Durma-se com um barulho desses...
O desemprego é uma realidade cada vez maior e mais triste
no Brasil. Números de pessoas desempregadas aumentam todos os dias. Chefes de
família são dispensados de seus empregos e já nem sabem mais como fazer para
poder sustentar mulher e filhos. São milhões que vagam de porta em porta em
busca de uma colocação, por mais aviltante que seja o salário. É preciso um
emprego, e ele não existe.
Na semana passada, aqui bem pertinho, 800 pessoas ficaram
sem emprego. Exatamente quando faltam poucos dias para o Natal e para o Ano
Novo, receberam, de presente, uma carta de demissão e, o que é pior, a maioria
sem qualquer possibilidade de receber, pelo menos agora, o dinheiro de seus
direitos trabalhistas.
Em Cachoeirinha, uma empresa demitiu 200 pessoas e em São
Leopoldo, foram demitidos 600 de uma só vez, pois a empresa fechou as portas. A
alegação das duas é que a grave crise econômica que tomou conta do Brasil, não
permite que sigam trabalhando ou pagando um número maior de funcionários.
São 800 famílias que, de uma hora para outra, passam a
viver o problema do desemprego do pai, da mãe ou de um filho, sem que ninguém
se preocupe com isso. O problema, que não foi criado por quem perdeu o emprego,
passa a ser de quem foi demitido. Os governantes, que prometeram empregos e
trabalho para todos os brasileiros, nem pensam mais no assunto. Melhor é cuidar
da própria pele. Que se danem os milhões de desempregados.
Enquanto isso, fruto de manobras e desavenças políticas,
a questão da formação da Comissão Especial de Impeachment, vai sendo empurrada
com a barriga e, com ela, a decisão sobre o processo de cassação de Eduardo
Cuinha.
Enquanto ele briga com a presidente, o vice Michel Temer entra no meio
e coloca mais lenha na fogueira. Considerando-se figura decorativa, ou vice de
fachada, Temer abriu a boca através de uma carta onde reclama da total falta de
confiança da presidente, nele e no PMDB.
Irritados com o fato do líder do PMDB na Câmara, fiel
aliado do Planalto, ter indicado somente deputados que são contra o
impeachment, alguns membros da bancada formaram uma chapa suplementar onde, ao
contrário da lista oficial, aparecem nomes de quem é a favor do impeachment.
Aproveitando a ocasião, Eduardo Cunha convocou nova
sessão para a tarde de hoje. Coincidentemente na mesma hora em que estaria
reunida a Comissão de Ética para decidir se prossegue ou não com o processo de
cassação do presidente da Câmara. Como haverá sessão ordinária, fica suspensa
a da Comissão de Ética.
Já aqui em Porto Alegre, fatos políticos chamam a atenção, principalmente de quem considerava o Estado como o mais politizado do Brasil.
Na Assembleia Legislativa, orientado por seu advogado, o
deputado Jardel decidiu ficar calado. Há quem afirme que fechou a boca por não
saber o que dizer, mas não respondeu a nenhuma pergunta sobre as acusações de
receber dinheiro de funcionários e usar verba pública para financiar o consumo
de drogas.
Na Câmara de Vereadores, 23 parlamentares elegeram para
presidente em 2016, o vereador Cassio Trogildo, do PTB, que só está no mandato
graças a uma liminar, já que foi cassado pelo TRE e pelo TSE por uso da máquina
pública na campanha passada. Pode perder o cargo a qualquer momento, mas foi
eleito para a presidência da Câmara.
E no Tribunal de Contas do Estado, na próxima semana,
será eleito presidente o conselheiro Marco Peixoto, que enfrenta uma acusação
de estelionato no Superior Tribunal de Justiça.
Durma-se com um barulho desses....
Tenham todos um Bom Dia!