segunda-feira, 14 de março de 2016

Foro privilegiado

Lula bem perto do ministério

Depois da decisão da juíza Maria Priscilla Oliveira de remeter para Curitiba o processo relativo ao triplex no Guarujá, cresceram e "são de 90% ou mais", conforme assessores do Palácio do Planalto, as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornar ministro do governo Dilma Rousseff. Se isso ocorrer, o processo sobe para o Supremo Tribunal Federal (STF), pois ele ganharia prerrogativa de foro privilegiado.

O presidente do PT, Rui Falcão, deve ir ainda nesta segunda ao Palácio do Planalto para ser o portador do "sinal verde" do ex-presidente ao convite que lhe fora feito na semana passada. Lula deve responder pessoalmente à presidente, em viagem a Brasília nesta terça (15) ou na quarta-feira (16).

Boa Noite!

Emílio Santiago, considerado por fonoaudiólogos que analisaram suas técnicas vocais, como a voz mais perfeita do Brasil, nasceu no Rio De Janeiro em 6 de dezembro de 1946 e morreu no dia 20 de março de 2013.

Formado em Direito, Emilio queria ser diplomata quando ficou sabendo que não havia um diplomata negro no Brasil. Acabou se tornando um dos cantores de maior sucesso na música brasileira.

Aqui, ele canta, de Ivan Lins, a belíssima Lembra de mim.

Prisão de Lula

Juíza manda denúncia para Sérgio Moro


A Justiça de São Paulo encaminhou para as mãos do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), a denúncia e o pedido de prisão preventiva feitos pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Lula. A Justiça paulista decidiu que o caso do tríplex no Guarujá (SP) já era alvo da Operação Lava Jato e que os crimes investigados são de esfera federal. A decisão da 4ª Vara Criminal da Capital foi divulgada nesta segunda-feira pelo Tribunal de Justiça do Estado.

A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira declinou da competência para atuar no processo e decidiu levantar o sigilo do caso. Em sua decisão, ela escreveu que, conforme Moro, os favores indevidos recebidos pelo ex-presidente têm relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato. Ela citou despacho em que o juiz federal fala em "fundada suspeita de que o ex-presidente teria recebido benefícios materiais, de forma sub-reptícia, de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, especificamente em reformas e benfeitorias de imóveis de sua propriedade".

A referência de Moro a "suspeitas de que o ex-presidente seria o real proprietário de dois imóveis em nome de pessoas interpostas", como o tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, e o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, também foi destacada pela juíza como um dos motivos pelos quais o caso deve tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde está centralizada a maior parte dos processos relacionados à Lava Jato.

"Têm-se que nos processos da Operação Lava Jato são investigadas tanto a cessão do tríplex no Guarujá ao ex-presidente e sua família, bem como as reformas em tal imóvel, (...) e ainda a mesma situação com o notório Sítio na Comarca de Atibaia, ambos no Estado de São Paulo, após minucioso trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal", afirma a juíza, que conclui que "é inegável a vinculação entre todos esses casos da Operação Lava Jato".
"O pretendido nestes autos, no que tange às acusações de prática de delitos chamados de 'lavagem de dinheiro', é trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e pelo MPF, pelo que é inegável a conexão, com interesse probatório entre ambas as demandas, havendo vínculo dos delitos por sua estreita relação", decidiu a juíza.

Os promotores de São Paulo vão recorrer da decisão da juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira. Eles irão se reunir ainda hoje para decidir em qual instância podem questionar a remessa dos autos a Moro.
(Com Portal Veja/conteúdo)

Mais um listão

Ex-presidente da Andrade envolve ex-governadores,
senadores, ministros e ex-ministros de Lula e Dilma

Otávio Azevedo (Foto/Reprodução)
Das grandes empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção na Petrobras, a Andrade Gutierrez foi a primeira a decidir contar seus segredos. Durante quase uma década, Otávio Azevedo presidiu o que é hoje um vasto conglomerado, expandiu seus negócios para a área de energia, saneamento, transportes e tecnologia, e passou a atuar em quatro continentes - crescimento combinado com as boas relações que sempre manteve com o poder, especialmente a partir de 2003, quando Lula chegou ao governo. Preso e acusado de pagar propina a políticos envolvidos no escândalo do petrolão, Otávio Azevedo assinou um acordo de delação premiada com a Justiça. Em troca da liberdade, comprometeu-se a contar detalhes da relação simbiótica que, por mais de uma década, transformou políticos em corruptos e empresários em corruptores. As revelações do executivo fornecem evidências que não deixam dúvidas sobre a natureza dos governos de Lula e Dilma Rousseff. Ambos tinham na corrupção um pilar de sustentação.

Em sua confissão, Otávio Azevedo contou que pagar propina por obras no governo petista era regra em qualquer setor - e não uma anomalia apenas da Petrobras. Nos depoimentos prestados pelo empreiteiro aos investigadores da Procuradoria-Geral da República são descritas transações associadas ao nome de alguns dos políticos mais influentes do país. Combinados a um calhamaço de demonstrativos bancários, minutas de contratos e registros de reuniões secretas, os relatos produzem um acervo sobre o grau de contaminação dos governos petistas. Estão envolvidos ministros, ex-ministros, ex-governadores e parlamentares de múltiplos quilates. Eles negociaram pagamentos milionários de propina com a empreiteira e, com isso, vilipendiaram o mais sagrado dos rituais em uma democracia: o processo eleitoral. A lista de Otávio Azevedo deixa em péssima luz tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente Dilma Rousseff. Todos os comprometidos nas maquinações narradas pelo empreiteiro são figuras presentes na intimidade do ex e da atual mandatária do Planalto.

No governo Lula, segundo ele, cobrava-se propina de 1% a 5% das empreiteiras interessadas em participar dos consórcios que executavam as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O negociador do pacote de corrupção, de acordo com o empreiteiro, era Ricardo Berzoini, atual ministro da coordenação política. O executivo contou que, certa vez, a cúpula da Andrade Gutierrez foi procurada por Berzoini, que se apresentou como representante do PT para resolver pendengas financeiras. Em outras palavras, o petista era o encarregado de acertar o recebimento de "comissões" por contratos no governo.
O ministro, durante bom tempo, foi responsável pela administração da "conta corrente" das obras de Angra 3 e da hidrelétrica de Belo Monte.

Criticados no início da Lava-Jato, os acordos de delação foram, sem dúvida, fundamentais para o sucesso das investigações. Através deles, quebraram-se pactos de silêncio, localizaram-se contas secretas no exterior, figurões e figurinhas foram parar na cadeia. Em busca da liberdade ou da redução da pena, outros envolvidos entraram na fila para contar o que sabem. Na semana passada, advogados da Odebrecht e da OAS estiveram em Curitiba conversando com o Ministério Público sobre a possibilidade de seus clientes serem admitidos no programa. Marcelo Odebrecht está condenado a dezenove anos e quatro meses de prisão. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, a dezesseis anos e quatro meses. Além deles, buscam o acordo o marqueteiro João Santana, que recebeu dinheiro sujo como pagamento de serviços eleitorais a campanhas do PT, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e envolvido até o pescoço no petrolão, e o senador petista Delcídio do Amaral.


Não será uma negociação fácil: o esquema de corrupção na Petrobras está praticamente todo desvendado. Falta apenas confirmar quem era o chefe, o mandante. Ou seja, os benefícios serão concedidos a quem ajudar os procuradores a chegar lá. Todos os investigados têm informações que podem levar ao topo da cadeia de comando. A dúvida é saber quem vai tomar a iniciativa de falar primeiro. O senador Delcídio está na frente. Preso em novembro do ano passado por atrapalhar as investigações, ele revelou que tanto Dilma quanto Lula sabiam e se beneficiaram do petrolão. O petista narrou detalhes de negócios fraudulentos realizados pelo PT na China e em Angola, também citando os ex-ministros Antonio Palocci e Erenice Guerra. Elencou, ainda, dezenas de políticos que receberam dinheiro de corrupção - incluindo, de novo, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, e os peemedebistas Romero Jucá, Jader Barbalho e Eunício Oliveira - e até um representante da oposição, no caso, o senador tucano Aécio Neves. Por fim, acrescentou uma nova história de extorsão ao currículo do ministro Edinho Silva. O então tesoureiro de Dilma, de acordo com o senador petista, repetiu os métodos denunciados pela Andrade para arrancar dinheiro do laboratório EMS na campanha presidencial. Se tudo for verdade, faltará mesmo muito pouco para ser contado.

Confira a lista de envolvidos



Com Reviusta Veja/conteúdo e lista

Rapidinhas


Impeachment: Cunha pede que deputados fiquem em Brasília até sexta
Interessado em iniciar o quanto antes o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta segunda-feira, 14, aos deputados que eles podem ter que ficar em Brasília até sexta-feira, 18. O Supremo Tribunal Federal (STF) responderá nesta quarta-feira, 16, aos questionamentos apresentados pelo Legislativo e Cunha quer dar início ao processo no dia seguinte. Na manhã desta segunda-feira, 14, Cunha enviou mensagem de WhatsApp informando que convocará reunião do colégio de líderes assim que o Supremo se manifestar. Os líderes de cada partido terão até o início de dia seguinte para apresentar os seus indicados para integrar a comissão que avaliará o pedido de impeachment.

A partir do dia 31, remédios ficarão 12,5 mais caros
Os medicamentos vão ficar mais caros em todo o País a partir do próximo dia 31. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o aumento anual nos preços deve ser de até 12,5%. Se confirmado, o reajuste vai superar a inflação (de 10,67%, em 2015) pela primeira vez em dez anos. A base de cálculo para o reajuste de medicamentos é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 10,36% em 12 meses até fevereiro. O governo, no entanto, ainda não divulgou oficialmente de quanto será o aumento, pois o processo está em consulta pública.

Protestos: aliados admitem fortalecimento do impeachment
Lideranças dos partidos que dão sustentação para o governo da presidente Dilma Rousseff, como PMDB, PSD e PR, acreditam que as manifestações de ontem terão forte impacto sobre o processo de afastamento da presidente no Congresso. Se o apoio à manutenção do mandato dela ainda é quase total entre os partidos de esquerda, as bancadas do chamado “Centrão”, que dão sustentação a todos os governos, estão divididas a respeito do impeachment.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), acredita que o impeachment ganhou força com os protestos, tendo em vista que ainda esta semana o Supremo Tribunal Federal (STF) deve dar a palavra final sobre o rito do processo, e a Câmara pode criar a comissão especial que o analisará: — A semana será decisiva, pois o Supremo libera o rito, e a Câmara deve dar continuidade. Os partidos levarão as manifestações em consideração, e o impeachment ganha força.

BC diz que economia iniciou 2016 com queda de 0,61%
Os cálculos do Banco Central (BC) mostraram que a economia brasileira iniciou 2016 em queda. Segundo o Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), o recuo foi de 0,61% em janeiro, o 11º mês seguido de variação negativa frente ao mês anterior e o maior período de retração desde que o BC passou a registrar os dados. No acumulado em 12 meses, a atividade econômica registrou retração de 4,48%. Na comparação com janeiro de 2015, a queda foi bem mais acentuada, de 8,12%. O resultado é pior do que a expectativa dos analistas. O Bradesco projetava um leve recuo de 0,1% frente a dezembro. A expectativa de analistas consultados pela Reuters era de crescimento de 0,1%na comparação mensal, segundo a mediana de 13 projeções.

Dilma se reúne com ministros para analisar impacto das manifestações
Um dia após a maior manifestação popular da história do país, a presidente Dilma Rousseff, pressionada para deixar o cargo, comandou na manhã desta segunda-feira uma reunião de coordenação política para tentar traçar uma estratégia de resposta aos protestos. Participaram do encontro os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Edinho Silva (Comunicação Social); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e Carlos Vieira, ministro interino da Integração Nacional. Além deles, estarão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e o Congresso Nacional, José Pimentel.

Bom Dia!

E agora, Dona Dilma?

Os números oficiais da Polícia Militar em todo o Brasil, falam que mais de 3 milhões de pessoas participaram das manifestações contra o governo neste domingo. Os organizadores falam em 6 milhões. Vamos ficar com os 3 milhões da PM.

Aqui em Porto Alegre, onde  estive presidente, mais de 100 mil pessoas protestaram contra o seu partido, contra seu antecessor e criador e pediram seu impeachment. A grande consagração foi para o juiz Sergio Moro, aquele que faz tremer seus aliados.

Na Redenção, que a senhora tanto conhece, os militantes de seu partido, seus ‘cumpanhero’ alimentados por milhares de coxinhas de galinha, não passaram de 2 mil. Vamos combinar que a diferença é muito grande, não?

E foi assim no Brasil inteiro, presidente. Desde cedo as pessoas foram para as ruas mandar um recado para a senhora. Os manifestantes, em maioria absoluta, pediram seu impeachment. Não querem mais que a senhora siga comandando o Brasil.

Aí em Brasilia, onde a senhora não deve nem ter andado de bicicleta, mais de 100 mil pessoas foram para frente do Congresso clamar por sua saída. Não querem mais saber do PT desgovernando o Brasil.

Mas sou obrigado a interromper meu comentário para falar de uma coisa que não entendi. Enquanto milhões de pessoas estavam nas ruas protestando contra o seu governo, a senhora assinou uma Nota Oficial pedindo providências da polícia para descobrir quem pichou o prédio da UNE? E também pediu rigor sobre uma possível agressão da PM paulista contra sindicalistas que ocupavam a sub-sede de um sindicato no ABC em ato pró-Lula?

Não acredito, dona Dilma, que a senhora ache mais importante qualquer um dos fatos, do que o que estava ocorrendo no resto do Brasil. A sede da UNE, que recebeu muito dinheiro do governo e parece que não fez nada, e um ato de apoio ao ex-presidente, por mais importantes que sejam, não merecem sua preocupação durante a manifestação de mais de 3 milhões de pessoas contra seu governo.É como ver o circo pegar fogo e reclamar que não pode comprar pipocas!

Confesso que não ouvi nada de seus ministros, mas já imagino o que dirão. Jamais os que estão ao seu lado largarão as benesses dos cargos que ocupam, nem admitirão que o Brasil não quer mais o PT no governo. A nota oficial que o seu governo emitiu, é de um vazio tão grande, que nem merece comentários, dona Dilma.

Depois das manifestações de ontem, presidente, seu governo não tem mais razão de ser. O povo brasileiro foi para as ruas, a maioria para as concentrações de manifestantes, mas grande parte, os que não estiveram nas praças e avenidas, estavam no supermercado, nos parques, vestindo verde e amarelo, enquanto meia dúzia de gatos pingados, militantes de seu partido, todos de vermelho e bandeiras da mesma cor, comiam coxinhas de galinha e gritavam os costumeiros chavões de tantos anos.

Está na hora do desembarque, dona Dilma. E a senhora pode acrescentar o PMDB e alguns outros na hora de fazer as malas.

Mais de 3 milhões de pessoas nas ruas gritando que não querem mais a senhora nem o seu partido no governo, é coisa para se pensar seriamente. A não ser que a senhora acredite mais nos que ganharam coxinhas e sanduíches para dizer que não podem largar o poder. Pense bem no que aconteceu ontem, dona Dilma.

Tenham todos um Bom Dia!