Perspectivas do Brasil estão cada vez piores
As economias dos Brics estão em caminhos opostos, sendo que para
o Brasil e a Rússia, as perspectivas estão "se deteriorando
significativamente". A análise foi feita neste domingo por Angel Gurría,
secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a
OCDE, que reúne países desenvolvidos e alguns emergentes.
No mês
passado, a OCDE revisou a projeção de encolhimento do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro de -0,8% (divulgada em junho) para -2,8% e apontou como
fatores os dados negativos piores do que o esperado no segundo trimestre e o
rebaixamento então inesperado da nota de crédito do Brasil pela agência
Standard & Poor's, com a perda do grau de investimento. Para 2016, a
previsão passou de um crescimento de 1,1% da economia para uma nova retração,
desta vez de 0,7%.
A Rússia
terá uma queda de 3% no PIB em 2015, ainda de acordo com a OCDE. Na outra ponta
dos Brics, a China deve crescer 6,7% neste ano, e a Índia, 7,2%. Gurría alertou
que a desaceleração nas economias emergentes como um todo pode afetar
negativamente os mercados internacionais, com impacto na economia global.