segunda-feira, 6 de julho de 2015

Contra o desemprego

Governo lança plano que permite 
redução de jornada e de salários


Despesas serão custeadas pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que vai complementar parte da perda salarial; governo diz que medida é menos custosa do que pagar seguro-desemprego

O governo anunciou nesta segunda-feira, 6, um plano para evitar novas demissões na indústria, uma tentativa clara de interromper o aumento do nível de demissões do País e de evitar que a popularidade da presidente continue derretendo. A equipe de Dilma Rousseff propôs que a jornada de trabalho e os salários dos empregados sejam reduzidos em até 30% em momentos de crise ou de queda expressiva de produção, como o que ocorre agora nos setores automobilístico e químico. Para o empregado, no entanto, o salário será cortado em até 15%, porque haverá uma complementação com os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O Plano de Proteção ao Emprego (PPE) demorou três anos para sair do forno e envolveu discussões com a indústria e os sindicatos. O governo se inspirou em um programa muito semelhante ao adotado na Alemanha, berço das indústrias automobilísticas. Os detalhes finais da Medida Provisória (MP), que foi assinada pela presidente Dilma, foram antecipados pelo Estadão há quinze dias. 

O custo do programa, no entanto, não foi esclarecido, embora os ministros tenham reforçado que é mais barato complementar o salário por meio do FAT do que arcar com os custos do seguro-desemprego, em casos de demissões. Na hipótese de 50 mil trabalhadores com salário de R$ 2.500 serem atendidos pelo plano, o gasto do governo será de R$ 112,5 milhões. Esse valor é R$ 68 milhões menor do que bancar o seguro-desemprego da mesma quantidade de trabalhadores com esse salário.

A redução da jornada e do salário precisa ser aprovada em assembleias com os sindicatos para ser implementada. A Constituição impede a redução de direitos trabalhistas, a não ser por acordos desse tipo. O limite por trabalhador para a contrapartida do FAT será de R$ 900,84 (o correspondente a 65% da parcela máxima que o fundo paga de seguro-desemprego). O salário máximo para ser contemplado por esse plano é de R$ 6 mil.

Um trabalhador que recebe R$ 2.500 de salário, por exemplo, e entrar no PPE, passaria a ganhar R$ 2.125, dos quais R$ 1.750 pagos pela empresa e R$ 375 bancado com recursos do FAT, fundo responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Os setores que podem aderir ao PPE por seis meses - prorrogáveis por mais seis - serão definidos por um comitê formado por representantes de cinco ministérios. Nessa primeira etapa, o programa terá validade até dezembro de 2016. 

Como contrapartida, as empresas que aderirem ao PPE não poderão demitir os funcionários que tiveram sua jornada de trabalho reduzida enquanto o plano estiver em vigor. Ao fim do plano, também serão proibidos cortes dessas vagas por prazo equivalente a um terço do período de adesão. Por exemplo: se a adesão da empresa ao plano foi de seis meses, ao fim desse período, essa empresa tem que manter os empregos por mais dois meses. (Fonte: Estadão)


Poupança

Maior saída de recursos em 20 anos

A quantia de saques da poupança superou a de depósitos em junho em 6,26 bilhões reais, informou o Banco Central nesta segunda-feira. Na primeira metade de 2015, o total resgatado dessa aplicação foi de 38,54 bilhões de reais. Nos dois casos,são os maiores volumes dos últimos 20 anos para os períodos (mês de junho e primeira metade do ano), desde quando a instituição começou a compilar as informações disponíveis até hoje, em janeiro de 1995.

Até então, o pior junho para a caderneta havia sido em 1999. Na ocasião, o resultado ficou negativo em 1,4 bilhão de reais. O resultado do primeiro semestre também é significativo, já que há 10 anos, desde 2005, não se via um volume de resgates maior do que o de aplicações em todos os meses da primeira metade de um ano. Em janeiro, o resultado ficou negativo em 5,5 bilhões de reais e, em fevereiro, em 6,3 bilhões de reais.

Em março, os resgates superaram os depósitos em 11,4 bilhões de reais e, em abril, em 5,8 bilhões de reais. Em maio, o saldo ficou no vermelho em 3,2 bilhões de reais. O resultado de março foi, portanto, o pior da série histórica do BC para um mês e o de junho, o terceiro pior, atrás também do de fevereiro.

Com o resultado de junho, o saldo total da poupança ficou em 646,56 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do período, no valor de 4,05 bilhões de reais. Os depósitos na caderneta somaram 162,85 bilhões de reais no mês passado, enquanto as retiradas foram de 169,11 bilhões de reais.

A pauta é a crise

Dilma convoca base aliada


A presidente Dilma Rousseff convocou nesta segunda-feira (6/7) reunião com os presidentes de todos os partidos políticos da base aliada do governo. O encontro não estava previsto até o início desta tarde na agenda oficial da presidenta, e vai reunir também os líderes dos partidos de apoio ao governo. Por reunir os principais aliados da coalizão que elegeu o presidente da República, a reunião é chamada de Conselho Político.

O encontro está marcado para as 18h no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Outro compromisso, incluído na agenda de Dilma Rousseff, foi a assinatura de medida provisória sobre o Programa de Proteção ao Emprego, texto que será enviado ao Congresso Nacional para análise. A medida provisória já terá vigência de lei. Antes, ela ainda sanciona o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ambos os eventos ocorrem no Palácio do Planalto, também em Brasília.

Acesso a delação

Juiz Nega pedido de Zé Dirceu


O juiz federal Sérgio Moro negou pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para ter acesso ao acordo de delação premiada do empresário Milton Pascowitch, investigado na Operação Lava Jato. Na decisão, o juiz explicou que as informações prestadas permanecerão em sigilo, porque são indispensáveis para as próximas diligências. "Observo que o acordo e os termos dos depoimentos prestados por Milton Pascowitch ainda estão sob sigilo, indispensável no momento para a eficácia das diligências investigativas em curso a partir dele. Apesar da divulgação pela imprensa acerca da existência do acordo, seu efetivo conteúdo permanece resguardado", decidiu Moro. 

Na sexta-feira, a defesa de Dirceu entrou com outro pedido, no Supremo Tribunal Federal, para ter acesso ao acordo de delação do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, também investigado na Lava Jato. A motivação do pedido está em matérias jornalísticas que divulgaram supostos pagamentos de Pessoa para a empresa de consultoria do ex-ministro.(Agência Brasil)

Pesquisa – 2

Leonardo Quintão lidera em BH


Leonardo Quintão
A primeira pesquisa encomendada pelo Jornal Estado de Minas ao Instituto MDA sobre a corrida eleitoral pela Prefeitura de Belo Horizonte repercutiu ontem entre pré-candidatos e partidos. Os quatro primeiros apontados na preferência popular dos belo-horizontinos comemoraram o desempenho avaliado a um ano do início da campanha, porém, disseram que os nomes de quem vai de fato concorrer ainda serão definidos pelas legendas. De acordo com o levantamento do MDA, se as eleições fossem hoje o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) seria o eleito com 14,2% dos votos, seguido pelo ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil e o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB), cada um com 7,9%.

Pesquisa

Ratinho Jr. lidera em Curitiba

Ratinho Jr.
O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano Ratinho Jr. (PSC) seria o favorito a ocupar o posto de prefeito de Curitiba, com 25,9% das intenções de voto, se as eleições fossem hoje. É o que aponta um novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, que indica o atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) em segundo lugar na preferência dos eleitores, com 15,1%, tecnicamente empatado com o deputado estadual Requião Filho (PMDB), que tem 12,7% da preferência – já que a margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.



Rejeição ao PT em Curitiba é de 60% e ao PSDB chega a 35%

O Instituto Paraná Pesquisas também mediu a rejeição dos eleitores curitibanos a três partidos políticos: PT, PSDB e PMDB. Conforme o levantamento, o partido da presidente Dilma Rousseff, que faz parte da base de apoio do prefeito Gustavo Fruet (PDT), é o que tem a imagem mais negativa em Curitiba: 60% dos entrevistados afirmaram que não votariam em um candidato 
do PT.

Em seguida, aparece o PSDB, do governador Beto Richa. Para quase 35% dos pesquisados, o simples fato de alguém pertencer ao partido seria um empecilho para votar num possível candidato tucano à prefeitura.

Amoxicilina

Anvisa suspende venda de lote


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a distribuição, a comercialização e o uso do lote AX4144A2D (validade até setembro de 2016) do medicamento Amoxicilina 500 mg cápsulas, fabricado pela empresa Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.

De acordo com o texto, o próprio fabricante encaminhou à agência comunicado de recolhimento voluntário do produto em razão de desvio de qualidade por presença de corpo estranho em um blister (embalagem) lacrado do lote.

A Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. informou que já encaminhou uma carta a todos os clientes e estabelecimentos que receberam o lote, orientando sobre a devolução do medicamento.

Bom Dia!

O frio, parece, só se fez mais intenso no final de semana. Chegou a segunda-feira, dia de trabalho, e o sol voltou com toda a força. As temperaturas, inclusive, começaram a subir.

Acho que há um entendimento climatológico, se é que isso existe, para me azucrinar, pois desde de sábado estou amargando uma gripe e uma crise de asma que me persegue. Sei não, mas acho que estou começando a ficar velho. Afinal, com 74, as energias tendem a diminuir. Mas sigo na luta.

Pra começar a semana, vou deixá-los com um texto maravilhoso do Ricardo Noblat publicado no site do Globo. Não percam.

Tenham todos um Bom Dia!


Quando os ratos começam a abandonar o navio...

O distinto público tem dificuldade de entender por que Lula e o PT criticam a política econômica do governo da presidente Dilma.

Ora, eles não apoiam o governo? Não fazem parte dele?

Ou querem dar a impressão de quer apoiam, sim, fazem parte, sim, mas nada têm a ver com a política econômica? Como isso seria possível?

O governo de Dilma é sustentado por um conjunto de partidos. O que detém mais ministérios e mais cargos é o PT. É o mais importante, pois.

Será possível que mesmo assim, Dilma ponha em prática a política econômica de outro partido que não a do PT?

Talvez a política econômica do PMDB, quem sabe?

Do PMDB também não. Os chefes do PMDB, dos mais ilustres aos mais apagados, fazem oposição à política econômica do governo.

Dizem que ela está quebrando o país.

É razoável supor que ela não esteja sendo imposta a Dilma por algum partideco. Não faria sentido.

Faria sentido Dilma reeleger-se para adotar em seguida a política econômica do partido que derrotou, o PSDB?

Mas por que faria isso?

Para deixar o PSDB sem discurso econômico? Por que reconhece que a política econômica do PSDB seria a única capaz de salvar o governo?

Pensando melhor: não foi Lula que aconselhou Dilma a promover um duro ajuste fiscal? E que até indicou para o Ministério da Fazenda o presidente do Bradesco?

É tudo confuso, não?

Só sei que Dilma está ficando cada vez mais sozinha.

Por mais que seja uma mulher sapiens, e corajosa, ninguém resiste à solidão. 




 Música: O que é, o que é
Autor: Gonzaguinha:
Intérprete: Gonzaguinha
Pedidos: Rosane Costa, Marlene Martins, Rafael Machado e José Luiz.