domingo, 8 de março de 2015

Próximos cinco anos

Alta do PIB será menor do que a mundial

Para contornar a inflação elevada, o governo terá de elevar juros, ameaçando ainda mais o crescimento do país


Demissões à vista, inflação nas alturas, colapso da indústria e disparada do dólar. Para analistas, o Brasil vive em 2015 o período mais agudo daquela que já é considerada uma década perdida para o crescimento. A população sente no bolso os efeitos da crise na economia: da hora de abastecer o carro com o combustível mais caro, tentar negociar com o chefe um aumento do salário a ver a renda encolher diante da escalada dos preços. Em quase tudo, o cotidiano do brasileiro está mais difícil este ano.

Prestes a ver o Produto Interno Bruto (PIB) desabar pelo segundo ano consecutivo e diante do risco de o Brasil sucumbir à maior recessão em 25 anos, o governo ligou o sinal de alerta. Somando os resultados pífios alcançados desde 2011, já são cinco anos perdidos em matéria de crescimento. E, a julgar pelas expectativas dos analistas para o futuro da economia, o risco de mais cinco anos de pibinhos é enorme.

Se os prognósticos do mercado financeiro estiverem certos, a riqueza gerada por famílias e empresas deverá encolher 0,58% este ano — o pior desempenho desde 1990. E a situação pode estar subestimada. Caso o nível das chuvas e dos reservatórios que abastecem o sistema elétrico não aumente, é praticamente certo que o país viverá um apagão tão ou ainda mais intenso que o de 2002.

Radar

Lula: Dilma deveria pedir desculpas


No café da manhã que teve com os senadores do PT e PMDB há duas semanas, Lula não poupou o estilo Dilma. Um senador anotou uma das estocadas: “A Dilma tem que fazer uma autocrítica. Pedir desculpas à população, reconhecer que errou, que mudanças têm ser feitas e, aí então, dizer o que vai fazer”.
Evidentemente, as críticas já chegaram a Dilma – ao menos um senador há de ter contado para a presidente. O que não deve ajudar nada a melhorar sua relação com Lula.


Por Lauro Jardim (08/03/15)

Lista de Janot

Senador do PT confirma ter recebido
R$ 2 milhões através de Paulo Roberto Costa

Foto: Agência Folha
O senador petista, Lindbergh Farias, confirmou que recebeu R$ 2 milhões, em 2010, por intermédio de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. O petista diz que não participou do esquema ilegal de recebimento de propinas da estatal.

Lindbergh conta que foi a estatal solicitar apoio para a campanha e que foi encaminhado, por Paulo Roberto Costa, para a empreiteira Andrade Gutierrez, que lhe repassou o dinheiro. O petista ressalta que “de fato podem até afirmar que é impróprio, mas não é ilegal”. Ele contou que conheceu Paulo Roberto na inauguração da Petrobras no Rio de Janeiro, com a presença do então presidente Lula.

O senador do PT contou que sabia que o ex-diretor era pessoa importante na estatal e resolveu procura-lo para pedir auxilio financeiro para sua campanha ao Senado.

- Eu sabia que ele era uma pessoa muito bem relacionada e perguntei se não conhecia alguma empresa  que pudesse me receber. Ele ligou para alguém na Andrade Gutierrez e pediu para me receber, conta Lindbergh.

O ex-cara pintada conta que esteve algumas vezes na Andrade Gutierrez “falando com o presidente Otávio Azevedo mas que “ninguém mais falou em Paulo Roberto, nem em propina”.

Para os investigadores da Operação Lava jato, havia conexão entre as doações  feitas por empreiteiras a políticos e as propinas que eles pagavam em troca de contratos.

- Como eu poderia saber que o dinheiro de uma empresa grande estava saindo para a minha campanha de um processo como esse? Eu não sabia. Ninguém sabia, rebateu.

Em 1992, como líder estudantil, Lindbergh participou da campanha pelo impeachment de Fernando Collor. Agora, ambos são citados e indiciados no mesmo escândalo.

- É horrível! O Collor tem uma acusação real, concreta. O meu caso é diferente, lamenta o senador petista.

Bom Dia!

Dizem que a mulher é o sexo frágil...

Foi o Erasmo Carlos quem escreveu, repetindo na música que foi sucesso, o que me criei ouvindo dizer. A mulher, durante muito tempo, foi criada para ser mesmo o sexo frágil. Até que conseguiu abrir os olhos, sentir e mostrar toda sua força.

De uns tempos para cá, as mulheres dividem com os homens, numa sociedade extremamente machista, os mesmos espaços. Deixaram de disputar para dividir aquilo que sempre foi um direito seu.

As mulheres estão em todas as partes, trabalhando, dirigindo, formando e mostrando a força que carregam dentro delas. Aquilo que muitos confundiam com força física, as mulheres conseguiram provar que pode ser compensada com capacidade, com a sensibilidade.

Tentar escrever sobre as mulheres no dia delas, pelo menos para mim, é uma coisa muito fácil, mas muito complicada, tudo ao mesmo tempo. Fácil para expressar tudo o que penso sobre elas, mas difícil para não acabar caindo no lugar comum da pieguice. Afinal, falar nas mulheres envolve sentimento, emoção e realidade.

Minha mãe, dona Célia, foi uma das mulheres mais fortes que conheci. Comandava a casa e os oito filhos com uma seriedade e um carinho que jamais vi. Quando meu pai saia para o quartel, bem cedinho, minha mãe reinava absoluta no comando de todas as dificuldades que o pequeno ganho mensal do meu pai permitia. Minha mãe foi uma guerreira.

Minha mulher, Ana Helena, divide comigo todos os momentos, bons ou difíceis de nossa vida. Decidiu comandar a casa e os cuidados com nossa filha, para que eu  pudesse sair para buscar o trabalho que nos permite uma vida mais tranquila. A minha mulher é uma guerreira.

Minha filha Gabriela e minha netinha Lívia, são a doçura que acalenta minha velhice e enternece meu coração. São o “balsamo benigno” da minha vida!

Por mais que as mulheres tenham adquirido, ou externado sua grande força, não há como não pensa-las e entende-las como um ser único em nossas vidas. Que todas elas me desculpem, num dia que é só delas, mas as mulheres foram, são e serão,  sempre, não o sexo frágil, mas o que completa e enternece nossas vidas.

Tenham todos um Bom Dia!