domingo, 31 de julho de 2016

BOA NOITE!

César Passarinho nasceu em Uruguaiana em 21 de março de 1949  e faleceu em Caxias do Sul, no dia 14 de maio de 1998.

Intérprete, entre outras, de Guri e Negro da Gaita, era o cantor símbolo da Califórnia da Canção Nativa, que ocorre anualmente em Uruguaiana. O apelido Passarinho é uma referência ao pai, que tinha a alcunha de gurrião (pardal). O filho do pássaro se transformou em passarinho.

O músico das milongas começou a carreira musical tocando nos bailes de Uruguaiana. Foi com a 3ª Califórnia, em 1973, que ele descobriu a música regionalista com a apresentação da composição Último Grito.

Com quatro Calhandras de Ouro – troféu máximo da Califórnia da Canção Nativa – e a conquista de sete prêmios de melhor intérprete, Passarinho foi o mais destacado dos vencedores do festival.

Em 1983, a música Guri subiu ao palco da Califórnia com  Neto Fagundes e Renato Borghetti, e se tornou consagrada em todo o Brasil na voz de Cesar Passarinho
















No DF e em 16 Estados

Manifestantes contra Dilma saem às ruas

Atos pedem a saída definitiva da presidente afastada e 
homenageiam o juiz Sergio Moro

Milhares de manifestantes saíram às ruas de dezesseis Estados e do Distrito Federal neste domingo em atos pela consolidação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Há registro de manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Salvador, Recife, Manaus, São Luís, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Belém, Vitória, Aracaju, Maceió e Fortaleza.

O maior ato se concentrou em São Paulo, na Avenida Paulista. Convocados pelo Vem pra Rua, os manifestantes pedem a saída definitiva da presidente afastada e criticam a demora no desfecho do processo de impeachment, que tramita no Senado e só deve acontecer no fim de agosto. Nos atos de todo o país, os manifestantes  também empunham cartazes e camisetas em apoio à Lava Jato e ao juiz Sergio Moro, que foi homenageado com músicas de Parabéns pra você — nesta segunda-feira, ele completa 44 anos. 

As secretarias de Segurança Pública dos Estados ainda não divulgaram as estimativas dos participantes. Em Brasília, a Polícia Militar estimou em 5.000 o total de público do ato.

No Rio, os manifestantes levaram cartazes em inglês a fim de chamar a atenção dos jornalistas estrangeiros e turistas que vieram à cidade para acompanhar os Jogos Olímpicos. Em Brasília, foi simulado um cortejo de enterro simbólico do governo Dilma. Apesar de ser minoria nos protestos, alguns manifestantes pediam a intervenção militar. 

Comparadas aos mega protestos anteriores, as manifestações pró-impeachment deste domingo mobilizaram menos gente. Em clima de Olimpíada e volta às aulas, os movimentos Brasil Livre e Nas Ruas perceberam a baixa adesão da população nas redes sociais e decidiram adiar o ato para 21 de agosto. O Vem pra Rua, por sua vez, decidiu manter o protesto que até agora é o mais vazio deste ano.

Fonte: veja.com

A institucionalização da corrupção

A estrutura criminosa do governo Dilma


Lava Jato e outras investigações da Polícia Federal e do Ministério Público mostram como a presidente afastada institucionalizou a corrupção no governo federal e envolvem mais de vinte ex-ministros com desvios de dinheiro público, achaque a empresas e ameaças a testemunhas

Há exatamente um ano, em despacho redigido em um dos processos que tem como réu o ex-ministro José Dirceu, o juiz Sérgio Moro escreveu que o País passou a vivenciar um quadro de corrupção sistêmica sob o comando do PT. Na ocasião, muitos analistas políticos e observadores das entranhas do Judiciário trataram o alerta do magistrado responsável pela Lava Jato como alarmista. Hoje, não há quem discorde de Moro. Depois de dois anos de investigações em diversas operações da Polícia Federal e de mais de 70 delações premiadas, fica evidente que as gestões petistas transformaram o governo federal em uma verdadeira e organizada estrutura de corrupção. Praticamente todos os ministros de Dilma Rousseff estão envolvidos em desvios de dinheiro público. Desde aqueles que ocuparam gabinetes no Palácio do Planalto até os mais distantes. “A corrupção que o PT promoveu foi uma corrupção institucional, não foi dispersa nem com indivíduos participando isoladamente”, afirma o professor Álvaro Guedes, especialista em administração pública da Unesp. “Pessoas foram escolhidas a dedo para estar em posições estratégicas e promover o desvio de dinheiro”, conclui o professor.

Um dos expoentes desses “escolhidos a dedo” é Paulo Bernardo, ex-ministro das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Na semana passada, ele foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil. A PF diz ter provas suficientes para assegurar que Bernardo, enquanto esteve no governo, participou de organização criminosa e praticou crime de corrupção passiva. No mês passado, ele foi preso após a polícia constatar que havia recebido R$ 7,1 milhões desviados de uma fraude no crédito consignado que cobrava uma taxa superfaturada dos servidores federais que se encontravam endividados. Paulo Bernardo é casado com Gleisi Hoffmann, uma das líderes da tropa de choque de Dilma no Senado, ex-ministra da Casa Civil e também acusada de receber propinas do Petrolão. Gleisi só não foi presa junto com o marido graças ao foro privilegiado. O casal sempre teve livre trânsito no gabinete e na residência oficial da presidente afastada. No mesmo esquema que lesou milhares de funcionários públicos, está o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, aquele que costumava levar Dilma para passeios de moto aos domingos. Ainda na semana passada, Edinho Silva, outro ex-ministro íntimo da presidente afastada, viu-se diante de novas provas que o envolvem em corrupção e achaque contra empresários que tinham contratos com o governo. Ele, que já era investigado por intermediar, a pedido de Dilma, R$ 12 milhões da Odebrecht para o caixa dois da campanha da petista em 2014, desta vez foi alvejado por investigação promovida pelo TSE. Peritos descobriram que uma empresa pertencente a um ex-assessor de Edinho recebeu R$ 4,8 milhões da campanha de Dilma para serviços que não consegue comprovar (leia reportagem na pág. 38). Em um de seus despachos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que prometer facilidades na liberação de obras às grandes empreiteiras em troca de recursos para o PT era uma medida habitual de Edinho, que antes de ocupar o ministério foi tesoureiro da campanha da reeleição.

      Alexandre Padilha – Elo criminoso com Yousseff
O ex-ministro da Saúde, segundo delator, ficaria com parte do laboratório Labogen, usado por Youssef para tentar fraudar contratos milionários

      Carlos Gapas – De garupa no crédito consignado
Ex-ministro da Previdência ficou famoso pelas caronas de moto dadas a Dilma. Foi alvo de condução judicial na Custo Brasil por suspeitas de desvios

     Erenice Guerra – R$ 45 milhões de Belo Montes
Principal auxiliar da ex-ministra Dilma, é investigada na Zelotes e por operar um esquema que se beneficiou de R$ 45 milhões de Belo Monte

     Guido Mantega – Ligação perigosa
O ex-ministro da Fazenda foi alvo da operação Zelotes por ligação com empresa suspeita de comprar decisões do CARF, ligado ao Ministério

     Miriam – Plano ilegal
Ex-ministra do Planejamento é investigada pela Comissão de Valores Mobiliários por ter induzido investidores da Petrobras a erros



Outros ex-ministros próximos à presidente afastada também agiam dentro da organização criminosa. São os casos de Fernando Pimentel, Jaques Wagner, Giles Azevedo, Ricardo Berzoini, entre outros. O Ministério Público investiga ainda amigos da presidente afastada que não ocuparam cargos no primeiro escalão de sua gestão, mas comandaram setores estratégicos do governo, como Valter Cardeal e Erenice Guerra. O primeiro foi diretor da Eletrobrás e é acusado de ter se beneficiado com propinas nas obras de Angra 3. Erenice, uma das principais auxiliares de Dilma e ex-ministra de Lula, é investigada por ter recebido R$ 45 milhões desviados das obras de Belo Monte. Como quadrilha organizada, expressão que costuma ser usada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, ao se referir às gestões petistas, a estrutura criminosa instalada no governo Dilma também locupletou os ministros que chegaram à esplanada por indicação dos partidos aliados (leia quadro na p[ág. 37). “O PT unificou diversas quadrilhas que agiam em setores diferentes”, diz Paulo Kramer, analista e professor da Universidade de Brasília. “O partido deu um comando central à corrupção, decidia quem entraria para o esquema de poder”, complementa.

     Antonio Palocci – Belo Monte de propina
Ex-ministro da Casa Civil, teria pedido R$ 2 milhões para campanha de Dilma e exigido propina de Belo Monte

     Valter Cardeal – Suborno elétrico
Diretor da Eletrobrás é apontado como arrecadador da campanha de Dilma. Segundo delatores, recebia propina das obras de Angra 3

     Gilberto Carvalho – R$ 5,3 milhões de Celso Daniel
Virou reu por participar da quadrilha que cobrava propina das empresas de transporte na prefeitura de Santo André

Com o avanço da Lava Jato, o governo passou a usar ministros para tentar barrar as investigações. A presidente afastada e o ex-chefe da pasta de Justiça, José Eduardo Cardozo, procuraram nomear ministros comprometidos para os tribunais superiores. Sem êxito, Dilma escalou o ex-ministro Aloizio Mercadante para tentar comprar o silêncio de testemunhas. Ex-ministro da Educação e da Casa Civil, Mercadante foi um dos principais conselheiros dela. Acusado de receber dinheiro de propina da UTC em sua campanha de 2010, ele foi flagrado, em março deste ano, em uma gravação oferecendo dinheiro e ajuda para tentar melar a Lava Jato. A armadilha foi criada pelo assessor do ex-senador Delcídio do Amaral a quem o ex-ministro fez a proposta indecente para tentar impedir que Delcídio fechasse um acordo de delação. Na ocasião, o processo do impeachment de Dilma parecia caminhar para um encerramento favorável ao governo. Mercadante não conseguiu comprar o silêncio de Delcidio e a delação feita pelo ex-senador, publicada com exclusividade por ISTOÉ, permitiu a retomada do processo que a cada dia desvenda novas falcatruas protagonizadas pelo grupo que se instalou no poder a partir de 2003. “Nos últimos anos foi instalada a cleptocracia em Brasília”, diz o ministro Gilmar Mendes.
Conteúdo/IstoÉ

BOM DIA!

O peso das imagens de Dilma e Lula*

O PT já se deu conta de que mal poderá arcar com o peso negativo da própria imagem

O desespero cresce à medida que se aproxima o impeachment e, com isso, Dilma Rousseff vai perdendo a noção do ridículo. A mulher dita honesta, acuada pela sanha golpista dos inimigos do povo e confinada na solidão de um palácio de mentirinha, volta-se, explicitamente, contra seu próprio partido, a quem atribui a responsabilidade por qualquer malfeito que tenha sido cometido nas duas bem-sucedidas campanhas eleitorais de que participou. Mas o sentimento de rejeição é recíproco: está aberta nas hostes lulopetistas a discussão sobre a conveniência de manter Dilma Rousseff afastada da campanha municipal. O PT já se deu conta de que mal poderá arcar com o peso negativo da própria imagem. Dispensa o abraço de afogado.

Para a presidente afastada, a confissão de seu ex-marqueteiro oficial de que recebeu via caixa 2 pelos serviços prestados na campanha presidencial de 2010 não a atinge: “Ele diz que recebeu isso em 2013. Ora, a campanha começa em 2010 e até o final do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. A partir do momento em que ela é encerrada, tudo o que ficou pendente de pagamento da campanha passa a ser responsabilidade do partido”.

Equivoca-se a mulher honesta. Mesmo que o cipoal legislativo que regula a matéria dê margem a eventuais interpretações pontuais discrepantes, o bom senso impõe a observância do princípio da responsabilidade solidária de candidatos e partidos sobre os gastos eleitorais, principalmente quando se trata de pleito majoritário. No caso, o marqueteiro João Santana, responsável pelo marketing eleitoral de Dilma em 2010, só conseguiu receber US$ 5 milhões que lhe eram devidos – na verdade, US$ 500 mil a menos – em 2013, depositados em conta no exterior.

Ninguém imagina que um candidato à Presidência da República seja obrigado a cobrir gastos de campanha. Mas é óbvio que ele é responsável, solidário com o partido, por esses gastos, inclusive do ponto de vista da legislação eleitoral. É, aliás, exatamente por essa razão que está sendo julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação movida pelo PSDB contra a chapa Dilma-Temer, relativa aos gastos de campanha de 2014. É simplesmente ridícula, portanto, a alegação da presidente afastada de que, como a campanha de 2010 foi encerrada antes de o pagamento ser feito ao marqueteiro, a responsabilidade exclusiva por esse pagamento é do PT.

De resto, essa atitude revela, no mínimo, o desapreço que Dilma tem pelo partido pelo qual se elegeu duas vezes presidente da República. O que suscitaria a questão – se é que ela acredita realmente que possa voltar ao Palácio do Planalto – de saber com o apoio de quem ela contaria para recompor seu governo.

Ao tentar transferir para o PT toda a responsabilidade pelos golpes eleitorais que alavancaram suas eleições, Dilma nada mais fez do que imitar o comportamento de seu criador e mestre, Lula da Silva. Mentor e maior beneficiário do mensalão e do petrolão, peças do mesmo esquema de corrupção com os quais procurou em vão consolidar seu projeto pessoal de poder, o hóspede contumaz do famoso sítio de Atibaia passou oito anos na Presidência da República comportando-se como se qualquer suspeita de seu envolvimento em trambiques fosse crime de lesa-majestade. A diferença entre Dilma e Lula é que este, muito mais esperto, não perdia oportunidade de passar a mão na cabeça de quem operava o jogo sujo para ele.

Hoje, a agenda dos restos do PT concentra-se na sua sobrevivência política, o que passa necessariamente por um desempenho se possível um pouco mais do que medíocre no pleito municipal de outubro. A estratégia eleitoral a ser adotada divide suas lideranças. Por um lado, os que preferem a uma abordagem mais “ideológica” insistem que o mais adequado é a “nacionalização” da campanha, levando para os palanques municipais o tema do “golpe” de que o PT estaria sendo vítima com o impeachment de Dilma. De outra parte, os mais pragmáticos entendem que, numa eleição de prefeitos e vereadores, o que garante voto são as questões locais.

Seja qual for a estratégia, predomina entre as lideranças petistas, nos âmbitos federal, regional e municipal, a convicção de que, com a exceção talvez do Nordeste, as presenças nos palanques de Lula e, principalmente, de Dilma, não são desejáveis. São as voltas que a política dá.

*Publicado no estadão.com em 31/07/2016

sábado, 30 de julho de 2016

BOA NOITE!

James Taylor, com vocais serenos, naturais, introduziu o que foi chamado nos anos 1970 de Sweet beat folk, um estilo original, uma sonoridade acústica, com pitadas de country e blues-gospel, que fez muito sucesso. Taylor é um fingerpicker natural no seu estilo (i.e. ele dedilha o violão---com seus dedos e não com uso de palhetas---como na técnica erudita), mas com um violão de cordas de aço, em vez de nylon; e isto faz o seu som, com técnica clássica, de natureza popular, na forma e gênero de música que ele escreve.

The Best of James Taylor (2003) é o primeiro álbum que cobre uma coletânea de músicas gravadas durante as fases das 3 gravadoras: Apple, Warner e Columbia.


Para tornar este final de sábado ainda mais agradável, vamos ouvir James Taylor cantando Carolina In My Mind



BRASILEIRÃO 2016

17ª RODADA

SÁBADO - 30/07
18:30
Figueirense 1 X 0 Vitória - Orlando Scarpelli
Sport 2 X 0 Atlético PR -Ilha do Retiro

21:00 
Atlético MG 3 X 0 Santa Cruz - Independência

DOMINGO - 31/07
11:00 
São Paulo 2 X 2 Chapecoense - Morumbi
Fluminense 3 X 0 Ponte Preta - Edson Passos

16:00 
Internacional 0 X 1 Corinthians -Beira\rio
Santos 2 X 0 Cruzeiro - Vila Belmiro 
Coritiba 0 X 2 Flamengo - Couto Pereira

18:30 
América MG 0 X 0 Grêmio - Independência
Botafogo 3 X 1 Palmeiras - Luso Brasileiro

CLASSIFICAÇÃO



OPINIÃO

O risco de Lula ser preso*

Cristina Lobo


Enquanto Lula e o PT se preparavam para enfrentar decisões do juiz Sérgio Moro, o tiro partiu do juiz Ricardo Leite, de Brasília. O ex-presidente agora é réu, acusado de obstrução de Justiça. Se denúncia for acolhida na segunda instância, ele corre o risco de ser preso. Este é o grande temor entre petistas, algo que Lula já havia externado lá atrás, quando decidiu aceitar o convite de Dilma Rousseff para ser ministro.

A defesa de Lula estava atenta ao processo que corre em Brasília, tanto que recorreu quando o juiz Ricardo Leite foi designado para tratar do caso, alegando que a especialidade dele era lavagem de dinheiro. A  acusação contra Lula era por suposta tentativa de obstrução de Justiça. Foi feita nova redistribuição do processo e, mais uma vez, escolhido o mesmo juiz Ricardo Leite.

A denúncia contra Lula, anunciada nesta sexta-feira, ocorre um dia depois de a defesa dele recorrer ao Conselho de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sérgio Moro, sob a alegação de que é vítima de perseguição do juiz. Com o acolhimento de denúncia feito pelo juiz Ricardo Leite, o argumento apresentado à ONU perde força.

Tudo isso ocorre no momento em que o ex-presidente decidiu percorrer o país para tentar animar o partido e ajudar candidatos petistas às prefeituras municipais  depois da crise que abateu o partido e pode levar a presidente afastada, a petista Dilma Rousseff, a ter o mandato cassado. Nas últimas sete eleições, nacionais e municipais, Lula foi o principal cabo eleitoral do partido. Agora, terá de usar o tempo disponível para se defender.
*Publicado no Portal G1 em 30/07/2016

Dilma sabia do caixa 2

Santana diz que vai contar tudo


A presidente afastada Dilma Rousseff vem ajustando seu discurso de acordo com o avanço da Lava-Jato. Há cerca de um ano, diante das acusações de que sua campanha recebera doações por fora da construtora UTC, ela afirmou: “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade (…) porque não houve”. De lá para cá, as negativas da petista ganharam um tom cada vez mais baixo. Há duas semanas, após o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, admitirem ter recebido dinheiro pelo caixa dois na campanha presidencial de 2010, Dilma disse: “Não autorizei pagamento de caixa dois a ninguém. (…) Se houve, não foi com meu conhecimento”. Cinco dias depois, eis que surge outra justificativa: “Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. (…) Ele (João Santana) tratou essa questão com a tesouraria do PT”. Em pouco tempo, a negativa da existência de dinheiro sujo saltou do “eu não sabia” e pousou no “a culpa é do partido”.

Em breve, Dilma terá de atualizar a versão. Em sua proposta de delação premiada feita à Procuradoria-Geral da República, João Santana e sua mulher relatam que a presidente afastada não só sabia da existência do caixa dois como aprovou as operações ilegais. Segundo o casal, Dilma conhecia detalhes do custo real da campanha e o valor que era declarado oficialmente. A diferença, de algumas dezenas de milhões de reais, vinha de empresas envolvidas no petrolão. Uma parte dos recursos, oriundos de propinas avalizadas pela petista, foi usada até para pagar despesas pessoais da presidente. Para comprovar as acusações, que constam em mais de dez capítulos chamados de “anexos”, Santana apresentará documentos. Os detalhes do acordo do marqueteiro foram tratados recentemente numa reunião realizada com integrantes da PGR. Quem leu os anexos garante: o mago do marketing petista, que ajudou a construir a imagem de Dilma, está agora armado com provas para fulminá-la.
veja.com/conteúdo

BOM DIA!

Habeas corpus preventivo*


Diante do amplo elenco de ilicitudes de que Lula é suspeito de ter praticado desde que assumiu a Presidência em 2003, a tentativa de ocultar a propriedade de imóveis como o de Atibaia é café pequeno

Se Lula da Silva for preso proximamente pela Polícia Federal, não importa por qual motivo, parecerá ao mundo que é vítima de retaliação pelo fato de ter “denunciado” o Estado brasileiro ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo “abuso de poder” que teria sido praticado contra ele pelo juiz federal Sérgio Moro e pelos procuradores da Operação Lava Jato. Pois foi certamente por esse motivo esperto – a garantia de uma espécie de habeas corpus preventivo com aval internacional – que o chefão do PT foi apresentado como vítima de perseguição política. No mesmo dia, a Operação Lava Jato tornou público um laudo pericial da Polícia Federal que revela a existência de fortes indícios de que o casal Lula-Marisa Letícia tenha dado instruções específicas aos encarregados de realizar a instalação de uma “cozinha gourmet”, no valor de R$ 252 mil, no aprazível sítio de Atibaia que ambos negam veementemente ser de sua propriedade. E, no dia seguinte, Lula da Silva tornou-se réu, acusado de obstrução da Justiça.

Diante do amplo elenco de ilicitudes de que Lula é suspeito de ter praticado desde que assumiu a Presidência em 2003, a tentativa de ocultar a propriedade de imóveis como o de Atibaia é café pequeno. Não se compara à responsabilidade que lhe é atribuída, por óbvia, de ser o chefe da quadrilha que por mais de uma década aparelhou o Estado, cooptou aliados a peso de ouro e assaltou os cofres públicos, especialmente os das empresas estatais, com o objetivo de perpetuar um projeto de poder e enriquecer políticos, funcionários públicos e empresários inescrupulosos.

Alegam os filopetistas, de modo especial os intelectuais e artistas que gostam de parecer paladinos da justiça social, que o lulopetismo inaugurou uma era de conquistas populares e de desenvolvimento econômico, e que para fazê-lo teve de se submeter ao constrangimento de alianças indesejáveis, mas necessárias ao ato de governar. Ou seja: os fins justificam os meios. Mas o que na verdade resultou provado com o catastrófico desenlace da aventura lulopetista é que os meios explicam o fim do sonho de um projeto de poder que pode ter até nascido com as melhores intenções, mas que ao longo do caminho se deixou perder pela soberba, pela incompetência e pela corrupção.

Hoje, os brasileiros sofrem com o legado de desesperança que receberam de Lula e de sua desafortunada sucessora. Depois de ter frustrado todas as expectativas criadas por um perverso populismo que dividiu o País entre “nós” e “eles”, Lula vê agora frustrada sua própria expectativa de ter repouso virginal no panteão dos grandes heróis internacionais das causas populares. E reage com a mesma falta de escrúpulos que o levou aos descaminhos da moralidade na tentativa de se safar das consequências legais de seus trambiques. Pouco se lhe dá se, assim procedendo, enxovalha a imagem do Brasil no principal foro político internacional. Pois, recorrendo ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, Lula pode querer denegrir o juiz Moro, mas o que de fato faz é tentar comprometer o Estado brasileiro, insinuando que suas instituições são inermes diante do arbítrio de um funcionário. Com essa atitude mendaz, Lula quer fazer crer ao mundo que a Lava Jato transformou o País numa republiqueta refém do “abuso de poder” de uma autoridade judicial que peca pela “clara falta de imparcialidade” e se dedica a sucessivos “atos ilegais” movida pela obsessão de condená-lo.

Esse é o inescrupuloso estilo lulopetista de se safar de dificuldades: atirar para todos os lados, não importa quem possa ser atingido. É assim que Lula e sua tigrada se têm comportado desde o início do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, acionando suas relações nos círculos e foros esquerdistas internacionais para veicular a versão de que o Brasil está sendo vítima de um “golpe”.

É improvável que a “denúncia” de Lula progrida. Entre outros motivos, porque antes de o Comitê da ONU se manifestar sobre a petição, será necessário que Lula prove ter esgotado todos os recursos legais no Brasil para se livrar do “abuso de poder”. E mesmo que se configure a improvável hipótese de que a “denúncia” seja aceita para julgamento, a análise do processo pode se estender por cerca de dois anos. Para Lula, isso pouco importa. O que ele quer é manter a Polícia Federal longe de sua porta.

*Publicado no estadão.com em 30/07/2016

sexta-feira, 29 de julho de 2016

BOA NOITE!

Altemar Dutra iniciou sua carreira na Rádio Difusora de Colatina, no Espírito SantoAntes de completar a maioridade, seguiu para o Rio de Janeiro, levando uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que o encaminhou a amigos do meio artístico. Tentou a sorte como crooner em boates e casas de espetáculos.

Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho, do Trio Irakitan, levou-o para a Odeon, onde foi contratado. Logo atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso com Tudo de mim (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), tornando-se conhecido em todo o Brasil.

Seus maiores sucessos foram compostos pela dupla Evaldo Gouveâ e Jair Amorim. É deles, na voz de Altemar Dutra, que vamos ouvir a música que selecionei para esta sexta-feira: Que queres tu de mim



Blog do Camarotti

PT entra em alerta*

A cúpula do PT entrou em alerta com a o fato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter virado réu  sob a acusação de obstruir a Operação Lava Jato. A decisão pegou de surpresa a cúpula do partido. E fez crescer o temor do grupo mais próximo do ex-presidente com a possibilidade de uma eventual prisão de Lula.
 
O que mais surpreendeu dirigentes petistas foi o fato dessa decisão não ter saído das mãos do juiz federal Sérgio Moro em Curitiba. Até então, a estratégia era fazer um enfrentamento direto com Moro para politizar a questão. 

Até mesmo uma reação internacional foi arquitetada para criar um constrangimento na Lava Jato. A defesa de Lula chegou a contratar um advogado na Inglaterra para recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sergio Moro, acusando-o de violar direitos.

Mas, ao Blog, petistas afirmaram que não esperavam a decisão de hoje pelas mãos de outro magistrado. O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, foi quem recebeu a denúncia   e transformou em réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais cinco pessoas por tentativa de obstrução da Lava Jato.

A decisão de hoje esvaziou o discurso da defesa de Lula de perseguição política do juiz Sérgio Moro. Quando o ministro Teori Zavascki, do STF, decidiu desmembrar esse fato, transferido para a Justiça Federal em Brasília, petistas comemoraram. 

“Mas com a velocidade que a decisão foi dada pelo juiz de Brasília, criou um clima de insegurança geral”, reconheceu ao Blog um dirigente petista.

*Publicado no Portal G1 em 29/07/2016

Operação Lava Jato

Lula vira réu por tentar obstrução


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentará no banco dos réus pela primeira vez em sua história. O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal que acusa o ex-presidente de comandar um esquema armado para obstruir a Operação Lava-Jato. Em sua última edição, VEJA revelou os detalhes das acusações feitas pelo procurador da República Ivan Cláudio Marx.

As provas apresentadas contra Lula são fartas e consistentes. Ligações telefônicas, extratos bancários e e-mails revelam que o ex-presidente impeliu o ex-senador Delcídio do Amaral a adotar “medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da área internacional da Petrobras. O objetivo era evitar que Cerveró fechasse um acordo de delação premiada, que comprometeria tanto Lula como um dos seus amigos mais próximos, José Carlos Bumlai.

O pecuarista contratou um empréstimo de 12 milhões de reais com o banco Schahin para saldar dívidas de campanhas do PT em 2006. Em troca, o grupo Schahin ganhou um contrato bilionário com a diretora comandada por Cerveró. Procurada por Delcidio, a família de Bumlai resolveu ajudar no complô arquitetado contra a Lava-Jato — e desembolsou 250 000 reais para pagar os honorários do advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor da Petrobras.

De acordo com o MPF, há indícios de que “Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Ministério da Justiça, seja no âmbito da Justiça de São Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da República”.

Além do ex-presidente, também viraram réus: Delcidio do Amaral e seu assessor Diogo Ferreira, José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai, Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves. Lula, segundo os investigadores, ocupou papel central no esquema e dirigiu a atividade criminosa praticada pelo grupo.

Após receber a denúncia apresentada pelo MPF, o juiz Ricardo Leite decidiu: “Pela leitura dos autos, observo a presença dos pressupostos processuais e condições da ação (incluindo a justa causa, evidenciada pelas referências na própria peça acusatória aos elementos probatórios acostados a este feito), e que, a princípio, demonstram lastro probatório mínimo apto a deflagrar a pretensão punitiva proposta em juízo”.

Fonte: veja.com

ELEIÇÃO 2016 – EXTRA


Vieira desiste de candidatura

Conforme estava previsto, o ex-secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha, decidiu retirar sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre. As dificuldades em concretizar alianças com outras siglas, foi predominante para que Vieira desistisse da disputa.

Ao mesmo tempo, Vieira e a direção do PDT, decidiram que apoiarão a candidatura de Sebastião Melo (PMDB) atual vice-prefeito da Capital. Pelo acordo a ser firmado, o PDT deverá indicar um nome para ser vice na chapa de Melo. Os mais prováveis são a deputada estadual Juliana Brizola e o vereador Mauro Zacher.

Com a adesão do PDT, agora são 14 os partidos que apoiam a candidatura de Sebastião Melo.

RAPIDINHAS



Russomanno lidera em SP e venceria todos os candidatos no 2º turno, diz Ibope

A segunda pesquisa Ibope de intenções de votos para a Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta sexta-feira, 29, aponta o deputado Celso Russomanno (PRB) na liderança com 29%. Ele ainda venceria todos os outros candidatos em um segundo turno, de acordo com a primeira simulação do cenário pelo Ibope. No primeiro turno, ele é seguido por quatro candidatos que continuam empatados dentro da margem de erro de quatro pontos porcentuais: Marta Suplicy (PMDB), com 10%, deputada Luiza Erundina (PSOL) com 8%, o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), com 7%, e o empresário João Doria (PSDB) com 7%. Os brancos e nulos são 18% e 4% não responderam.


Empreiteiro diz que relatou acerto de propinas a ex-tesoureiro e ex-assessor de Dilma em 2014

Em novo depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira, 28, o delator e ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo, relatou que teve quatro encontros durante o período eleitoral de 2014 com o ex-ministro e ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, Edinho Silva para tratar das doações eleitorais para a petista. Nestes encontros, Otávio teria dito explicitamente que parte dos repasses da empresa ao PT estavam vinculados ao acerto de propinas da empreiteira com o ex-ministro Ricardo Berzoini em 2008 referente a todos os contratos da empresa com órgãos do governo federal. O delator disse que ele e outros executivos da Andrade sofreram ‘muita pressão’ do assessor pessoal de Dilma na época Giles Azevedo (que teria participado de dois dos encontros), além do próprio Edinho, cobrando repasses para a campanha petista e reclamando do valor das doações da empreiteira.


ONU diz que caso de Lula pode levar 'pelo menos 2 anos' para ser concluído

A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que recebeu a denúncia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o Brasil. Entretanto, a instituição alertou que o processo pode levar "pelo menos dois anos" para ser concluído e que existe uma fila de casos pendentes de mais de 500 outras pessoas. A entidade explicou que a denúncia foi apresentada ao Comitê de Direitos Humanos. "Os funcionários do escritorio da ONU vão examinar a petição, fazer um resumo legal e enviar aos membros do Comitê para que avaliem", informou a assessoria de imprensa da ONU. "Membros vão decidir se o caso pode ser registrado", indicou. Um dos critérios será se "todas as avenidas legais domésticas foram esgotadas". Se for registrado, o caso entra como os pendentes no Comitê.


Preço alto no Rio faz MP marcar reunião sobre Olimpíada em Brasília

O Gabinete de Crise para os Jogos Olímpicos montado pelo Ministério Público Federal fará sua primeira reunião nesta sexta-feira (29) em Brasília. Procuradores de todo o país montarão o plano de trabalho do grupo. Eles traçarão estratégias para acompanhar, se necessário, as mais variadas ocorrências. Entre elas: suspeita ou ataque terrorista, problemas de segurança pública e dificuldades no setor aéreo. A reunião dos procuradores ocorrerá na capital federal por um motivo econômico. “Os preços de hospedagem no Rio de Janeiro, a poucos dias dos Jogos Olímpicos, são proibitivos”, afirma um dos organizadores da reunião.


Renda do trabalhador cai ao menor nível desde janeiro de 2013, aponta IBGE

A renda média do trabalhador brasileiro caiu no segundo trimestre ao menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2013, quando era de R$ 1.969. No trimestre encerrado em junho, a renda média ficou em R$ 1.972. Um ano antes, esse rendimento era de R$ 2.058. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 29.
“Os trabalhadores estão ganhando menos. Isso reafirma a queda no poder aquisitivo”, comentou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. Diante de uma renda do trabalho em queda e uma população ocupada menor, a massa de renda real da população ocupada caiu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em abril de 2013, quando era de R$ 173,274 bilhões.

29/07/2016


Estadão - Taxa de desemprego sobe para 11,3% no 2º trimestre, maior nível desde 2012
País já soma 11,6 milhões de desempregados, o que representa um avanço de 38,7% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2015

Folha de São Paulo - Pais de bebês com microcefalia vivem abandono e vão à Justiça
Gravidade dos casos surpreende especialistas; drama se agrava em Pernambuco um ano após notificações

O Globo - China alerta: 'Deixem relógios em casa e não falem ao celular nas ruas'
Governo do país comunista adverte turistas no Rio após assaltos a membros olímpicos

Estado de Minas - Polícia Civil de Minas deflagra operação para investigar fraude no Ipsemg
A operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira com quatro mandados de condução coercitiva de empresários e servidores públicos, além de cinco de busca e apreensão nas casas e na empresa dos envolvidos nas investigações

Tribuna da Bahia - Temer quer reduzir prefeituras do PT
Presidente em exercício vai mapear as prioridades dos partidos aliados, mas deve ficar fora de palanques no primeiro turno das disputas

Correio Braziliense - Sede de 10 partidas de futebol, a capital espera receber 300 mil turistas
Os monumentos começam a ganhar as cores do maior torneio esportivo do mundo. A segurança será reforçada; as linhas de ônibus, aumentadas; e o trânsito, modificado em dias de disputa

Revista VEJA - Em delação, executivos da Odebrecht citarão mais de cem políticos
Segundo jornal, a lista inclui os governadores Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB)

Revista EXAME - Juízes repudiam denúncia de Lula contra Moro na ONU
A AMB diz ver com "perplexidade" as "tentativas de paralisar o trabalho da Justiça brasileira"

Revista ÉPOCA - Preço alto no Rio faz Ministério Público marcar reunião sobre Olimpíada em Brasília
Primeiro encontro dos integrantes do Gabinete de Crise será realizado nesta sexta-feira (29)

Portal G1 - Petrobras anuncia venda de primeiro campo do pré-sal
Venda foi feita para a Statoil Brasil Óleo e Gás. Objetivo é priorizar ativos com maior potencial de gerencial de caixa

Agência Brasil - PF desarticula esquema de tráfico de humanos no Amazonas
A empresa Brazil Amazon Show & Productions postava anúnicos em redes sociais para recrutar jovens dançarinos e dançarinas, com a promessa de pagar passagens aéreas, visto, alimentação, moradia e um salário de R$ 3 mil

Portal IG - Em nova manobra, Cunha prepara mandado de segurança para atrasar cassação
Nem aliados mais próximos ao parlamentar afastado acreditam que mandato será salvo; processo que se arrasta há 9 meses pode se encerrar em agosto

ELEIÇÕES 2016


SERÁ QUE VIEIRA DESISTE?

Político tradicional e homem de partido, ex-vereador, ex-deputado federal, ex-secretário de Educação, Vieira da Cunha é uma das figuras mais respeitadas dentro do PDT e, juntamente com Nereu D’Avila, controla as 10 zonais do partido em Porto Alegre.

Mesmo assim, Vieira não conseguiu, pelo menos até agora, agregar qualquer sigla partidária importante à sua candidatura, o que praticamente inviabiliza sua disputa para o lugar de seu companheiro de partido, José Fortunati.

No começo da semana, depois de reunião com o presidente nacional, Carlos Lupi, foi dado ao candidato pedetista, um prazo até a tarde de hoje, sexta-feira, para que apresente alguma evolução em termos de alianças, ou desista de concorrer. Uma reunião marcada para as 15 horas e um comunicado que será divulgado por volta de 16 horas, dirá o que será feito por Vieira da Cunha e seus apoiadores.

A tendência é de que, mesmo com mais algumas tentativas que devem ocorrer durante o dia, Vieira da Cunha abra mão da disputa e o PDT decida apoiar a candidatura de Sebastião Melo (PMDB), indicando o nome para disputar o cargo de vice-prefeito.


JULIANA E MAURO

Dois nomes, caso Vieira da Cuinha desiste, aparecem entre os possíveis indicados para a disputa de vice-prefeito: Juliana Brizola, deputada estadual, neta de Leonel Brizola, e Mauro Zacher, vereador licenciado e secretário municipal de Obras e Viação. Entre os dois, Juliana Brizola desponta como o nome mais provável. Representa a ala feminina do partido e tem uma identificação histórica com as bandeiras defendidas pelo PDT. Mauro Zacher é vereador, tem o apoio da bancada da Câmara Municipal, mas parece não reunir a preferência dos que decidirão sobre quem será o vice de Melo.
De qualquer maneira, é muito difícil fazer qualquer previsão sobre quem será escolhido para a disputa. Juliana Brizola e Mauro Zacher, dá para afirmar, estão lado a lado na reta final da corrida pela vaga. 


GIOVANNI CHERINI

Depois de votar pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), ser expulso do PDT e se filiar ao PR, assumindo a presidência do partido no RS, o deputado Giovani Cherini parece ter iniciado um processo de vingança contra o PDT.

Procurado por Vieira da Cunha para um possível apoio, Cherini desmarcou, momentos antes, uma reunião agendada com o pedetista para segunda-feira passada. De lá para cá, mesmo que Vieira tenha procurado, Cherini desapareceu. Ninguém sabe, pelo menos oficialmente, onde ele está. 


LUCIANA E MARCHEZAM NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

Os pré-candidatos Luciana Genro (PSOL) e Nelson Marchezan Jr (PSDB) participaram de mais um café da manhã da Associação Comercial, e falaram de suas ideias caso sejam eleitos para a Prefeitura de Porto Alegre.

Luciana, ameaçada de não poder participar dos debates da campanha, já que seu partido não alcança o número mínimo de deputados federai exigidos pela lei, afirmou que fará “um apelo democrático, já que será uma covardia e uma afronta à população o veto ao meu nome nos debates”. Depois de dizer que fará uma administração “eficiente e limpa”, a candidata lembrou que “os empresários também não querem a corrupção, não querem ver obras parads, não querem pagar propina para liberar alvarás e não querem ter que esperar meses para dar início a uma obra”.


Para Marchezan Júnior, uma de suas prioridades será vencer o corporativismo, além de dar tratamento específico a questão da carga tributária. “Se constatarmos que a tributação é um problema em determinado setor, poderemos diminuir tributos, mas isso será pontual. Não haverá diminuição generalizada”, declarou.
Depois de afirmar que não será prefeito apenas para alguns, o tucano disse que “não serei prefeito apenas par alguns. Porto Alegre tem que tirar o poder do balcão”, finalizou.


POUCA MULHER E MUITO HOMEM

Mesmo que a lei determine que 30% das vagas da nominata de candidatos seja reservado para mulheres, os partidos estão encontrando sérias dificuldades para registrar candidatas. Assim, muitos terão que diminuir o número de postulantes pois são poucas as mulheres que querem buscar uma vaga nas câmaras municipais.
Mesmo com a abertura oferecida pela Lei, parece que as mulheres não se sentem devidamente atraídas pela política. Lamentavelmente, algumas delas ainda acham que “política é coisa prá homem”.

Eu volto amanhã!

OPINIÃO

Quem paga a conta*

Em nota, o Ministério da Educação já informou que uma avalanche de recursos judiciais sobrecarregará as áreas administrativas das universidades federais, podendo comprometer o planejamento acadêmico de 2017

A conta das sucessivas greves de professores e servidores da rede pública de ensino básico de vários Estados e dos trancamentos, ocupações e depredações de escolas municipais e estaduais insuflados por pequenos partidos de esquerda radical, entre 2015 e 2016, está chegando a quem terá de pagá-la – os estudantes e os contribuintes.

Como o calendário escolar foi comprometido, os alunos da última série do ensino médio foram os mais prejudicados, pois ficaram sem a carga de ensino que teriam recebido caso as greves não tivessem ocorrido. Por esse motivo, enfrentarão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro sem terem recebido o conteúdo curricular completo, uma vez que em alguns Estados a reposição das aulas perdidas será feita somente depois de novembro. Terão de estudar por conta própria justamente no momento em que mais precisam de orientação.

Além disso, se eventualmente tiverem um bom desempenho nessas provas, cujas notas servem como base para o acesso às universidades federais, esses estudantes correrão o risco de não poderem se matricular no ensino superior por não disporem de certificado de conclusão do ensino médio. Poderão recorrer aos tribunais, já que não têm culpa pelos problemas ocorridos, o que, certamente, levará incertezas a milhares de vestibulandos. Em nota, o Ministério da Educação já informou que uma avalanche de recursos judiciais sobrecarregará as áreas administrativas das universidades federais, podendo comprometer o planejamento acadêmico de 2017. Para evitar que isso ocorra, em alguns Estados os secretários de Educação estão providenciando gambiarras jurídicas que permitam a expedição de certificados para os alunos do ensino médio que não conseguiram cumprir a carga horária da última série.

Já os contribuintes serão, mais uma vez, obrigados a arcar com a irresponsabilidade no sistema escolar público. Isto porque, apesar de as autoridades educacionais terem mandado cortar o ponto de servidores e professores que deflagraram greves invocando os mais variados pretextos, de reajustes salariais e oposição a programas de avaliação de desempenho à crítica ao neoliberalismo e reivindicação de mais itens na merenda escolar, elas acabaram cedendo às pressões e depositaram em folhas suplementares os valores que haviam sido descontados. “Ficar cinco meses sem trabalhar e receber o dinheiro depois é muito confortável, a não ser para a sociedade, que é quem acaba pagando a conta”, afirma o professor Antônio Freitas, da Academia Brasileira de Educação, referindo-se ao caso do Estado do Rio de Janeiro.

Apesar de a Justiça fluminense ter considerado a greve abusiva e autorizado o desconto dos dias trabalhados, o governador em exercício Francisco Dornelles mandou repor na folha de agosto tudo o que foi descontado nos meses anteriores. A complacência do governador de um Estado onde todas as faltas decorrentes de greves feitas por professores entre 1993 e 2015 foram abonadas é mais do que uma demonstração de inconsequência. Acima de tudo, é um grave equívoco político e administrativo, uma vez que a ausência de qualquer punição estimula servidores e professores a deflagrar mais greves irresponsáveis que, como um círculo vicioso, desorganizam os cursos, prejudicam cronogramas, exigem reposições de aulas que jamais são cumpridas integralmente e comprometem a formação escolar dos estudantes, rebaixando ainda mais os níveis de qualidade do ensino público e abrindo com isso pretexto – quanta hipocrisia – para a deflagração de novas greves em nome da valorização do magistério e da recuperação da escola pública.

Enquanto perdurar essa situação, o Brasil continuará perdendo a corrida educacional, as novas gerações terão negada a formação de que necessitam para se emancipar cultural e profissionalmente e os contribuintes continuarão sendo obrigados a custear uma rede escolar que não resiste a qualquer avaliação de desempenho.
*Publicado no estadão.com em 29/07/2016