Nem pedi licença, mas como sei que teria, estou compartilhando com todos um texto de meu filho, o Marcelo, publicado no Facebook. Uma análise clara e sensata do que está ocorrendo no Brasil. Um diagnóstico perfeito do que nos foi prometido e do que nos foi entregue. Leiam.
Só uma reflexão: a Dilma
foi tão eleita pelo voto democrático quanto o Eduardo Cunha. Se o Cunha e o
Renan são bandidos, eu eu concordo que sejam, só estão lá protagonizando seus
papéis porque foram eleitos e por conta das manobras dos "outros"
bandidos que os "elegeram" como aliados para garantir a perpetuação
do poder. Obviamente não quero um golpe. Nem quero um impedimento dessa
presidente incompetente e dissimulada. Mas não quero isso por ela. Muito menos
pelos que a representam. Não quero porque um impedimento, apesar de ser
constitucionalmente válido tal qual o voto direto, está longe de ser uma
solução. E se olharmos de forma elevada para o cenário político das últimas
décadas, o golpe democrático já foi dado há muito tempo. Para mim, o que vemos
agora nada mais é do que ruptura de interesses de canalhas de todos os lados e
uma midiática e panfletária vitimização. Afinal, "ladrão que rouba ladrão
tem cem anos de perdão". Alguns até menos, né, como é o caso do próprio ex
presidente Collor, que depois de deposto voltou triunfante, também pelo voto
direto, como senador da república, aliado do governo e presidente da comissão
de ética. O que penso é que o PT é o verdadeiro criador do "golpe
democrático" pois vendeu a alma e o país para o demônio, leia-se PMDB, em
troca de perpetuação do poder. Agora, está provando do próprio veneno. Esta
vivendo na pele o que apontou por muitos anos e com veemência, ser o mais baixo
dos valores políticos: a falta de ética. O pior, é que demonstrando uma postura
ainda mais baixa, segue buscando no passado e nos outros os erros e as culpas.
Segue de forma desesperada, quase patética querendo dividir o bolo, ou a bosta,
em duas fatias, em dois lados distintos. Sendo que na prática como estamos
vendo e sabendo, tudo faz parte de uma coisa só. Segue se vitimando em nome do
"povo brasileiro" que, ironicamente é quem está realmente levando e
sentindo esse duro golpe, daqueles de levar à lona trabalhadores, famílias,
pessoas em geral que de alguma forma acreditaram que existia mesmo um partido
não tradicional que combateria a corrupção, promoveria uma verdadeira e
responsável reforma política e fiscal. Enfim, penso que nem preciso ir além
daqui para saber que o golpe na verdade é muito mais embaixo.