quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Apoiadores de Dilma

Mascarados depredam sede do PMDB


Um grupo de manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) invadiram e depredaram a sede do PMDB em Porto Alegre. A Polícia Militar interviu com bombas de gás. Não há informações de presos ou feridos.

O movimento contrário à saída da petista da Presidência se concentrou na Esquina Democrática, no Centro da cidade, e logo após saiu em caminhada em direção a Avenida João Pessoa, onde fica a sede do PMDB local.

Ao passar pelo edifício, um grupo de mascarados começou a chutar a porta de ferro e jogar objetos na entrada principal do partido. Assim que a estrutura foi rompida, os mascarados invadiram o edifício.

Um grupo mais exaltado pegou sacos de lixo que estavam em frente a sede, colocou dentro do prédio e ateou fogo. Logo em seguida, outros manifestantes jogaram um contêiner de obra que estava perto do local.

O ato a favor de Dilma, cujos manifestantes acabaram depredando a sede do PMDB,  foi organizado pela Frente de Luta contra o Golpe. 

Um segundo ato, contra a petista ocorreu simultaneamente no Parcão, no bairro Moinhos de Vento, na Zona Norte da cidade. Nesta manifestação, não há registros de incidentes.

BOA NOITE!

Na 5ª Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1975, a música Cordas de Espinho, com versos de Luiz Coronel e melodia de Marco Aurélio Vasconcellos, mostrou para o Brasil um intérprete diferenciado. A voz de Ivo Fraga tornou ainda mais bonita a canção premiada como a melhor da Linha Manifestação Riograndense.

Com ele, no palco, a genialidade de Plauto Cruz que, com seu mágico  toque de flauta, emoldurou a apresentação do Ivo.

Selecionei esta canção para homenagear Ivo Fraga, um dos grandes cantores do Rio Grande do Sul e duas personalidades da poesia e do nativismo gaúcho, Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcellos.



Michel Temer

“Golpista é quem derruba a Constituição”

Foto: AFP
Temer em sua primeira reunião ministerial
O presidente Michel Temer afirmou em seu primeiro discurso para ministros do governo nesta tarde que não está viajando para a China "a passeio" que a comitiva brasileira quer mostrar ao mundo que é um governo legítimo. "A partir de hoje divulguem que nós estamos viajando exata e precisamente para revelar aos olhos do mundo que temos estabilidade politica e segurança jurídica", disse, durante discurso em sua primeira reunião ministerial como efetivo. 

O presidente recém-efetivado no cargo dedicou grande parte de seu discurso para rebater as acusações de petistas e apoiadores de Dilma de que o processo de impeachment teria sido um golpe. Ele chegou a orientar seus ministros a responder as provocações, disse que com o processo de afastamento de Dilma concluído seu governo não vai "levar ofensa para casa". "Golpista é quem derruba a Constituição", disse.

O peemedebista afirmou ainda que o principal objetivo da viagem é atrair recursos para o Brasil. "Vamos fazer várias viagens ao exterior com esse objetivo", disse. Ele destacou as agendas bilaterais previstas e disse ainda que durante o encontro do G-20, fará quatro discursos, inclusive no almoço com os líderes.
Agência Estado 

Foto oficial de Dilma

Quadros são retirados do Planalto

Poucas horas depois de o plenário do Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, funcionários do Palácio do Planalto começaram a retirar os quadros com a foto oficial da petista dos gabinetes do prédio.

Nesta quarta-feira (31), os senadores aprovaram, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, afastar definitivamente Dilma da Presidência.

Ela foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Dilma foi notificada da decisão do Senado às 15h05, e poucos minutos depois, fez um pronunciamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, acompanhada de militantes, ex-ministros de seu governo e parlamentares contrários ao impeachment.

Temer, por sua vez, acompanhou a votação no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente. Após a sessão, ele foi ao Palácio do Planalto, onde foi notificado da decisão às 15h30.

Lava Jato

Tribunal rejeita recurso de Lula

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quarta-feira, 31, por unanimidade, recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa do petista havia impetrado agravo regimental contra decisão que não conheceu pedido de esclarecimento acerca de eventual relacionamento pessoal entre o juiz federal Sérgio Moro e o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no tribunal. Segundo o Tribunal, o agravo regimental não é o recurso correto para este tipo de questionamento, mas sim a exceção de suspeição criminal.

No início de julho, o advogado de Lula anexou petição na qual pedia informações acerca de uma possível relação pessoal próxima entre os julgadores de primeiro e segundo graus. Gebran não conheceu o pedido, entendendo que o meio processual usado não era o adequado. A defesa ingressou com agravo regimental requerendo a reconsideração da decisão.

Segundo a turma, a arguição da suspeição ou do impedimento do julgador deve ser feita pela via da exceção, ou seja, pelo recurso que leva o nome de Exceção de Suspeição Criminal, meio não utilizado pela defesa.

“Havendo qualquer dúvida quanto à parcialidade do relator, deve a parte interessada externá-la pelo meio apropriado, juntando elementos que sustentem a sua alegação, sob pena de se tratarem de vazias alegações”, escreveu Gebran em seu voto.
Agência Estado



‘Nós voltaremos’

Dilma declara guerra do PT a Temer

Dilma Rousseff falou pela primeira vez nesta quarta-feira agora como ex-presidente da República. De vermelho e cercada por integrantes de sua tropa de choque no Senado – Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) -, a petista fez um discurso beligerante. Classificou o governo do presidente Michel Temer como “um bando de corruptos”, indicou que seguirá lutando na Justiça contra o impeachment e afirmou: “Nós voltaremos”.

 “Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado”, afirmou. “O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”.

Além de culpar os inimigos de sempre, Dilma retomou o discurso do medo: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido.”

Presidência da República

Michel Temer é empossado

Foto: AFP
Três horas após o Senado afastar definitivamente Dilma Rousseff do comando do Palácio do Planalto, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse na tarde desta quarta-feira (31) a Michel Temer no cargo de novo presidente da República.

A concorrida cerimônia, realizada no plenário do Senado, contou com a presença de deputados, senadores, ministros, militares e magistrados. Entre os convidados de honra, estavam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Lewandowski foi o responsável pela condução do julgamento do processo de impeachment de Dilma. Inclusive, coube a ele decretar o resultado das votações que determinaram o afastamento de Dilma da Presidência, mas mantiveram a elegibilidade da petista a funções públicas.

Renan declarou a sessão conjunta da Câmara e do Senado aberta às 16h41. Na sequência, Temer e os deputados, senadores e convidados cantaram o Hino Nacional no plenário.

Às 16h49, Temer foi empossado e prestou o juramento no qual prometeu cumprir a Constituição.

"Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil", declarou o peemedebista no plenário do Senado com a mão sobre a carta constitucional.

Mesmo com o curto intervalo entre a sessão que destituiu Dilma do poder e a a posse do novo presidente, o plenário do Senado foi decorado com flores para a solenidade. Além disso, o cerimonial do Senado projetou uma imagem comemorativa no painel eletrônico do plenário.

IMPEACHMENT

DILMA ROUSSEFF É CASSADA

31/08/2016



Estadão - Placar indica cassação de Dilma
Após assédio de aliados da petista, Temer garante o apoio dos três senadores do Maranhão; apuração do 'Estado' contabiliza votos favoráveis de 55 parlamentares

Folha de São Paulo - Votação do impeachment começa às 11h; Senado já tem maioria para cassar Dilma
Em enquete feita pela Folha, 54 dos 81 senadores declararam que vão votar a favor da condenação da petista

O Globo - Votos pelo impeachment de Dilma devem superar o necessário
Tendência é que maioria dos 7 senadores que não revelaram posição vote pelo impedimento 

Estado de Minas - Palácio do Planalto se prepara para receber novo presidente
Enquanto aguarda o provável impeachment de Dilma, Temer ensaia discurso de posse e mudança de endereço

Correio Braziliense - Bancada do PT no Senado busca modo de preservar direitos políticos de Dilma
Uma possibilidade que se cogita é desvincular a perda do cargo da suspensão dos direitos políticos, fazendo-se duas votações durante a sessão final

Diário Catarinense - Senado retoma a sessão às 11h para votação definitiva do impeachment
Sessão foi suspensa na madrugada após mais de 12 horas de discursos. Entre 63 senadores que falaram, 42 já adiantaram votos contra Dilma

Tribuna da Bahia - Placar indica cassação de Dilma
Dos 63 senadores que discursaram, 44 falaram a favor do impeachment, 18 contra e um não declarou abertamente sua intenção de voto

Revista Exame - Receita notifica Instituto Lula sobre desvio de finalidade
A Receita Federal notificou o Instituto Lula para apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização por suposto "desvio de finalidade". A Receita suspendeu a isenção tributária do Instituto de 2011

Revista VEJA - Dilma prepara discurso pós-impeachment
O tom do pronunciamento será emocional e tem a intenção de protestar contra a ‘ruptura institucional’, assim como fez na segunda-feira no Senado
Revista ÉPOCA - Senador denuncia ameaças de integrantes de movimentos anti-Dilma
Otto Alencar (PSD-BA) teve seu número de celular divulgado nas redes sociais do movimento Vem pra Rua depois de anunciar voto contra o impeachment

Portal G1 - Dilma acompanhará votação final ao lado de Lula, Falcão e ex-ministros
Senado decide nesta quarta se afasta petista definitivamente da Presidência.
Presidente afastada avalia fazer pronunciamento após julgamento final

Portal IG - Sorteio da Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 5,1 milhões nesta quarta-feira
Apostas nas casas lotéricas e pela internet se encerram às 19h em todo o País

Impeachment

Senado decide hoje destino de Dilma

Foto: Agência Senado
Na fase de debates, que durou quase dezessete horas, 48 senadores
se manifestaram a favor do impeachment, e 18 foram contrários

Encerrada a fase de debates, que durou quase dezessete horas, o Senado chega na manhã desta quarta-feira ao sétimo — e último dia — do julgamento que selará o destino da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, marcou o início da sessão de votação final para as 11 horas e a expectativa é que ela seja concluída até o início da tarde. Já se passaram mais de nove meses desde que o processo de impeachment foi instaurado no Congresso Nacional, em dezembro de 2015.

Segundo placar elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 55 senadores já se declararam favoráveis à condenação de Dilma, quórum suficiente para afastá-la definitivamente do cargo e torná-la inelegível por oito anos. Senadores do PT já anunciaram que, após a votação, irão recorrer ao STF para anular o processo. Durante a fase de debates, 48 senadores se manifestaram favoráveis ao impeachment, 18 contrários e 3 não declararam.
Ricardo Lewandowski, que comanda os trabalhos no Senado, deve começar a sessão de hoje, lendo um resumo sobre os argumentos apresentados pela acusação e defesa, e das provas levantadas ao longo do processo. Depois, quatro senadores (dois anti e dois pró-impeachment) farão explanações na tribuna por até cinco minutos cada. Eles estão impedidos de orientar votos.

Em seguida, para encaminhar a votação, Lewandowski fará a seguinte pergunta aos parlamentares: “Cometeu a presidente Dilma Rousseff os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?” Os senadores deverão responder “sim” ou “não” em votação aberta, nominal e via painel eletrônico.

Para Dilma ser cassada, o relatório pela condenação precisa receber 54 votos favoráveis entre os 81 senadores. Se não atingir esse número, ela reassume o a Presidência da República e o processo é arquivado. Se for condenada, fica proibida de disputar cargos públicos por oito anos a partir do fim de 2018, quando terminaria o seu mandato. Finalizada a votação, Lewandowski lerá a sentença, que será publicada na forma de resolução e comunicada para as partes envolvidas. Se for confirmado o impeachment, o presidente interino Michel Temer tomará posse do cargo em solenidade no Congresso Nacional ainda nesta quarta-feira.
Fonte: veja.com

BOM DIA!

O fim da agonia!

Mesmo contrariando a opinião de alguns, até de certos amigos meus, sou obrigado a concordar com os que afirmam que a soberba, o sentimento de poder imbatível, de donos da verdade, acabaram levando Dilma Rousseff, Lula e o PT para o fundo do poço.

A partir das 11 horas desta manhã, quando o Congresso estiver reunido para votar o impeachment da presidente afastada, um sonho acalentado por muitos brasileiros, chegará ao fim. E que não se culpe aos brasileiros que acreditaram nas promessas, na utopia, nos delírios petistas durante mais de 30 anos.

Surgido e cantado como o partido da diferença, da honestidade, da transparência, do sonho dos mais pobres, dos trabalhadores, o PT acabou se transformando não em partido igual aos outros, mas pior. A arrogância de Lula, de seus companheiros sindicalistas, o despreparo para gerir a complicada máquina pública, acabaram colocando a todos no mesmo barco que passou a navegar impulsionado pelos ventos da corrupção, do dinheiro fácil e, pensavam eles, da impunidade.

Tanto que Lula, soberano absoluto, dono do partido, dono da verdade e intransigente em argumentos pessoais, criou a figura de Dilma Rousseff que chegou ao Planalto nos braços da popularidade de Luiz Inácio. Era o começo do fim.

A partir do momento em que elegeu Dilma, Lula se assumiu arauto de tudo, dono da ilusão e senhor da razão. A partir dali, para ele, estavam abertos, asfaltados e livres os caminhos para fazer o que bem entendesse. Ninguém teria coragem ou legitimidade para estancar a caminhada de quem passou para o mundo a imagem de governante popular, sério, defensor dos pobres que se comparava, talvez ainda se compare,  a Getúlio Vargas, Mandela e outros.

Mas o tempo, como se sabe, é senhor da razão e acaba sempre mostrando a verdadeira face de quem, por mais disfarçada que esteja, ilude, mente, trapaceia e joga o jogo sujo de quem se aproveita do dom de iludir. E o tempo do fim da era das mentiras acabou chegando.

Quem é sério, quem tem responsabilidade e honestidade, não trapaceia, não esconde, não mente, não ilude. E tudo isso foi o que Lula mais fez, e tenta continuar fazendo. Tanto que basta olhar para o sindicalista pobre, que não tinha nem casa para morar antes de ser presidente, e o Lula milionário e, pensando bem, um sortudo. Ninguém ganha um sítio em Atibaia, totalmente reformado por empreiteiras que serviam ao governo, para passar os finais de semana com a família. Quem tem um tríplex no Guarujá, igualmente reformado por empreiteiras e pode garantir que não é seu? Lula, além de esperto é um sortudo, não necessariamente nesta ordem.

Depois de participar da cena patética e ridícula de acompanhar, ao lado do também patético e ridículo Chico Buarque, a defesa de Dilma no Senado, Lula certamente estará na frente do Palácio da Alvorada para, ao lados dos “cumpanhero”, acompanhar sua criatura até o avião que a trará de volta a Porto Alegre.
Dali, certamente tomará um rumo que nem sei se ele sabe qual é. Mas não duvido que discurse, esbravejante como sempre, gritando aos integrantes do MST, da CUT, MTST e alguns outros iludidos, que “a luta continua”. E o pior é que muitos seguirão acreditando nele.

A partir das 11 horas da manhã, quando Ricardo Lewandowski, presidente do STF que legitimou o processo do impeachment, abrir a sessão de votação final, começa o fim da agonia, não só de Dilma, mas principalmente de Lula e seus asseclas. A estrela vermelha, como se tem visto nas campanhas de petistas por todo o Brasil, já sumiu e ele provavelmente tenha o mesmo destino. Se bem que a Lava Jato pode mudar tudo.

Tenham todos um Bom Dia!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

BOA NOITE!

Andrea Bocelli  tenor, compositor e produtor musical italiano, vencedor de cinco BRIT  Awards e três Grammys, gravou nove óperas completas (entre as quais: La bohème, Il trovatore, Werther e Tosca), além de vários álbuns clássicos e populares, tendo vendido mais de 150 milhões de cópias em todo o mundo.


Em 1994 Andrea apresentou-se no Festival de San Remo, ganhando o evento com a canção "Il mare calmo della sera", o que levou ao primeiro disco de ouro. No mesmo ano, estreou na ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi, com o papel de Macduff, cantou no concerto beneficente de Pavarotti em Modena e apresentou-se para o Papa João Paulo II no Natal. 

Em 1995 sua canção Con te partirò ficou em quarto lugar no Festival de San Remo. 



OPINIÃO

Ato final

Eliane Cantanhêde

Se houve uma surpresa ontem no Senado, foi justamente a falta de surpresas. Dilma Rousseff repetiu tudo que vem dizendo nesses nove meses, sobretudo na “mensagem aos Senado e ao povo brasileiro”. E os senadores, a favor ou contra o impeachment, também ficaram no mais do mesmo. Logo, sem nenhuma novidade, tudo fica onde estava.

O único fato realmente surpreendente desde as 9h da manhã foi que Dilma não partiu para o confronto e os senhores senadores e senhoras senadoras foram duros, mas elegantes. Ou seja, a sessão histórica foi marcada por um legítimo embate político, mas com civilidade.

O dia amanheceu com mais uma pancada no ex-presidente Lula, responsável por Dilma dar um passo maior do que a perna e virar presidente da República. Indiciado pela Polícia Federal na sexta-feira pelo triplex dos outros, Lula ontem viu a Receita Federal aplicar pesadas multas e cortar subsídios do instituto que leva o seu nome, sob acusação de que o dinheiro das empreiteiras da Lava Jato entrava por uma porta e saía por outra, por exemplo, para empresa de um de seus filhos.

Apesar do constrangimento, lá estava Lula nas galerias do Senado para prestigiar Dilma, e carregando um adereço espetacular: Chico Buarque, ídolo de gerações. Chico perde muito com essa exposição, mas Dilma, Lula e o PT lucram muito. Virtualmente derrotados no Senado, eles jogam para a opinião pública e constroem uma narrativa para a história.

Mais uma vez, o grande ausente foi “o povo”, ou seja, os movimentos pró e contra Dilma e sua excelência, o eleitor. A cerca de um quilômetro instalada nos gramados de Oscar Niemeyer, para isolar as duas grandes torcidas, revelou-se um cuidado desnecessário.

Ao discursar, com claque no plenário, Dilma repetiu tudo o que sempre diz e acaba de escrever na “mensagem”: a tortura, o câncer, é honesta e vítima de uma injustiça. Logo, alvo de um golpe contra a democracia, de uma ruptura constitucional, mas resiste, como sempre resistiu. “Entre meus defeitos não estão a deslealdade e a covardia.”

Citando Getúlio, Jango e JK, mas esquecendo seu privilegiado interlocutor Fernando Collor, ela disse que, como eles, é alvo de uma elite que teve seus interesses contrariados. Os crimes de responsabilidade, disse, são “meros pretextos”. O resto é golpe, golpe, golpe.

Seu alvo frontal foi Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara, inimigo número um da opinião pública. Mas é claro que sobrou para Michel Temer e seu “governo usurpador”. Ficou faltando alguma coisa? Sim, faltaram duas coisas bastante importantes.

Uma delas foi a tese de convocação de um plebiscito para antecipar as eleições de 2018, abatida já na decolagem pelo próprio PT. A outra foi qualquer traço de autocrítica, afora o fato de ter repetido, literalmente, o que já tinha escrito na “mensagem”: que teve muito contato com “o povo” nesses meses, foi recebida com reconhecimento e carinho e ouviu “algumas críticas” pelos seus erros. Convenhamos, é pouco.

Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente, chegou a bater recordes de popularidade e foi reeleita com 54 milhões de votos, como não cansa de repetir. Logo, precisou errar muito, mas muito mesmo, para estar à beira de um impeachment constitucional defendido pela maioria da sociedade, votado na Câmara e Senado e referendado pelo Supremo. Mas Dilma teve praticamente dois anos desde a reeleição para admitir um, unzinho erro que fosse, e não foi capaz.

Diante das perguntas dos senadores, ela traçou um perfil assustador do governo Temer. Em nota, ele rebateu as “inverdades” atribuídas “de forma irresponsável e leviana”: não vai estipular de 70 a 75 anos para a idade mínima de aposentadoria, a extinção do auxílio-doença, a regulamentação do trabalho escravo, a privatização do pré-sal, a revogação da CLT. Anotem aí, porque em algumas horas Dilma vai sair de cena e o foco estará em Temer.

*Publicado no Portal estadão.com em 30/08/2016

PRESS e ADVERTISING

Qual é a imagem de jornalistas e publicitários neste mundo conectado?



Qual a imagem que os profissionais de comunicação - jornalistas e publicitários - tem de si mesmo  e de que modo são vistos pelo público e pelo mercado? Este é o tema central das matérias de capa da edição 171 das revistas PRESS e ADERTISING, que já começa a circular.
Na edição, duas entrevistas de folego.

Na PRESS, o publisher Fernando di Primio fala de sua carreira como empreendedor no mercado editorial, que começou aos 12 anos, quando lançou seu primeiro jornal. Ele discorre sobre os desafios do meio revista, o futuro do jornal impresso e as demandas dos novos leitores.

Na AD, Simone Leite, primeira mulher a presidir a Federasul, fala da necessidade de integração e soma de esforços por parte das entidades dos setores produtivos gaúchos na busca de um novo ciclo para a economia gaúcha. Ela, que foi candidata a senadora, há dois anos, fala também de política e alerta: "Precisamos de um projeto de Estado e não um projeto de governo". Isso em relação ao Rio Grande do Sul e ao Brasil.

Na seção Grandes Nomes, a AD traz um pouco da vida e obra de Jerry Della Femina, profissional lendário da propaganda americana e autor do livro que inspirou a série Mad Men. Na Press, o perfilado é Carl Bernstein, que entrou para a história do jornalismo investigativo, — junto com Bob Woodward (lembrado na edição anterior) — ao produzirem a famosa reportagem do Caso Watergate, que culminou com a renúncia do presidente Richard Nixon.
Tem muito mais coisa boa para ler nesta nova edição da PRESS ADVERTISING.
Nos próximos dias, o conteúdo completo poderá ser lido nos sites www.revistapress.com.br e www.adonline.com.br

RAPIDINHAS



Temer e ministros tentam votar impeachment nesta terça
Atentos ao desenrolar do dia desta terça-feira, 30 e apesar de dizerem que o governo não está interferindo na votação do impeachment, o presidente em exercício Michel Temer e os ministros do Planalto darão prosseguimento ao trabalho de monitoramento dos votos dos senadores. O governo está preocupado com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em deixar a votação final para a manhã da quarta-feira, 31. A avaliação é que a nova data poderá atrapalhar e atrasar ainda mais os planos do governo e de Temer, que tinha previsto, já em um cenário de primeiro adiamento, viajar na tarde de quarta-feira, no máximo até às 16 horas, para poder chegar a tempo de participar das agendas na China. Mas se apenas a votação ficar para quarta-feira, como quer Lewandowski, interlocutores do presidente acreditam que "ainda dá tempo".


Vice de Janot participou de protesto contra impeachment de Dilma
Um vídeo que circula na internet mostra que a vice de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, Ela Wiecko, participou de um protesto contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A manifestação ocorreu em junho deste ano, em Portugal. Na gravação, Ela Wiecko aparece de óculos escuros segurando uma faixa onde se lê “Fora Temer”, o famoso bordão contra o presidente em exercício Michel Temer. A vice-procuradora-geral confirmou que participou da manifestação, mas disse que não iria comentar o assunto. “Foi em junho, quando eu estava de férias”, limitou-se a dizer.


Desemprego fica em 11,6% no trimestre encerrado em julho
O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012. No trimestre encerrado no mesmo período de 2015, o índice havia atingido 8,6% e no trimestre anterior, de fevereiro a abril deste ano, a taxa ficou em 11,2%. De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 37,4%. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, o contingente cresceu 3,8%.


Tribunal Eleitoral do Paraná quer informações da Lava Jato sobre Gleisi Hoffmann
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná quer acesso a informações apuradas pela Lava Jato sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A principal delas refere-se à declaração prestada pelo doleiro Alberto Youssef de que repassou R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado em 2010. O ministro do STF, Teori Zavascki, dirá se concorda com o pedido do Tribunal Eleitoral.


Em carta à Cristina Kirchner, Lula fala em conspiração contra Dilma e contra PT
Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site. No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas.

Contra Temer

Protestos bloqueiam vias de SP


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam vias da capital paulista em protesto contra o governo interino de Michel Temer, contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e contra cortes em programas sociais na manhã desta terça-feira (30).

Pelo menos quatro pessoas foram detidas, uma delas dirigia um caminhão carregado com pneus que seria utilizado para montar barricadas, segundo Secretaria da Segurança Pública. Dos detidos, três foram encaminhados ao 11º DP e o motorista do caminhão ao 13º DP. As ocorrências estão em andamento.

Às 6h50, o grupo interditou totalmente a Marginal Tietê no sentido Rodovia Ayrton Senna. Os manifestantes atearam fogo em pneus nas três pistas, expressa, local e central, na altura da Ponte da Casa Verde. Cerca de 7kms de congestionamento se formaram. Motoristas saíram dos carros para aguardar a liberação da pista. Às 7h50, a via estava totalmente liberada, mas os motoristas enfrentaram longo congestionamento.

Às 7h, a Ponte Eusébio Matoso e o cruzamento entre as avenidas Francisco Morato e Vital Brasil foram interditados por manifestantes no sentido Centro. Um caminhão deixou pneus na via.  O trecho estava liberado às 8h30, mas o trânsito continuava bloqueado na região do Butantã e na Rodovia Raposo Tavares.

A Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Transamérica, também foi bloqueada por volta das 7h. Meia hora depois, os bombeiros apagaram a barricada com pneus pegando fogo e liberaram a pista no sentido Interlagos.

A Rodovia Régis Bitteencourt foi bloqueada na altura do km 272, em Taboão da Serra, no sentido da capital paulista e liberada por volta das 7h30.
Mais cedo, a Avenida Nove de Julho foi bloqueada na altura do Vale do Anhangabaú. O grupo também ateou fogo em pedaços de madeira.

Também houve registro de manifestações na Radial Leste, próxima a estação Itaquera do Metrô, e na Avenida Jacu-Pêssego, próxima ao Rodoanel e à divisa com Mauá. Às 9h as vias estavam liberadas ao tráfego.
Fonte G1/conteúdo – Fotos: Agência Estado

30/08/2016


Estadão - Sessão do impeachment desta terça terá debate entre acusação e defesa e discursos de senadores
Em discurso no Senado nesta segunda-feira, 29, Dilma Rousseff destacou biografia, defendeu mandato, negou ter cometido crime de responsabilidade e voltou a falar em 'golpe'

Folha de São Paulo - Para PT, queda de Dilma é penúltimo passo antes de 'caçada final' a Lula
Repetem, assim, diagnóstico feito por José Dirceu quando foi condenado pelo mensalão, em 2012. Ele dizia que seria o primeiro a cair, e que em seguida viriam Dilma e Lula. Reclamava que alertava o PT, mas que o partido não dava a menor bola

O Globo - Senado define o futuro de Dilma Rousseff nesta terça-feira
Votação deve se encerrar na madrugada de quarta; 61 senadores estão inscritos para falar, além de advogados de defesa e acusação

Correio Braziliense - Dia de Dilma no Senado é histórico, mas não sinaliza virada de voto
Dilma vai ao Senado e responde a perguntas de senadores, no entanto, o placar segue inalterado pelo afastamento definitivo do cargo

Estado de Minas - Defesa de Dilma já prepara ação no STF
O advogado da presidente, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e a sua equipe estão com estudos adiantados e devem recorrer ao Supremo caso afastamento seja confirmado

Diário Catarinense - Em SC, maioria dos candidatos é homem, branco e de meia idade
Sistema político defasado, estrutura partidária e eleitoral engessada e o conservadorismo histórico das oligarquias de SC explicam este perfil

Tribuna da Bahia - Contribuição de Cunha ao País foi a mais danosa possível, diz Dilma
De acordo com ela, quando Cunha foi eleito presidente da Casa, em fevereiro de 2015, o processo de desestabilização parlamentar do governo teve início de forma acelerada

Revista VEJA - Após discurso firme, Dilma volta a ser Dilma
Presidente afastada até começou bem, mas voltou a fazer uso do "dilmês" ao ser interrogada

Revista EXAME - Taxa sobe a 11,6% e Brasil tem quase 12 mi de desempregados
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa de desemprego atingisse 11,5%

Revista ÉPOCAArgumento de Dilma sobre crise externa não para em pé
A presidente acerta ao mencionar os três fatores conjunturais. Porém, erra na dosagem sobre o impacto dessas crises na recessão que atinge o Brasil

Agência Brasil - IBGE: Brasil já tem 206 milhões de habitantes
Estimativas publicadas no Diário Oficial da União indicam que o país tinha, em 1º de julho deste ano, 206.081.432 habitantes. No ano passado, a população era de 204.450.649

Portal G1 - Sessão desta terça terá debate entre advogados e discursos de senadores
Debate deve durar 5h; cada senador terá direito a falar 10 minutos na tribuna. Julgamento da presidente afastada deve ser decidido somente na quarta

Portal IG - Human Rights, diretor da OEA,  se recusa a chamar processo de 'golpe'
Diretor executivo, que está no Brasil, "não vê futuro" na ação do PT na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos

BOM DIA!

Muito antes, pelo contrário...

Antes de cansar, para dizer o mínimo, das respostas da presidente afastada durante o interrogatório no Senado, fiquei pensando no dom que as pessoas tem de não dizer nada imaginando que dizem tudo. Claro que muitos acharam maravilhoso o que disse a presidente.

Salvo melhor juízo, depois de algumas respostas (?) ficou fácil entender que Dilma não diria nada, não responderia objetivamente nada e tentaria, de alguma forma, ocupar o tempo com palavras e termos técnicos, sem responder o que lhe foi perguntado.

Foram horas intermináveis em que ela, habilmente, usou de seus conhecimentos pessoais para não dizer nada. Só respondia diretamente, quando era questionado por algum companheiro que já chegava ao microfone elogiando e afirmando que ela era inocente e vítima de um golpe.

Ao final de um dia cansativo, que dividi entre a TV e o hospital onde acompanhei minha mulher, vi o presidente do STF, que insistiu em chamar a depoente de “Excelentíssima senhora Presidente da República”, quando na verdade estava tratando com a presidente afastada, encerrar a sessão que, se não tivesse acontecido, certamente teria o mesmo resultado. Ou alguém acredita que algum senador possa ter mudado o voto depois de ouvir a afastada?

Hoje teremos mais uma longa sessão de discursos, elogios, críticas e, lamentavelmente, ofensas e discussões, antes que se inicie prá valer a votação que poderá determinar a saída definitiva de Dilma doa presidência, ou não.

A atual situação, que precisa de 54 votos, que já tem 53, afirma que terá 60 ou mais. Já a atual oposição, os que defendem Dilma, que contabilizam 19 votos, afirmam que terão o suficiente para barrar o impeachment.

É esperar para ver e isto só deverá acontecer, se acontecer, na madrugada. Amanhã poderemos acordar com um novo presidente ou com Dilma de volta ao Planalto.

Tenham todos um Bom Dia!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

BOA NOITE!

Gal Costa, cujo nome é Maria da Graça Costa Penna Burgos, que nasceu em Salvador no dia 26 de setembro de 1945, é considerada uma das maiores cantoras brasileiras.

Gal estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo Nós, Por Exemplo...em  22 de agosto de 1964, inaugurando o Teatro Vila Velha, em Salvador.

Em 2001 foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall (única cantora brasileira a participar do Hall), após participar do show "40 anos de Bossa Nova", em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano e outros artistas.

Da grande compositora Dolores Duran e do Maestro Tom Jobim, Gal Costa gravou a belíssima Por causa de você.




Líder do PSDB

“Dilma dá mesma resposta
para todas as perguntas”

O líder do PSDB na Câmara, Cássio Cunha Lima (PB), ironizou a repetição de respostas da presidente afastada Dilma Rousseff no interrogatório no Senado.

“Tanto faz perguntar sobre pedaladas, decreto ou quem matou Odete Roitman, ela responde a mesma coisa”, disse Cunha Lima.

Agência Estado


Imprensa mundial

Dilma faz provável último discurso


Durante a sessão do julgamento do impeachment que tem a oitiva da presidente afastada, Dilma Rousseff, a imprensa internacional tratou a cassação definitiva do mandato de Dilma como resultado mais provável e destacou o discurso em que a petista fez a própria defesa. Os americanos Washington Post e The New York Times falaram, respectivamente, em “provável último discurso como presidente” e afastamento “amplamente esperado”. O espanhol El País publicou que “a imensa maioria (dos senadores) manifestou que votará a favor da destituição” e o francês Le Monde falou em “provável expulsão”.

O Post classificou como “emocional” o discurso em que a presidente mencionou a tortura sofrida durante a ditadura militar e apontou a crise econômica como “fator chave” para o processo desencadeado contra a petista no Congresso. “A pior recessão do Brasil em décadas foi um fator chave para a perda de popularidade de Dilma depois que ela se reelegeu por pouco em 2014”, publicou o jornal americano.

Segundo a publicação, as dificuldades econômicas foram “exacerbadas” por protestos de rua e o escândalo de corrupção apurado pela Operação Lava Jato. “Ela não foi pessoalmente acusada de se beneficiar do esquema. Mas o multi-bilionário escândalo engolfou muitos no PT e entre seus aliados”, apontou o Washington Post.

O The New York Times publicou em seu site um texto com o título “Dilma Rousseff diz que não se deixará silenciar no julgamento do impeachment”. O jornal relata os argumentos de Dilma de que “não fez nada ilegal” e lembra que “de quarto presidentes brasileiros eleitos desde que a democracia foi restabelecida, nos anos 80, ela é a segunda que enfrenta o impeachment”.

No espanhol El País, um artigo assinado pelo colunista David Alandete e publicado nesta segunda-feira afirma que a solução da crise econômica a partir do impeachment de Dilma é um “consenso instalado entre a elite política e empresarial do Brasil” e “muito poucos se atrevem a questionar publicamente que os problemas vão acabar com a ratificação em seu posto do presidente interino Michel Temer e de seu ministério de 22 homens brancos de meia-idade”. O colunista lembra que o presidente interino já foi citado em delações da Lava Jato.

Le Monde, que falou em “fim da era Lula”, El País e The New York Times citaram a presença do ex-presidente Lula na sessão, ao lado do cantor e compositor Chico Buarque, convidado por Dilma para acompanhar seu discurso no julgamento.
Fonte: veja.com

Depoimento de Dilma

Nem Chico Buarque aguentou


O cantor e compositor Chico Buarque abandonou a enfadonha sessão de interrogatório da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado Federal na tarde desta quinta-feira. O mais badalado convidado de Dilma saiu das galerias do Senado, de onde acompanhava as explicações da presidente e seu discurso de defesa ao lado do ex-presidente Lula. Já não usava mais os óculos de sol, mas ainda tinha a camisa aberta, sem gravata. Ele afirmou que Dilma “se saiu bem”, mas reconheceu ser “difícil” reverter a previsão de derrota. O cantor argumentou que estava indo embora antes porque tinha um voo e não parou para dar entrevistas a jornalistas.