quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Notícias


Caixa vai subir juros de financiamento imobiliário
A Caixa Econômica Federal informou nesta que vai subir as taxas de juros do financiamento imobiliário a partir do dia 19 deste mês.
A Caixa informa que as taxas de juros dos financiamentos habitacionais contratados com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS não sofrerão qualquer correção em suas taxas de juros.
Serão corrigidas as taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais contratadas com recursos da poupança (SBPE). As novas condições passam a valer para créditos habitacionais concedidos a partir do dia 19 de janeiro.

Brasileiro será executado na Indonésia
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte na em 2004 por tráfico de cocaína, será executado no próximo sábado (17), segundo o jornal australiano “The Sydney Morning Herald”. A Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela defesa do brasileiro para que ele evitasse a execução. Caso a pena de morte seja cumprida neste sábado, Moreira será o primeiro estrangeiro a ser executado na Indonésia em 2015.

Ministro garante que Graça fica na Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, garantiu que a presidente da Petrobras, Graça Foster, vai continuar no comando da empresa. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, ele disse que ela vai comandar o processo para acabar com a corrupção na estatal.

Papa diz que não se pode provocar nem ofender a religião
O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira que a liberdade de expressão tem seus limites e que não se pode provocar nem ofender a religião, ao se referir, embora sem citar, o atentado contra a revista satírica "Charlie Hebdo" em Paris.
O pontífice disse que tanto a liberdade de expressão como a liberdade religiosa "são direitos humanos fundamentais". "Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta liberdade, mas sem ofender", continuou.

Desvio de R$ 15 milhões no seguro-desemprego
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação MAC 70, que investiga a atuação de uma quadrilha que fraudava o pagamento do seguro-desemprego. Pelo menos cinco pessoas foram presas em Brasília suspeitas de participar do esquema, que desviou mais de 15 milhões de reais. Eles responderão pela prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.


Editorial

O Enem e a Pátria educadora
O ESTADO DE S.PAULO
15 Janeiro 2015

Os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 mostram a importância do slogan escolhido pela presidente Dilma Rousseff para seu segundo mandato - "Brasil, Pátria Educadora" - e, ao mesmo tempo, são reveladores do fracasso de seu primeiro mandato no campo da educação.

Ao todo, 8,7 milhões de alunos da última série do ensino médio inscreveram-se no Enem de 2014, mas só 6,2 milhões compareceram às provas. Em matemática, a média foi de 476,6 pontos, ante 514,1 pontos na prova de 2013 - queda de 7,3%. Em redação, a situação foi ainda pior. Na prova de 2013, a média foi de 521,2 pontos e, em 2014, de 470,8 pontos (menos da metade da nota máxima), com queda de 9,7%.

Além disso, 529.374 alunos - ou 8,54% dos participantes do Enem - tiveram nota zero em redação, cujo tema tratou da ética na publicidade infantil. Entregaram a prova em branco 280.903 estudantes. São, em grande parte, analfabetos funcionais, que não conseguiram sequer entender o enunciado da prova. Dos 6,2 milhões de participantes, só 250 conseguiram obter a pontuação máxima. Na prova de 2013, cujo tema dizia respeito às restrições impostas pela lei seca, 106.742 receberam nota zero.

Em Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens e Códigos, as médias foram um pouco superiores às registradas em 2013. As variações foram de 2,3%, 5,4% e 3,9%, respectivamente. No quadro geral, considerando as cinco provas aplicadas, a média de 2014 foi de 499 pontos, ante 504,3 pontos na prova anterior - uma queda de 1%.

Na prática, os números do Enem - que serão utilizados para ingresso no ensino superior - apontam as deficiências dos alunos da 3.ª série do ensino médio em capacidade de leitura e escrita e no domínio de técnicas matemáticas elementares. Mostram ainda que, além de não saber escrever e compreender o que leem e de conhecer pouco mais do que as quatro operações aritméticas, os estudantes chegam ao fim do ensino básico sem dominar conceitos fundamentais de ciência e sem saber aplicar o que aprendem na resolução de problemas práticos da vida cotidiana. "Não dá para fugir ou camuflar", disse o ministro da Educação, Cid Gomes, depois de reconhecer que a qualidade da rede de ensino público está "aquém do desejável".

Apesar de retratar um quadro trágico, os resultados do Enem não são novidade. A perda de qualidade da educação brasileira já atingiu todos os níveis de ensino, como comprovam mecanismos nacionais de avaliação e rankings comparativos dos organismos multilaterais. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, tanto em leitura e linguagem quanto em matemática e em ciências o Brasil tem ficado no batalhão dos piores classificados entre mais de 65 países.

Como consequência, o Brasil não produz o capital humano necessário à redução da pobreza e ao crescimento econômico. Permanece, assim, muito abaixo dos padrões necessários a uma economia competitiva e capaz de conquistar espaços no mercado mundial. Nossos principais competidores no comércio internacional têm padrões educacionais muito melhores.

Nos últimos anos, o governo da presidente Dilma deixou-se levar pela ilusão de que esse quadro poderia ser revertido com aumento dos recursos para o setor educacional, graças aos royalties do petróleo e aos ganhos do pré-sal. 

Mas o que a educação precisa é de gestão competente e de um conjunto integrado de ações que envolvam planejamento, metas realistas, prêmios para os melhores professores, remuneração atraente e melhor avaliação de resultados. A escolha do slogan "Brasil, Pátria Educadora", feita por Dilma para marcar seu segundo mandato, não significa necessariamente que ela conseguirá promover essas ações. Mas é uma forma indireta de reconhecer a maneira inepta com que administrou o setor em seu primeiro mandato, quando teve três ministros da Educação, dos quais só um era especialista na área.

Bom Dia!

Não é má vontade

As pessoas mais próximas, as que me conhecem um pouco mais, sabem o quanto me esforço para tentar colocar notícias que tratem de coisas boas, de crescimento do Estado e do Brasil, de melhorias no ensino, na saúde e na segurança. Todos os dias,  normalmente bem cedo, saio a catar informações em todos os meios de comunicação com a esperança de poder escrever algo pra cima, que entusiasme meus leitores.

Ontem, por exemplo, tive a alegria de falar sobre o trabalho desenvolvido pela Escola Municipal Anísio Teixeira, cuja diretoria faz um trabalho digno de todos os méritos. Fiquei feliz, mas minha alegria durou pouco, pois logo me senti envolvido pelo noticiário sobre o escândalo na Petrobras que, pelas declarações dos Procuradores da Operação Lava Jato, segue firme e forte na estatal. Mesmo com todas as prisões e delações, as propinas seguem sendo distribuídas por empreiteiras entre funcionários e diretores corruptos.

No facebook, uma amiga me perguntou se eu espero que meus tataranetos consigam ler  boas notícias por aqui. Respondi que, mesmo não tendo muitas esperanças, torço para que elas apareçam logo, mas que vou seguir lutando e denunciando, com o firme desejo de que as coisas comecem a mudar.

Daí, quando penso em dar uma trégua, leio que as tarifas para quem utiliza aeroportos no Brasil, subirão dentro de 30 dias. Viajar de avião, que já é uma coisa cara ficará mais cara ainda.

Não bastasse o aumento das tarifas nos aeroportos, somos assombrado pela possibilidade de que nossas contas de luz aumentem em até 55% em 2015. Alguém falou em 40%, mas o ministro de Minas e Energia disse que o aumento não chegará a tanto, o que abre a porta para que o aumento fique, por exemplo, em 35%. Com uma inflação (oficial) de 6,4%, não sei o que será dos contribuintes.

Mesmo assim, sigo jurando que não é má vontade da minha parte. È o noticiário.

Tenham, todos um Bom Dia!