sábado, 31 de janeiro de 2015

Bom Dia!

Até terça-feira

Está terminando o primeiro mês de 2015. Janeiro, vamos combinar, não foi dos mais agradáveis em termos de surpresas que chegaram por conta do governo Dilma Rousseff (PT).

Surpresas? Acho que nem tanto. Para quem conhece ou já se deu conta do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, não se surpreendeu com as decisões que desmentiram tudo o que a candidata havia prometido na campanha. 

Dilma mentiu, descaradamente, fazendo tudo o que prometeu não fazer, em menos de 15 dias no governo. Depois sumiu e só reapareceu para tentar, mais uma vez, iludir aos que ainda acreditam nela, pedindo aos ministros (39) que não acreditem em boatos. Mas isto vocês já sabem de cor.

Fevereiro começa e, com ele, aumento no preço da gasolina, aumento de impostos, arrocho na vida dos trabalhadores, tudo para que o governo possa arrecadar mais, tapando o rombo que o governo abriu nas contas públicas. Quer dizer, eles gastam mais do que podem e devem, e nós pagamos a conta. Quem sabe, arrecadando mais, sobra mais dinheiro para abastecer a corrupção.

Mudando de assunto, para melhor, estou na praia onde pretendo curtir o final de semana e o feriado de Navegantes. O dia não amanheceu tão bom assim. Está nublado e parece que vai chover. Então, vou até a peixaria buscar uma tainha bem criada, botar fogo na churrasqueira e preparar um peixe na grelha. O acompanhamento está na geladeira desde ontem. Sem uma bem gelada, meus amigos, ninguém resiste.

Prometendo dar uma folga prá todos no final de semana, volto na terça feira.

Tenham todos um Bom Dia!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bom Dia!

Meu colega de profissão, mas muito mais meu amigo e companheiro de grandes e inesquecíveis jornadas, Flávio Dutra, com quem tive o prazer de trabalhar na TVE, publica na ZH de hoje um artigo sobre a Fundação Cultural Piratini.

Com seu profundo conhecimento do assunto, por experiências próprias, o Flávio diz muito bem sobre o que são a TVE e a FM Cultura e a quem devem servir. Diferentemente dos que se julgam únicos como comandantes da Fundação, as emissoras são dos e para os gaúchos, não de ou para um partido político.

Mesmo depois de cinco anos, até agora encontro pessoas que me perguntam se o Consumidor em Pauta voltará ao ar. Era um programa de utilidade pública, como deve ser a Fundação Cultural Piratini.

O artigo do Flávio Dutra merece ser lido, principalmente pelos que se julgam donos da TVE e da FM Cultura. Não são.

Tenham todos um Bom Dia!

Nossa TVE

Flávio Dutra*

Entre tantos assuntos candentes deste tórrido janeiro surpreende que a TVE figure como fonte de debates e polêmica.  De um lado questiona-se a suspensão do edital para a produção de séries para TV, devido à falta de previsão de recursos para as contrapartidas; de outro critica-se a drástica redução orçamentária da Fundação Cultural Piratini, o que inviabilizaria boa parte das produções das suas emissoras, a TVE e a FM Cultura.  Na raiz dos problemas está a precária situação financeira do Estado, a exigir sacrifícios de todos os seus órgãos.

Entretanto, o debate não se esgota  na dificuldade financeira, que é episódica, nem envolve o uso político dos canais, como em passado recente.  Questiona-se agora a própria vinculação das emissoras à estrutura estatal, sob a alegação de que  não é função do Estado manter veículos de comunicação. Uma posição que não leva em conta experiências bem sucedidas de canais públicos, como a PBS nos EUA, a BBC inglesa, a TVE espanhola e mesmo a TV Cultura-SP.

Diferente do amigo e confrade David Coimbra, acredito firmemente que as emissoras públicas têm papel relevante a desempenhar. No caso da TVE e da FM Cultura, o de expressar  toda a diversidade e riqueza  da cultura gaúcha, dos concertos da Ospa aos eventos tradicionalistas, da literatura às produções audiovisuais e de dramaturgia, do Carnaval ao Hip Hop, com espaço para a cidadania, a educação,  programas infantis, e até para a  informação e o debate, por que não?   O Rio Grande precisa se ver e ser visto na TVE, a quem cabe exibir o que as emissoras comerciais não mostram porque estão focadas no entretenimento para as grandes audiências.

Foi o que busquei construir nas minhas três passagens pela Fundação, duas delas como presidente. E é na condição de quem se sente comprometido com o futuro da instituição que confesso o quanto me dói cada vez que ouço que só os governos do PT valorizaram os dois veículos, enquanto as outras administrações só querem sucateá-los e forçar sua privatização, mais uma besteira recorrente.  A verdade é que cada dirigente que por ali passou  deu o melhor de seus esforços, mesmo diante das adversidades,  para que se consolidassem como inalienáveis emissoras públicas dos gaúchos.

Conhecendo  a atual presidente, a jornalista Isara Marques, profissional experiente,  com liderança e comprometimento diante dos desafios propostos, tenho absoluta certeza de que ela  conseguirá dar a volta por cima e fazer da TVE e da 107,7 verdadeiras expressões da nossa cultura e patrimônios de todos nós. Especialmente se contar com a mobilização dos servidores e o apoio do Conselho e de seu público – que não é massivo, mas é fidelíssimo.

* Jornalista – Artigo publicado em ZH de hoje,dia 30/01/14

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Pega na mentira!

Segunda ponte no Guaíba

Dilma anuncia início das obras
(Agência Brasil – 27/03/14)
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (27) o início das obras da segunda ponte sobre o Rio Guaíba, em Porto Alegre, durante pronunciamento veiculado apenas em emissoras de rádios gaúchas. A homologação da licitação para a obra está na edição de hoje do Diário Oficial da União.
“Com isso, as obras para a construção vão começar imediatamente. Vai melhorar, como sabemos, o tráfego da região metropolitana de Porto Alegre e também a ligação com a região sul do estado, em direção ao Porto do Rio Grande”, disse Dilma.

Começam as obras da segunda ponte
(ZH – 13/10/14)
Mais de quatro anos depois da então candidata à presidência Dilma Rousseff prometer uma nova ponte sobre o Guaíba em Porto Alegre, operários iniciaram os trabalhos com a cravação de estacas no canteiro de obras do Bairro Humaitá nesta segunda-feira.
A solenidade de assinatura da ordem de início dos serviços acontece às 14h de terça-feira, com a presença do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, no canteiro de obras do Consórcio Ponte do Guaíba.

Começam as obras da segunda ponte
Correio do Povo ( 13/10/14)
Começaram nesta segunda-feira as obras para a construção da nova ponte do Guaíba. Nesta terça, 14h, ocorre a assinatura formal para as obras. O canteiro de obras já está montado nas proximidades da avenida João Moreira Maciel, paralela à freeway.

Depois de ler uma postagem do Bibo Nunes, no Facebook, me dei conta de mais uma das grandes mentiras eleitoreiras da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em março de 2014,quando a campanha estava começando, ela anunciou, com pompa ecircunstância, o início das obras da segunda ponte sobre o Rio Guaíba.
No evento, transmitido apenas por emissoras de rádio do Rio Grande do Sul, a candidata petista falou nos benefícios que a nova ponte traria para o Estado.

No dia 13 de outubro de 2014, 13 dias antes do segundo turno, o DNIT colocou máquinas e deu início a colocação de estacas no canteiro de obras.
Muita gente acreditou que era tudo verdade. Não era.

Depois de 10 meses do anúncio oficial da presidente, com direito a publicação no Diário Oficial e tudo, a tão sonhada ponte não saiu do papel. Mais vergonhoso ainda é que depois de mais de três meses do “início das obras”, não há um só operário trabalhando no local.

Que eles, os que estão no governo, mentem, a gente já sabe. Agora, que alguém ainda acredite nas mentiras deles, é complicado.

Opinião

As obras na cidade

Machado Filho

Durante uma ida para casa, quando passamos por uma obra da prefeitura, o taxista comentou comigo que “Porto Alegre é a cidade das obras inacabadas”. Daí lembrei de um outro taxista que, na semana passada, comentou comigo que “a cidade precisava de mais obras para evitar congestionamentos”.
Quando a prefeitura decidiu asfaltar a rua onde uma conhecida minha mora, obra reclamada por muitos anos, ela me disse que um vizinho estava furioso pois não podia entrar com o carro no estacionamento enquanto a colocação do asfalto não acabasse.

Hoje, ao ler a notícia de que a prefeitura pretende entregar cinco obras programadas para a Copa, no próximo mês de outubro, lembrei dos fatos que contei acima. Como deve ser difícil administrar uma cidade como Porto Alegre e, ao mesmo tempo, contentar a todos.
Se as cinco obras prometidas forem realmente entregues em outubro, teremos oito, das 15 programadas, totalmente concluídas. É pouco? Vejamos.

O prolongamento da Edvaldo Pereira Paiva, com todos os atos programados pelos ambientalistas, com todos os acampamentos formados pelos que protestavam, foi concluído. Para quem, como eu, utiliza a Beira Rio, trata-se de uma obra fundamental para o escoamento do trânsito, principalmente para quem mora ou trabalha na Zona Sul. Os que eram contra, certamente usam a avenida para trafegar com seus carros, sem congestionamentos.

O viaduto da Júlio de Castilhos, não desafogou o trânsito no entorno da Rodoviária? Até quem reclamou muito das tranqueiras durante as obras, hoje desfruta das facilidades que a obra trouxe.

Com a promessa de que em outubro estarão concluídos os BRTs da Bento 
Gonçalves, Protásio Alves e João Pessoa, além das trincheiras da Cristóvão Colombo e Anita Garibaldi, acredito que um grande avanço no desafogo do trânsito será alcançado. Sem contar que a duplicação da Voluntários da Pátria está prevista para junho.
Para os que reclamam, algumas vezes co razão, lembro o que disse o prefeito José Fortunatti, quem sabe o maior interessado na conclusão das obras.

- Cada uma delas é uma verdadeira novela. A gente planeja, tem um cronograma, mas as dificuldades vão aparecendo.
Para Fortunatti, além das cinco obras prometidas para outubro, existem outras e grandes preocupações. Um exemplo é o da trincheira da Avenida Ceará. Lá, o trabalho durante o dia, não foi autorizado. Outro, é o da avenida Tronco, já que são grandes as dificuldades para a contratação de empreiteiras que ergam moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, para os moradores do local.

Como morador de Porto Alegre, usuário de quase todas as obras, prontas e prometidas, me confesso otimista por entender que todas elas, mesmo que com uma certa demora, acabarão por transformar a paisagem da cidade.
Sem contar, é claro, com a revitalização do Caís Mauá, que depois de todos os entraves burocráticos e principalmente políticos, deverá estar concluído antes do final do mandato de Fortunati.

Quem estiver aqui para desfrutar de todas estas obras, certamente vai agradecer.

Contas do Governo

Gasto recorde e déficit histórico


As contas da presidente Dilma Rousseff fecharam 2014 com um déficit primário de R$ 17,242 bilhões. O resultado do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registraram o pior desempenho da série histórica que teve início em 1997. Foi o primeiro déficit da série e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB).

O rombo histórico das contas do governo, antecipado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na semana passada, consolidou um processo de forte deterioração fiscal que a presidente Dilma tenta agora reverter para retomar a confiança no País. Apesar das pedaladas fiscais (atrasos nos pagamentos de despesas) que ainda ficaram para 2015 e receitas extraordinárias o resultado de 2014 ficou distante da ultima previsão do governo de fechar o ano com um superávit de R$ 10,1 bilhões. No início do ano, o governo prometeu fazer um superávit de R$ 80,7 bilhões nas contas do Governo Central.

O resultado reflete uma combinação de aumento de despesas, queda forte da arrecadação por causa da atividade econômica fraca e desonerações tributárias em volume elevado. Em 2013, o superávit acumulado foi de R$ 76,993 bilhões, ou 1,59% do PIB.

Energia

Especialista sugere racionamento

O governo já deveria estar preparando um plano para decretar o racionamento de energia no país, com o objetivo de evitar o desabastecimento, disse o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Ele defende que o corte no consumo seja feito depois do período de chuva, que termina no fim de abril.

“Devemos preparar um eventual racionamento, porque em uma situação como esta passa a ser desejável a criação de condições para restabelecer o nível dos reservatórios o mais rapidamente possível. E o que temos de chuva, combinado com a demanda, não é suficiente. Só cortando o consumo para fazer isso mais rapidamente”. Para Sales, o racionamento deve ser feito juntamente com incentivos e normas que levem ao corte do consumo, com a redução dos contratos de energia, para que as geradoras não sejam prejudicadas.

Nesta semana, o nível dos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável pela geração da maior parte da energia consumida no país, chegou a 16,9% de sua capacidade máxima de armazenamento, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Na mesma época do ano passado, o nível dos reservatórios desse sistema estava em 41%. Para o especialista, a queda do nível em plena época de chuva é um indicativo de que o país pode ficar com reservatórios abaixo do necessário para enfrentar o resto do ano.(Agência Brasil)

Bom Dia!

Petrobras:  Um balanço meia boca

Ontem à noite, assisti vários comentaristas, inclusive correspondentes em varias partes do mundo, que analisavam o balanço do quarto trimestre de 2014 divulgado pela Petrobras. Todos, indistintamente, impressionados com a manobra feita pelo governo e pela direção de nossa estatal, para encobrir a verdade sobre o escândalo que está liquidando com nossa petroleira.

A comentarista da Globo News, Thais Herédia, de cuja análise retirei o título para este comentário, foi além e disse que o balanço da Petrobras acabou modernizando o velho ditado “devo, não nego, pago quando puder” que, no dizer dela, passa a ser “Devo, não pago. Nego enquanto puder”

O que surpreende, é que o balanço, que deveria ser divulgado em dezembro, e que foi transferido para janeiro, exatamente para que o rombo resultante da corrupção dentro da estatal fosse calculado e mostrado acabou, por decisão do governo e da direção da Petrobras, sendo divulgado sem o valor que hoje é calculado em mais de R$ 80 bilhões.

Assisti mais comentaristas destacando matérias publicadas nos grandes veículos do mundo inteiro, abismados com a vergonha imposta pelo governo e pela possibilidade de que a Petrobras venha a ser condenada nos diversos processos  instaurados a pedido de acionistas internacionais.

Aqui no Brasil, logo após a divulgação do balanço meia boca, ficamos sabendo que a Petrobras encolheu  R$ 13,91 bilhões, suas ações despencaram 11% e seu valor de mercado caiu para R$ 114 bilhões.

Paralelamente, foi divulgada a informação de quea arrecadação, que desde 2009 se mantinha em alta, baixou em 2014, fechando em R$ 1,18 trilhões, uma queda de 1,79%.

Os dados analisados até aqui, são extremamente preocupantes, para não dizer coisa pior. Se bem que, para os que pensam o Brasil sem a irracionalidade dos que são surdos e cegos aos problemas criados pelo governo, por algum tipo de interesse ou paixão partidária, a fala da presidente Dilma em sua primeira reunião ministerial, chega a causar calafrios.

Disse a presidente que está tudo maravilhoso, que o Brasil está crescendo como nunca, que o povo está satisfeito com o governo dela e do PT, e que só precisamos “não acreditar em boatos”, em “mentiras”.  Para a presidente, que apareceu por poucas horas e já viajou para a Costa Rica, é preciso reagir e travar a “batalha da comunicação”. E encerrou com uma frase que sintetiza o processo de ilusão que o governo petista tenta impor aos brasileiros: “Nós não podemos deixar dúvidas”, disse a presidente.

Poucas horas depois, determinou que a Petrobras não ligasse para a auditoria, como manda a lei, e divulgasse seu balanço sem os números da corrupção. Provavelmente, para Dilma, esconder os dados mais esperados por todos, é “não deixar dúvidas”.

E o mundo inteiro, que esperava por alguma coisa séria e honesta, acabou vendo a Petrobras esconder o jogo, passando por cima do imenso buraco da corrupção, deixando muitas dúvidas e divulgando um balanço meia boca.

Tenham todos um Bom Dia!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Escândalo na Petrobras

Justiça do Rio determina quebra do
sigilo bancário de Gabrielli e Duque

Renato Duque e José Sérgio Gabrielli
A Justiça do Rio determinou nesta quarta-feira (28) a quebra de sigilo bancário e fiscal e o bloqueio de bens em caráter liminar do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, e de executivos e técnicos do Cenpes, o centro de pesquisa da Petrobras, em ação por improbidade administrativa.
Ao todo, oito pessoas, das quais seis ex-funcionários da estatal, tiveram seus sigilos quebrados pela Justiça, entre os períodos de 2005 a 2010. A ação, que tramita na 5ª Vara de Fazenda Pública da Justiça do Rio, tem como base denúncia do Ministério Público do Rio, que apontou indícios de superfaturamento em contratos entre a estatal e a construtora Andrade Gutierrez para obras no Cenpes.
Segundo a ação, investigação feita anteriormente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que teria havido superfaturamento de R$ 31,4 milhões nas obras para a ampliação e modernização do centro de pesquisa, que fica na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.
Petrobras e Andrade Gutierrez também são rés no processo. A estatal é acusada de ter, por meio da ação de diretores e técnicos, dado preferência à Andrade Gutierrez para assumir obras de uma outra construtora, a Cogefe Engenharia Comércio e Empreendimentos, no Cenpes.

Opinião

Assim falou Dilma 2

César Cabral*

Dilma.2 fez, nessa terça feira, 27 de janeiro, sua primeira reunião ministerial de seu novo mandato; nem tão novo assim. A presidente segundona foi insuperável, mais uma vez,de si mesma. O espetáculo se deu na granja do Torto (huumm!) e começou meio enviesado. A produção do mafuá se esqueceu de tirar o brilho da exuberante maquiagem, o microfone não funcionou e o “teleprompter” semi-invisível andava mais lento do que seu Raciocínio apesar de funcionar com apena um único e imbatível neurônio. Mas vestia um não sei lá o que dourado com gola oriental, cabelo cortado para a ocasião com leves toques de brilho; estava uma fofura – diria se tivesse suficiente intimidade. Saiu do ar. Voltou e a frente de um fundo de pedras empilhadas, reclamou,
fez cara feia, manteve seu nariz empinado que  nem pandorga e mandou ver sua verborragia grotesca, complexa,confusa pois ainda fala em dilmês tardio pré cabralino.

Assisti tudo, do início ao fim, como meio de, martirizando-me, receber uma graça de Tupã e de meus protetores: Sepé Tiaraju, Caipora e a Teiniaguá. Como meus leitores devem pagar seus pecados cada um a sua maneira, vou apenas destacar alguns trechos da prosopopeia dilmesca ( Figura em que o orador atribui o dom da palavra, o sentimento ou a ação a seres inanimados ou irracionais, aos mortos ou aos ausentes) para não torturá-los ainda mais do que os 200% de juros do cheque especial.

Dilma.2 disse: Bom, então a minha primeira recomendação para vocês, que vão compartilhar comigo essa responsabilidade de governar e desse novo mandato, é trabalhar muito para que que nós possamos dar sequência ao projeto político que nós implantamos desde 2003, e que está mudando o Brasil, mudando para muito melhor, porque nós temos menos pobreza, mais oportunidades, temos uma situação de mais igualdade, mais direitos e cada vez mais democracia.

Depois de nós e mais nós ela reafirma a intenção de não deixar o governo do Brasil nas mãos de ninguém que não seja do PT, pois é um “projeto político”. Depois de algumas mentiras - a pobreza não diminuiu; foi estatisticamente deslocada e nem há mais oportunidades e igualdades e muito menos ainda temos mais direitos - disse sem explicar que diabos é isso – e não há possibilidade de se ter mais ou menos democracia, já que ela é um sistema político que desde a antiga Grécia até os dias atuais tem tido diversos formatos e regimes distintos. Democracia não se quantifica

“Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e
permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas."

Provavelmente ela se referia à patifaria e as vigarices – fora os crimes – que a cambada ministerial e outros em altos cargos federais vêm fazendo como nunca antes “nesçsepais.” (!) Como enfrentar o desconhecimento do que todo mundo sabe e a desinformação do vem sendo informado, sempre e permanentemente? O que isso significa? Nada. Definitivamente nada!

Dilma.2 disse:  E foi isso... e foi nisso que a maioria do povo brasileiro,(referindo-se a educação) dos homens e mulheres deste país deram o seu voto, foi para isso que eles deram seu voto. Este é o meu compromisso, fazer com que o Brasil nos próximos quatro anos, tenha condições de ter as medidas necessárias para manter íntegra a estratégia de construir um país desenvolvido, um país próspero, cada vez mais igual, menos desigual, fazendo tudo o possível para manter e fortalecer o modelo de desenvolvimento que mostrou ser possível conciliar crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social.

Misturou alhos com bugalhos somou bananas com abacaxis.  Certamente foi com esse “raciocínio” torto – e estava lendo – que deve ter surgido o tal “slogan” Pátria Educadora. Essa coisa nenhuma, sem pé nem cabeça; abstrata.

Depois de culpar a China, a Europa (como se fosse uma pais) o Japão e a queda no preço das commodities pela nossa estagnação econômica e consequente aumento da inflação, ainda culpou a falta de água pela falta de chuvas, Dilma.2 disse: Diante destes eventos internos e externos, o governo federal cumpriu o seu papel. Nós absorvemos a maior parte das mudanças, dessas mudanças no cenário econômico e climático em nossas contas fiscais para preservar o emprego e a renda. Nós reduzimos nosso resultado primário para combater os efeitos adversos desses choques sobre nossa economia e proteger nossa população. Agora, atingimos um limite para isso. Estamos
diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo e garantindo, assim, a continuidade da geração de emprego e da renda.”

Não há como comentar tanta besteira e nem o que disse a seguir. Vou concluir com o que há de melhor; de mais Dilma, de mais PT – “Gostaria de falar para vocês agora -podia passar mais rápido, por favor? -,(teleprompter lento) que toda vez que se tentou, no Brasil, toda vez que tentaram, no Brasil, desprestigiar o capital nacional estavam tentando, na verdade… Bom, eu vou preferir ler, sabe? Estavam tentando, na verdade, diminuir a sua independência, diminuir a sua concorrência e nós não podemos deixar
que isso ocorra. Nós devemos punir as pessoas e não destruir as empresas. As empresas, elas são essenciais para o Brasil. Nós temos que saber punir o crime, nós temos de saber fazer isso sem prejudicar a economia e o emprego do país. Nós temos de fechar as portas para a corrupção. Nós não podemos, de maneira alguma, fechar as portas para o crescimento, o progresso e o emprego.

Fico com a impressão, com esses nós temos, nós não podemos, que a bandalheira toda que ocorre há 12 anos, foi no vizinho, na casa da mãe Joana. A nossa grama é mais verde do que a deles. “Temos que continuar acreditando na mais brasileira das empresas, a Petrobras.” O que a Petrobras “fez” para merecer nossa descrença? Será ela é algum tipo de ser vivo, com vontade própria a fazer mal feitos por aí? Assim terminou o discurso da primeira reunião ministerial: ridículo, mentiroso, patético.

Dilma.2 não sai do palanque, do discurso de campanha eleitoral que 54 milhões de eleitores gostaram e decidiram a vida de 200 milhões de habitantes brasilinos.
Os eleitores ignorantes (a maioria) e os aproveitadores (os de sempre), acreditam que votar é um dever cívico, que o voto é a arma do povo, que é um direito de liberdade.

Democrático. Não é. O voto é obrigatório; se não votar há punição. Portanto ninguém é livre. Porém, há um “jeitinho”; uma condescendência democrática. Se não votar em três eleições o Titulo de Eleitor é cancelado ou então o eleitor paga uma multa calculada em UFIR (quem sabe o que é isso?). É assim: 3% VR (valor de referência) = 3(33,02)/100= 0,9906 *UFIR 0,9906 x R$ 1,0641 (VALOR DA *UFIR EM REAL) = R$ 1,05 (UM REAL E CINCO CENTAVOS). Assim é nossa democracia. Não são passeatas, nem a imprensa, nem redes sociais que nos darão o governo que merecemos. Deve haver outros meios; um deles a “imprensa livre” chama de terrorismo. Eu não sei! O Unabomber, que cumpre prisão perpétua nos EEUU, recomenda: “ bata a onde dói mais.” Pode ser a solução.
* Jornalista e escritor

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Operação Lava Jato

Mais 10 empresas são investigadas


A Polícia Federal abriu novos inquéritos na Operação Lava Jato para investigar especificamente dez empresas supostamente envolvidas em fraudes na Petrobrás. A informação consta de ofício encaminhado à Justiça Federal no último dia 23 pelo delegado Eduardo Mauat, da PF em Curitiba, base da Lava Jato.

O delegado ressalta a “necessidade de abertura de novos inquéritos policiais a fim de receber de forma organizada os dados relativos a outras empresas possivelmente envolvidas em fraudes ligadas à estatal Petrobrás”. Por meio dos inquéritos a PF poderá pedir à Justiça autorização para novas buscas e apreensões, por meio das quais poderá colher provas  contra novos suspeitos de envolvimento no escândalo da estatal .

A PF lista as empresas alvo da nova etapa da investigação: MPE Montagens e Projetos Especiais, Alusa Engenharia, Promon Engenharia, Techint Engenharia e Construção, Construtora Andrade Gutierrez, Skanska Brasil, GDK S/A, Schahin Engenharia, Carioca Christian Neilsen Engenharia, Setal Engenharia Construções e Perfurações.

A Andrade Gutierrez apareceu na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa divulgada na semana passada, na qual ele afirmou que a empreiteira pagou propinas para o PMDB.
Segundo Costa, os valores foram “cobrados e geridos” pelo empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como lobista e operador do partido no esquema de corrupção que se instalou na estatal petrolífera.

O delator afirmou à Polícia Federal, em relato de 7 de setembro de 2014, que a partir de 2008 ou 2009 a cobrança à Andrade Gutierrez passou a ser feita por Fernando Baiano, não mais pelo doleiro Alberto Youssef – personagem central da Lava Jato.

Paulo Roberto Costa contou que a empreiteira, mesmo após “ganhar algum contrato” sob responsabilidade de sua diretoria “custava a depositar o valor devido ao PP”. (Com Estadão/conteúdo)

Ministro do Esporte

Salvo pelo delegado camarada
Ministro George Hilton
O novo ministro do Esporte, George Hilton, chegou ao primeiro escalão de Dilma Rousseff debaixo de uma enxurrada de críticas. O fato de ele não ser familiarizado com a área que passou a comandar – o que ele mesmo admitiu em recente entrevista – foi a razão de uma das ressalvas feitas ao seu nome. A outra decorre de seu passado marcado por atitudes, no mínimo, questionáveis. Em 2005, Hilton desembarcou de um jato particular no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, transportando 11 caixas de dinheiro. Detido pela polícia de Minas Gerais, o então deputado pelo PFL escapou ileso do episódio, depois que o inquérito aberto contra ele foi arquivado no Supremo Tribunal Federal. Esse é o principal argumento usado pelo novo integrante do Ministério de Dilma quando sua conduta ética é posta em xeque. Entretanto, o ministro omite que por trás da decisão do STF de livrá-lo da punição há uma teia de manobras e tráfico de influência que inviabilizaram a apuração do caso pelo Ministério Público Federal. O insucesso da investigação envolvendo George Hilton e suas caixas de dinheiro teve um personagem decisivo: o delegado federal Domingos Pereira Reis. Primeira autoridade a ser informada sobre o flagrante ocorrido no Aeroporto da Pampulha, o delegado Pereira foi bastante camarada com George Hilton.

Delegado Domingos Reis
A conduta do delegado é detalhadamente explicada em três depoimentos que constam na ação analisada pelo STF. Em um deles, o agente de plantão conta que, ao ser informado por telefone sobre a apreensão das caixas, Pereira mandou o oficial liberar George Hilton sem contar o dinheiro e sem sequer registrar a ocorrência. O mais grave: segundo outra testemunha, o delegado se comunicou com o então deputado estadual por telefone e avisou que o caso estava resolvido. O único registro teria sido feito no livro da polícia, que apenas cita exemplos do que é declarado pelos passageiros. Hilton disse transportar R$ 600 mil e afirmou que o dinheiro pertencia à igreja da qual era pastor. Depois disso, deixou a delegacia sem constrangimentos. O episódio gerou um inquérito na Justiça Federal de Minas, mas ficou paralisado por dois anos. Somente em 2007, quando o atual ministro tornou-se deputado federal e o processo chegou ao STF, a ação foi finalmente analisada.
Ao estudar a fundo o processo, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, concluiu que a atuação do delegado em favor de George Hilton invalidou qualquer possibilidade de apuração, tornando impossível o registro e o recolhimento de provas. Segundo o procurador, a falta de registros e a liberação do interceptado sem depoimentos ou quaisquer explicações formais impediram o trabalho do MP e da polícia em busca de respostas para a origem do dinheiro e o real valor transportado. Por isso, não houve como avançar nas investigações e o processo foi arquivado. Antonio Fernando de Souza solicitou, no entanto, que a conduta do delegado federal fosse apurada em um processo paralelo e conseguiu dar novo fôlego às apurações.
Atendendo à orientação da PGR, o Ministério Público de Minas Gerais acusou Domingos Pereira de “falta de interesse de agir” no desempenho de sua função pública. Investigado, passou três anos respondendo a um inquérito e tentando explicar o porquê de ter livrado o deputado. Segundo os procuradores, Pereira não conseguiu convencer o MP sobre a legalidade da sua conduta e tampouco encontrou amparo legal para justificar a omissão. Por isso, o MP o acusa de uma sequência de atos que figuram a condenável “camaradagem entre um agente público e um político”. O caso rendeu desgastes em série para Domingos Pereira. Além de perder o cargo, ficou anos sem desfrutar de qualquer prestígio na polícia, sendo criticado internamente por colegas e subordinados. Em 2009, ele solicitou aposentadoria. (Com IstoÉ/conteúdo e fotos)

Juros do cheque especial

Taxa de 200,6%. A maior em 16 anos

Depois de 16 anos, os juros do cheque especial chegam a 200,6% ao ano, atingindo o maior patamar desde fevereiro de 1999,quando chegou aos 204,3% ao ano.
No final de 2013, o índice era de 147,9% o que dá um crescimento de 52,7 pontos no ano.
No mês passado, matéria do jornal The New York Times, disse que os juros praticados em certas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”.O jornal destacou os cartões de crédito, com mais de 240% ao ano, e os empréstimos bancários que chegam a 100%.

Bom Dia!

Vai uma medalha ai, meu?

É difícil definir a decisão da deputada do PT, Marisa Formolo, concedendo medalhas a 21 parentes, em solenidade na Assembléia Legislativa.

A coisa se complica quando tomamos conhecimento que, depois de cinco horas de reunião, a executiva do Partido dos Trabalhadores sugeriu que a deputada devolva as medalhas, sob o argumento de que o estatuto do partido é contra, prevendo punições como advertência até expulsão do envolvido.

O presidente do PT, Ary Vanazzi, disse que essa não é a política do partido que “quer preservar o princípio básico da impessoalidade” e já anunciou que a bancada vai rever a concessão de homenagens “tomando decisões coletivas”.

Mesmo tendo participado da reunião, Marisa Formolo não disse se devolverá as medalhas e que só se manifestará depois de ser notificada da decisão partidária. Mas a petista disse, também, que vai conversar com a família antes de informar o que fará.

Ao sair do encontro, a petista deu uma dica do que pretende ao lamentar que “tenham dado tanta importância a essa notícia” mas ressaltou que “precisamos resgatar o papel da família”.

Nesse ponto, resgate do papel da família,  concordo com a deputada Formolo, só que entregar medalhas a 21 familiares, não me parece a melhor forma de buscar este resgate.

Tornar banal um ato que deveria ser solene, é extremamente constrangedor. Imaginem se todos os deputados decidissem entregar medalhas a seus familiares. A despesa, apenas com a confecção delas, seria enorme e, como sempre, paga por nós, contribuintes.

Uma boa solução seria o deputado comprar as medalhas que quisesse entregar. Neste caso, a banalidade poderia transformar a venda de medalhas, como já sugeriu meu amigo Rick Jardim,  em rentável atividade para os camelôs da cidade.

Já pensaram passar na esquina de Porto Alegre, ou na volta do Mercado e ouvir o camelô, diante de um balaio cheio, gritando: “Vai uma medalha aí, meu?”

Tenham todos um Bom Dia!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Contas externas

O maior rombo desde 1947

O resultado das transações correntes fechou o ano passado com déficit de US$ 90,948 bilhões, conforme divulgou nesta sexta-feira o Banco Central. O rombo superou a projeção da instituição, de um resultado negativo de US$ 86,2 bilhões. Além disso, foi pior do que as estimativas de analistas, que iam de um saldo negativo de US$ 88,100 bilhões a US$ 90,900 bilhões, com mediana de US$ 89,5 bilhões.
O resultado de 2014 é recorde para a série histórica do BC, iniciada em 1947. Até então, o maior volume havia sido registrado em 2013, de US$ 81,347 bilhões. Vale destacar que esse resultado deficitário foi 50% maior do que o verificado em 2012, de US$ 54,246 bilhões, que até então era o pior desde 1947.
O déficit em conta corrente do ano passado ficou em 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda de acordo com os dados do BC, o pior para um ano fechado desde 2001 (4,19%). O maior porcentual da série histórica do BC foi observado em 1974, de 6,8%.
Já os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 62,495 bilhões em todo o ano de 2014 e ficaram abaixo da estimativa do BC, de receber US$ 63 bilhões. O saldo anual só supera o de 2010 (US$ 48,506 bilhões), já que ficou inferior aos dos três anos anteriores: US$ 66,7 bilhões em 2011, US$ 65,3 bilhões em 2012 e US$ 64,045 bilhões em 2013.

Bom Dia!

As redes sociais

Elas, definitivamente, passaram a fazer parte do nosso dia a dia. E nos surpreendem pela instantaniedade do retorno e pela amplitude do alcance. Entre orgulhoso e extremamente contente, reproduzo um fato que, desde ontem, me fez mais feliz ainda. A postagem, no Facebook, é do Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, feita em 2 de agosto de 2011.


Machadinho !
2 de agosto de 2011 às 18:12
Porto Alegre  Personagens - Nosso querido amigo, Machadinho, publicou em seu site (www.machadofilho.com) a coluna que reproduzimos abaixo, vale a pena a leitura !!!!

Nos tempos do Rádio Teatro

Uma foto do Walter Ferreira, publicada pelo Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, me levou a um tempo que encantou minha infância. Nem se imaginava o que era televisão e o cinema era reservado a poucos, principalmente no interior do Estado. O rádio imperava em todas as casas. 

Havia os de ondas curtas que permitiam sintonizar emissoras de todo o Brasil e muitas do Uruguai e Argentina. Ouvir a Rádio Nacional, a Tupy e a Bandeirantes, para falar nas do Rio e São Paulo, era comum. Mas o bom mesmo era ouvir a PRH 2, Rádio Farroupilha, a PRC 2, Rádio Gaúcha ou a PRF 9, Rádio Difusora, todas de Porto Alegre. Em São Gabriel se ouvia, muito, a ZYO 2, Rádio São Gabriel.

Pois a minha infância foi povoada por personagens que o imaginário criou através das radio novelas. Ai de quem falasse ou fizesse barulho nos horários em que a dona Célia estivesse ouvindo novela no rádio. Era silêncio absoluto e imaginação a mil.

Como esquecer, então, de vozes famosas das novelas. Rádio atrizes e rádio atores que embalaram os sonhos de muita gente que nem imaginava como seriam pessoalmente. Pura imaginação, ao suspirar pelo galã ou pela heroína.

Mais tarde, quando vim trabalhar em rádio aqui em Porto Alegre, acabei conhecendo alguns monstros sagrados das novelas. E foi ao ver a foto do Walter Ferreira que povoei meus pensamentos com figuras que encantaram os dias de minha mãe e de milhares de senhoras como ela. Ernani Behs, Paulo Ricardo, Wilson Fragoso, Pepê Hornes, Adroaldo Guerra, Cândido Norberto, Nelson Silva, Luiz Carlos Magalhães, Eleu Salvador, todos donos de vozes inesquecíveis, como as de Aida Teresinha, Linda Gay, Marisa Fernanda, Rosa Maria, Maria de Lurdes Colares, Vânia Elisabeth.

Certamente devo ter esquecido muitos nomes. Afinal, eram elencos famosos que se dividiam entre várias novelas ao mesmo tempo.

Vidal de Negreiros e Mario de Lima Hornes dirigiam estes elencos consagrados. Luiz Sandim e Victor Stob eram sonoplastas insuperáveis.

Isso só para falar nas novelas, pois se destacavam os humoristas como Walter Broda e Pinguinho, no Banca de Sapateiro, o Carlos Nobre com seu insuperável Campeonato em Três Tempos, que tinha a Leonor de Souza como Miss Copa, o Ismael Fabião, como Pelotas, o Dimas Costa, como Bagé e tantos outros.

Hoje eu sinto como fui feliz em ter, durante algum tempo da minha vida, compartilhado meu trabalho com estes nomes que inebriavam os ouvidos da minha mãe e despertavam a minha curiosidade infantil.

Tenho medo de parecer saudosista, mesmo não me preocupando com a idade que tenho orgulho de ter. Mas, sinceramente, falar das figuras que fizeram o rádio no Rio Grande do Sul é algo que me encanta profundamente. Acho que ainda vou escrever um livro sobre isso, até para poder lembrar um dos maiores radialistas que conheci, meu querido irmão Dilamar Machado. Enquanto isso fico pensando no rádio da cozinha onde minha mãe, ao mesmo tempo em que fazia a comida mais gostosa do mundo, ouvia, encantada mais um capitulo de sua novela preferida, nos tempos do rádio teatro.

Machado Filho

Ontem, dia 22, fui surpreendido com uma nota do Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, falando sobre um comentário do advogado Ronaldo Reis Feijó que, depois de mais de três anos, leu o meu comentário publicado em 2011 e lembrou de seu tempo de redator de notícias da Rádio farroupilha e do Dilamar.

Porto Alegre Personagens Lotado  - João Carlos Machado Filho As redes sociais são maravilhosas, esta postagem foi feita em 01 de agosto de 2011, mais de três anos após entra este belo comentário do Ronaldo Reis Feijó.

Ronaldo Reis Feijó  - Amigo Machadinho, as figuras do rádio gaúcho que tu tão bem nomeaste, eu as conheci, todas. Trabalhei na Rádio Farroupilha, como redator de notícias,no período 1960/65.O teu irmão, o querido Dilamar, foi meu colega de formatura, em Direito,na UNISINOS. Um grande abraço. Ronaldo.

Fico, então, pensando no quanto é bom ter vivido, ter ficado velho e ter amigos que entendem a simplicidade de um comentário que reflete, tão somente, o quanto a vida me fez jornalista desde a infância.

Tenham todos um Bom Dia!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Refinaria de Pasadena

US$ 1,5 milhão para facilitar a compra

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em depoimento prestado em setembro do ano passado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba que recebeu US$ 1,5 milhão para não dificultar, em reunião de diretoria, a aprovação da compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal.

Segundo Costa, "boatos" que circulavam na empresa indicavam que "o grupo de Nestor Cerveró [ex-diretor da área internacional], incluindo o PMDB e Fernando Baiano [lobista que atuava na Petrobras], teria dividido algo entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões, recebidos provavelmente da Astra" – a Astra Oil é a empresa que vendeu a refinaria para a Petrobras.

O depoimento de Paulo Roberto Costa sobre Pasadena foi disponibilizado nesta quinta-feira (22) no andamento processual da Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

No depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que a compra da refinaria "não foi um bom negócio" e que era "tecnicamente inadequada". Para defender a compra da refinaria em reunião de diretoria da empresa, Costa disse ter recebido do lobista Fernando Baiano – suposto operador do PMDB, o que o partido nega – uma oferta de US$ 1,5 milhão, quantia depositada em uma conta em um banco em Lichtenstein. Ele disse acreditar que o dinheiro tenha sido pago pela Astra.

O ex-diretor declarou no depoimento que era de conhecimento da diretoria que, para Pasadena "se tornar útil" para a Petrobras, seria necessário um investimento inicial elevado – de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões – porque se tratava de uma refinaria "velha" e que "não era adequada" para o refino de petróleo do tipo que a Petrobras exportava.

Conselho de Itaipu

Dilma exonera Vaccari Neto


A presidenta Dilma Rousseff exonerou João Vaccari Neto da função de conselheiro da empresa Itaipu Binacional. Vaccari é tesoureiro do PT e teve o nome citado em delações premiadas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga pagamento de propina em contratos da Petrobras. Em seu lugar, Dilma nomeou Giles Azevedo, que foi chefe de gabinete da presidenta até o ano passado. (Agência Brasil)

Yo soy Nisman

Cristina não acredita em suicídio

Foto:AP
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, usou seu perfil no Twitter nesta quinta-feira (22) para falar sobre a morte do promotor Alberto Nisman e divulgar uma carta publicada em seu blog. No texto, ela afirma que está "convencida" de que a morte do promotor "não foi um suicídio". Em sua primeira carta sobre o assunto, ela cogitava a possibilidade de que o promotor havia se matado.

"Por que alguém ia se suicidar sendo promotor e gozando ele e sua família de uma excelente qualidade de vida?", assinalou no novo texto a presidente, que continua sem aparecer em público.

Nisman foi encontrado morto em sua casa, em circunstâncias ainda desconhecidas, na noite de domingo (18), com um tiro na têmpora, poucos dias depois de ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores por uma suposta tentativa de acobertar terroristas iranianos, que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994, em que 85 pessoas morreram.

Nisman deveria apresentar na segunda-feira a deputados sua denúncia e supostas provas contra a presidente e o chanceler argentino, Héctor Timerman. "Usaram ele enquanto estava vivo e depois precisavam dele morto. É assim triste e terrível", disse Cristina na carta.

Secretário

O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, foi denunciado na Justiça para que se investigue sua presença na residência onde Nisman foi encontrado morto, antes da chegada da procuradora e do juiz responsável pelo caso, informaram nesta quarta-feira (21) à Agência Efe fontes da denúncia.

O líder peronista Juan Ricardo Moussa acionou Berni na Justiça por supostamente ter cometido o crime de "descumprimento dos deveres de funcionário público" e "acobertamento de homicídio", segundo o texto da denúncia.

Moussa acusou Berni e os policiais encarregados da segurança de Nisman de "cumplicidade" para proteger a presidente, já que o promotor guardava parte das provas que fundamentam a denúncia contra Cristina em sua casa. "Há graves irregularidades por parte da Polícia Federal argentina no caso do Dr. Nisman. Quem é Berni para dar competência a um crime, quem é Berni para entrar na cena do crime e não denunciar à Justiça", questionou Moussa na denúncia.
(Com G1/conteúdo)

Bom Dia!

Apertem o cinto, a presidente sumiu!

Se bem que o melhor mesmo, na atual circunstância, é apertar o bolso, onde o sumiço da presidente repercute mais.

Claro que o sumiço da presidente é estratégico. Se aparecer, ela terá que explicar todas as mentiras que aplicou no eleitorado durante a campanha. Pior ainda seria explicar as medidas tomadas pelo ex-assessor do Bradesco, e atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aumentando impostos, dobrando o IOF, aumentando o preço da gasolina, tudo na busca de dinheiro para reduzir os prejuízos causados pela administração passada ao Brasil.

Todo mundo já deve ter se dado conta que só o que escutamos é que o pacote de medidas tem por objetivo compensar os erros cometidos no governo anterior, que gastou demais, isentou demais e incentivou demais o consumismo.

No governo passado, tivemos ICM zero para automóveis, para eletrodomésticos, juros baixos, mas nem tanto, para que os mais pobres tivessem acesso ao consumo de produtos até então inimagináveis em suas vidas.  A grande maioria comprou celular, TV de plasma, carro zero, geladeira e fogão novos, sem se preocupar se poderia pagar, ou não. A maioria, lamentavelmente, se tornou inadimplente. Culpa de quem? Do governo que incentivou o consumo e que, agora, quer acabar com ele.

Dobrar o valor do IOF nada mais é do que acabar com o acesso ao crédito, e quem não tem acesso ao crédito, não compra. A não ser que possa comprar à vista, o que não é o caso da maioria dos brasileiros.

Mexer nos preços dos combustíveis, decretar a volta da CIDE, é uma maneira de fazer entrar dinheiro na Petrobras. Mais do que nunca, é preciso tapar o rombo de bilhões que sumiram ou foram canalizados para partidos e campanhas da companheirada da base. A PGR já disse que a corrupção continua na Petrobras, então é preciso que alguém pague a conta. Sabem quem vai pagar?

Em Davos, o ministro Levy disse que o Brasil deverá entrar em recessão, pelo menos durante um trimestre. Depois, disse que não disse e ficou enrolando na comparação da economia com o desempenho de um automóvel. Parece que uma das principais funções do ministro, na verdade, é enrolar, dando tempo para que o brasileiro esqueça das mentiras da presidente.

Por falar nela, certamente envergonhada por prometer tudo, e não cumprir nada, deve estar preparando novas mentiras para contar aos bolivianos, na posse de um de seus ídolos, o bolivariano Evo Morales.

Eu vou continuar aqui esperando que me expliquem como a presidente quer mudar tudo, alegando que tudo foi mal feito no governo passado. Mas no governo passado não era ela a presidente? Mas explicar é problema para o ministro da Fazenda, pois a presidente sumiu!

Tenham todos um Bom Dia!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Primeiro trimestre

Ministro admite possibilidade de recessão

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu hoje (21) a possibilidade de o país registrar contração econômica no primeiro trimestre de 2015, mas ponderou que a recessão deve ser momentânea. “Um trimestre de recessão não quer dizer nada em termos de crescimento”, destacou.

Para o ministro, a recuperação da credibilidade e da confiança no país impulsionará o investimento e ajudará a preservar o emprego e o consumo nos meses seguintes. Ele participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e minimizou o impacto das medidas de ajuste fiscal anunciadas segunda-feira (19) na produção e no consumo em 2015, pois considera que os efeitos dos cortes de gastos e do aumento de tributos devem limitar-se aos primeiros meses de 2015.

Levy também informou que o governo deverá continuar a fazer ajustes para retomar o crescimento. Segundo ele, as medidas de corte de gastos e de aumento de tributos anunciadas nas últimas semanas são apenas o primeiro passo para reequilibrar a economia.

“Para o investidor internacional, é importante saber que não trabalhamos no curtíssimo prazo. Não estamos aqui procurando fazer remendos, estamos arrumando a casa para garantir crescimento sólido”, afirmou o ministro em entrevista a jornalistas brasileiros na Suíça. A gravação da entrevista foi divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda.(Agência Brasil)