quarta-feira, 23 de março de 2016

Boa Noite!

Roberto Carlos é quase uma unanimidade nacional desde os tempos da Jovem Guarda, quando fazia a juventude delirar com Quero que vá tudo pro inferno, O calhambeque, Splish splash, É proibido fumar e tantas outras. 

Até hoje seus shows são acompanhados por verdadeiras multidões que sonham com recordações de tempos e amores embalados pelo Rei.

Em 1968, Roberto gravou o LP, O inimitável, do qual selecionei a música As canções que você fez pra mim



Rapidinhas


Oposição entra com três representações na PGR contra Dilma, Lula, Edinho e Jaques Wagner
Líderes de partidos da oposição na Câmara anunciaram nesta quarta-feira, 23, que entraram com três representações na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que o órgão investigue a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (chefe de gabinete da Presidência), com base nos grampos de conversas telefônicas entre eles divulgados com autorização da Justiça na semana passada. Uma das representações será mais “ampla” e pede a investigação de Dilma, Lula, Wagner e Edinho por obstrução à Justiça. Nas outras duas, eles acusam separadamente o chefe de gabinete da Presidência e o ministro da Comunicação Social de crime de advocacia administrativa e atos de improbidade administrativa, por terem colocado seus cargos à disposição para que Lula assumisse e movimentado a administração “em favor da defesa dos interesses do ex-presidente”.

Teori diz que ação sobre nomeação de Lula deve ficar com Gilmar Mendes
Em resposta ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, o ministro Teori Zavascki disse que considera que não necessariamente precisa fica com todas as ações que questionam a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Teori disse ainda que entende que o mandado de segurança do PPS e do PSDB sobre o caso deve prosseguir com o relator sorteado, ministro Gilmar Mendes. A resposta de Teori não é uma decisão final, mas sim um retorno a um pedido de informações de Lewandowski após questionamento da defesa do Lula. A questão ainda terá que ser decidida pelo presidente do tribunal, que poderá encaminhar o caso ao plenário Lewandowski pediu uma manifestação de Teori depois que a defesa de Lula entrou com "questão de ordem" para que o STF defina quem deve ser o relator.

Após trocar de partido, ministro do Esporte perde o cargo
George Hilton não será mais o ministro dos Esportes. Uma negociação política entre o Palácio do Planalto com seu antigo partido, o PRB, custou seu cargo, mesmo ele prometendo lealdade à presidente Dilma Rousseff. A pasta será comandada por Ricardo Leyser, integrante do PC do B, mas afinado com o comando nacional do PRB. Ele é o responsável por cuidar dentro do governo das Olimpíadas, e ocupava a secretaria executiva do Ministério do Esporte, mas foi transferido recentemente por Hilton para a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento. 

Em editorial, 'Economist' pede renúncia de Dilma por 'tentativa grosseira de impedir Justiça'
A revista britânica The Economist defende em editorial que é hora de a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo. A escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil foi uma "tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça", diz o editorial que será publicado na nova edição que chega às bancas neste fim de semana. Por isso, Dilma está inapta a permanecer na Presidência, argumenta o texto. A publicação diz que a troca na presidência da República abriria caminho para um "novo começo" no Brasil. "A indicação de Lula parece uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça. Mesmo que isso não fosse sua intenção, esse seria o efeito. Esse foi o momento em que a presidente escolheu os limitados interesses da sua tribo política por cima do Estado de Direito", diz o editorial que tem o título "Hora de ir".

Desemprego atinge 8,2% e tem maior taxa para fevereiro desde 2009
O desemprego no Brasil atingiu 8,2% em fevereiro, índice maior do que o registrado em janeiro, de 7,6%, e também superior ao visto em fevereiro de 2015, de 5,8%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira. O resultado foi o maior para o segundo mês do ano desde 2009, quando chegou a 8,5%. Considerando todos os meses, é a mais elevada desde maio de 2009, quando ficou em 8,8%. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) abrange o mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país. A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa chegaria a 8,1% por cento no mês na mediana das previsões. Em fevereiro, a população desocupada cresceu 7,2% em relação a janeiro e alcançou 2 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo mês de 2015, o aumento foi de 39%.

Operação Lava Jato

PF indicia Santana e mais sete

Foto: Cassiano Rosário/Futura Press
A Polícia Federal (PF) apresentou o indiciamento preliminar do marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, da mulher dele Monica Moura e de outros seis investigados no inquérito da 23ª fase da Operação Lava Jato – batizada de Acarajé. O documento foi protocolado no sistema da Justiça nesta terça-feira (22).

Para a PF, há indícios de que Santana e Monica tenham cometido crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa através de depósitos no exterior não declarados. O casal está preso desde 23 de fevereiro na Superintendência da PF, em Curitiba.

Agora, o Ministério Público Federal (MPF) vai analisar o indiciamento da PF para oferecer ou não uma denúncia envolvendo as empreiteiras à Justiça Federal. Se houver denúncia, e o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos proces aceitá-la, os denunciados passarão a ser réus.

Para a PF, há indícios de que Santana  teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.

Sobre Monica Moura, os delegados apontam que ela seria responsável pelo encaminhamento da cópia de um contrato que firmou com outra empresa modelo a Zwi Skornick e seu filho Bruno Skornick para a transferência de recursos que pretendiam realizar.

"A análise do modelo de contrato encaminhado é imprescindível para a continuidade das investigações. Monica relata que, "por motivos óbvios", apagou o nome da empresa e, tampouco, possuía cópia eletrônica do documento, "por segurança", afirma a PF.

Foram indiciados:

- João Cerqueira de Santana Filho - lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa;
- Monica Regina Cunha Moura - lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa;
- Zwi Skornick - corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa;
- Bruno Skornick - lavagem de dinheiro
- Eloisa Skornick - corrupção ativa e manutenção de conta não declarada;
- Pedro José Barusco Filho - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Renato Duque de Souza - corrupção passiva
- Armando Ramos Tripodi - corrupção passiva

(Agência Globo)


Opinião

Não vai ter golpe*

Eliane Cantanhêde

Só o desespero explica que, abatida, com olheiras, Dilma Rousseff reúna juristas no Planalto para fazer um discurso indescritível “em defesa da legalidade, da Constituição, do Estado de Direito” e termine ecoando os movimentos pró-PT: “Não vai ter golpe!”. Soou como grito de guerra contra o Congresso e a Justiça.

Há, definitivamente, algo de muito errado quando o, ou a, presidente usa os salões do Planalto para eventos carregados de dramaticidade em que, num dia, negue que vá renunciar; no outro, dê posse ao antecessor para livrá-lo da Justiça; num terceiro, diga, em tom de ameaça, que “não vai ter golpe”. Que presidente é essa? Que governo é esse?

A situação está fora de controle, com Dilma repetindo pela milésima vez que foi vítima da ditadura, o governo perdendo todas no Supremo, Lula correndo atrás de um PMDB inalcançável, a economia derretendo e o impeachment correndo solto na Câmara.

Enquanto isso, o vice Michel Temer nega, mas está obviamente articulando um governo de transição. Do ponto de vista do governo, uma traição. Para a oposição, uma articulação legítima. E, sob o ângulo prático, uma necessidade. E se, por acaso, quem sabe, talvez, o impeachment passe? Nesse caso, Temer vai tentar o que Lula poderia ter tentado um ano atrás, antes que as condições políticas e econômicas se deteriorassem de vez e que a Lava Jato o pegasse de jeito: um grande pacto político. O vice só terá alguma chance se fechar o apoio integral do PMDB, atrair o PSDB, conseguir a maioria dos partidos e – por causa de tudo isso ou, ao contrário, apesar de tudo isso – formar um “ministério surpreendente”, como acenou o tucano José Serra em entrevista ao Estado.

Dilma fala, ninguém ouve mais. Reúne governadores, não repercute. Anuncia medidas, nada acontece. Sem capacidade de reação, tenta a resistência em reuniões fechadas e com discursos amedrontadores e amedrontados. O governo está parado, o país está parado. E Lula, imobilizado. Perdeu o “timing” para tentar salvar o governo.

Aconteça o que acontecer, a prioridade zero do Brasil será mostrar que há governo, recuperação, forças políticas responsáveis e forças econômicas dispostas a investir no fim da crise. Com o impeachment, porém, isso não vai depender só de articulações de cúpula entre PMDB, PSDB, oposição. Vai depender também das massas, do próprio PT e de como o mundo perceber o processo.

Daí porque há, na entrevista de Serra, um detalhe de alta relevância. Ao enumerar as condições para o apoio a um eventual governo Temer, o tucano diz que ele deve ficar fora em 2018, longe das eleições municipais e, além de reunir um ministério com os melhores nomes das prateleiras nacionais, deve também dar garantias de que não haverá “retaliação”. A conclusão é óbvia: foi um recado ao PT. Indica que petistas, pemedebistas, tucanos, aliados e adversários do Planalto conversam sobre o “day after”, de forma que um governo de transição não dispare um caça às bruxas, não saia expurgando petistas, não tripudie quem sair perdendo. Que fique claro: conversas nesse nível só são possíveis se parcela relevante do petismo já está jogando a toalha.

Há, porém, empecilhos para acordo. O ambiente político está contaminado, as massas petistas são belicosas e ninguém mais fala em nome de ninguém (aliás, foi o que Temer disse em nota depois da fala de Serra). Além disso, a Lava Jato está a mil por hora e não há acordo de cúpula que vá produzir um cavalo de pau. Os políticos podem acertar o que quiserem, mas vai ser um Deus-nos-acuda.

PS – Evo Morales (Bolívia) tenta convocar a Unasul para defender “a democracia” no Brasil. Logo, só pode ser para defender a Justiça, o próprio Supremo, o Ministério Público, a Polícia Federal, a Receita Federal e a mídia. Bem vindo!
*Publicado no Portal Estadão em 23/03/2016

23/03/2016


Estadão – Teori tira de Moro as investigações contra Lula
Decisão não anula a liminar concedida por Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação na Casa Civil

O Globo - Marcelo Odebrecht e executivos decidem fazer 'colaboração definitiva'
Empresa, que foi alvo de operação nesta terça-feira, confirmou em nota a intenção. Força-tarefa diz que ainda não há acordo

Folha de São Paulo - Desemprego nas metrópoles chega a 8,2%, maior taxa em 7 anos no país
De janeiro para fevereiro, 428 mil pessoas perderam o emprego, sobretudo no comércio, nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, segundo o IBGE

Estado de Minas - Advogado ligado a movimentos anti-PT é assassinado dentro do escritório em SP
Testemunhas afirmaram à polícia que um homem se apresentou como cliente e entrou no escritório. Em seguida, foram ouvidos tiros e o suspeito sumiu

Correio Braziliense - Moro terá que explicar por que retirou segredo de Justiça de investigações
Teori dá um prazo de 10 dias para que o juiz à frente da Operação Lava-Jato se explique

Gazeta do Povo - Delação de Odebrecht vira “bomba atômica” para governo, aliados e oposição
Empreiteira é uma das principais doadoras de campanha do país, distribuindo recursos para quase todos os partidos. E avisa que está disposta a revelar “sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral”

Revista Carta Capital - “Só há saída na política”
O cientista político Leonardo Avritzer decreta a falência do presidencialismo de coalizão e critica o ativismo judicial

Revista Veja - OAB pede informações sobre situação funcional de Eugênio Aragão
A partir das informações prestadas, a OAB poderá questionar a legalidade de Aragão no Ministério da Justiça

Revista Época - "O governo quer inventar uma forma de fazer economia que só existe na Venezuela", diz Gustavo Franco
Ex-presidente do Banco Central afirma que o maior problema do Brasil hoje é a elevada dívida pública

Portal G1 - STF abre mais dois, e inquéritos para investigar Renan chegam a nove
PGR quer apurar propina na Transpetro e terceirizada da Petrobras. Senador e deputado do PMDB negaram acusações em declarações

Portal Correio do Povo - Renegociação da dívida "ajuda, mas não resolve problema do RS", diz Sartori
Governador pretende insistir com o governo federal para reavaliação dos valores devidos pelo Estado

Agência Brasil - Obama chega a Buenos Aires acompanhado por 400 empresários
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, embarcou direto de Havana, a capital cubana, para Buenos Aires, onde chegou na madrugada (23) de hoje para se encontrar com Mauricio Macri, que acaba de completar 100 dias na presidência da Argentina

Portal IG - Lula fracassa ao tentar convencer o PMDB a rever sua saída do governo
Ex-presidente não conseguiu adiar a reunião do diretório do PMDB que vai definir a data para desembarque do governo

clicRBS - Manifestantes colocam faixa em frente à casa de Teori Zavascki na Capital
Protesto é contra decisão do ministro do STF de retirar do juiz Sérgio Moro caso envolvendo o ex-presidente Lula

Bom Dia!

Os acovardados!

O ex-presidente Lula foi extremamente claro quando disse, em telefonema grampeado por ordem da Justiça, que o STF estava acovardado, assim como o STJ. Lula não usou meias palavras ao chamar os ministros do Supremo de covardes.

Pois ontem tivemos a prova de que, lamentavelmente, o ex-presidente estava certo. Depois de sofrer quatro derrotas, Lula mandou seus advogados e a presidente da República, ordenarem que a decisão fosse colocada nas mãos do ministro Teori Zavascki, nomeado por Dilma para o STF.

Dito e feito. Assim que recebeu as ordens de Lula e seus comandados, Teori apressou-se em determinar que o processo que seguia nas mãos do Juiz Sérgio Moro, fosse encaminhado para Brasília, mais precisamente para o STF. E não ficou só nisso. Determinou, imediatamente, que o sigilo dos grampos telefônicos fosse retomado. Tudo bem escondido da opinião pública. O dever de casa tinha que ser cumprido na íntegra. O chefe mandou!

O estranho é que seu colega de STF, Gilmar Mendes, sem demonstrar covardia, votou pelo impedimento de Lula assumir a Casa Civil, não tendo foro privilegiado, o que significa que o processo deveria seguir nas mãos de Moro. 

Pois Teori fez exatamente o contrário. Imediatamente ordenou que o processo fosse para o STF, mesmo que o ex-presidente, que não é nada até que o plenário do Supremo decida, siga sem os benefícios do foro privilegiado.

Quando ouvi a notícia na televisão, desliguei e fui ler um pouco. Uma desesperança enorme tomou conta da minha cabeça já cansada de tantos atropelos ao que determina a lei. Estamos diante de um governo que não cumpre o que está na  Constituição, que não dá bola para as leis nem para a justiça, que manda e desmanda sem se preocupar se está fazendo o bem ou o mal para a maioria. Um governo que defende, a qualquer custo e a seu modo, um projeto de permanência no poder para seguir mentindo e apoiando a corrupção e, muito mais, os corruptos.

Agora que Teori Zavascki fez o que Lula mandou, passaremos a conviver com um desmonte governamental em cima das delações premiadas que os diretores da Odebrecht decidiram fazer na Operação Lava Jato. Paralelamente, seguiremos ouvindo gritos de “impeachment é golpe” e acompanhando a farta distribuição de pão com mortadela.

O dia de ontem, 22 de março, ficará marcado para sempre como o dia em que um ministro do STF mostrou que realmente  o Supremo, pelo menos no que lhe diz respeito, está acovardado!

Ao contrário dos que defendem os corruptos e a corrupção abertamente, a maioria dos brasileiros foi dormir e acordou envergonhada com o que fez o ministro Teori Zavascki.

Tenham todos um Bom Dia!