os revezes. Em 1989, perdeu as eleições presidenciais para Fernando Collor. Em 1994, foi derrotado no primeiro turno por FH, e o mesmo aconteceu em 1998. Só na quarta tentativa, em 2002, “a esperança venceu o medo”, e ele conseguiu chegar à Presidência com mais de 50 milhões de votos.

Voltei a me encontrar com Lula em 1993, quando cobri para o “JB” a sua primeira Caravana da Cidadania, que percorreu 54 cidades do Nordeste. Foi uma incrível experiência jornalística acompanhá-lo durante 24 dias por bolsões de miséria que não dispunham de progresso e cidadania, às vezes nem de água e comida. Assisti a cenas como a de sua entrada triunfal em Nova Canudos, acompanhada de uma chuva torrencial após três meses de seca inclemente. 
Escrevi então: “Velhos, jovens e crianças foram para a praça celebrar Lula e a chuva. Cantaram e dançaram pela dádiva divina. Houve até uma eucarística distribuição de pães aos sem-terra. No reino mítico de Conselheiro, Padim Ciço, Lampião e Glauber Rocha não existe acaso. Só milagre”. (Com razão, o dono do jornal me chamou de volta por eu “estar muito lulista”)

Não foi só por esse mergulho no Brasil profundo que admirei Lula, mas também porque o seu “partido da ética” prometia não roubar nem deixar roubar. E, durante um tempo, foi assim. Era um desafio encontrar em algum escândalo um membro do PT. Hoje, é não encontrar. Acho que a perda da inocência ocorreu em 2005, com o mensalão. Não por acaso, foi o ano em que Hélio Bicudo deixou o partido, ele mesmo, fundador e, após 36 anos, coautor do pedido de impeachment de Dilma. Antes ou depois dele, outros colegas abandonaram ou foram abandonados, todos desiludidos: Heloísa Helena, Marina Silva, Cristovam Buarque, Plínio de Arruda Sampaio, para só citar alguns.

A crítica mais corajosa ao PT, porém, partiu de quem não é dissidente e permanece nele até hoje. Em 2010, ao avaliar os 30 anos da sigla, o então chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, ressaltou os inegáveis avanços sociais, para em seguida lamentar o “assemelhamento” nos defeitos. “Até o vício da corrupção entrou em nosso partido”. Pela mesma razão, Tarso Genro propôs “refundá-lo”. Mas preferiram afundá-lo.

Em 2014, estourou o petrolão, um propinoduto cuja dimensão fez do mensalão um tímido ensaio. Ao ver agora a extensão da encrenca de Lula no STF e na Lava-Jato, com ameaça de prisão, sinto a tristeza dos que se lembram do tempo em que a única acusação contra ele era de atentado à gramática, por falar “menas” e cometer anacolutos nos discursos.

O PT e Lula podem não acabar. Mas a utopia que eles encarnaram, essa acabou. Melancolicamente.
*Publicado em Globo.com em 12/05/2016

Impeachment

Senadores afastam presidente Dilma

Senado afasta Dilma do Planalto. E interrompe o projeto de poder petista

Às 6h34 desta quinta-feira, o painel do Senado Federal confirmou o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. Por 55 votos a 22, sem abstenções, os senadores decidiram que a petista deve ser julgada por crime de responsabilidade. Mas o resultado representa muito mais: com a possibilidade de que Dilma se safe na votação final hoje muito distante, a Casa começou a por fim à era PT no comando do país. Os 13 anos do partido à frente do Planalto se encerram de maneira melancólica - com a legenda imersa em escândalos e incapaz de salvar uma presidente que, ao fim e ao cabo, cai por culpa de sua própria incompetência. Diante das crises política, econômica e ética em que o governo Dilma submergiu o país, o afastamento da petista representa o primeiro passo rumo à recolocação do Brasil nos trilhos. Mas exigirá do peemedebista Michel Temer que se coloque à altura do desafio: afinal, a saída de Dilma não tem o condão de sanar o atoleiro econômico do país. Ou de reduzir o justo descontentamento nacional com a classe política diante dos escândalos que há dois anos a Operação Lava Jato começou a desvendar. Será uma dura missão para Temer.

Dilma pode ficar até 180 dias afastada do comando do país, enquanto o Senado se volta ao julgamento do processo que tramita contra ela. Segundo a expectativa do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), contudo, em até quatro meses a petista enfrentará a derradeira votação - aquela do plenário da Casa, que pode resultar em seu impeachment e inelegibilidade por oito anos.