O frio e o novo tesoureiro do PT
Mesmo que pareça um só, são dois assuntos. Primeiro e é
anunciada chegada de uma frente fria, prevista para a semana que vem. Segundo é
a indicação do substituto de João Vaccari Neto, que substituiu Delúbio Soares,
e que está preso na sede da Polícia Federal de Curitiba.
O Frio - A meteorologia está anunciado que, pelo menos temporariamente,
o calor, quase de verão, que está fazendo, dará lugar a temperaturas mais
baixas a partir do feriado de terça-feira. Anuncia, inclusive, que em
determinadas regiões, os termômetros se aproximarão de zero graus!
Quando leio uma notícia assim, sou obrigado a concordar
que aqui no RS somos quase que sobreviventes. Imaginem sair de temperaturas de
quase 30 graus e, em pouco tempo, chegarmos a quase zero. Haja organismo que resista.
Então, amigas e amigos, vamos tratar de baixar as roupas
quentes dos armários, preparar casacos e meias e, é claro, não esquecer de um
cachecol adequado, pois a previsão é de que ventos acompanhem a massa fria que
vem chegando.
Tesoureiro - Sobre o novo tesoureiro do PT, reproduzo trecho de
matéria publicada na Revista Veja, antes de analisar o significado da presença
de um terceiro tesoureiro em tão pouco tempo.
“O novo
tesoureiro nacional do PT, Márcio Macedo,
recebeu no ano passado uma doação de 95.000 reais da Construtora Andrade
Gutierrez S/A, uma das empreiteiras que faziam parte do cartel do petrolão. A
contribuição foi repassada a Macedo pela Direção Nacional do PT, cujo caixa era
comandado por João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal
na Operação Lava Jato. Vaccari foi afastado da secretaria de Finanças do
partido sob suspeita de ter intermediado junto a empreiteiras fornecedoras da
Petrobras pagamentos de propina dissimulados como doações oficiais de campanha,
registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Em 2014, Macêdo não se reelegeu
para seu segundo mandato como deputado federal por Sergipe e atualmente é
suplente da bancada. Ele arrecadou ao todo 493.726,94 reais - 25% (123.500 reais)
repassados por Vaccari. Além da Andrade Gutierrez, a outra parcela de 28.500
reais era uma doação da Fator Empreendimentos e Participação, do ramo
imobiliário paulista”
A leitura do
texto publicado pela revista, já bastaria para que começássemos a nos preocupar
com mais uma série de denúncias envolvendo as “doações legítimas e oficiais” recebidas
pelo Partido dos Trabalhadores. O próprio Márcio Macêdo, como se leu, recebeu
doações, segundo o PT “oficiais” de empreiteiras envolvidas na Operação lava
Jato.
Mas o que
preocupa, no meu entendimento, é mais um petista chegar ao comando do
partido com suspeitas de envolvimento com dinheiro mal cheiroso.
Como se
sabe, Delúbio Soares foi afastado por envolvimento no mensalão, e acabou
condenado por corrupção. Seu sucessor, João Vaccari Neto, está preso por
suspeita de participação no esquema de propinas em negócios da Petrobras. Agora
é a vez de Macêdo, que já chega carimbado pelo dinheiro das empreiteiras que
formavam o cartel na estatal.
Será mesmo
que teremos a repetição dos dois últimos casos envolvendo tesoureiros do PT? Ou
será que não existe alguém sem nenhuma cicatriz deixada pela corrupção entre os
nomeados para dirigir as finanças do PT?
Tenham todos
um Bom Dia!