segunda-feira, 21 de março de 2016

Boa Noite!

A grande Orquestra do italiano Paolo Mantovani, tocou e gravou sucessos durante décadas sendo reconhecida como uma das mais importantes do mundo. Autumn leaves, Amapola, Smoke gets in your eyes, Over the rainbow, La vie en rose, entre muitas outras, são músicas que mereceram um arranjo único e especial de Mantovani.

Com a orquestra de Mantovani, do inesquecível filme Luzes da Ribalta, Limelight



Petrobras

Prejuízo de R$ 34,836 bilhões em 2015


A Petrobras teve prejuízo líquido de R$ 34,836 bilhões em 2015, informou a estatal nesta segunda-feira (21). Trata-se do maior prejuízo anual registrado pela companhia, segundo dados da Economatica, superando as perdas de R$ 21,587 bilhões de 2014.

A maior parte veio do ajuste, para baixo, no valor dos ativos (reservas, plataformas, campos etc.) da companhia. Sem esse ajuste e outros resultados extraordinários, a Petrobras teria um lucro R$ 13,6 bilhões.

"A empresa demonstra mais uma vez a sua transparência em relação ao resgate da sua credibilidade", disse o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, ao comentar os resultados.

Rapidinhas


Tesoureiro da campanha de Dilma diz que ‘taxista de confiança’ foi à UTC ‘buscar brindes’
O ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff (2010) José de Filippi Junior afirmou à Polícia Federal que João Henrique Worn, seu ‘taxista de confiança’, foi à sede da UTC Engenharia ‘buscar brindes’. A Operação Lava Jato investiga se o ex-tesoureiro recebeu propina da UTC, em decorrência de contratos celebrados com a Petrobrás.  José de Filippi afirmou, em depoimento, que mantém relação com a UTC desde 2006 e que a empreiteira fez doações para a campanha presidencial de 2006 a 2010 de Lula e Dilma, respectivamente. O ex-tesoureiro disse que todas as doações eleitorais estão registradas e foram realizadas por meio de transferências eletrônica. “Nunca realizaram nenhuma transação envolvendo dinheiro em espécie.”

Crise pode adiar reforma da previdência
Por conta da piora da crise política, o Ministério da Fazenda já admite que a proposta de reforma da Previdência Social poderá não ser mais enviada ao Congresso no mês de abril - que era o compromisso inicial do governo.  A ideia da equipe econômica é aguardar o fim das reuniões do fórum da Previdência, no dia 8 do mês que vem, quando o contexto político já estará mais definido, para reavaliar o cenário e depois decidir o que fazer. Além do cenário político turbulento, com o avanço da Operação Lava Jato e de pressões políticas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o próprio Partido dos Trabalhadores é contra as mudanças na Previdência, apesar de a presidente Dilma ter dito que o tema teria de ser encarado.

Lava Jato dará respostas a intimidações
A força-tarefa em Curitiba deve antecipar uma série de ações ligadas à Operação Lava-Jato como forma de responder às tentativas de intimidação dos investigadores, que se intensificaram nas últimas semanas. Fatos como a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil, as tentativas de desqualificar o juiz Sergio Moro e a entrevista do ministro Eugenio Aragão sedimentaram nos procuradores, delegados e agentes da Polícia Federal a convicção de que haverá uma tentativa de conter as apurações. Em virtude disso, devem ser aceleradas a revelação de documentos apreendidos em fases anteriores da operação, a denúncia de investigados e até novos pedidos de busca e apreensão, condução coercitiva e prisões.

Tarifa dos táxis  vai subir em abril
O sistema de táxis de Porto Alegre sofrerá novo reajuste, dessa vez de 2,95%, balizado pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), considerando o índice acumulado entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, informa a prefeitura da capital. Em janeiro a tarifa havia aumentado em 7,82%. O pedido de aumento, aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), foi encaminhado à prefeitura pelo Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi). A Lei Municipal 11.582/14, art. 39, § 2º garante a possibilidade de reajuste quando os combustíveis sobem 8%, ou acima deste percentual.

Número 1 do tênis diz que homem deve ganhar mais que mulher
Novak Djokovic entrou numa polêmica que vai lhe render críticas de suas colegas tenistas. Ao comentar as declarações do diretor-executivo do torneio de Indian Wells, que disse que as mulheres se aproveitam do sucesso dos homens no mundo do tênis, o sérvio não criticou as frases de Raymond Moore e ainda defendeu que os homens ganhem prêmios melhores que as mulheres do circuito feminino. Após conquistar o torneio com a vitória sobre Milos Raonic, o número 1 do mundo reconheceu que este é um tema “delicado” e que as mulheres merecem “respeito e admiração” por suas conquistas. Mas quando se trata dos prêmios, ele defendeu que os homens levem alguma vantagem. - Eu as aplaudo por isso (as conquistas). Estou dizendo isso honestamente. Elas lutaram pelo que mereciam e conseguiram. Por outro lado, o mundo da ATP deveria lutar por mais (dinheiro) porque as estatísticas mostram que temos muitos mais espectadores nos jogos de homens. Essa é uma das razões pelas quais penso que deveríamos ganhar mais - afirmou o número 1 do mundo.

Fachin será o relator de habeas de Lula
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido nesta segunda-feira relator do habeas corpus em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contesta a decisão do ministro Gilmar Mendes de sustar os efeitos de sua nomeação para a Casa Civil. No fim de semana, a defesa do petista havia recorrido ao Supremo sob a alegação de que a decisão de Mendes teria de ser anulada e o caso ser remetido ao relator do processo da Operação Lava Jato na corte, Teori Zavascki.O habeas corpus de Lula havia sido remetido ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, mas esse tipo de recurso não é da competência da presidência do STF e, por isso, o caso foi redistribuído aos demais integrantes do tribunal. Como a decisão atacada é de Gilmar Mendes, o novo recurso não poderia ser remetido ao gabinete dele.

Opinião

Não é a Lava Jato que está fora da lei

Em várias ocasiões – e muito especialmente no julgamento do mensalão –, o Partido dos Trabalhadores (PT) tentou vender a ideia de que as atividades ilícitas de seus membros não eram assim tão ilícitas. Seriam “apenas” caixa 2. Seriam “apenas” a manutenção de práticas já existentes desde os tempos do Brasil colônia. De vez em quando, os petistas tentavam ir um pouco mais longe, dizendo que as ações da tigrada seriam na verdade meritórias. Desse delírio partidário nasceu o ridículo ímpeto de proclamar como heróis do povo brasileiro alguns réus condenados na Ação Penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Agora, o PT mostra que é capaz de ir ainda mais longe em sua perversa retórica. Diante dos avanços da Operação Lava Jato, o partido não tem se contentado em dizer que o que fez não foi ilegal ou que seu líder e seu séquito não são criminosos. Apregoam abertamente a ideia de que os criminosos estão do outro lado do balcão. Nessa tresloucada visão, os contrários à lei seriam a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário – muito especialmente o juiz da 13.ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Fernando Moro.

É uma completa inversão de valores – como se os petistas estivessem do lado da lei e fossem as instituições as descumpridoras da lei. Haja descaramento. Sem conseguir apresentar uma explicação convincente para as inúmeras denúncias e escândalos em que estão implicados, os líderes petistas partem para o ataque.

Parece maluquice, mas é apenas a exacerbação da sem-vergonhice: o PT anda querendo criminalizar a Operação Lava Jato. Tal tentativa só pode ser a reação desesperada de quem não tem fatos nem argumentos a apresentar em sua defesa. Afinal, responde pelo saque do Brasil. Manifesta completo desespero, pois o movimento de criminalizar o Poder Judiciário, a Polícia Federal e o Ministério Público não tem qualquer respaldo jurídico, nem muito menos apoio popular.

É evidente que a sociedade está do lado de quem cumpre a lei. As manifestações do dia 13 de março foram suficientemente elucidativas quanto a isso. A população respeita e admira a Operação Lava Jato, vislumbrando no trabalho realizado em Curitiba um Brasil sério, que trabalha, que funciona, que não se detém diante de poderosos políticos ou de influentes empresários. Pôr-se contra esse esforço anticorrupção, como vem fazendo o PT, é nada mais nada menos que um suicídio político.

No aspecto jurídico, é um absoluto despautério a tentativa do PT de criminalizar a Operação Lava Jato e, em concreto, a atuação do juiz Sergio Moro. Vige no País a garantia do duplo grau de jurisdição – tem-se sempre a possibilidade da revisão de uma decisão de um juiz monocrático por um órgão colegiado. Na verdade, o problema do PT não é tanto com o juiz de primeira instância, mas com os tribunais, que têm reconhecido sobejamente a correção das decisões de Moro.

Nos últimos dias, a campanha contra o juiz da 13.ª Vara Federal de Curitiba recrudesceu sensivelmente, após a retirada do sigilo do processo envolvendo o ex-presidente Lula e a consequente divulgação de áudios gravados. Como o que foi revelado não agradou nem a Lula nem a Dilma – afinal, a cafajestagem explícita nas conversas faz corar frades de pedra –, o PT e o Palácio do Planalto tentaram tratar como criminosa a decisão de Moro.

Pura encenação. Sabe-se bem que as escutas foram feitas de acordo com a lei e, portanto, podem ser usadas em juízo como prova contra Lula. A tentativa de criminalizar a decisão de Moro de levantar o sigilo das gravações é coisa de aloprados. Entre os pilares da isenção do Poder Judiciário está o princípio do livre convencimento do juiz. Pretender que uma decisão judicial fundamentada – com amplos e sólidos argumentos, diga-se de passagem – seja tratada como se fosse um crime, pela simples razão de haver produzido efeitos políticos contrários aos interesses dos inquilinos do Palácio do Planalto, equivale a querer que o País volte aos tempos do absolutismo. Um Estado Democrático de Direito tem muitas garantias, mas entre elas não está a imunidade para o ilícito.

Editorial do Estadão publicado em 21/03/2016

21/03/2016


Estadão - Lava Jato deflagra primeira operação internacional e prende operador de propinas
Autoridades de Portugal cumpriram, na 25ª fase da operação, mandado de prisão contra Raul Schmidt Felipe Junior, investigado que estava foragido desde julho de 2015

O Globo - Defesa de Lula pede ao STF que pare iniciativas de Moro
Advogados querem frear ações do juiz sobre o ex-presidente até decisão do STF 

Folha de São Paulo - Após gravações, governo busca novo nome para assumir comando da PF
Atual diretor perdeu a confiança do governo após a divulgação da conversa entre Dilma e Lula

Gazeta do Povo - 1.º ato do impeachment vira tudo ou nada para Dilma Rousseff
Oposição quer ritmo acelerado para aproveitar auge do desgaste político do governo. Caso o processo passe pela Câmara, Renan Calheiros não garante apoio do Senado

Correio Braziliense – Musical sobre obra de Chico é suspenso após comentário sobre Lula
Chico Buarque de Holanda decidiu, na tarde deste domingo, 20, não mais liberar os direitos de sua música para os espetáculos de Botelho e sua empresa

Estado de Minas - Mercado estima inflação de 7,43% e queda maior do PIB em 2016
A nova perspectiva agora é de 7,43% ante os 7,46% previstos anteriormente. Para o PIB, estimativa de retração passou de 3,54% para 3,6% neste ano

Revista Época - Investigadores da Lava Jato temem interferência do novo ministro da Justiça
Acreditam que Eugênio Aragão pode atrapalhar a apuração do Ministério Público e da Polícia Federal

Revista Veja - No apartamento de Lula, documentos sobre pavões para o sítio de Atibaia
Entre os documentos relativos ao sítio de Atibaia encontrados na busca e apreensão no apartamento do ex-presidente Lula em São Bernardo estão notas fiscais de compra de vidros e madeiras, equipamentos de manutenção (como aparadores de cercas vivas), depósitos para fornecedores, plantas da reforma e até documentos sanitários e de compra e transporte de sete pavões

Revista Carta Capital - "A Lava Jato não vai acabar com a corrupção"
Para Marcos Otavio Bezerra, antropólogo da UFF, não é o Judiciário que pode pôr um fim às ilegalidades, mas a própria sociedade

Portal Correio do Povo - Definição sobre Lula na Casa Civil deve ser tomada após Páscoa, diz Mendes
Defesa do ex-presidente alega que decisão é nula, pois caberia ao ministro Teori Zavascki

Portal G1 - Justiça diz que ministro tem 'plena confiança' em diretor-geral da PF
Ministério divulgou nota e disse que não há decisão sobre substituir Daiello. Em entrevista a jornal, ministro disse que não tolerará vazamentos na PF.

Portal IG - Advogado-geral da União pede ao STF liminar para nomeação de Lula
Temendo nova investida de Moro, pedido da AGU tem por objetivo suspender o andamento de todos os processos e decisões judiciais até um pronunciamento final da Corte

clicRBS - Lava-Jato bate recorde de bloqueio em contas na Suíça
Mais de US$ 800 milhões já foram bloqueados em conexão com a operação que investiga o esquema de corrupção da Petrobras

Bom Dia!

Liberdade de expressão!

Em Belo Horizonte, no final de semana, um jovem ator que participava de uma apresentação teatral da obra de Chico Buarque, falou em impeachment e, segundo consta, contra  a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio.

Houve um tumulto entre os que assistiam ao espetáculo, alguns vaiando outros aplaudindo e, como acontece quando defensores do governo participam de algum ato, gritos de “não vai ter golpe”.

Chico Buarque, como bom petista e defensor ferrenho do governo, que já lhe concedeu alguns benefícios da Lei Rouanet, imediatamente avisou que proibiria o ator de usar suas músicas em qualquer espetáculo que participasse, numa atitude clara de censura ao que disse o ator.

Enquanto isso, aqui em Porto Alegre, na Redenção, artistas gaúchos se reuniram para a realização de um ato que, segundo os próprios, defendia a democracia, a legalidade e a liberdade de expressão. Os artistas preparam, ao mesmo tempo, uma manifestação que acontecerá no Largo Zumbi dos Palmares nesta semana.

O que chama a atenção no propósito dos que se dizem artistas gaúchos, é a incoerência do ato que defende, por exemplo, a liberdade de expressão, com a atitude do Chico Buarque. Logo ele, tantas vezes censurado e impedido de ter suas musicas divulgadas por letras que contrariavam o que pensavam os ditadores da época.

Agora, quando alguém discorda ou manifesta opinião contrária ao que Chico defende, imediatamente ele censura o espetáculo e defende os que estão governando. Não permitirá, como Geisel, Médici, Costa e Silva e Figueiredo não permitiram, que alguém fale mal do governo num espetáculo que pretendia prestar uma homenagem a ele. Como ele mesmo disse: “quem te viu e quem te vê”.

Dei uma olhada na relação de participantes e organizadores do ato e, quem sabe por não acompanhar detidamente o movimento artístico do Rio Grande do Sul, por motivos que nã cabe discutir aqui, encontrei dois ou três, no máximo, com alguma expressão no cenário artístico gaúcho. Desculpem, mas o resto não sei quem é e nunca ouvi falar.

Sobre a liberdade de expressão, defendida pelos artistas, logo surgirão as mais estapafúrdias explicações em defesa do Chico, algumas bem parecidas com as da Maria do Rosário sobre  as mulheres, chamadas pelo Lula,  de grelo duro.

Se eu tivesse que mandar um recado para o compositor que se prontificou a censurar a liberdade de expressão, eu diria que “apesar de você amanhã há de ser outro dia”!

Tenham todos um Bom Dia!