O Dila foi uma pessoa que passou pela vida tentando fazer dela um caminho onde pudesse desfilar sua amizade, seu carisma, sua inteligência e, principalmente, sua vontade de viver. Foi professor de física, dos melhores que conheci, perito contábil e amante total da boa música. Tanto que criou um karaokê onde pudesse reunir amigos e cantar as canções que gostava. Também era um gremista como poucos.
Era uma pessoa querida e respeitada em Gaivotas. Todos os que estiveram lá, ontem, me disseram que não havia na cidade quem não conhecesse e que não gostasse dele.
Toda a dor que senti na hora da despedida, confesso que foi amenizada pelas palavras que ouvi e pelo carinho que senti das pessoas por ele. Só para tentar dizer do quanto ele convivia com a alegria, durante a cerimônia fúnebre, o Júnior, guitarrista excelente e amigo/irmão do Dila, acompanhou o João Bonamigo, que foi prefeito da cidade, na música My Way, que ele cantava com o Dila nos bares de Balneário Gaivotas.
Ao final da tarde levamos o Dilair para seu merecido descanso num local cercado de verde, com árvores enormes, onde ele foi sepultado.
Saí de lá, cercado e abraçado por familiares e amigos com a certeza de que a vida, de certo modo, deve ter valido para ele. Nós eramos oito irmãos e, com a morte do Dila, somos apenas dois, agora.
Eu fico aqui com as lembranças de um irmão que amei muito e que foi presença importante na minha vida. Uma hora, quem sabe, estaremos juntos para dividir conversas e boa música.
Um beijo, Dila!
