Peculato, corrupção e falsidade ideológica
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu nesta quinta-feira (24) o ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) das acusações de peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Collor teria recebido propina de empresários do setor de publicidade em troca de benefícios em contratos. Conforme a acusação, o dinheiro era usado para pagar contas pessoais do ex-presidente, a pensão de um filho fora do casamento.
As acusações de falsidade ideológica e de corrupção já estavam prescritas e, de qualquer forma, não poderia mais haver punição em razão do tempo decorrido dos fatos.
Dos oito ministros que votaram, três consideraram que os crimes que prescreveram nem deveria ser julgados (Teori Zavascki, Rosa Weber e Joaquim Barbosa). Os outros cinco votaram pela absolvição (Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luís Robero Barroso, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski).
Os ministros Marco Aurélio Mello, que é primo de Collor, Gilmar Mendes e Celso de Mello não participaram do julgamento.(com informações do G1)
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O futebol e a Fifa do futuro
O jornalista Cláudio
Dienstmann, um conhecido pesquisador e profundo conhecedor das coisas da Fifa e
de copas do mundo, foi buscar na revista Fifa, um texto maravilhoso de um
jornalista suíço imaginando o futebol e a Fifa em 100 anos. O Dienstmann dividiu
a história em cinco capítulos que vou publicar a partir de hoje. É realmente
imperdível.
Jornalista imagina o
futebol e a Fifa em 100 anos (I)
Em maio de 2004,
quando a Fifa chegou ao seu centenário, a revista Fifa Magazine publicou um
texto do jornalista suíço Martin Born tentando responder – com criatividade e
bom humor – algumas perguntas em relação ao futuro: como será o futebol nos 100
anos seguintes? Quem vai ser a melhor seleção do mundo e o craque? Quais
serão as mudanças tecnológicas? O que vai acontecer na Copa de 2104? O título é
“Os próximos 100 anos da Fifa – A Revolução do Kaiser”.
Como sempre, o
Kaiser Josef Franz sorria quando alguém lhe fazia uma reverência. Estava – como
costumava dizer – de passeio pela cidade de Zurich no Zurichberg, em uma de
suas habituais excursões das sextas-feiras. O caminho era sempre o mesmo.
Quando Josef F. ou J. Franz – como também era conhecido – abandonava o suntuoso
Centro do Futebol Mundial, passava por todas as instituições futebolísticas
começando pela Aldeia do Futebol Mundial (a aldeia das associações de futebol),
cruzando logo junto ao edifício dos árbitros e treinadores, flanqueando em
continuação a dependência do G-55 (a denominação da associação dos clubes mais
importantes), para chegar finalmente às duas edificações emblemáticas: a Torre
Agentes, de 57 andares de altura, e a Torre Prata, das empresas de televisão e
mercadotecnia, de 83 andares. Do alto, a vista ao Lago de Zurich – ainda livre
das grandes edificações – era simplesmente grandiosa. Tinha a previsão de
oferecer às pessoas – ali embaixo, às margens do lago – os jogos artificiais
mais imponentes por ocasião dos 200 anos do futebol.
As divisões de
comunicações do presidente da Fifa (que não se denominava kaiser, mas que não
se opunha à designação que todo o mundo lhe dava) não se colocavam em acordo
quanto à denominação oficial dos ditos passeios das sextas. Alguns os chamavam
Mobility Communication, outros People Feeling, e outros Personal Contact
Walks. Sem dúvida, tratava-se de algo completamente diferente: o kaiser
Josef Franz apenas queria demonstrar a todo o mundo que aos seus 80 anos seguia
em boa forma como um orquestrador de jogo de 45 anos da Liga Mundial. Na sua
opinião, era decisivo que o chefe da organização mais importante do mundo
servisse de exemplo. Por isso sorria no piso 83 da Torre Prata, e também pelos
números da contabilidade, que estava ali, em seu escritório.
Próximo capítulo:
O campeão mundial China
Manchetes
Nos jornais de hoje
Destaques de jornais brasileiros nesta quinta-feira, dia 24
de abril
Após toque de recolher por bandidos, BM ‘congela’ vila.
Tráfico intimida moradores, fecha escolas e postos de saúde,
mas Polícia promete controle da Cruzeiro. (Correio do Povo)
Mais de 13 milhões ainda não declararam IR
O prazo termina no dia 30 de abril. (Estado de Minas)
Doleiro apontado como chefe de fraude vira réu
Alberto Youssef foi descrito pelo MP como líder de rede de
lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a PF. (Zero
Hora)
STF determina instalação imediata da CPI exclusiva da
Petrobras
Na decisão que atende
aos pedidos feitos pela oposição, ministra Rosa Weber ordena a suspensão da
discussão em plenário sobre a abrangência da comissão parlamentar. (Estadão)
Brasil quer agilizar o
comércio exterior
Portal tentará
processar as exportações em oito dias e as importações em 10 dias. (Jornal do
Comércio)
Com pátios lotados,
montadoras liberam pessoal e cortam produção
Quase metade das fabricantes de veículos do país anunciou medidas de
redução da jornada de trabalho, como férias coletivas e dispensa temporária de
funcionários. (Gazeta do Povo/PR)
Deputados querem apurar omissão de autoridades no caso Bernardo
De acordo com o ouvidor da AL, deputado Marlon Santos (PDT) “o que mais
chama a atenção é a negligência de autoridades”. (O Sul)
SP continua a enterrar pessoas com RG em valas comuns
Dois homens foram enterrados ontem como indigentes sem que governo
procurasse famílias. (Folha de São Paulo)
Brasil registra maior número de assassinatos de jornalistas na América
Segundo relatório da OEA, entre 1995 e 2010, país
teve 26 casos; no triênio 2011-2013, foram 15 mortes. (O Globo)
Inadimplência atinge 1,3% das famílias de Brasília
em abril
Das 621.397 famílias endividadas no DF, 9.526 não
conseguiram, neste mês, honrar os compromissos.(Correio Braziliense)Bom Dia!
Nosso mundo real!
Por favor, não me classifiquem de pessimista, de andar na
contramão, de não aceitar o progresso, de não admitir que o mundo evolui e que
o RS pode ter crescido, apesar de tudo.
Muito pelo contrário. Me considero um sujeito otimista, que
procura andar ao lado de quem busca o rumo certo, que aceita o progresso e que
vibra com a evolução da humanidade.
O que eu não aceito, é ouvir governantes afirmando que tudo
está maravilhoso, que nunca se fez tanto, que nunca crescemos da maneira como
estamos crescendo, que os erros só aconteceram no passado e que, caso algo não
possa ser feito, é por culpa de quem esteve na cadeira e com a caneta do poder.
Agora mesmo, acabo de escutar o governador Tarso Genro, que é
o candidato do PT ao governo do Estado, ou seja, quer mais quatro anos de
poder, afirmar que o RS nunca viveu um tempo tão bom como atualmente. Super
safra, segurança ótima, educação de vento em popa, saúde plena e progresso a
olhos vistos. Aliás, falando em educação, anunciou a promoção de mais de 10 mil
professores, por antiguidade e merecimento. Cada mestre ganhará, pela promoção,
10% de aumento sobre o salário básico, sem direito à retroatividade.
Tirando-se o fato de que estamos num ano eleitoral, que
faltam pouco mais de cinco meses para as eleições, a promoção dos professores
pode significar uma arma poderosa do governador Tarso Genro na sua luta com o
magistério estadual que reclama o não pagamento do piso determinado em lei. Sem
querer exagerar, a medida se assemelha ao fato da gente arranhar alguém e, logo
após, assoprar para não arder.
Enquanto isso, o STF deve julgar, ou começar a julgar, o
processo contra o ex-presidente Fernando Collor, cujo impeachment foi decretado
depois de uma grande campanha comandada, principalmente, pelo Partido dos
Trabalhadores, de cujo governo é aliado básico, atualmente. Ao mesmo tempo, a
ministra Rosa Weber determinou a instalação de uma CPI exclusiva para
investigar fraudes nos negócios da Petrobras. Agora, o plenário terá que julgar
o mérito da questão. Já estou curioso com os votos do Lewandowski, do Toffoli, do Teori, do Barroso e companhia.
Diante de tantas coisas que muitos afirmam que são e que
acabam não sendo, sou obrigado a confessar que tenho alguma dúvida se vivemos,
ou não, num mundo real!
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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