sexta-feira, 31 de julho de 2015

Rapidinhas


Instituto Lula diz que foi alvo de ‘ataque político’
O Instituto Lula informou nesta sexta-feira, 31, que foi alvo de um ‘ataque político’. Em nota, a Assessoria de Imprensa do Instituto destacou que um ‘artefato explosivo’ foi arremessado contra o seu prédio-sede. O objeto foi atirado de um carro. O ataque, segundo o Instituto, ocorreu por volta de 22 horas desta quinta, 30. Ninguém ficou ferido.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou que ‘uma pequena bomba de fabricação caseira foi lançada no Instituto Lula’.

Presidente da CPI diz que advogada se vitimiza 
para 'esconder atos ilícitos'
Um dia após a advogada Beatriz Catta Preta dizer em entrevista ao Jornal Nacional que se sente “ameaçada” pelos membros da CPI da Petrobras, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), partiu para o ataque nesta sexta-feira (31) ao dizer que ela “usa a vitimização” para esconder possíveis “atos ilícitos”.
Sem dar detalhes, Motta disse haver “indícios” de irregularidades no recebimento de honorários pela advogada que atuou em nove dos 22 acordos de delação firmados no âmbito da Operação Lava Jato.
“O que é mais estranho é uma advogada criminalista alegar que está sendo ameaçada e não trazer nenhum fato concreto. E vir a um jornal de rede nacional querer usar a vitimização para esconder, talvez, alguns atos ilícios que ela tenha cometido no âmbito do processo da Lava Jato”, disse o deputado do PMDB.

Contas públicas acumulam rombo recorde de 0,8% do PIB em 12 meses
O deficit primário das contas públicas atingiu R$ 45,7 bilhões nos últimos 12 meses terminados em junho, batendo o recorde negativo de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) na série histórica iniciada em 2001.
O resultado, que considera receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros, foi divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (31).
Em maio, o deficit acumulado em 12 meses era de 0,68% do PIB. No mesmo período de 2014, havia superavit de 1,36% do PIB. A nova meta fiscal do governo para 2015, anunciada na semana passada, prevê uma economia de R$ 8,7 bilhões, ou 0,15% do PIB, até dezembro.
Considerando apenas o mês passado, União, Estados e municípios tiveram deficit de R$ 9,3 bilhões. Esse é o maior deficit já registrado em meses de junho. Em maio, o resultado negativo foi de R$ 6,9 bilhões.

Vacina contra ebola tem êxito em teste e pode acabar com surto
O mundo está pela primeira vez prestes a ser capaz de proteger os seres humanos contra o ebola, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (31), após dados de um teste na Guiné mostraram que uma vacina foi 100 por cento eficaz.
Os resultados iniciais do estudo, que testou a vacina VSV-ZEBOV, da Merck e da NewLink Genetics, em cerca de 4.000 pessoas que estiveram em contato próximo com um caso de ebola confirmado, mostrou 100 por cento de proteção após dez dias.
Os resultados foram descritos como "notáveis" e "virada no jogo" por especialistas em saúde. "Acreditamos que o mundo está prestes a ter uma vacina eficaz contra o ebola", disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista à imprensa em Genebra.

Cunha deve distribuir comando de novas CPIs entre PMDB, DEM e PSDB
Na “ceia” para a qual convidou líderes partidários logo após o jantar oferecido por Dilma Rousseff, na segunda-feira, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tratará da divisão do comando das quatro novas CPIs que promete instalar na reabertura dos trabalhos na Câmara. A presidência da CPI do BNDES deverá ficar com o PMDB. A dos fundos de pensão, considerada a mais explosiva, será ofertada ao DEM, com um peemedebista na relatoria. O PSDB comandará a investigação de crimes cibernéticos.

Advogados estimam penas acima de 20 anos para empreiteiros
Advogados que atuam na Operação Lava Jato estimam que o juiz Sergio Moro deve impor penas de 22 a 23 anos de prisão para empreiteiros acusados de fraudar contratos com a Petrobras e de distribuir propina a agentes públicos. O prognóstico de duras penas aos réus ganhou força após a sentença que condenou os executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Correa, a 15 anos e dez meses de prisão, convertidas em prisão domiciliar porque ambos são delatores do esquema de corrupção. Para os defensores, é difícil fazer uma defesa técnica dos empreiteiros porque em alguns casos os indícios de irregularidades são tão evidentes que se assemelham a uma "fratura exposta".

Opinião

Eu sou vocês amanhã

Eliane Cantanhêde
31 Julho 2015 

Confirmado. Tudo o que a presidente Dilma Rousseff queria ao atrair para o recanto do seu lar todos os governadores do País era pedir apoio a eles para a “travessia” e para concluir o mandato em 2018. Ou seja, Dilma só queria tirar uma foto e dar um grito de socorro contra o impeachment. Seria só patético, não fosse dramático que uma presidente recém-eleita, com apenas meio ano de mandato, tenha chegado a tanto.

De casaquinho azul bebê, Dilma falava para os governadores (e para o público da TV oficial) em “travessia”, “democracia”, “humildade”, “somar esforços”, “cooperação” e “parcerias”. Nos sites, as manchetes eram outras, no tom cinzento e ameaçador da crise. O déficit das contas públicas foi de R$ 8,2 bilhões num único mês, o de junho, o que gerou um resultado negativo de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre. É o pior resultado em toda a série histórica. Mais um recorde da era Dilma.

E não parou por aí, porque os juros do cartão de crédito atingiram estonteantes 372% ao ano. Ok, todo mundo sabe que endividamento com cartão é fria, mas a chamada “nova classe média” está meio perdida no paraíso com o aumento do desemprego e a queda da renda e, no aperto, pode recorrer ao cartão e cair na esparrela. Sem contar que os juros no cartão são só um aspecto dos juros escorchantes.

Bem, enquanto o mundo real continuava produzindo uma notícia ruim atrás da outra, Dilma dizia aos governadores que “é preciso ter humildade para receber críticas”, mas fazia justamente o contrário, de certa forma desafiando: “Eu sei suportar pressão e até injustiça”. Ou seja, preferiu encenar o papel de vítima, sabe-se lá de quem e de quê, a humildemente se assumir como algoz da economia. 

E repetiu o cardápio de sempre para tentar justificar a injustificável crise econômica: colapso do preço das commodities, desvalorização do real, crise internacional (“que continua não esmorecendo”) e a seca. A consequência de tudo isso, concluiu, foi uma forte queda na arrecadação de impostos e contribuições sociais. Digamos que, sim, há verdade nesses fatores objetivos. Mas e o fator Dilma Rousseff? 

Ela não deu um pio sobre a sua crença íntima de que um pouco de inflação não faz mal a ninguém, a arrogância de ter baixado os juros artificialmente, a canetada que desestruturou o setor elétrico, a troca do sistema de concessões para o de partilha na exploração do pré-sal, a sinalização de uma guinada estatizante para os investidores internos e externos. Como não fez nenhuma referência, indireta que fosse, à corrupção deslavada que fragilizou a Petrobrás e minou a confiança externa.

Do ponto de vista político, Dilma tentou mobilizar os governadores contra o Congresso, onde, como advertiu, tramitam medidas com efeito direto sobre as contas tanto do governo federal quanto dos estaduais. Teve até o cuidado de distribuir uma cartilha elencando projeto por projeto do que a gente chama de “pauta-bomba”, aquela que finge que é para beneficiar categorias e pessoas, mas só serve para azucrinar Dilma Rousseff.

Mas tudo isso é detalhe. O fato é que Dilma convocou os governadores a Brasília com o único objetivo de obter apoio político. Sem pronunciar aquela palavrinha maldita – impeachment – nem fazer referências indiretas àquela data aterrorizante – 16 de agosto –, a presidente mandou um recado subliminar para os governadores, ao lembrar que ela, como eles, conquistou seu mandato democraticamente e vai concluí-lo em 2018. Soou assim: se me derrubam hoje, amanhã podem ser vocês. O pior, para todos eles, é que pode mesmo.

Marta e PMDB. O vice Michel Temer deu dois conselhos sensatos para tentar melhorar a posição do PMDB na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016. A Paulo Skaf, sugeriu que sondasse a seção paulista do partido sobre a entrada da senadora Marta Suplicy. À própria Marta, que se articulasse com o PMDB, mas sem fechar as portas no PSB. O seguro morreu de velho.

Publicado no Estadão de hoje, 31/07/2015

31/07/2015


Após parcelamento de salários, associação de PMs 
pedirá prisão de governador Sartori (clicRBS)
O argumento da associação é de que Sartori descumpriu uma decisão do Tribunal Pleno, do Tribunal de Justiça do Estado, em maio, que obriga o governo estadual a pagar os salários em dia, sem parcelamento, de soldados, cabos, sargentos e tenentes ativos e inativos da BM.

Advogada diz que encerrou carreira devido a ameaças 
de membros da CPI (Portal G1)
Comissão convocou Beatriz Catta Preta para explicar origem de honorários. Presidente da CPI disse que convocação foi unânime e não há perseguição.

Delator que acusou Cunha também fez repasse à 
Assembleia de Deus (Estadão)
Quebra de sigilo das empresas de Júlio Camargo revela que ele aportou R$ 125 mil em uma filial da Assembleia de Deus Madureira, simpática ao presidente da Câmara dos Deputados

Postos de Cachoeirinha têm filas para vacinação 
contra meningite (Correio do Povo)
As 17 unidades básicas de saúde do município funcionarão das 9h às 17h, até a sexta-feira da semana que vem, inclusive no sábado e no domingo

Após veto da presidente, aposentados 
prometem fazer pressão (Portal IG)
Frustrados com o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste igual para todas as aposentadorias do INSS, os inativos prometem pressionar parlamentares para tentar derrubar a decisão no Congresso.

Governadores pedem a Dilma retomada de investimentos (O Globo)
Após reunião, parte defende governabilidade, mas Alckmin diz que assunto não foi tratado; Cunha critica explicações sobre economia

Venezuela expropria armazéns de alimentos 
de empresas privadas (Veja)
Tropas bolivarianas invadiram depósitos da empresa local de alimentos chamada Polar e das multinacionais Cargill, Nestlé e Pepsi. Até chavistas protestaram contra a invasão

Crise afeta 79% das fábricas do Paraná (Gazeta do Povo)
Quase 80% das empresas cortaram ou reduziram os investimentos diante do cenário desfavorável, segundo pesquisa divulgada pela Fiep

Fala de Dilma a governadores tende a reduzir 
mais sua credibilidade (Folha de S. Paulo)
A presidente Dilma Rousseff desperdiçou nos últimos dias todas as chances que teve para desanuviar o ambiente político e construir uma saída para a crise em que seu governo está mergulhado.

Crise do Brasil preocupa vizinhos da América do Sul (Portal Terra)
Três motivos justificam a apreensão: a incerteza política; o fato de a Petrobras e empreiteiras investigadas na Lava Jato terem investimentos na região; e os possíveis efeitos da recessão econômica brasileira

Passagem de ônibus em BH sobe de R$ 3,10 
para R$ 3,40 na semana que vem (Estado de Minas)
Nova tarifa passa a valer já a partir da próxima terça-feira, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município

Advogado que deixou defesa de Baiano é 
defensor da delação premiada (Época)
David Teixeira de Azevedo defende a colaboração de réus em processos. Ele nega, porém, que este seja o motivo de seu afastamento

Bom Dia!

Voto democrático e popular!


"Essa é uma reunião que tem um papel muito importante nos destinos e na condução dos caminhos do Brasil. Eu acredito que nós temos um grande patrimônio em comum, expresso no fato de todos nós termos sido eleitos num processo democrático bastante amplo no nosso país. E todos nós temos, então, esse dever em relação à democracia, ao voto democrático e popular"

Não sei se a presidente disse isso no começo ou no meio da reunião com os governadores, realizada ontem (30), no Palácio da Alvorada, quando Dilma resolveu pedir o apoio dos representantes de todos os Estados, em nome de uma recuperação do Brasil.

O que me parece vir carregado de um tanto de hipocrisia, e a presidente estar falando em respeito ao voto popular, que representa a vontade da maioria, quando ela mesmo participou ativamente da campanha pelo impeachment de Collor de Melo que, como ela, foi eleito pelo voto da maioria dos brasileiros. O mesmo “patrimônio em comum, expresso no fato de todos nós termos sido eleitos num processo democrático”, era o que o presidente Collor tinha, queiram ou não.

Podemos até analisar os motivos que levaram o Congresso a declarar o impeachment dele, mas não podemos dissociar do fato de que foram os brasileiros que o colocaram no Planalto, assim como fizeram com a presidente Dilma. Mas querer argumentar que uma coisa não tem nada a ver com a outra, é tentar defender o indefensável.

Collor, depois de uma campanha nacional comandada por Lula e seus adeptos, foi deposto sob o argumento de que estava envolvido em atos de corrupção, uma história que todos conhecemos de sobra. Hoje, depois de cumprir a quarentena determinada pela lei, é Senador da República, eleito pelo voto popular e democrático.

Dilma, que faz parte do grupo que segue ao lado de Lula, vive, assim como Collor viveu, um inferno astral, afogada em um mar de corrupção que envolve diversos setores importantes do governo. Os bilhões desviados, por exemplo, da Petrobras, fazem com que o que se denunciava na época de Collor, seja quase nada.

Claro que não estou defendendo Collor nem achando que não deveria ter sido deposto. Estou, isto sim, tentando entender, mais uma vez, os motivos que levam as mesmas pessoas que saíram para as ruas pedindo o impeachment de Collor de Melo, agora gritarem que pedir o impeachment de Dilma “é golpe”.

Como disse a presidente, na reunião com os governadores, todos os eleitos (como ela e Collor) tem um dever “em relação à democracia, ao voto democrático e popular”.

Enquanto não me provarem que o voto de um é diferente do voto do outro, enquanto não me disserem que a vontade popular vale para um e não para outro, vou seguir não entendo e achando que existe muito de hipocrisia nas declarações de Dilma Rousseff na reunião em que pediu tudo e não ofereceu nada aos governadores. Aliás, para não ser injusto, ela ofereceu sim. Disse que os governadores podem contar com ela.

 "Eu conto com vocês. Agora quero dizer, assim, do fundo do coração: vocês podem contar comigo. Vocês podem contar comigo".


Tenham todos um Bom Dia!


Música: Timoneiro
Intérprete: Paulinho da Viola
Pedidos: Izabel, Maria Eunice, Gilberto, Charles e Júlio.