quinta-feira, 30 de abril de 2015

Imposto de Renda

Último dia para declarar


Acaba à meia-noite desta quinta-feira (mais precisamente às 23h59min59s, segundo a Receita Federal) o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2015, referente aos rendimentos recebidos em 2014. Quem perder o prazo paga multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido. Portanto, mesmo quem não está com todos os dados de que precisa para fechar a declaração deve enviar a prestação de contas como está para se livrar da punição e, depois, retificar o formulário.

Não há prazo para a correção, mas o ideal é que seja feito o mais rapidamente possível, para evitar cair na malha fina. O Fisco espera receber 27,5 milhões de declarações até esta quinta-feira. Até as 10h, mais de 25,1 milhões haviam sido enviadas, informou a Receita Federal.

Os contribuintes que perderem o prazo só poderão enviar declarações a partir das 8h do dia 4 de maio e estarão sujeitos ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.(Agência Globo)

Bom Dia!

Feriadão em paz!


Pelo menos no que diz respeito ao cansativo e nem sempre compreensível discurso da presidente Dilma, o feriado do Dia do Trabalho será diferente. As emissoras de rádio e televisão, pelo menos até agora, estão livres de abrir espaço para um pronunciamento repetitivo, enfadonho e meramente político. E nós poderemos, naquele horário nobre, curtir um vinho ou uma bem gelada, uma comidinha, sem o perigo de qualquer ameaça de indigestão.

Já os internautas não sei se terão a mesma graça. É que Dilma prometeu conversar com eles nas redes sociais. Se bem que não acredito muito que alguém que não seja militante, vá ficar na frente do computador, em pleno feriado, para dialogar com a presidente. Os mais fanáticos e os que gostam de aparecer, é possível que dispensem o descanso e abram suas páginas nas redes sociais para ler e debater as promessas, nem sempre cumpridas, da petista.

De qualquer maneira, este será um feriado fora do normal em termos de pronunciamento presidencial. Desde que me conheço por gente, vi meu pai, primeiro ligado no rádio, depois na televisão, escutando e assistindo o que o presidente tinha para dizer aos trabalhadores no seu dia. Foi ao lado dele que ouvi o primeiro pronunciamento do velho Getúlio Vargas, falando aos "trabalhadores do Brasil".

Nada melhor, então, do que comemorar o Dia do Trabalho descansando. É o que farei, curtindo a casa da praia, com um churrasquinho e acompanhado de bons vinhos. Já está tudo preparado. Claro que, no meio do final de semana, já estou convocado por minha mulher para tratar do jardim e do gramado da praia. Mas nada que prejudique tanto assim a minha folga.

Aliás, por falar em folga, pretendo dar um descanso também para todos vocês. Caso não aconteça nada de mais importante, voltarei somente na segunda-feira. Até lá, grande abraço a todos e o meu desejo de que curtam o feriadão em paz.

Tenham todos um Bom Dia!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quinta alta seguida

Juros avançam para 13,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar nesta quarta-feira (29) os juros básicos da economia de 12,75% para 13,25% ao ano, uma nova alta de 0,50 ponto percentual. Foi o quinto aumento consecutivo da taxa Selic, que segue no maior patamar desde o início de 2009, quando estava em 13,75% ao ano, ou seja, em seis anos.

A decisão confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia.

O novo aumento dos juros básicos acontece em um momento delicado, com a economia ainda se ressentindo de um baixo nível de atividade, com desemprego em alta (o maior desde 2011), mas com a inflação fortemente pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, embora o dólar tenha registrado queda nas últimas semanas.

Ao fim do encontro do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,25% a.a., sem viés". 

Operações do BNDES

Senado aprova fim do sigilo

O governo Dilma Rousseff sofreu nesta quarta-feira, 29, uma derrota no Senado com a aprovação do fim do sigilo nas operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apresentada pela oposição na Câmara, a mudança foi incluída na Medida Provisória 661. A MP, que agora seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff, também autorizou o Tesouro Nacional a conceder um empréstimo de R$ 30 bilhões ao BNDES.

O texto altera uma lei de 2009 para prever que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas operações de apoio do BNDES ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras". Ou seja, a mudança permite a abertura das operações do banco com países estrangeiros e com os chamados campeões nacionais", empresas que receberam aportes de recursos da instituição de fomento. Originalmente, a MP foi editada com o propósito de autorizar a União a conceder crédito ao BNDES e a destinar superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional à cobertura de despesas primárias obrigatórias.

Um dos objetivos da oposição é ter acesso aos dados do financiamento do BNDES na construção do Porto de Mariel, em Cuba. As obras custaram US$ 957 milhões e receberam aporte de US$ 682 milhões do BNDES. Os oposicionistas na Câmara já protocolaram um pedido de criação da CPI sobre as operações do banco, mas ainda não há uma definição se ela efetivamente será aberta.
"Imagine o BID ou o Bird fazendo empréstimos secretos? Aqui, no BNDES, não temos o direito de saber em que condições recursos públicos estão sendo repassados, a taxas privilegiadas concedidas para governos amigos, cobertos pelo manto do sigilo", criticou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

Após a votação, o novo líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que a maior preocupação com o fim do sigilo é com os empréstimos internacionais. Segundo ele, é preciso evoluir na questão.

"Eu conversei com o Luciano Coutinho (<i>presidente do BNDES</i>). Ele está disposto a fazer uma reunião fechada e ajustar quais são as informações que o BNDES pode socializar e que tipo de informação é segredo comercial e tem que ser preservado. Para estabelecer critérios claros, para começar acabar com esse discurso que o BNDES é uma caixa preta", disse o líder governista. (Agência Estado)

Luto

Morreu o treinador Valmir Louruz



O técnico campeão da Copa do Brasil, em 1999, pelo Juventude de Caxias, morreu esta tarde em Porto Alegre. Valmir Louruz, que tinha 71 anos, sofreu um mal súbito e morreu na Santa Casa de Misericórdia.

Além do título pelo Juventude, ele foi terceiro colocado no Brasileiro de 1985, treinando o Brasil de Pelotas. Valmir Louruz também treinou o Internacional, Pelotas, Figueirense-SC, Náutico-PE, Vitória-BA, Santa Cruz-PE, Júbilo Hiwata (Japão) e Al-Ahli (Arábia Saudita).

Valmir Louruz recebeu o título de Treinador do Século, do Juventude de Caxias do Sul.

Mega-Sena

Preço da aposta vai subir


A Caixa Econômica Federal foi autorizada a reajustar os preços das apostas da Mega-Sena, Lotofácil, Quina e Dupla-sena. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" nesta quarta-feira (29) e passa a valer a partir de 24 de maio.

O preço da aposta mínima da Mega-Sena, com 6 números, passa de R$ 2,50 para R$ 3,50. Os preços das combinadas serão:



7 números – R$ 24,50
8 números – R$ 98
9 números – R$ 294
10 números – R$ 735
11 números – R$ 1.617
12 números – R$ 3.234
13 números – R$ 6.006
14 númreos – R$ 10.510,50
15 números – R$ 17.517,50

Quina

Para a Quina, o valor da aposta de 5 números será reajustado para R$ 1,50 a partir de 24 de maio no concurso 3.486.

Lotofácil e Dupla-sena

A partir de 23 de maio de 2015, o apostador vai pagar R$ 2,00 na aposta da Lotofácil. Na Dupla-sena, o preço da aposta de seis números passa a R$ 2.

Opinião

Bendine precisa da ajuda da santa

Elio Gaspari*

29/04/2015


O presidente da Petrobras indicou que já resolveu o caso da SBM, atropelando o Tribunal de Contas da União

O presidente da Petrobras usa na lapela um broche com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Que ela o proteja. O comissário acaba de anunciar que no seu plano de investimentos, “talvez você pegue uma SBM, que é uma importante fornecedora”.

Importantíssima, porém proibida de fazer negócios com a empresa que Bendine preside. A SBM é uma das maiores companhias da Holanda. Em 2012, faturou algo como US$ 5,5 bilhões e 60% de seus negócios vieram da Petrobras, a quem aluga navios, sondas e plataformas. Dois anos depois, ela pagou uma multa de US$ 240 milhões por ter distribuído propinas pelo mundo afora. No seu acordo com o governo holandês, a empresa reconheceu que molhou mãos em Angola e na Guiné Equatorial. Em relação à Petrobras, apareceram apenas “bandeiras vermelhas”. Tudo bem. Foram pagas comissões “legítimas” de US$ 139 milhões ao seu representante no Brasil, que, a esta altura, mora em Londres. O petrocomissário Pedro Barusco confessou que a SBM pagava-lhe propinas desde 1997. Graças a elas, fez um pé de meia de US$ 22 milhões.

Ao dizer que a SBM “é uma importante fornecedora”, de duas uma: Bendine não lê jornais ou acredita que pode dizer o que bem entende. Como a primeira hipótese é implausível, resta a segunda. Maria das Graças Foster, sua antecessora, acreditou que era uma “Dama de Ferro” e talvez tenha até acreditado que na infância viveu no Morro do Alemão. Referindo-se à sua capacidade de combater roubalheiras na empresa, disse que “não ficará pedra sobre pedra”. Parolagem.

A SBM foi uma das primeiras empresas a entrar na roda da Lava-Jato e em novembro passado a doutora Graça suspendeu os contratos que ela mantinha com a Petrobras, vendando-lhe acesso a novas licitações. Documentos da própria SBM mostram que na transação do navio-plataforma P-57, vendida por US$ 1,2 bilhão, a comissão foi de US$ 36,3 milhões. Barrada no baile, a SBM começou a negociar um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. A CGU pedia uma indenização de R$ 1 bilhão e a SBM teria oferecido R$ 400 milhões. No dia 17 de março, chegou-se a um memorando de entendimento cujo teor ainda não é conhecido. Sabe-se apenas que contém a base para a discussão de um “acordo mutuamente aceitável”. Esses acordos destinam-se a proteger as empresas das malfeitorias atribuídas a funcionários. Tudo bem, desde que a empresa conte quanto deu, quem pagou e quem recebeu. Sem essa fulanização, inverte-se a equação e blinda os malfeitores. Compra o próprio silêncio.

Aldemir Bendine antecipou sua própria leniência para com a “importante fornecedora”. Atropelou a CGU e o Tribunal de Contas da União, a quem cabe a última palavra, e deixou as duas instituições numa situação constrangedora.

Pode-se entender que bancos, empreiteiras ou fornecedores de equipamentos e propinas queiram proteger suas reputações e, sobretudo, seus investimentos em projetos micados. A pior maneira para se conseguir isso é o estilo-trator, com a ajuda de hierarcas da Petrobras atropelando instâncias e empulhando a patuleia. Foi assim que se criou a encrenca desvendada pela Lava-Jato. Desde 1997, a SBM, Pedro Barusco e outros petrocomissários faziam as coisas no peito. Deu no que deu.

*Elio Gaspari é jornalista
Artigo publicado no jornal O Globo




Bom Dia!

Começou a montagem da grande pizza!


A decisão da 2ª Turma do STF, na tarde de ontem, mandando nove empresários presos pela Operação Lava Jato para o regime de prisão domiciliar, indica que começou a ser montada a imensa pizza em que se transformará o petrolão.

Sob o comando do relator, Teori Zavascki e com os votos favoráveis de Dias Toffoli e Gilmar Mendes, os envolvidos no escândalo das propinas na Petrobras, foram para casa. Votaram contra os ministros Celso de Mello e Carmem Lúcia. 
Mas os detalhes de tudo é que chamam a atenção. Vamos por partes, como diria o esquartejador. 

O ministro Dias Toffoli, sabidamente alinhado ao PT, que chegou ao STF simplesmente por ser amigo de Lula e advogado do Partido dos Trabalhadores, agora também presidente do TSE, de uma hora para outra decidiu ocupar uma vaga na 2ª Turma, casualmente a que julgará os empresários envolvidos. 
Teori Zavascki, o relator, já se sabe que está totalmente alinhado com o governo, sendo que seu voto não causou nenhuma surpresa. Gilmar Mendes,bem, esse é um ministro do qual se pode esperar qualquer tipo de voto. Assim como foi odiado, já foi idolatrado pelos petistas.

Dois dias antes do julgamento do pedido de liberdade condicional dos prisioneiros, a revista Veja publicou que o empresário Leo Pinheiro estava ameaçando fazer delação premiada contando os pedidos de ajuda que recebeu do ex-presidente Lula. O empresário teria ajudado, por exemplo, na reforma do sítio paradisíaco de Luiz Inácio, em Atibaia, e conseguido emprego, com alto salário, para o marido de Rosimeire, a amante de Lula.

Melhor liberar Léo e evitar que ele abra a boca e acabe contando o que não interessa ao PT e, principalmente, ao Lula.

Um dos beneficiados é Ricardo Pessoa, presidente da UTC e coordenador do clube das empreiteiras que dividiam as autorizações para obras e pagavam as propinas bilionárias, muitas delas entregues ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O que impressiona, são as condições impostas para que os pressos passem para o regime de prisão domiciliar. Devem usar tornozeleira, entregar o passaporte a Justiça, não podem sair do país, são obrigados a ficar dentro de casa e não podem manter contato com outros investigados. Precisam, também, comparecer a cada 15 dias em juízo e não podem mudar de endereço sem avisar a Justiça. 

Quem leu as condições impostas para a mudança de regime, pode até pensar que se trata de algo muito duro e sério. Basta ver o que está acontecendo com os condenados no mensalão para saber que estamos no Brasil, onde quase tudo parece ser o que não é. Breve teremos notícias de que alguns já foram liberados, por exemplo, para viagens com familiares, assim como aconteceu com o Zé Dirceu.

Não tenho nenhuma dúvida de que aquilo que a gente esperava ser o começo do fim da grande corrupção institucionalizada no governo federal, não vai dar em nada, ou melhor, vai dar sim. A partir da decisão dos ministros da 2ª Turma do STF, com os votos comandados por Teori Zavascki e Dias Toffoli, ou seja, pelo governo, o petrolão, que causou um rombo bilionário na Petrobras, que encheu os cofres de alguns partidos, principalmente do PT, que financiou campanhas milionárias, está provado que começou a montagem de uma grande pizza!

Tenham todos um Bom Dia!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Editorial

Roubar, só na medida certa!

O ESTADO DE S.PAULO
28 Abril 2015 


Para quem ainda tinha alguma dúvida sobre a honestidade do governo do PT, alguém que sabe o que está falando esclareceu o assunto: "A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram". É o que garante um dos principais aliados do PT, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que foi ministro do Trabalho de Lula e por indicação deste permaneceu à frente da pasta no início do primeiro mandato de Dilma, até ser forçado a demitir-se pela "faxina" que atingiu vários outros ministros sob suspeita da prática de "irregularidades". As declarações de Lupi foram gravadas durante encontro com correligionários na última quinta-feira, em São Paulo, e confirmadas ao Estado pelo próprio. Não obstante, o presidente do PT, Rui Falcão, declarou na segunda-feira que Lupi desmentiu essas declarações, alegando que "foram pinçadas" fora do contexto. E o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), reagiu acusando Lupi de ser "boquirroto".

A declaração de Lupi, na verdade, não revela segredo nenhum, mas é alarmante pela falta de pudor que demonstra. Das palavras do ex-ministro do Trabalho a seus liderados, pode-se inferir que roubar até que pode, desde que não se roube "demais", com exagero. É mais um exemplo cínico da relativização dos valores éticos que passou a predominar ostensivamente na cena política a partir da chegada do lulopetismo ao poder.

Como não podem contestar o fato de que estão envolvidos até o pescoço no assalto aos cofres públicos, os petistas argumentam em defesa própria que seus antecessores, em governos federais e estaduais, também são alvos de acusações de corrupção. Invertem o senso comum, querem fazer crer que um erro justifica outro. Invertem também a proposta original de serem "um partido diferente", para se eximir de culpas sob o argumento de que o PT "faz apenas o que os outros também fazem". A mais recente manifestação nesse sentido coube ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, em entrevista ao Estado publicada no domingo.

Respondendo a perguntas sobre o escândalo do petrolão, Berzoini, que priva da intimidade tanto de Lula como de Dilma, insinuou que o PT é perseguido pela mídia, pela PF e pelo Ministério Público: "As notícias existem, não há invenções. Mas há, evidentemente, uma seletividade da divulgação ou uma seletividade na investigação". E acrescentou: "O curioso é que ninguém se pergunta: será que isso acontece só na Petrobrás? Será que grandes estatais estaduais de governos de outros partidos não estiveram envolvidas também nisso? Será que não cabe um paralelo entre o que aconteceu no Metrô de São Paulo, o que aconteceu no governo de Minas em anos anteriores?". Cabe, então, perguntar ainda: caso as investigações em curso venham a comprovar corrupção no Metrô de São Paulo ou no governo de Minas, isso eximirá ou diminuirá a responsabilidade do governo do PT pelo assalto de mais de R$ 6 bilhões aos cofres da Petrobrás? Definitivamente, um erro não justifica outro.

Enquanto isso, Lula continua agindo como se não tivesse nada a ver com a corrupção no governo, cuja existência chega a negar em ocasiões e ambientes propícios. Muito bem protegido em espaços blindados contra vaias e preocupado em vender saúde com exibições de halterofilismo, Lula prefere cuidar de sua escancarada ambição de voltar à Presidência da República em 2018, exercitando sua conhecida habilidade de dizer o que as pessoas querem ouvir. Falando a correligionários reunidos no 3.º Congresso de Direções Zonais do PT-SP, na sexta-feira em São Paulo, Lula reiterou o mantra de que o governo precisa se dedicar a uma "agenda positiva": "Nós temos de dizer em alto e bom som para a companheira Dilma ouvir (...) que nós precisamos começar a dizer o que nós vamos fazer neste segundo mandato". Faz sentido, já que aquilo que prometeu na campanha Dilma renegou até mesmo antes da posse.

Abusando da imodéstia, Lula proclamou em tom triunfante: "Se Dilma fracassar é o PT quem fracassa (...) e eu não vim ao mundo para fracassar". Como diria Carlos Lupi: menos, Lula!

Redenção

Cercamento: sim ou não?
A Rádio Gaúcha realizou pesquisa de opinião entre 600 frequentadores do Parque Farroupilha (Redenção) no último final de semana, para saber quem é favorável, ou não, ao cercamento do parque. 
O resultado apontou que 338 pessoas (56,3%) querem a Redenção cercada, enquanto que 258 (43,0%) disseram que não. Outros 4 (0,7%) não opinaram.
O principal motivo alegado pelos que desejam o parque cercado, é a falta de segurança, principalmente no período da noite.
Na tarde de ontem (27), o vereador Nereu D'Avila (PDT), autor de um projeto que autoriza um plebiscito entre a população para saber se o Parque Farroupilha deve ser cercado ou não, solicitou adiamento da votação.

Luto

Morreu Antônio Abujamra


Apresentador do programa "Provocações" tinha 82 anos

O ator, diretor e apresentador Antônio Abujamra morreu nesta terça-feira (28), aos 82 anos. A notícia foi divulgada pela TV Cultura, emissora na qual ele apresentou o programa "Provocações" durante 14 anos. De acordo com a rede, ele morreu em sua casa, enquanto dormia. 

Abujamra começou no teatro amador, na peça Assim é se lhe parece, atuando no Teatro Universitário de Porto Alegre.

Maior taxa em 4 anos

Desemprego sobe para 6,2% 
em março e renda cai


Foi a terceira alta seguida do índice, que foi divulgado nesta terça-feira pelo IBGE

O mercado de trabalho voltou a apresentar alta do desemprego. Em março, a taxa de desocupação nas seis regiões metropolitanas (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre) pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE de Emprego, ficou em 6,2%. A expectativas de analistas de mercado ouvidos pela agência Bloomberg variavam entre 5% e 6,4%, com o centro das projeções em 6,1%. Foi a terceira alta consecutiva do desemprego. É a maior taxa para o mês desde março de 2011, quando foi de 6,5%, e, considerando todos os meses, a mais alta desde maio de 2011 (6,4%).

A renda média do trabalho ficou em R$ 2.134,60, em queda real de 2,8% frente ao mês anterior. E 3% em relação a março de 2014. A renda caiu em todas as regiões na comparação com fevereiro. A maior queda percentual ocorreu em Salvador (-6,8%). No Rio, o rendimento médio ficou em 2,6% menor.

O contingente de desocupados nas seis regiões era de 1,5 milhão de pessoas em março. Houve queda na ocupação — a quarta consecutiva em relação ao mês anterior —, enquanto a força de trabalho registrou alta de 0,1% frente a fevereiro e de 0,3% em relação a março de 2014, o que o instituto considera estatisticamente estável.

Houve recuo no emprego com e sem carteira assinada, ao passo que aumentou número de trabalhadores por conta própria: frente a fevereiro, alta de 2% e a março de 2014, de 2,3%.(Agência Globo)

Bom Dia!

Medo de mais um panelaço


Pela primeira vez, desde que me lembro, um (uma, no caso) presidente da República não utilizará espaços de rádio e TV para um pronunciamento aos trabalhadores no seu dia, 1º de maio. Dilma Rousseff (PT), informou que vai utilizar as redes sociais para, nas palavras de seu ministro de Comunicação, Edinho Silva, abrir mais um espaço de conversas diretas com os trabalhadores.

Faço questão de reproduzir o que foi publicado nos jornais de hoje, da fala de Edinho na TV.

Inicialmente, ele fez questão de destacar que não se trata de nenhum temor pela reedição do panelaço ocorrido quando a presidente ocupou a televisão para saudar o Dia Internacional da Mulher.

“A presidenta não teme nenhum tipo de manifestação da democracia. Toda manifestação que é oriunda da construção de um Brasil democrático a presidenta não tem temor com isso”, disse Edinho. “A presidente vai dialogar com o trabalhador pelas redes sociais.”

Dialogar com os trabalhadores ou com militantes devidamente agendados e convocados, ministro?

Quem assistiu o pronunciamento do ministro na TV, certamente deve ter notado seu constrangimento ao explicar a decisão. Edinho Silva tentou passar a imagem de tranquilidade e de que a mudança era uma coisa normal, tomada pela unanimidade dos que participaram de uma reunião decisiva para a tomada de posição da presidente.

"Segundo o ministro, a necessidade de uma nova estratégia de comunicação foi “unânime”. “A presidenta só está valorizando um outro modal de comunicação. Ela já valorizou as rádios, valoriza todos os dias a comunicação impressa, ela valoriza a televisão e ela resolveu, desta vez, valorizar as redes sociais”, afirmou o ministro, escalado para falar ao final da reunião no Palácio do Planalto."

Em momentos assim, fico pensando no quanto os ocupantes de cargos importantes no governo, seguem pensando que somos todos um bando de idiotas, que não temos um mínimo de inteligência e que acreditamos em todas as mentiras que tentam nos passar.

Será que o ministro Edinho Silva imagina que a maioria dos brasileiros, sufocada por uma onda nunca vista de corrupção e de mentiras, acredita que Dilma simplesmente resolveu trocar o tradicional pronunciamento do presidente da República no dia 1º de maio por uma ação nas redes sociais? Nada contra elas, mas querer que alguém dotado de um cérebro pense que é normal o fato anunciado, é debochar da maioria dos brasileiros.

Todos sabemos que Dilma Rousseff, no caso aconselhada por seus assessores e marqueteiros, está fugindo de mais um panelaço como o diabo da cruz. Ela sabe, e todos seus companheiros de governo também sabem, que, caso ela aparecesse na TV, haveria um movimento muito maior do que o que ocorreu no último pronunciamento.

Desculpe, ministro Edinho, mas o que o senhor, seus companheiros de governo e principalmente a presidente Dilma estão mostrando, é um tremendo medo de mais um panelaço.

Tenham todos um Bom Dia!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Táxi mais caro

Novas tarifas vigoram dia 30


Quem utilizar o serviço de táxi em Porto Alegre, a partir do dia 30, quinta-feira, vai pagar 3,16% a mais por corrida. Baseado na lei que garante direito ao aumento depois de um ano do último reajuste, o Sintáxi encaminhou hoje (27) pedido de aumento à Prefeitura.

Com o reajuste, o quilômetro rodado passa dos atuais R$ 2,26 para R$ 2,33, na Bandeira 1, e de R$ 2,94 para R$ 3,03 na Bandeira 2. A bandeirada inicial, que atualmente é de R$ 4,52, a partir do dia 30 será de R$ 4,66.

Outras tarifas terão os seguintes valores: hora parada, R$ 16,40 – volume de mão e mala, R$ 1,34 – sacola de supermercado, R$ 0,67 – grandes volumes e animais de estimação e pequeno e médio  porte, R$ 6,55.

Vaiado

Temer decide não discursar em SP


Vice-presidente pretendia falar no evento, mas desistiu por causa de um buzinaço no qual manifestantes pediam impeachment de Dilma

Sob protesto de um grupo de manifestantes, o vice-presidente Michel Temer precisou deixar a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), logo após a cerimônia de abertura, sem fazer discurso ou mesmo conceder entrevista aos jornalistas. 

Até então, estava previsto um pronunciamento do vice-presidente mas, no local onde ocorreria o discurso, os manifestantes faziam buzinaço e pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e também de Temer. 

A própria cerimônia de abertura foi prejudicada pelo barulho dos manifestantes e nenhuma das autoridades presentes no evento fez qualquer tipo de pronunciamento. Além de Temer, estavam presente os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) - estes dois últimos foram aplaudidos. Apesar dos protestos, não houve qualquer incidente durante a feira.

Operação Lava Jato

MP denuncia Vaccari e Duque 
por lavagem de dinheiro


A Força-Tarefa do Ministério Público Federal na Lava-Jato apresentou à Justiça nesta segunda-feira nova acusação formal contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores da investigação sobre corrupção na estatal. A denúncia foi oferecida pela prática de lavagem de dinheiro, por 24 vezes, no total de R$ 2,4 milhões, entre abril de 2010 e dezembro de 2013.


Conforme a denúncia, uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Há, ainda, vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com a agremiação.

Para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal, Setec e SOG, assinaram dois contratos, em 01/04/2010 e em 01/07/2013 respectivamente, com a Gráfica Atitude Ltda. 

Contudo, a Gráfica jamais prestou serviços reais às empresas do grupo Setal, emitindo notas frias para justificar os pagamentos. A responsabilidade criminal de pessoas vinculadas à Gráfica será apurada em investigações próprias.

O MPF pediu a condenação dos réus à restituição de R$ 2,4 milhões, bem como ao pagamento, a título de indenização, de mais R$ 4,8 milhões. A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão. A pena aplicada será aumentada de um até dois terços em razão da reiteração dos crimes e de terem sido praticados por organização criminosa.

domingo, 26 de abril de 2015

Reforma política

Igreja pede apoio ao PT

Site do Políbio Braga*

Os fiéis católicos que foram ontem à noite, sexta-feira, até a novena pela Festa da Nossa Senhora do Trabalho, que acontecerá no dia 1º de maio na zona norte de Porto Alegre, foram surpreendidos pelo anúncio feito dentro da igreja, a mando do padre Alcides José Viergutz, segundo o qual todos deveriam ir até o altar para assinar proposta de reforma política apresentada pela "Coalizão pela Reforma Política Democrática" na forma de um projeto de lei do PT.

Isto acontece em todas as igrejas do RS, mas o projeto não é apresentado aos fiéis, que assinam tudo em branco. 

A ordem é da Arquidiocese e vale para todas as igrejas católicas do RS.

A Paróquia Santuário Nossa Senhora do Trabalho fica na avenida Benno Mentz 1560, Vila Ipiranga, zona Norte.

O projeto do PT, apoiado pela CNBB, que nem foi mostrado aos fiéis da novena de ontem a noite, contempla itens absolutamente contestáveis. (1) A proibição do financiamento de campanha por empresas, termo que apresenta um componente ideológico escandaloso, excluindo as empresas - representadas por seus proprietários - de se posicionarem em um plano da vida pública que é determinante para o exercício de suas atividades. (2) Eleições proporcionais em dois turnos, processo que, ao contrário da economia advogada no projeto, geraria um gasto monstruoso de recursos públicos. (3) Paridade de gênero, com o estabelecimento descabido do sexo - e não da competência e qualificação - como critério para pleitear o exercício de um mandato político. 

Mas o elemento que definitivamente compromete o apoio da CNBB à proposta de reforma política é o fortalecimento dos mecanismos de "democracia direta". Trata-se de uma forma de inserir a "sociedade civil" nas decisões que envolvem "questões de grande relevância nacional", colocando-a na elaboração e na condução de plebiscitos e referendos. 

Acontece que a "sociedade civil" será representada - não pelo cidadão comum -, mas por uma série de organizações e "movimentos sociais" como MST, CUT, UNE, CTB, UBM, CONTAG, ABONG, ou seja, quase todos aparelhos do PT e seus aliados. Estes grupos - que assinam a proposta de reforma política com a CNBB - serão inseridos nas instâncias decisórias da vida pública e eles irão definir quais são as "questões de grande relevância nacional". 

Grupos que contrariam frontalmente os princípios e orientações da Igreja Católica: disseminam a luta de classes; promovem atividades criminosas contra o patrimônio público e privado; estão comprometidos com a ideologia de gênero; exigem a legalização das drogas e a implantação definitiva do aborto.É, claramente, que o projeto maquia um consórcio para administrar as "questões de grande relevância nacional" e realizá-las.

Já existe forte movimento em Porto Alegre e em várias cidades brasileiras, pelo qual os fiéis da Igreja católica exigem que a CNBB volte atrás na sua aliança com a vanguarda do atraso da esquerda e seus aliados dos movimentos dos ressentidos sociais.

*Publicado no site do jornalista Políbio Braga

Meu comentário:

As perguntas que ficam, são: A senhora e o senhor, que são católicos, que frequentam a igreja, apoiam a atitude do padre Alcides, da Igreja Nossa Senhora do Trabalho? Será que ele pediria aos fiéis que assinassem uma lista contra o projeto petista de reforma política? É lícito usar a igreja para pedir aos fiéis que assinem uma manifestação claramente política partidária? Não seria o momento de reunir todos os paroquianos e questionar o padre sobre o fato? Não seria o momento de pedir satisfações aos responsáveis pela Igreja Católica no RS?

Machado Filho

Bom Dia!

Hoje é dia de GRENAL!

Nos anos 70, quando fui repórter esportivo da Rádio Gaúcha, que depois virou RBS, o domingo de Grenal era sempre especial. A programação esportiva da Gaúcha acabava se refletindo em quase toda a grade de programação e a cobertura era diferenciada.

Quando trabalhei lá, o chefe de esportes era o Ary dos Santos, que a gente chamava de Coronel ou de Chinês. Ele era o comandante da equipe Maior e Melhor, da qual tive orgulho de fazer parte.

Nosso time era formado pelo Mendes Ribeiro, Willy Gonzer, Antonio Carlos Rezende, Ataide Ferreira, Euclides Prado, Marcos Amaral, Osvaldo Rola, Ruy Carlos Ostermann, Cândido Norberto, Romeu Rodrigues da Cruz, Fernando Ernesto, José Matzembacker, Éldio Macedo, Jodoé de Souza, João Carlos Belmonte, Marco Aurélio Barbosa, Machado Filho, Jessé Madureira Coelho e Raul Moreau!

A cobertura começava bem cedo, logo na abertura da programação, quando o Teixeirinha e a Mary Teresinha promoviam o famoso Grenal do Teixeirinha. Depois, nossa equipe de reportagem se espalhava pela cidade ouvindo pessoas, colocando profissionais de todas as áreas no ar, dando informações sobre serviços do Grenal, reproduzindo gols de clássicos passados, e só terminava por volta de 22 horas, com o final da Grande Resenha Esportiva do domingo.

Na resenha, o grande destaque eram as manchetes feitas em versos, brilhantemente produzidas pelo Jessé Madureira Coelho e pelo Raul Moreau. Não esqueço que, a última era sempre assim: “Ao fim da grande resenha, as manchetes outra vez, voltarão a ser ouvidas, para gáudio de vocês”. E era o que acontecia no final do programa.

A gente passava o dia envolvido na transmissão. Muitas vezes quase nem dava tempo para um almoço. O velho e tradicional cachorro quente quebrava o galho. Parar, só depois de tudo terminado, ou quando o Ary nos liberava.

Claro que os tempos são outros e os compromissos comerciais fizeram com que as transmissões também mudassem. Mas, sem querer ser saudosista, não consigo dominar esta ponta de saudade que acordou comigo e, depois de tantos anos, me fez ficar pensando no quanto vivi de emoções ao lado de companheiros tão queridos, muitos deles já em outro plano.

Acho que, de alguma forma, me vi envolvido em tudo o que falei pois afinal, hoje é dia de GRENAL!

Tenham todos um Bom Dia!

sábado, 25 de abril de 2015

Operação Lava jato

Empreiteiro fez favores a Lula

Leo Pinheiro
Reportagem da revista Veja deste fim de semana afirma que o engenheiro Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, tem cogitado fazer delação premiada na Operação Lava Jato e pode implicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem seria amigo pessoal. Segundo a revista, Pinheiro, de 63 anos, que está preso desde novembro, tem passado os dias na cadeia montando a estrutura do que poderia ser seu depoimento no acordo para tentar livrá-lo da carceragem.

A publicação aponta três fatos que poderiam fazer parte da eventual delação de Pinheiro. O primeiro seria um pedido de Lula feito em 2010 para que o ex-presidente da OAS providenciasse a reforma do sítio Santa Barbara, em Atibaia (SP). A reportagem sustenta que o sítio é identificado por políticos e amigos como sendo do ex-presidente, embora no cartório da cidade esteja registrada oficialmente por R$ 1,5 milhão em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente.

Léo Pinheiro, segundo Veja, fez um segundo “favor” a Lula no ramo imobiliário. O empreiteiro conta que, a pedido do ex-presidente, incorporou prédios inacabados da Cooperativa dos Bancários (Bancoop), uma entidade ligada ao PT. A OAS concluiu no início do ano a construção do Edifício Solaris, da Bancoop, prédio na praia do Guarujá (SP). O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também preso na Lava Jato, e Lula têm apartamentos no empreendimento.

O terceiro ponto seria uma suposta ajuda de Pinheiro a Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República e amiga de Lula. Rosemary deixou o cargo em 2012 após uma investigação da Polícia Federal tê-la identificado como integrante de um grupo que venderia facilidades ao governo. A revista diz que Lula pediu a Pinheiro que ajudasse o marido de Rosemary, João Batista, um pequeno empresário da construção civil. Depois, de acordo com a reportagem, João Batista conseguiu um bom emprego.

A revista não traz garantia de que Léo Pinheiro vai efetivamente fazer a delação premiada. Em edição de 21 de fevereiro, a publicação informou sobre a possibilidade de delação premiada do engenheiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. Dois meses depois, o executivo ainda não fez o depoimento. (Agência Estado)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Opinião

Triângulo da morte

Eliane Cantanhêde
24 Abril 2015 

O encantado balanço da Petrobrás desencantou, confirmando, agora em números, qual o primeiro e maior problema da principal companhia brasileira: a ingerência política. Foi ela, a ingerência política, que fechou o triângulo mortal da corrupção, do péssimo gerenciamento e do represamento artificial das tarifas. Deu no que deu.

Essa conjunção maldita acabou com a saúde e com a imagem da Petrobrás no País e no mundo, mas o pior é que não foi uma exclusividade da Petrobrás, mas sim a marca dos anos do PT, particularmente dos anos Lula, nos órgãos públicos e nas estatais. Aparentemente, nada escapa.

Foi por interesses políticos que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de sua posse, em janeiro de 2003, nomeou sindicalistas alinhados ao PT para a presidência da Petrobrás e para as diretoriais do Banco do Brasil, por exemplo, e fatiou os principais cargos da petroleira entre "companheiros" petistas e "operadores" dos partidos aliados. Só podia descambar para esse descalabro.

O resultado mais gritante no balanço anunciado na noite de quarta-feira é o das perdas de R$ 6,2 bilhões por causa da corrupção e, apesar de nada módico, esse total é visto com muita desconfiança por especialistas. Há quem imagine que a sangria foi ainda maior. Se você nomeia um diretor para abastecer as contas do PT e bolsos de petistas, outro para rechear as contas do PMDB e carteiras de pemedebistas, um terceiro para engordar as contas do PP e o patrimônio de pepistas, deveria saber o que estava fazendo. Tudo isso se embolou com o velho cartel de empreiteiras e com os doleiros de sempre e a consequência é: corrupção.

Mas há dois outros resultados irritantes no balanço apresentado pelo novo presidente da companhia, Aldemir Bendine. O segundo é o mau gerenciamento da empresa, o que não chega a ser surpreendente quando sindicalistas e apadrinhados se dão ao luxo de definir os investimentos da nossa Petrobrás para atender os interesses do Palácio do Planalto. É assim que surgem obras muito caras - e de potencial duvidoso - em Estados governados por amigos do rei. Sobressaem-se aí pomposas refinarias, agora abandonadas.

O terceiro resultado é o efeito corrosivo do represamento político dos preços da gasolina para postos e consumidor. Lula segurou para não arranhar a sua já imensa popularidade. Deu tão certo que ele continuou segurando para se reeleger, para eleger Dilma da primeira vez, para reeleger Dilma em 2014. O efeito foi ótimo para eles e péssimo para a Petrobrás.

Mais cedo ou mais tarde, essa conta chega para o consumidor/eleitor. E está chegando da forma mais perversa. Antes, o petróleo estava caro lá fora e a gasolina era barata aqui dentro. Agora, o petróleo está barato lá fora e a gasolina vai ficar mais cara aqui dentro. Senão, a conta não fecha, a credibilidade não volta, a "nova Petrobrás" anunciada em Nova York pelo ministro Joaquim Levy nunca vai aparecer.

Até lá, a "velha Petrobrás" é o grande "case" dos dois governos Lula. Quem descrever todas as nomeações políticas, o gerenciamento político e a administração política de preços da Petrobrás vai conseguir contar como foram os anos do PT nas estatais brasileiras. Sem esquecer de contar o final da história: nas campanhas, o PT atribuiu aos adversários a intenção de privatizar a Petrobrás, mas é o próprio governo do PT que vai sair vendendo tudo o que puder da petroleira para diminuir o prejuízo. Vão ter de vender muito, porque a Petrobrás é a empresa mais endividada do mundo.

Detalhe constrangedor: foi justamente a ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás do pior e mais obscuro período da Petrobrás que acabou sendo eleita para suceder Lula - e ainda foi reeleita. Só para completar, a sua grande marca era a de... gerentona.

Artigo publicado no Estadão de hoje (24.04.15)

Ibsen Pinheiro

"Rio Grande do Sul se tornou inviável


O presidente do PMDB, Ibsen Pinheiro, afirmou nesta sexta-feira à Rádio Guaíba que o atraso nos compromissos com a dívida com a União foi uma consequência natural em virtude da atual situação do Estado. Segundo ele, o Rio Grande do Sul se tornou “absolutamente inviável nos padrões habituais de receita e de despesa”. O peemedebista acrescentou que é papel do governador dizer "não" e que isso deve acontecer especialmente com as limitações orçamentárias que são imobilizadoras de qualquer processo de investimento e crescimentos.

Pinheiro afirmou queJosé Ivo Sartori não tem outra opção a não ser encarar a dívida, os encargos com a folha e o modelo tributário. “Esta primeira batalha, que é uma batalha de opinião pública, está sendo vencida”, segundo ele. “É fundamental que o povo entenda a tomada de medidas amargas, porque o desgaste não decorre das dificuldades, mas da incompreensão das dificuldades”, concluiu. 

Nesta manhã, Sartori anunciou o atraso no pagamento de R$ 280 milhões da dívida mensal do Estado com a União. Com a medida, o governador confirmou o pagamento da folha do funcionalismo gaúcho. Sartori alertou que o dinheiro do atraso não será suficiente e outras contas também serão atrasadas.

Futebol

Dívida dos clubes aumenta R$ 500 milhões


De volta ao Congresso Nacional, a questão das dívidas dos clubes recai, novamente, nas mãos de parlamentares. Insatisfeitos com o resultado da MP do Futebol articulada pelo governo federal, deputados e senadores querem, porém, voltar à proposta antiga de refinanciamento dos débitos, formulada na Câmara. Durante o período em que divergências atrasaram a aprovação do projeto do Legislativo, no ano passado, e os clubes passaram a negociar com o Executivo, a dívida dos 12 principais times com a União aumentou R$ 500 milhões — de estimados R$ 1,2 bilhão para quase R$ 1,7 bilhão.

O montante leva em consideração débitos de tributos, Previdência e FGTS, divulgados extra-oficialmente entre dezembro de 2013 e o início deste ano. Um acréscimo de 41%.


Enquanto isso, os clubes de futebol no Brasil, pagam salários astronômicos a treinadores e jogadores. Nenhum treinador de clube grande ganha menos do que R$ 500 mil por mês. Alguns chegam a quase R$ 1 milhão. Jogadores consagrados não aceitam salários inferiores a R$ 300 mil. Alguns ganham mais de R$ 700 mil por mês.

Quem der uma olhada na folha de pagamentos dos principais clubes brasileiros, não terá nenhuma surpresa ao verificar que eles não pagam INSS, FGTS e outras obrigações trabalhistas. A dívida aumenta a cada mês.

Enquanto isso, o governo fica ameaçando, os deputados, muitos deles ligados aos grandes devedores, fingem que estão apurando e procurando uma solução. 

Será que em algum momento o governo vai interferir com força e acabar com essa vergonha? Tente o senhor ou a senhora não pagar o INSS um único mês, para ver que sua aposentadoria ficará extremamente prejudicada. Quem tem um pequeno negócio comercial e deixar de recolher o FGTS de um único empregado, pagará a conta na Justiça do Trabalho.

Já os clubes de futebol não estão nem aí para suas dívidas enormes e seguem contratando treinadores e jogadores com salários altíssimos. Um escândalo!

Henrique Pizzolato

Governo italiano autoriza extradição


A Itália autorizou a extradição ao Brasil do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão. A decisão foi tomada pelo governo de Mateu Renzi e marca o fim de quase dois anos de disputa legal e tratativas políticas em relação ao brasileiro. A transferência de Pizzolato, que está em uma cadeia de Módena, poderá ocorrer já nos próximos dias e o Brasil tem 20 dias para organizar a viagem de volta ao País. 
A informação é dos representantes da Interpol na Itália. O governo em Roma, porém, ainda mantém oficialmente um silêncio sobre o assunto, já que a decisão primeiro precisa ser dada a Pizzolato e ao governo brasileiro. 
Em fevereiro, a instância máxima do Judiciário italiano havia revertido uma decisão do tribunal de Bolonha e havia dado o sinal verde para que Pizzolato fosse devolvido ao Brasil. Mas faltava ainda o posicionamento do Ministério da Justiça, que ainda poderia negar a extradição. 
Pela decisão da Corte, "existem condições para a extradição", numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. "Sempre confiei na Justiça italiana", afirmou Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil para defender o caso. 
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e oito meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado. 

Bom Dia!

Dona Célia


Hoje acordei com um sentimento que mescla muita tristeza, muita saudade e, ao mesmo tempo, muito orgulho. Hoje, 24 de abril, minha mãe, Dona Célia Valls Machado, estaria de aniversário. 

Já nem vou falar do momento especial de abraça-la e dizer do meu amor imenso, nem da expectativa por aqueles mini pastéis que só ela sabia preparar. Nem pelo pudim de leite que deliciou minha vida por tantos anos.

Minha mãe foi uma pessoa especial, uma dona de casa perfeita, uma esposa invejável. Foi cuidada por meu pai durante muitos anos, até que passou a cuidar dele, esquecendo as crises de asma que lhe acompanharam  a vida inteira.

Enérgica, firme e forte, tinha um coração que transbordava amor e carinho. Amor que dividiu com meu pai e com os oito filhos de um casamento que durou muitos anos. Até que ambos nos deixaram. Meu pai, um pouco antes e minha mãe alguns anos depois. Ficou mais tempo conosco, quem sabe para concluir a missão que ela e meu pai planejaram.

Vou ficar por aqui. Quero dedicar o maior tempo possível do meu dia, para curtir a lembrança, o amor, o carinho e a saudade que sinto da mãe.

Beijo bem grande, Dona Célia.

Tenham todos um Bom Dia!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Radar

O PT terceiriza


Repórter terceirizado
Repórter terceirizado

Embora a bancada do PT na Câmara tenha suado para batalhar contra a terceirização, a Agência PT de Notícias, encarregada de atualizar o site do partido, está com uma vaga aberta para repórter, para ser contratado por meio de terceirização.
Alguns profissionais que atuam no site já são terceirizados por meio da agência Pepper.
Por Lauro Jardim

Taça Libertadores

Confira datas dos jogos de oitavas de final



Foram confirmadas pela Conmebol, as datas dos jogos de oitavas de final da Copa Libertadores da América. O primeiro jogo entre Inter e Atlético MG, será no dia 6 de maio, em Belo Horizonte. A segunda partida será no dia 13 de maio, no Beira Rio. As partidas começam ás 22 horas.

Tabela de jogos das oitavas de final da Libertadores

Jogos de ida


28/04 - 20h30 - Universitário de Sucre x Tigres 
05/05 - 20h45 - Estudiantes x Santa Fe  
06/05 - 19h45 - Guaraní x Corinthians 

06/05 - 22h00 - Atlético MG X Internacional
06/05 - 22h00 - São Paulo x Cruzeiro 
07/05 - 18h45 - Wanderers x Racing 
07/05 - 21h00 - River Plate x Boca Juniors 
07/05 - 21h15 - Emelec x Atlético Nacional 

Jogos de Volta


05/05 - 21h00 - Tigres x Universitário de Sucre 
12/05 - 19h30 - Santa Fe x Estudiantes 
13/05 - 19h30 - Cruzeiro x São Paulo

13/05 - 22h00 - Internacional X Atlético MG
13/05 - 22h00Corinthians x Guaraní
14/05 - 18h30 - Racing x Wanderers 
14/05 - 21h30 - Boca Juniors x River Plate 
14/05 - 21h30 - Atlético Nacional x Emelec

Crônica

Aproveitei o feriado e desasinei

Cesar Cabral*

Aproveitei o feriado de Tiradentes e me “desasinei” temporariamente. Isto é: deixei de ser asno, conforme havia recentemente declarado na minha crônica/artigo Mais gordo, nu e sem pele. Nada de novo. Tudo continua como sempre esteve nesse país que é “um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança que a terra desce.” E pouco é mais do isso, exceto uma ou outra novidade. Na moda, Gisele Bündchen, a mais elegante, bonita e sensual mulher do mundo deixou as passarelas. Minha conterrânea saiu na hora certa, que é quando se está tocando o teto do mundo com a cabeça. Mas não abandonou o “mundo” da moda. Com os licenciamentos e as grifes ganhou ano passado 48 milhões de dólares; nas passarelas, já não chegava a 10% desse valor.

Já sabia que “self”, palavra inglesa, como havia dito, é o mesmo que por si mesmo – ou de si mesmo – em português e as pessoas continuam tirando suas próprias fotografias e por isso, “fazendo um self”. É a moda; e o que é da moda não incomoda, dizia-se antigamente. Entretanto quando li que um ator famoso “fez um self” achei que o fofo tinha se masturbado. E piorou minha estultice quando soube que já existia “pau de self”. Aí pensei que já é possível tirar fotografias com o próprio pênis; talvez seja um pênis especial, desconhecido para mim.

A imprensa, com tanta notícia, não sabia ao que dar mais destaque neste 21 de abril.  Se a inauguração de Brasília, há 55 anos, ou se a Tiradentes, morto por fuzilamento, depois degolado e esquartejado há 223 anos, quando os pedaços do corpo dele foram espalhados estrada a fora, do Rio a Minas, pelos irmãos portugueses daquela época. Época em que o Brasil sequer existia, não tinha esse nome, era apenas terra portuguesa no novo mundo, também chamado Brasil colonial pelos historiadores. Não havia o país Brasil, nem a pátria brasileira. Não havia uma Nação.

Tiradentes e seus companheiros formavam um grupo de portugueses nascidos na colônia que se revoltou contra os portugueses colonizadores. Proprietários rurais, a Igreja Católica, alguns intelectuais e militares pertencentes à elite econômica, a mais abastada, reclamavam (nem luta houve) em defesa de interesses particulares, de seus negócios e não de todo o povo da colônia. Não entendo o porquê de Tiradentes ser nosso herói, nosso mártir. Talvez a crueldade com a qual os portugueses tratavam seus colonizados tenha enternecido o coração dos historiadores; os portugueses eram brutais, sem dúvida. "O Estado brasileiro é fruto de uma convenção brutal. O colono (e o colonizador) podia escravizar, matar e mutilar os índios além de ocupar suas terras e engravidar as índias. Quando os gentios reagiam à brutalidade portuguesa eram considerados hostis e exterminados ainda mais rapidamente”.Escreve o advogado Fábio Oliveira Ribeiro no CMI Brasil.

Tiradentes foi uma espécie de bode expiatório. De todo o grupo era o menos poderoso, o que tinha menos dinheiro e propriedades. Um simples comerciante; às vezes tropeiro, às vezes minerador, militar, sim, mas apenas um subtenente e “tirava dentes” de quem precisasse livrar-se da dor. Não subestimo o Joaquim José da Silva Xavier por isso. Mas não o reconheço como nosso mártir por ter lutado por uma Nação Brasileira.

Terminado o feriado sem mais nenhum acontecimento, continuei “desasinado” por mais um dia já que a quarta feira prometia, como se diz. Os jornalões digitais e os noticiários de todos os canais de TV me excitavam com a espera da divulgação do balanço auditado da Petrobras. Assunto que 99,95% da população brasilina não tem o mínimo interesse já que não entende bulhufas do significa. Significa que os 21,6 bilhões de reais de prejuízo, obra da má gestão com roubalheira posta na mão de “sindicalistas companheiros” há dez anos, quando Lula, o presidente, aparelhou o Estado com três partidos políticos – PMDB, PP e PT – isto é: partidarizou as empresas estatais, os preços dos combustíveis (incluindo o gás de cozinha) vão aumentar. E com eles os dos produtos e transportes.

Os 54 milhões que acreditavam que estaríamos todos no paraíso com Dilma.2 nem que a vaca tussa, arrastando outros 50 milhões que sabem que vaca não tosse, terão que repor à Petrobras os 21,6 bilhões de reais pagando um preço bem alto resultado de uma simples e populista equação para manter a “popularidade” e ganhar a reeleição e manter o trio de partidos políticos no poder. Assim: compra-se petróleo caro, vende-se gasolina sem aumentar o preço (subsidiado). Agora que o preço do petróleo baixou consideravelmente no mercado internacional, aumenta-se custo da gasolina comprando petróleo barato. Os 21,6 bilhões de reais de prejuízo serão repostos rapidamente e ainda sobrarão alguns bilhões para novas corrupções e pagamentos dos prejuízos das empreiteiras paradas de funcionar com a prisão de seus proprietários. Daí por que a “delação premiadíssima”.

E quando o presidente da Petrobras, Ademir Bendine, disse que “Temos a convicção de que a companhia vai retomar sua capacidade de geração de valor. Nosso maior ativo é o quadro de pessoal. São pessoas engajadas. Estamos revendo ainda o nosso plano de negócios e, sendo aprovados, vamos voltar a publico.” reassumi a minha condição de asno. Até mais!

*Jornalista e escritor