segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Já é hora de dormir!


“Defender o imperfeito, é tornar-se cúmplice da imperfeição

Fernando Sabino


Nível do Guaíba

Águas atingem 2,86 metros


As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira (7) vêm danificando estradas, alagando bairros inteiros e elevando o volume dos rios para níveis acima do normal. O resultado é um número crescente de famílias prejudicadas.

No caso do Guaíba a água bateu os 2,86m por volta das 14h, conforme informou o Sistema Metroclima da Prefeitura da capital gaúcha. A marca histórica não era vista desde 1941, quando o Guaíba chegou a 4m76cm e inundou parte do centro histórico de Porto Alegre. De acordo com o Sistema Metroclima, a situação foi agravada pela forte incidência dos ventos do quadrante Sul no domingo, quando o Guaíba subiu 20 cm em um só dia.

Na manhã desta segunda-feira, a condição era considerada estável devido à diminuição do vento, mas horas depois o Guaíba retomou a tendência de elevação. Uma questão preocupante é o fato de o Rio Jacuí, principal afluente do Guaíba, também estar com o volume acima da normalidade. Para evitar uma inundação no centro histórico de Porto Alegre, servidores do Departamento de Água e Esgotos Pluviais (DEP) fecharam 13 das 14 comportas do sistema de proteção de cheias do Cais Mauá.

"Tivemos que tomar providências mais duras em termos de segurança. Deixamos aberta apenas a comporta central para que os veículos possam entrar e as equipes fazerem o monitoramento", disse o prefeito José Fortunati. Também estão em funcionamento 17 das 18 casas de bombas. Apenas uma passa por manutenção.

Como a cheia do Guaíba alagou a região das ilhas em torno da capital, muitas famílias da região tiveram que buscar abrigo em ginásios ou na casa de parentes e amigos. O excesso de chuva também causou problemas em mais de 20 rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul, que estão com bloqueio total e parcial em muitos pontos. De acordo com a previsão do tempo, esta segunda-feira poderá ter pancadas de chuva em determinadas regiões do Estado. Na terça-feira, a expectativa é de tempo seco, mas as precipitações devem voltar na quarta-feira.

De acordo com dados atualizados divulgados nesta segunda-feira, 12, pela Defesa Civil, cerca de 7.665 pessoas tiveram que deixar suas casas em todo o Estado (estão em abrigos ou na casas de parentes e amigos) e 24.443 foram afetadas pelas chuvas de alguma forma.

O número de municípios com ocorrências subiu de 46 para 53 desde domingo. Uma das principais apreensões no momento é com as cheias. Segundo a Defesa Civil, dos sete principais rios ou lagos do RS, quatro estão com as águas acima do nível de alerta.
Fotos: Defesa Civil/PMPA/ Agência RBS/

Especial: Impeachment

Planalto cria força-tarefa para defender Dilma


O governo já dá como certa a abertura de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff no Congresso e montou um time de advogados e juristas para defender a presidente. A decisão do Palácio do Planalto é recorrer ao Supremo Tribunal Federal assim que algum requerimento solicitando o afastamento de Dilma for aceito pela Câmara.

Em reunião realizada na tarde deste domingo com ministros no Palácio da Alvorada, Dilma foi informada de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandará uma "manobra" pró-impeachment. A avaliação do governo é de que, acuado após a denúncia do Ministério Público da Suíça mostrando contas secretas atribuídas a ele e abastecidas com dinheiro desviado da Petrobras, Cunha vai pôr em prática o jogo combinado com a oposição para atingir Dilma.

Por esse script, o presidente da Câmara rejeitará, na terça-feira, o pedido dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, propondo a deposição da presidente. A ideia, porém, seria deixar o caminho aberto para que um deputado da oposição apresente recurso ao plenário da Câmara. Nesse caso, ainda no roteiro idealizado por Cunha, esse recurso poderia ser aprovado por maioria simples, composta por 50% mais um dos deputados, com qualquer número de presentes à sessão. Outro caminho, segundo edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo, será a anexação ao pedido dos juristas, pelo PSDB, de informações de que as pedaladas fiscais tiveram prosseguimento em 2015. Cunha, então, aceitaria o pedido porque os crimes apontados se referem a este ano.

O advogado Flávio Caetano, coordenador jurídico da campanha de Dilma à reeleição, foi escalado para coordenar a defesa da presidente na possível ação de impeachment. O governo pretende contestar a questão do quórum para a abertura do processo pela Câmara, uma vez que a Constituição exige dois terços dos parlamentares.

Na reunião de domingo, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Aldo Rebelo (Defesa) e o assessor especial Giles Azevedo traçaram cenários para a presidente e disseram que a decisão do PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade de divulgar uma nota pedindo o afastamento de Cunha do comando da Câmara não passa de um jogo de cena. "Fizeram isso para dar satisfação às bases, mas precisam dele para deflagrar o impeachment", disse ao jornal O Estado de S. Paulo um auxiliar direto de Dilma. "É tudo combinado."

Ministros ainda continuam conversando com Cunha, na tentativa de fazer um acordo com ele, mas têm poucas esperanças. Uma das propostas consiste em segurar o PT para não pedir a cassação do mandato do peemedebista no Conselho de Ética da Câmara, em troca da salvação de Dilma.
No diagnóstico do Planalto, o maior sustentáculo da presidente, agora, está no Senado, que pode barrar o impeachment. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é aliado do governo.

Além de Caetano, nomes de peso do meio jurídico, como Celso Antonio Bandeira de Mello, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e Dalmo Dallari, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), farão parte da equipe que defenderá Dilma. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto também foi sondado para se juntar ao grupo.

Os juristas prepararam pareceres para dar sustentação à defesa de Dilma. Documento assinado por Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato diz que a reprovação das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) não representa crime de responsabilidade e, portanto, é insuficiente para embasar a abertura de um processo de impeachment no Congresso.
Na semana passada, diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de abrir uma ação de impugnação contra a chapa formada por Dilma e pelo vice Michel Temer, Dalmo Dallari também sustentou que o órgão não tem competência para cassar mandato de presidente da República.(Veja.com/Conteúdo)

Bom Dia!

Em plena crise!

O feriadão tornou os dias em casa mais prolongados. A chuva, que caiu sem parar desde quinta-feira, impediu qualquer possibilidade de passeio ou viagem. O remédio foi ficar em casa. Aproveitei para ouvir alguma música, preparar alguma coisa gostosa para comer e saborear um bom vinho. Coisas típicas de inverno, só que com temperaturas agradáveis.

A segunda amanheceu sem chuvas, embora muito nublada. As previsões alertam para a possibilidade de alguma precipitação ainda hoje, de tempo bom na terça-feira e a volta da chuva na quarta. Depois, só Deus sabe.

Como está tudo mais ou menos parado neste começo de semana, as notícias parece que também decidiram dar uma trégua. Nos portais apenas aquelas corriqueiras como, acidentes, crimes e coisas do esporte. A política, que segue do mesmo jeito, dá uma trégua para a situação e tempo para que a oposição pense no que fará a partir de amanhã.

A televisão ocupa os espaços de noticiários para mostrar, basicamente, a crise que tomou conta do Brasil e dos brasileiros. Desemprego, inflação, redução nos gastos e tudo o que ela carrega de ruim.

No final de semana, minha mulher e minha filha me carregaram para dois shoppings. No caminho avisei que teríamos tempo e espaço suficientes para caminhar e procurar o que fosse necessário, com toda a tranquilidade. Me enganei redondamente.

Ambos estavam cheios, lojas sem aquele movimento normal, mas com muitos clientes, e as praças de alimentação lotadas. Quem estava lá, certamente não estava preocupado com a crise.

Fiquei pensando no quanto o brasileiro sabe se adaptar ao que for necessário. Dificilmente deixamos de consumir, mesmo em tempos de crise, imaginando que, no final do mês, daremos um jeito para saldar os compromissos. Muitos, é claro, acabam inadimplentes e só então se dão conta que estamos em plena crise.

Tenham todos um Bom Dia!