quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Surpresa!

BC eleva juros para 11,25%

Em sua primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelo presidente e diretores do Banco Central, surpreendeu ao elevar a taxa básica de juros da economia brasileira de 11% para 11,25% ao ano. Foi a primeira elevação desde abril deste ano, o que levou a taxa de juros ao maior patamar desde o fim de 2011.

A decisão surpreendeu a maior parte dos economistas do mercado financeiro, que apostavam maciçamente em nova manutenção da taxa básica da economia em 11% ao ano. A decisão acontece em um momento de fraca atividade econômica, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) registrado retração no primeiro e segundo trimestres deste ano - o que configura recessão técnica - embora a inflação em doze meses até setembro tenha somado 6,75%, acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro.

Novo revés de Dilma

Câmara convoca dois ministros


Menos de 24 horas depois de impor a primeira derrota da presidente reeleita Dilma Rousseff após a eleição presidencial, a Câmara dos Deputados convocou nesta quarta-feira (29) os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Neri Geller (Agricultura) a prestar esclarecimentos à Comissão de Agricultura da Casa. Ainda não há previsão de quando eles irão ao Congresso Nacional.

Lobão terá de dar detalhes aos deputados sobre a venda de 51% da Centrais Elétricas de Goiás (Celg D) à Eletrobrás. Já o titular da Agricultura terá de esclarecer por que sua pasta decidiu transferir para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Minas Gerais a tarefa de realizar as provas de controle de qualidade oficiais em vacinas contra a febre aftosa.(G1)

Conselhos Populares

Senado vai derrubar projeto do Governo

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (29) que o decreto elaborado pela Presidência da República que estabelece a consulta a conselhos populares por órgãos do governo antes da adoção de políticas públicas deverá ser derrubado na Casa.
Para Renan, a matéria é "conflituosa" e encontra muitas resistências no parlamento, "tanto na Câmara quanto no Senado".
Nesta terça (28), o plenário da Câmara derrubou o decreto presidencial apenas dois dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff e impôs a primeira derrota do Palácio do Planalto no Congresso após as eleições.
Por meio de votação simbólica, os deputados aprovaram um projeto de decreto legislativo apresentado pelo DEM que susta a aplicação do texto editado por Dilma. O texto ainda precisa de aprovação do Senado para que o decreto da presidente perca a validade.

"Ser derrubada na Câmara não surpreendeu. Da mesma forma que não surpreenderá se ela for – e será – derrubada no Senado Federal", disse Renan ao chegar no Congresso. (Agência Globo)

Escândalo na Petrobras

Doleiro pagou dívida em nome da estatal


O dono da agência de marketing Muranno Brasil, Ricardo Vilani, confirmou em entrevista ao Estado que o doleiro Alberto Youssef, um dos personagens centrais da Operação Lava Jato, fez pagamentos a sua empresa em nome da Petrobrás. Vilani afirma que prestou serviços à Petrobrás no exterior, num acordo sem assinatura de contrato, e queria apenas receber o que lhe era de direito.
A Polícia Federal coloca a Muranno no rol das empresas que receberam dinheiro desviado das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O nome da agência fazia parte da contabilidade secreta de Youssef. A PF diz que parte do dinheiro que passava pela conta da agência era destinada ao pagamento de propinas para políticos e agentes públicos.
A Muranno aparece ainda no depoimento de Youssef da delação premiada. O doleiro afirmou que integrantes da agência de marketing estavam ameaçando revelar o esquema de desvios na estatal caso não recebessem um dinheiro devido. Nesse trecho do depoimento, Youssef cita o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No relato do doleiro, Lula ficou sabendo das ameaças e ordenou o então presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, a “resolver essa merda”. Ainda segundo Youssef, Gabrielli acionou o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, outro personagem central no escândalo, e este resolveu o problema. Youssef não apresentou provas do relato.
Gabrielli nega com veemência a versão do doleiro. Lula não comenta o assunto. (Agência Estado)

Derrota do Governo

Derrubado projeto de Conselhos Populares


Foto: G1
A Câmara dos Deputados derrubou nesta terça-feira (28) o decreto presidencial  que estabelece a consulta a conselhos populares por órgãos do governo antes de decisões sobre a implementação de políticas públicas. A rejeição à proposta ocorre dois dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff e é a primeira derrota do Palácio do Planalto no Congresso após as eleições.

Por meio de votação simbólica, os parlamentares aprovaram um projeto de decreto legislativo apresentado pelo DEM que susta a aplicação do texto editado por Dilma. A discussão da matéria durou cerca de três horas, mas o texto ainda precisa de aprovação no Senado para que o decreto presidencial perca a validade. (G1)

Bom Dia!

A lei é dura, mas é a lei!

Esta é uma das sentenças mais antigas que conheço. Antiga e verdadeira. Por mais dura que seja a lei, ela é a lei e, como tal, deve ser respeitada e cumprida.

No Brasil, lamentavelmente, nem sempre é assim. Existe a lei para alguns e a lei para outros. A lei, no nosso caso, nem sempre é respeitada e cumprida. Se fosse, quem sabe não estaríamos vivendo tempos em que a insegurança está presente em vários segmentos. A cadeia e para alguns, principalmente para os menos favorecidos, para os mais pobres. No trânsito, vivemos uma impunidade sem precedentes. Milhares de pessoas morrem nas ruas e estradas e o álcool, a imprudência, a alta velocidade estão quase sempre presentes em todos os acidentes fatais. E os infratores seguem dirigindo e matando.

Faço esta reflexão para falar no meu desencanto com tudo o que vem ocorrendo em relação aos mensaleiros, pessoas condenadas por envolvimento no maior escândalo político da história do Brasil e que, com a conivência de ministros amigos e companheiros, estão dando risada das sentenças e, principalmente, de quem acreditou nelas.

Ontem, por decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do STF, indicado e nomeado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro José Dirceu (PT), considerado o chefe da quadrilha do mensalão, foi liberado para cumprir prisão domiciliar. Zé Dirceu foi sentenciado a 7 anos e 11 meses de prisão por crime de corrupção ativa. Foi preso em 15 de novembro de 2013, trabalhou 142 dias fora do presídio, ou seja, em regime semi-aberto e, mesmo sem ter cumprido um sexto da pena, ganhou o benefício da prisão domiciliar, por bom comportamento.

Será que se ele fosse um pai de família, que para evitar que seus filhos passassem fome, por estar desempregado e não ter dinheiro para comprar alimentos, decidisse roubar pão para matar a fome dos filhos e acabasse preso, teria os mesmos direitos? Não estou tentando justificar o roubo do pai, somente comparando o tratamento desigual que é dado aos poderosos. Enquanto a justiça trata com rigor ao pai que roubou um pão, beneficia com toda sua bondade, a quem roubou milhões dos cofres públicos.

Sobre as condenações de mensaleiros, Delúbio Soares (PT), que também já está nas ruas, declarou quando de sua prisão: “Isto ainda vai virar piada”. Lamentavelmente, virou.
Decididamente, a lei é dura, ma só para alguns.

Tenham todos um Bom Dia!