quarta-feira, 1 de abril de 2015

Benedita da Silva

Justiça bloqueia bens da deputada do PT
A Justiça determinou o bloqueio de bens e a quebra de sigilos bancário e fiscal da deputada federal Benedita da Silva (PT), nesta quarta-feira (1º). A decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio é com base em uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Benedita é acusada de improbidade administrativa pelo período que atuou gestora da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por fraudes em convênios entre a Fundar (Fundação Darcy Ribeiro) e ONGs com o Ministério da Justiça.
Também são acusados o ex-subsecretário da pasta e secretário executivo dos programas sociais, Raymundo Sérgio Borges de Almeida Andrea; e o gestor e representante legal da Fundar, Paulo de F. Ribeiro.
De acordo com a ação proposta pela 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, as irregularidades foram detectadas na execução dos projetos sociais “Mulheres da Paz”, “Protejo” e “PEUS – Espaços Urbanos Seguros”, realizados entre 2008 e 2011, para os quais foram destinados R$ 32.094.569,03 para instrução e profissionalização de mulheres e jovens, além de melhorias urbanísticas em comunidades carentes.

Restaurante popular

Reabertura está marcada para junho


Fechado desde 30 de junho de 2013, quando foi encerrado convênio entre o governo estadual e a entidade que o administrava, a reativação do restaurante popular, municipal, está prevista para o mês de junho. Cada refeição custará R$ 1,00, e a previsão inicial é de que sejam atendidas de 300 a 600 pessoas diariamente, conforme a demanda. 

Sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, o estabelecimento localizado na rua Santo Antônio, 64, funcionará de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 14h30. A viabilidade da iniciativa, cujo objetivo é dar acesso à alimentação saudável a pessoas em insegurança alimentar e nutricional na região central da cidade, conta com apoio do governo estadual, com o qual a prefeitura assinou convênio em dezembro.

No restaurante, onde serão oferecidas refeições diárias de qualidade, elaboradas por nutricionistas e seguindo os padrões de segurança alimentar, haverá apenas refeitório, sem cozinha. As refeições, prontas, serão transportadas em caixas térmicas, também conhecidas como “hot box”, pratos embalados que seguem todas as normas de segurança alimentar, garantindo melhor qualidade da alimentação.

Pesquisa CNI/Ibope - 2

Preocupação entre governistas


A queda da popularidade da presidente Dilma e a grande rejeição mostrada na pesquisa divulgada hoje, reacenderam uma luz vermelha entre os governistas. 

Não que eles já não estivessem com as barbas de molho. Na divulgação, dia 18, da pesquisa Datafolha, que dava 13% de popularidade para Dilma e 62% de ruim e péssimo para seu governo, a análise era de que a presidente estivera afastada dos eleitores e das ações governamentais por muito tempo. Durante quase dois meses, Dilma não apareceu.

Decidiram, então, que Dilma deveria mostrar a cara e partir para viagens de reencontro com eleitores. Não deu certo. Na pesquisa divulgada hoje, a popularidade da presidente caiu para 12% e os que consideram seu governo ruim ou péssimo, somam 74%.

No próximo dia 12 de abril, o segundo domingo do mês, haverá nova manifestação de rua contra o governo. No entendimento dos governistas, os números da pesquisa podem animar uma quantidade maior de manifestantes, o que será desastroso para o projeto de governo petista.

De qualquer forma, por mais que Lula tente espernear e gritar contra o que chama de "tentativa de aniquilar o PT", a verdade é que, pelo que se viu na plenária de ontem no  sindicato dos bancários, em São Paulo, somente alguns dirigentes sindicais, representantes do MST, UNE e CUT, estavam ao seu lado. Companheiros de sempre, não acrescentaram muito ao evento. 

Pesquisa CNI/Ibope

Confiança em Dilma cai para 24%


Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, é o pior desempenho de um presidente em início de mandato desde 1999

A presidente Dilma Rousseff atingiu em março o pior nível de popularidade desde o início do seu governo, em 2011, segundo pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A confiança na presidente caiu para 24%. Outros 74% dos entrevistados disseram que não confiam em Dilma e 3% não quiseram ou não souberam responder. 

Segundo a pesquisa, o governo Dilma é avaliado como ótimo ou bom por 12% dos brasileiros. É o pior desempenho de um presidente em início de mandato desde o primeiro ano do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1999. 

Os que consideram o governo regular atingiram 23% e os que o avaliam como ruim ou péssimo são 64%. Em dezembro, a primeira pesquisa CNI/Ibope após a reeleição de Dilma, a avaliação do governo como ótimo ou bom era de 40%. No fim do ano, 32% apontavam o governo como regular e 27%, como ruim e péssimo.

Já aprovação ao governo atingiu 19% em março, contra 52% em dezembro. A desaprovação ao governo subiu para 78% no mês passado, ante 41% registrado em dezembro.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 cidades entre 21 e 25 de março, com margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança no resultado de 95%. Na última pesquisa, realizada em dezembro, a presidente Dilma tinha a confiança de 51% dos brasileiros. Não confiavam na presidente 44% dos entrevistados, naquele levantamento CNI/Ibope.

O pico de popularidade de Dilma ocorreu em março de 2013, quando atingiu 75% de confiança. Logo em seguida, em julho daquele ano, após as manifestações de junho, a confiança na presidente caiu para 45%. 

Pesquisa Datafolha publicada no dia 18 de março indicava que 62% dos brasileiros considerava o governo Dilma como ruim ou péssimo.Pela primeira vez desde janeiro de 2011, a presidente enfrentava a insatisfação da maioria da população com sua gestão.

Avaliações negativas semelhantes só foram vistas nas gestões de Sarney (PMDB-MA), entre março de 1988 e janeiro de 1990, e de Fernando Collor (PTB-AL), em 1992. Nos governos de Sarney e Collor, pesquisas o índice de insatisfação com o governo chegou a 68%. (Agência Estado)

Operação Zelotes

Rombo de R$ 19,77 bilhões

Confira a relação de empresas envolvidas e valores que teriam sido desviados.

Banco Santander - R$ 3,34 bilhões
Banco Santander 2 - R$ 3,34 bilhões
Bradesco - R$ 2,75 bilhões
Ford - R$ 1,78 bilhões
Gerdau - R$ 1,22 bilhões
Boston Negócios - R$ 841,26 milhões
Safra - R$ 767,56 milhões
Huawei - R$ 733,18 milhões
RBS - R$ 671,52 milhões
Camargo Correa - R$ 668,77 milhões
MMC-Mitsubishi - R$ 505,33 milhões
Carlos Alberto Mansur - R$ 436,84 milhões
Copesul - R$ 405,69 milhões
Liderprime - R$ 280,43 milhões
Avipal/Granoleo - R$ 272,28 milhões
Marcopolo - R$ 261,19 milhões
Banco Brascan - R$ 220,8 milhões
Pandurata - R$ 162,71 milhões
Coimex/MMC - R$ 131,45 milhões
Via Dragados - R$ 126,53 milhões
Cimento Penha - R$ 109,16 milhões
Newton Cardoso - R$ 106,93 milhões
Bank Boston banco múltiplo - R$ 106,51 milhões
Café Irmãos Júlio - R$ 67,99 milhões
Copersucar - R$ 62,1 milhões
Petrobras - R$ 53,21 milhões
JG Rodrigues - R$ 49,41 milhões
Evora - R$ 48,46 milhões
Boston Comercial e Participações - R$ 43,61 milhões
Boston Admin. e Empreendimentos - R$ 37,46 milhões
Firist - R$ 31,11 milhões
Vicinvest - R$ 22,41 milhões
James Marcos de Oliveira - R$ 16,58 milhões
Mário Augusto Frering - R$ 13,55 milhões
Embraer - R$ 12,07 milhões
Dispet - R$ 10,94 milhões
Partido Progressista - R$ 10,74 milhões
Viação Vale do Ribeira - R$ 10,63 milhões
Nardini Agroindustrial - R$ 9,64 milhões
Eldorado - R$ 9,36 milhões
Carmona - R$ 9,13 milhões
CF Prestadora de Serviços - R$ 9,09 milhões
Via Concessões - R$ 3,72 milhões
Leão e Leão - R$ 3,69 milhões
Copersucar 2 - R$ 2,63 milhões
Construtora Celi - R$ 2,35 milhões
Nicea Canário da Silva - R$ 1,89 milhão
Mundial - Zivi Cutelaria - Hércules - Eberle - Não Disponível
Banco UBS Pactual SA N/D
Bradesco Saúde N/D
BRF N/D
BRF Eleva N/D
Caenge N/D
Cerces N/D
Cervejaria Petrópolis N/D
CMT Engenharia N/D
Dama Participações N/D
Dascan N/D
Frigo  N/D
Hidroservice N/D
Holdenn N/D
Irmãos Júlio N/D
Kanebo Silk N/D
Light N/D
Mineração Rio Novo N/D
Nacional Gás butano N/D
Nova Empreendimentos N/D
Ometo N/D
Refrescos Bandeirantes N/D
Sudestefarma/Comprofar N/D
TIM N/D
Tov N/D
Urubupungá N/D
WEG N/D
Total - R$ 19,77 bilhões

Opinião

Lulopetismo foge da autocrítica

O Globo
1º/04/2015

Embora seja termo entranhado no discurso da esquerda, a “autocrítica” continua a passar ao largo do PT. Exercício dialético em que o contrito militante se penitencia do erro, e dessa contrição faz-se a luz, o reconhecimento da falha continua a não frequentar os costumes petistas. Em 2005, depois da descoberta do mensalão, esquema instituído pela então cúpula do PT — José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares — a partir das técnicas de lavagem de dinheiro de Marcos Valério, o presidente Lula pediu desculpas em rede nacional. Fez certo, tanto que os companheiros petistas viriam a ser condenados pelo Supremo sete anos depois.

Mas, logo após aquele gesto de humilde sinceridade, o próprio Lula voltou atrás, esqueceu o que disse e passou a negar sequer a existência do golpe, centrado no Banco do Brasil/Visanet, a fim de desviar dinheiro público para a compra literal de apoio político.

Agora, no petrolão — assalto praticado na Petrobras para também financiar o projeto de poder do partido —, a postura de negar evidências se repete. Mas não se pedem mais desculpas, vai-se logo para a negação.

O manifesto aprovado pelos 27 diretórios nacionais do PT, segunda-feira, traz a marca da dissimulação lulopetista. Vale-se de um dos artifícios do partido quando está acuado, a vitimização, e denuncia uma campanha de “cerco e aniquilamento” devido às “virtudes” da legenda, e não por qualquer erro.

No mesmo tom, o documento afirma que vale tudo para “criminalizar o PT, quem sabe toda a esquerda e os movimentos sociais”. Chega a ser lembrado o sequestro do empresário Abílio Diniz, nas eleições de 89, organizado por movimentos de extrema-esquerda do Chile e El Salvador. No cativeiro de Diniz, a polícia encontrou material de propaganda do PT, considerado uma tentativa de incriminar o partido no sequestro.

O partido trata de um fato de 26 anos atrás, mas não emite palavra sobre a enxurrada de testemunhos prestados nos últimos meses à Justiça, por ex-dirigentes da Petrobras, donos e executivos de empreiteiras, em que o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, é denunciado como coletor de propinas, “legalizadas” ou não em doações à legenda. Apenas faz discurso ideológico, autista.

Em vez de respostas objetivas às acusações, o partido volta a defender a taxação de fortunas, reforma agrária etc. O PT trava um diálogo de surdos com a sociedade, quando deveria praticar o antigo exercício da autocrítica e reconhecer, por exemplo, que errou ao patrocinar o aparelhamento político do Estado, em particular da Petrobras.

Uma coincidência com 2005 é o ressurgimento do ex-governador Tarso Genro, conhecido quadro do partido, de facção minoritária na legenda, para propor o afastamento de Vaccari, até que tudo fique esclarecido sobre ele.

Não terá êxito, diante do bloco lulopetista. Assim como não conseguiu convencer a maioria do PT, nos idos do mensalão, a se “refundar".

Bom Dia!

Pimenta nos olhos dos outros...


Enfurecidos com as manifestações do atual governo sobre as finanças do Estado, petistas surgem de todos os cantos para contestar. Querem, inclusive, uma acareação entre o atual secretário da Fazenda e o titular no governo anterior, para confrontar as interpretações sobre a situação financeira do RS.

A deputada Stela Farias, aquela mesma que tentou ser estrela na CPI do Detran, a mesma que está envolvida na denúncia de aplicação indevida de dinheiro de funcionários da prefeitura de Alvorada no Banco Santos, dias antes da falência da instituição, estufa o peito para afirmar que "não podemos admitir a versão que o PT é responsável por uma crise".

Hoje haveria um encontro da bancada petista com o secretário Giovani Feltes, da Fazenda, mas que foi cancelado sob a justificativa de que seria difícil reunir a bancada petista às vésperas do feriado de Páscoa.

Estamos, mais uma vez, diante da histórica hipocrisia petista de tentar esconder seus erros administrativos, sua má gestão publica, intimidando quem está no poder. Eles ficam quatro anos, ou mais, conseguem fazer uma péssima administração, alardeiam que foram ótimos e, quando alguém mostra a verdade, colocam a tropa de choque na rua para criar a dúvida. Sabem que não se sustentam, mas repetem a tática.

Alguém viu ou ouviu o PT falando nas grandes realizações do governo Tarso? Sobre suas obras, sobre estradas, sobre crescimento econômico do Rio Grande do Sul? Alguém sabe de alguma coisa que tenha sido destaque no governo passado, a não ser promessas e mais promessas? Além das páginas de jornais com propaganda governamental, alguém lembra de algo efetivo feito no governo do PT?

Preferem, como sempre, colocar panos quentes sobre as feridas enormes abertas no governo petista de Dilma Rousseff, para mudar o foco daquilo que realmente é problema para o brasileiro. Que a situação do RS é das piores, ninguém tem dúvida. Que não existe dinheiro para nada, todos sabemos. Mas não admitir que o Estado está quase falido, é querer jogar para a torcida, escondendo a verdade.

Enquanto isso, o doleiro Alberto Youssef diz que o dinheiro de propinas foi entregue ao PT na porta da sede do partido em São Paulo. Claro que, depois, deve ter sido transformado em doações legais de campanha. 

Ao mesmo tempo, a cúpula petista, incluindo o Lula, mentor de tudo, lança uma nota em que afirma que o partido está sendo vítima de uma perseguição cruel, de uma campanha difamatória dos que não se conformam que "os negros e os pobres tenham sido lembrados pelo partido".

Acho que eles continuam pensando que são donos dos pobres e dos negros do Brasil. Só eles podem dispor, para suas pregações, dessa camada da população. O resto é elite branca, é coxinha.

Esquecem, de propósito, que pimenta nos olhos dos outros não é colírio.

Tenham, todos um Bom Dia!