quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mega-Sena

Prêmio pode ser de R$ 50 milhões

O sorteio do concurso 1.646 da Mega-Sena, que será realizado nesta quarta-feira (22), pode pagar R$ 50 milhões para a aposta que acertar as seis dezenas. O sorteio será realizado em Osasco (SP), a partir das 20h25 (horário de Brasília).
De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), com o valor do prêmio, o ganhador poderá comprar 30 imóveis de R$ 1,6 milhão cada, ou ainda 12 iates de luxo. Se quiser investir, aplicando o prêmio de R$ 50 milhões na poupança, poderá se aposentar com uma renda de de R$ 280 mil por mês, o equivalente a mais de R$ 9,3 mil por dia.
As apostas podem ser feitas até as 19h, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 2,50.

Poemas no ônibus




Ipiranga PUC

Verbos diluídos
palavras liquefeitas.
O arroio só lê notícias dos jornais de ontem.

Alcir Alexandre Gavion

Açúcar Cristal

Anvisa proíbe venda de produto

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de um lote de açúcar cristal da marca Nevada porque testes encontraram excremento e pelo de roedor "acima do limite de tolerância estabelecido". A medida foi publicada por meio de resolução no "Diário Oficial" da União desta quarta-feira (22).
Fica proibida a distribuição e venda do lote MO5-LOT 0307 do açúcar cristal Nevada, com validade até 7 de março de 2016. O produto é fabricado pela Mercavalle Mercantil Vale do Sol, da cidade de Contagem, em Minas Gerais.
De acordo com a Anvisa, essas "matérias estranhas" indicam risco à saúde humana, além de falhas das boas práticas.

PRONAF

PF investiga PT do RS
Um suposto desvio de verbas do Pronaf para campanhas políticas, está sendo investigado pela Polícia Federal.

Dep. Bohn Gass (PT-RS)
Telefonemas interceptados pela Polícia Federal, com ordem judicial, levantam indícios de que tenha sido desviado do Pronaf, programa de incentivo à agricultura familiar, dinheiro para uso em campanhas eleitorais de candidatos do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul.

Denominada de Operação Colono, a investigação passou a tramitar no STF por indícios de suposto envolvimento do deputado federal, reeleito em 2014, Elvino Bohn Gass (PT-RS) que tem foro privilegiado.

Liberado na forma de empréstimos do Pronaf em nome de produtores rurais, o dinheiro foi parar na conta da Aspac, uma associação de Santa Cruz do Sul, seguindo depois para contas pessoais de dirigentes e ex-dirigentes da entidade.

A investigação começou depois que produtores rurais procuraram a Polícia Federal e o Ministério Público para dizer que não haviam autorizado o empréstimo em seus nomes.

Entre os telefonemas interceptados, um representante da Aspac diz que a entidade tinha dificuldades para cobrir dívida de R$ 1 milhão, mas que políticos estavam ajudando.

“Muito dinheiro foi para a campanha do Rabuske (vereador do PT em Santa Cruz do Sul) e do Bohn Gass. Essa dívida é muito ligada a isso”

Bom Dia!

O fiasco dos investimentos

O ESTADO DE S.PAULO*
22 Outubro 2014 

De fracasso em fracasso, a presidente Dilma Rousseff completará em dezembro quatro anos de fiascos no PAC 2, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. Até o réveillon, só terá conseguido inaugurar 2 de 11 grandes obras com conclusão prometida para o trimestre final de seu mandato. Neste ano, o governo até acelerou os desembolsos para investimentos, como ocorre em todo período eleitoral, mas sem desemperrar a execução da maior parte dos projetos. 

Desde a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, orçamentos e prazos têm sido rotineiramente estourados. Esse resultado é explicável por uma invulgar incompetência administrativa temperada com boas pitadas de corrupção. A faxina realizada em 2011 no Ministério dos Transportes e a longa saga de escândalos na Petrobrás são episódios importantes e instrutivos dessa história.

Com operação recém-iniciada, a Hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, no Amapá, é um dos dois projetos com entrega atualmente prevista para este fim de ano. O outro é a Hidrelétrica Ferreira Gomes, no mesmo Estado. Deverá funcionar em breve, se nenhuma surpresa ocorrer. As duas usinas são empreendimentos privados.

Os outros nove projetos, com prazos alongados para os próximos dois anos, incluem a transposição do Rio São Francisco, grandes obras de saneamento no Nordeste, investimentos em rodovias e a famigerada Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Esta é uma das mais vistosas gemas da coroa de escândalos da Petrobrás.

Bastaria o estouro de seu orçamento - de US$ 2,4 bilhões na previsão inicial para cerca de US$ 20 bilhões nas últimas estimativas - para converter em personagens históricas dignas de estudo as principais figuras envolvidas no projeto. A lista incluiria, naturalmente, o presidente da República, o ministro de Minas e Energia e vários dirigentes da Petrobrás.

Em 2011, quando a presidente Dilma Rousseff iniciou seu mandato, ainda se previa o começo das operações da Abreu e Lima em 2012. No fim de 2014, a obra deveria estar completa. Um dia essa história poderá ser contada a estudantes de administração como exemplo da desastrosa mistura de irresponsabilidade, incompetência gerencial, asneira ideológico-diplomática (a aliança entre lulismo e chavismo) e corrupção.

O atraso dessas nove obras prioritárias é um capítulo especialmente interessante da história iniciada em 2003, com a chega do PT ao governo federal, e ainda sem conclusão. Mas é só isso, uma coleção de exemplos particularmente interessantes de ações desastrosas. Administração e investimento nunca foram pontos fortes dos três mandatos petistas.

Neste ano, o governo federal aplicou, até setembro, R$ 45,3 bilhões em obras e na compra de equipamentos. Investiu, portanto, 30,5% mais que nos nove meses correspondentes do ano anterior. Maiores desembolsos para investimentos têm ocorrido repetidamente em anos de eleições, tanto na administração federal como nos governos estaduais e municipais.

Nem assim o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu tornar muito melhor a execução de projetos dependentes da União. Boa parte das obras prometidas para a Copa do Mundo de Futebol ficou sem conclusão. O caso dos aeroportos é um exemplo muito claro. Até abril deste ano, só foi concluído um terço dos empreendimentos previstos para o setor no PAC 2, segundo o último balanço divulgado pelo governo. De acordo com esse levantamento, 23 das 108 obras programadas continuavam no papel.
Além disso, nos primeiros três bimestres de 2014 a Infraero investiu mais que no ano anterior. No quarto, aplicou menos que em julho e agosto de 2013. Explicação mais plausível: depois da Copa, as obras ficaram menos urgentes. "Pela primeira vez neste ano a Infraero reduziu o ritmo dos investimentos", noticiou a organização Contas Abertas, dedicada ao exame das contas públicas.

A política de investimentos vai mal em todo o setor de infraestrutura. O PAC continua sendo principalmente um programa de obras imobiliárias e de financiamentos habitacionais. Sem estes componentes, seria mais difícil atenuar o vexame em cada balanço periódico.

*Editorial do Estadão, edição desta quarta-feira