Justiça francesa condena Maluf a três anos de prisão por
lavagem de dinheiro
A Justiça francesa condenou o deputado federal e
ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP) sua mulher Sylvia Lutfalla Maluf
e seu filho Flávio Maluf a prisão por lavagem de dinheiro de 1996 a 2005. A
sentença do final do ano passado determinou ainda o confisco
de 1.844.623,33 euros em contas do deputado e de seus familiares. Além
disso, os três deverão pagar multas que somam 500 mil euros. Segundo a Justiça
francesa, os três condenados agiram em associação para ocultar a origem de
recursos que teriam sido fruto de corrupção e desvio de dinheiro no
Brasil na época em que Maluf era prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996. O Tribunal também determinou a manutenção
dos mandados de captura internacional expedidos contra os três réus.
Odebrecht fez pagamentos a empresa de enteada de João
Santana
Investigada na Operação Lava Jato por desviar recursos da
Petrobras, a Odebrecht fez pagamentos no Brasil a uma empresa da enteada do
publicitário João Santana. Os repasses, feitos entre 2013 e 2014, ano
eleitoral, somaram R$ 134.652. A empreiteira contratou a Digital Pólis, de Alice
Moura Requião, cinco meses após a abertura da empresa, que atua no concorrido
mercado de webdesign, criação de sites, blogs, campanhas publicitárias e gestão
de redes sociais. A Digital Pólis também prestou serviços em 2014 à campanha de
Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo. Ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o candidato registrou ter pago R$ 4 milhões pelo serviço de
"criação e inclusão de página na internet". Em nota, no entanto, a
empresa disse que "a campanha lhe pagou R$ 1,4 milhão".
Alice Requião é filha de Mônica Moura, investigada
juntamente com o marido, João Santana, na Operação Lava Jato por supostos
pagamentos ilegais recebidos da Odebrecht.
Cunha prorroga CPI que mira Jaques Wagner
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), prorrogou nesta quarta-feira, por 30 dias, o funcionamento da CPI
que apura um rombo bilionário nos Fundos de Pensão, setor fortemente ligado ao
Partido dos Trabalhadores. Iniciada em agosto do ano passado, a comissão de
inquérito já foi estendida uma vez e terminaria no dia 19 de março. Agora, será
encerrada no dia 18 de abril. O colegiado apura contratos com indícios de terem
sofrido influência de figuras petistas já conhecidas do noticiário policial,
como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu, ambos presos na Operação Lava Jato. Agora, está na mira o ministro
Jaques Wagner, da Casa Civil, suspeito de ter atuado junto a empreiteiras enroladas
no petrolão em ações ligadas a fundos de pensão. Mensagens interceptadas pela
Polícia Federal indicam que ele negociou doações com o ex-presidente da OAS,
Léo Pinheiro, para a campanha petista na disputa pela prefeitura de Salvador em
2012. Parlamentares petistas têm atuado para evitar a convocação do ministro na
CPI.
Vitória de Trump aumenta divisão entre republicanos e
deixa partido à beira do abismo
Enquanto os democratas estão se alinhando, os
republicanos só se dividem mais. E parecem estar caindo aos pedaços. A noite
mais decisiva para a campanha presidencial até agora cristalizou, de forma
surpreendente e poderosa, as distintas características dos dois principais
partidos disputando a Casa Branca. A unificação estável e aparentemente implacável
do Partido Democrata por Hillary Clinton está em contraste com o aumento da
fragmentação entres os republicanos sobre o domínio de Donald Trump, que
liderou as prévias de Norte a Sul dos Estados Unidos na Super Terça. Agora, com
todos os olhos voltados para a reação da legenda, o partido está acordando para
as vantagens de consenso e os perigos do caos.
“Se o Partido Republicano fosse um avião, e você
estivesse olhando pela janela do passageiro,veria peças da aeronave se soltando
e perguntaria se as próximas seriam uma das asas ou os motores”, disse Tim
Pawlenty, ex-governador de Minnesota e um pré-candidato republicano nas
eleições presidenciais de 2012.
Vendas de carros no Brasil regridem quase uma década
As vendas de veículos no Brasil regridem em quase uma
década e o mercado nacional desaba no ranking internacional dos maiores do
mundo. Dados apresentados nesta quarta-feira, 2, pelas montadoras
indicaram que o Brasil passou do quarto maior mercado do mundo de veículos em
2014 para o sétimo. A queda em termos porcentuais foi de 27%, a segunda pior do
mundo e superada apenas pelos russos, sob embargo comercial. Os dados
foram apresentados durante o Salão do Automóvel em Genebra, um dos mais
importantes do mundo. "Depois de registrar anos de crescimento, vemos em
2015 uma confirmação de algo que já havia começado em 2014, que era a queda de
vendas", explicou Yves van der Straaten, secretário-geral da Organização
Internacional de Construtores de Automóveis (OICA). "O que nos
assusta, porém, é que a crise se acentuou em 2015 ", disse.