“Venezuela ameaça segurança dos EUA”
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu um decreto
presidencial nesta segunda-feira, 9, declarando a Venezuela uma ameaça à
segurança nacional, impondo sanções a sete pessoas e expressando preocupação sobre o tratamento
do governo venezuelano com opositores políticos. O presidente declarou situação
de "emergência nacional" pelo "risco extraordinário" que
representa a situação nesse país para a segurança dos EUA.
"Autoridades venezuelanas do
passado e do presente que violam os direitos humanos de cidadãos venezuelanos e
se envolvem em atos de corrupção não são bem-vindas aqui, e agora nós temos as
ferramentas para bloquear seus bens e seu uso dos sistemas financeiros nos
EUA", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.
"Determino que a situação na
Venezuela constitui uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança
nacional e a política externa dos EUA e declaro uma emergência nacional para lidar
com essa ameaça", disse Obama no decreto.
O presidente citou como fatores
que levaram à medida "a restrição de liberdades de expressão, o uso da
violência, as violações de direitos humanos e os abusos em resposta a protestos
antigovernamentais, a detenção arbitrária e a detenção de manifestantes e a
crescente presença de uma corrupção pública significativa".
De acordo com o decreto, as
sanções atingem sete oficiais venezuelanos que teriam responsabilidade pela
"violência contra protestos contra o governo" ou pela "prisão ou
perseguição de indivíduos por exercerem seu legítimo exercício de liberdade de
expressão", esclareceu o secretário do Tesouro americano, Jack Lew. Os
sete funcionários e ex-funcionários venezuelanos terão os bens congelados nos
EUA e não poderão entrar no país.
Na lista estão o ex-diretor da
Guarda Nacional Bolivariana e atual comandante da Região Estratégica de Defesa
Integral Central (Redi Central), Antonio Benavides; o diretor do Serviço de
Inteligência (Sebin), Gustavo González López; a promotora Katherine Haringhton;
e o diretor da Polícia Nacional, Manuel Pérez; o presidente da Corporação
Venezuelana de Guayana e ex-comandante da Guarda Nacional, Justo Noguera
Pietri; o comandante da 31ª brigada armada do Exército, Manuel Bernal Martínez;
e o inspetor geral da Forças Armadas, Miguel Vivas Landino.