segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Com apoio de Renan


Dilma indica Marcelo Navarro para o STJ


Com apoio do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente Dilma Rousseff indicou nesta segunda-feira (17) o desembargador federal Marcelo Navarro para ministro do STJ.

Ele vai ocupar a vaga do ministro Ari Pargendler, que se aposenta este ano, mas ainda precisa ter o nome aprovado pelo Senado.

Navarro ficou em segundo lugar na lista tríplice, com 20 votos. Tido como certo para a vaga de Pargendler, o preferido dos ministros do STJ era Joel Ilan Paciornik, com 21 votos. Em terceiro lugar ficou o desembargador Fernando Quadros.

Dilma preferiu, porém, a indicação que contava com o respaldo de Falcão e Renan. Único nordestino da lista, Navarro era apoiado também por todos os governadores do nordeste.

Na semana passada, o governo fechou um acordo com o presidente do Senado, abraçando um pacote proposto por ele com diversas reformas –algumas polêmicas– que, segundo o peemedebista, visam a recuperar o crescimento econômico e a superação da crise que acomete o país.

De acordo com aliados da presidente, é "comum" indicar o segundo ou até mesmo o terceiro da lista tríplice para os tribunais superiores. A indicação necessária do primeiro colocado acontece para o Ministério Público ou para a Procuradoria-Geral da República, como foi o caso de Rodrigo Janot, reconduzido ao cargo de procurador-geral pela presidente na semana passada, após ter ficado em primeiro lugar na votação.

Natural de Natal (RN), Marcelo Navarro é desembargador do TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5a Região), que atende os estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Pernambuco.(Agência Folha)

Opinião

Recado das ruas: sem acordo!


O símbolo das manifestações de domingo, que faz sucesso nas redes e vai ficar, é o boneco inflável de Lula na Esplanada dos Ministérios, ao sabor do vento e da ira de milhares de pessoas que se dispuseram a sair de casa num lindo dia de sol e calor para gritar contra ele, Dilma e o PT. A sincronia é evidente: quanto mais a Lava Jato se aproxima de Lula, mais a ira popular o atinge.

Se os protestos de junho de 2013 eram difusos e confusos, eles foram ganhando discurso e organicidade e chegaram a este 16 de agosto com vigor, disseminados pelo país inteiro e principalmente com foco. Pouco importa se houve menos gente que no histórico março, o fundamental é que quem foi às ruas ontem sabia exatamente o que queria dizer _ e para quem.

Homens, mulheres, jovens, velhos e crianças, de verde e amarelo, ladeavam imensas faixas defendendo o “impeachment já” e gritavam “Fora Dilma”, “Fora PT, “Lula nunca mais”. Dez entre dez entrevistados se diziam exaustos com tanta corrupção e um novo personagem, um personagem a favor, passou a brilhar nas ruas empanturradas de gente no DF, em todas as capitais e em incontáveis cidades do interior.

Esse personagem não é político, não tem mandato e não tem partido. Trata-se do juiz Sérgio Moro, versão atualizada do então ministro Joaquim Barbosa. 

Joaquim entrou para a história como o menino negro e pobre que veio a presidir o Supremo Tribunal Federal justamente durante o bombástico julgamento do mensalão, que, pela primeira vez, não perdoou a “elite branca” e a elite política do país. É como se Moro, com a Lava Jato, desse continuidade ao serviço.

A população que rejeita maciçamente Dilma, o PT e o que Lula passou a representar é a mesma que aprova maciçamente Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, que quebram paradigmas e ensinam aos poderosos e aos cidadãos comuns que a Justiça pode, sim, valer para todos. Um aprendizado e tanto, com presidentes de partidos do governo, diretores da Petrobrás e os maiores empreiteiros trancafiados ou presos a tornozeleiras eletrônicas.

De nada adiantam acordões políticos em Brasília, porque esse processo não vai parar. Como de nada adianta o governo se dizer feliz da vida porque as manifestações de ontem tiveram menos gente do que as de março. Tiveram mesmo, e daí? Elas ocorreram em todas as regiões, desde as mais ricas até as menores e mais pobres, deram nitidamente os seus recados e têm uma força política enorme.

Política é dialética, não cartesiana, e o valor e o peso de manifestações não podem ser medidos só pelo número de manifestantes, porque havia tantos a mais ou tantos a menos. A de domingo, a terceira num único ano, foi muito expressiva e já deixa engatilhada a próxima. A sociedade está mobilizada e é ela quem dá a Dilma o troféu de presidente mais mal avaliada da história pós-redemocratização.

Dilma ganhou um cerco de segurança na semana passada, com mãos amigas do Supremo, do TSE, do TCU, do Senado e da mídia, mas a irritação popular contra ela não esmaeceu, e uma coisa é certa: se tem a imagem de mulher honesta, que não passa a mão no dinheiro público, Dilma destruiu a economia e passou a ser indelevelmente vista como a presidente que mente, que vendeu um País maravilhoso na campanha e entregou um País ao cacos do primeiro para o segundo mandato.

Com acordão ou não em Brasília, a percepção da população não mudou: a corrupção chegou ao auge e há uma exaustão com a era PT, o governo Dilma e as mágicas de Lula. Ele escapou das primeiras manifestações, mas não passou incólume pelo tsunami e não tem mais força popular para resgatar Dilma. 

Talvez, nem mesmo para se resgatar. Seu prestígio está como o enorme balão com a sua cara na Esplanada dos Ministérios: ao sabor dos ventos – dos ventos da economia e da Lava Jato. Dilma pode até estar salvando o mandato, mas isso não é tudo. Ela, o PT e Lula nunca mais serão os mesmos.
Publicado no jornal O Estado de São Paulo

Rapidinhas


INSS regulamenta aumento do limite do crédito 
consignado de 30% para 35% da renda
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) regulamentou o aumento do limite do crédito consignado de 30% para 35% da renda mensal. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União e entrou em vigor nesta segunda-feira  (17). O percentual extra, entretanto, só poderá ser usado para pagamento da fatura do cartão de crédito. O novo limite é válido para empregados sob regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), aposentados, pensionistas e servidores públicos.

Instalação de GPS em táxis de Porto Alegre é retomada
A partir desta segunda-feira (17), foi retomada a instalação do sistema de GPS nos táxis de Porto Alegre. O serviço foi suspenso no dia 20 de julho por problemas técnicos. Após manifestações de taxistas, o vice-prefeito Sebastião Melo nomeou um grupo de trabalho que realizou uma auditoria para reavaliar o funcionamento dos equipamentos oferecidos pela Show Tecnologia. Após reajustes operacionais,  o grupo de trabalho optou pela reativação do contrato. “A decisão foi tomada de forma conjunta. Foi um processo que teve o objetivo de aprimorar o monitoramento de um serviço que é público e de grande interesse da população”, declarou o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

Renan 1 - Procuradores suspeitam que ex-diretor 
da Petrobras não contou tudo o que sabe
Com o avanço das investigações, os procuradores da Operação Lava Jato perceberam que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi muito econômico nas informações sobre Renan Calheiros (PMDB). Costa está sendo pressionado a colaborar de verdade, contando tudo o que sabe sobre o presidente do Senado. Se não ajudar, o ex-diretor corre o risco de perder os benefícios da delação premiada. 

Renan 2 – PGR esmiúça seis fatos antes de denunciar 
o presidente do Senado
Os procuradores da Lava Jato esmiúçam seis fatos capazes de embasar a denúncia - ou denúncias - contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, e ainda estão em busca de mais. Até agora o que mais agrada aos investigadores são as informações vindas do empreiteiro da UTC, Ricardo Pessôa. A denúncia contra Renan pode até ficar para depois da recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em setembro. Até lá, contudo, Renan e sua turma terão surpresas desagradáveis. 

PF prende líderes de seita religiosa que teriam escravizado fiéis
A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta segunda-feira, 17, a Operação De Volta para Canaã em três Estados do País e prendeu líderes de uma seita religiosa que teriam escravizado fiéis. Segundo a PF, o grupo teria utilizado a seita para se apoderar do patrimônio dos fieis, submetendo-os a trabalhos forçados, em situação análoga a de escravos. Os investigados responderão pelos crimes de redução de pessoas à condição análoga a de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
As investigações apontaram que os dirigentes da seita Jesus, a Verdade que Marca estariam mantendo pessoas em regime de escravidão nas fazendas onde desenvolviam suas atividades e rituais religiosos.

Datafolha: No protesto em SP, 85% acham que Dilma deve renunciar
Segundo pesquisa do instituto Datafolha, 85% dos manifestantes que estiveram na Avenida Paulista no protesto deste domigo (16) acham que a presidente Dilma Rousseff deve renunciar ao mandato. Também de acordo com o instituto, 82% acham que Dilma deve sofrer impeachment. Dos manifestantes, 49% acham que Dilma sairá da Presidência. Outros 44% acham que isso não vai acontecer. O Datafolha ouviu 1.335 entrevistas, entre 12h e 18h. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Operação Lava Jato

Moro condena Cerveró e Baiano

Foto: Estadão
A Justiça Federal do Paraná condenou nesta segunda-feira, 17, o ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, os lobistas Fernando Baiano Soares, ligado ao PMDB, e Julio Camargo, delator que acusou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de pressioná-lo por uma propina de US$ 5 milhões, em 2011. Cunha não é réu na ação. Ele detém foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob investigação da Procuradoria-Geral da República.

Moro comunicou sua decisão condenatória ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. O juiz tomou essa medida para rechaçar a investida das defesas de Cerveró e Baiano, que tentaram puxar o processo para a Corte máxima, sob alegação de que no processo sob a sua guarda houve a citação ao parlamentar.

Em sentença, o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, impôs a Cerveró 12 anos, três meses e dez dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta é a segunda condenação de Cerveró. Em maio, o juiz Moro aplicou 5 anos de pena ao ex-diretor, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.

O doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, que também era acusado na mesma ação, foi absolvido.

Baiano, apontado como braço do PMDB no esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014, pegou 16 anos, um mês e dez dias de reclusão.

Julio Camargo, o delator, foi condenado a 14 anos de reclusão, mas beneficiado pela colaboração prestada à Lava Jato, teve sua pena reduzida para cindo anos em regime aberto. Terá de cumprir as seguintes condições: “prestação mensal de trinta horas de serviços comunitários a entidade pública ou assistencial; apresentação bimestral de relatórios de atividades; comunicação e justificação ao Juízo de qualquer viagem internacional nesse período.” (Agência Estado)

17/08/2015


Gasto das famílias pode ter pior ano em décadas (Estadão)
Desemprego, inflação e juros altos são alguns dos fatores para a queda no consumo; desde 1990, houve retração em apenas quatro anos

Manifestação em SP amplia alvos e passa a 
incluir Renan e PMDB (Folha de S. Paulo)
Gritos anti-Dilma e anti-PT prevalecem nos protestos, mas desta vez a pauta também atinge outras forças políticas, a Justiça e a possibilidade de saída consensual para crise

Manifestantes na Paulista preferem que 
Dilma renuncie, diz Datafolha (Portal UOL)
Foi a primeira vez que o instituto de pesquisa questionou os entrevistados especificamente sobre uma possível renúncia.

PF vai apurar vazamento de dados bancários de Lula (Portal IG)
O assunto foi discutido pela presidente Dilma Rousseff e Lula em reunião no sábado em Brasília. Dilma considerou grave o vazamento de um relatório do Coaf, órgão do Ministério da Fazenda.

Mercado prevê pela 1ª vez retração no PIB em 2016 (Portal G1)
Expectativa é de queda de 0,15%. Para 2015, previsão é de 2,01% de retração.

Aliados dizem que o governo precisa reagir 
para contornar momento político (Correio Braziliense)
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), acredita que os protestos são um reflexo da insatisfação dos brasileiros em relação ao governo atual

Protestos voltam a crescer e mantêm Dilma 
sob pressão (Gazeta do Povo)
Se não chega a ser um fato novo na crise enfrentada pela gestão petista, o ato mantém o clima de pressão popular sobre o Palácio do Planalto

Sindicalistas apostam em greve curta (clicRBS)
Assembleia geral do funcionalismo está marcada para terça-feira. Participantes vão decidir a respeito de paralisação, que pode ser de três dias

Pela primeira vez mercado prevê retração da 
economia brasileira em 2016 (OSul.com)
Os economistas do mercado financeiro acreditam que a economia brasileira vai demorar mais tempo para se recuperar

INSS regulamenta aumento do limite do 
empréstimo consignado (Correio do Povo)
Desconto em folha de pagamento pode chegar a 35% do benefício

Calote tem maior alta desde julho de 2011 (O Globo)
Indicador de Inadimplência do Consumidor subiu em julho 19,4% frente ao mesmo mês do ano passado

Protesto mostra que Lava Jato nocauteou 
Dilma, Lula e PT, avaliam ministros (Veja.com)
Ainda que não tenham sido as maiores do ano, manifestações preocuparam o governo

Bom Dia!

Se for assim, eu sou coxinha!

Como já havia dito aqui mesmo, participei ontem (16) da manifestação realizada no Parcão e que fez parte de um movimento que aconteceu em mais de 200 cidades do Brasil. Em todas as capitais e em algumas das grandes cidades brasileiras, milhares de pessoas foram para a rua protestar contra o que está ocorrendo no Brasil, indignados com a corrupção e a mentira que estão instaladas no governo.

Quem lê meus comentários, sabe perfeitamente que não defendo intervenção militar, não defendo impeachment e, muito menos, qualquer tipo de golpe contra a democracia. Tenho deixado bem claro que não faço parte desse grupo.

O que defendo é o fim da corrupção, da roubalheira, das mentiras, da desfaçatez, da prepotência, da tentativa de alguns de esconder a realidade, querendo convencer a todos que o que existe não existe e que está tudo bem no Brasil.

Quando cheguei em casa e fui dar uma olhada nos noticiários e nas redes sociais, fiquei impressionado com os que, de alguma forma, tentavam diminuir a importância das manifestações ocorridas durante todo o dia, em todo o Brasil.

Sem noção, os fanáticos de sempre, pregavam contra aquilo que até o governo admite, ou seja, a insatisfação dos brasileiros com o atual estado de coisas, fruto da incompetência governamental, das falsas promessas e da realidade que aflorou depois que se esgotaram os recursos para manter o populismo instalado pelo governo petista.

Antes, no sábado, li muitos comentários de gente que afirmava que não compareceria por não aceitar que fosse defendida a intervenção militar. Outros alegavam que não eram PT, não apoiavam a Dilma, mas que não eram PSDB também. Mesmo assim, não iriam por não concordar, por exemplo, com o pedido de impeachment da presidente.

Alguns não devem ter se dado conta de que espalhar que o movimento era por uma intervenção militar ou por algum tipo de golpe, foi uma estratégia muito bem montada pelos governistas para enfraquecer a onda de protestos. Não conseguiram, embora tenham tirado alguns desavisados das ruas, aqueles que preferiram ficar em casa alegando inconformidade com os motivos do protesto.

Pena que perderam de ver o povo brasileiro, em sua grande maioria, manifestando sua inconformidade com a presidente Dilma, pedindo a prisão de Lula, o fim do PT e elogiando o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

Só para dar uma ideia do que aconteceu ontem, aqui em Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas estiveram no Parcão, participando dos protestos. Uma multidão que não aguenta mais o que está acontecendo no Brasil.

Enquanto isso, na Cidade Baixa, um grupo realizava um “coxinhaço”, ou seja, vendia coxinhas de frango assadas, por R$ 2 cada uma. Conseguiram juntar meia dúzia de pessoas, praticamente as mesmas de sempre, facilmente identificáveis. Nada mais. 

Em São Paulo, enquanto 350 mil ocupavam a Avenida Paulista, mais ou menos 600 militantes, conduzidos por ônibus pagos pela CUT e alimentados com churrasquinho e bebidas pagas por não se sabe quem, discutiam, sentados em sofás confortáveis montados sobre um palco, o “fenômeno coxinhas”.

Fiquei pensando que só quem chama os que não se conformam com o péssimo governo que temos, com os escândalos na Petrobras e muitos outros órgãos públicos, de coxinhas, reacionários e golpistas, são os que, de alguma forma, dependem do governo, de uma ou outra maneira.

Pois vou encerrar dizendo uma coisa; se for assim, então que sigam me chamando de tudo isso. Eu sei que não sou, que tenho ideias próprias e defendo o que acho verdadeiro, mas se alguns entendem que quem pensa assim é coxinha, então eu sou.


Tenham todos um Bom Dia!

Música: Romaria
Intérprete: Elis Regina
Pedidos: Augusto Souza, Maria Clara e José Leal.