terça-feira, 5 de novembro de 2013

Notícias

Senado pode acabar com 13º e 14º salários de parlamentares reeleitos
Segundo proposta da senadora Ana Amélia (PP-RS), o benefício, que é uma ajuda de custo para mudança e transporte do congressista de seu estado para Brasília, não deve ser pago se o parlamentar for reeleito, uma vez que, nesse caso, não terá custo com a mudança. O texto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Assinado acordo para redução de sal nos alimentos
Laticínios, embutidos e sopas prontas entraram na lista de alimentos que devem sofrer redução de sódio. A medida está no quarto acordo destinado a reduzir a quantidade do produto em alimentos industrializados, assinado pelo Ministério da Saúde e pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).

Garibaldi acha difícil reverter déficit da Previdência este ano
“Não acho fácil reverter [o déficit], não. Mas acreditamos sempre, que neste último trimestre, você sabe, que tem um ganho bom em termos de Receita. Não é só o problema de contensão de despesa”, disse o ministro da Previdência Social, ao deixar o Ministério da Fazenda onde se reuniu com o secretário do Tesouro Nacional.

FIFA vai informar sorteados com ingressos, até domingo
A Fifa vendeu 889,3 mil ingressos da Copa do Mundo de 2014 durante a primeira fase de comercialização dos bilhetes. O número foi divulgado nesta terça-feira, em comunicado publicado no site da entidade. Do total de ingressos, 71,5% foram destinados a torcedores brasileiros e o restante foi distribuído entre torcedores de outros 187 países. Os torcedores que fizeram o pedido de ingressos devem ser avisados até o próximo domingo se conseguiram ou não sua entrada.

Presidente do TJ da Bahia é afastado para investigações
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (5), por unanimidade (15 votos a zero), abrir processo disciplinar para apurar se o atual presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Mário Alberto Simões Hirs, e a ex-presidente Telma Laura Silva Britto atuaram para o pagamento indevido de R$ 448 milhões em precatórios (dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça).

Artigo

Quem tem medo de ser biografado?
Ou como o Lira Neto me deixou com comichão?

César Cabral*

Acho essa história de biografias autorizadas e não  autorizadas uma das mais chatas matérias que hora tomam conta da imprensa no Brasil. Prefiro outros assuntos, porém, às vezes acabo me enxerindo onde não sou chamado porque tenho opinião formada sobre o assunto. Não sei se isso interessa, mas pode servir de debate como quase tudo hoje em dias de internete.
Uma biografia autorizada só é publicada depois que o biografado, se vivo, ou seus descendentes, lerem toda a obra, e fizerem modificações. Essas poderão seguir o caminho que eles bem entenderem; ou amenizar e até suprimir acontecimentos, fatos, dados e sei lá mais o que, ou acrescentar o que mais interessa e dourar a pílula. Além disso, os biógrafos não são contratados e bem pagos para falar mal do biografado e nem tratar de assuntos digamos...constrangedores.
As biografias não autorizadas podem ser mais verdadeiras. Todavia é fundamental que o autor tenha provas e comprove o que escreveu; acho-as mais confiáveis embora não tenha nenhum interesse em ler biografia de, sobretudo, quem ainda está vivo e anda por aí podendo alterar tudo o que foi escrito; basta desmentir o biógrafo.
Prefiro historiadores, pesquisadores; acadêmicos dedicados à busca do fato histórico sem paixões e deduções sem provas. Essas biografias são, entre outras obras, mais uma fonte para compreender a sociedade, suas transformações no tempo, aumentando assim o nosso entendimento da história de civilizações, de povos de organizações políticas, sociais e religiosas.
Não li o primeiro livro que Lira Neto escreveu sobre Getúlio Vargas, nem o segundo e nem lerei o terceiro. Tenho melhores e mais confiáveis informações a respeito da vida e da obra de um dos mais importantes presidentes do Brasil. Para não citar muitos autores, apenas a obra de Boris Fausto já seria suficiente. Porém sendo gaúcho e tendo vivido, ainda que muito jovem, os últimos dias de Getúlio e acompanhado como testemunha o “quebra-quebra” que os vândalos e aproveitadores daquela época promoveram na cidade; e depois o que se seguiu daí pra frente na política brasileira, é que despertou-me atenção à exagerada cobertura da imprensa sobre a tal biografia que escreveu o jornalista e biografo Lira Neto.
Eu mesmo não sei se fiquei mais exigente ou mais chato com o passar dos anos. Há quem diga que estou é mais pra chato; outros, dizem que estou ranzinza. Meu médico acupunturista, que trata de tudo sem remédios, mas apenas com agulhas, me aconselha a “pegar mais leve” e apreciar com moderação meus vinhos chilenos e meus escoceses adolescentes; mas já que não entendo como alguém pode “apreciar” alguma coisa com moderação – não imagino como apreciar uma paisagem ou um livro, com moderação! - sigo bebendo-os “a meu gosto”, como se diz no Rio Grande.
Lira Neto, jornalista, resolveu escrever biografias e vem se dando bem; boas edições e dinheiro, faço votos, desde Castelo Branco, Maiza, Padre Cícero e agora Getulio.
Não li e nem pretendo ler nenhuma dessas biografias; os personagens não me interessam, exceção a Getulio Vargas, mas sobre este tenho coisa melhor, como já disse. Digo melhor mesmo sem ter lido o livro dele sobre Getulio, porque o que li a respeito, no artigo publicado na Folha de São Paulo em 26/07/2012, reproduzindo trechos do livro, e pelas duas entrevistas que ele deu falando do conteúdo do livro; na GloboNews, já me bastam.

Entre coisas estranhíssimas sobre o Rio Grande ele disse e escreveu que, com esse trabalho de pesquisa sobre Getulio, descobriu que existem muitas semelhanças entre os gaúchos e os cearenses. Seria bom se não fossem tolices. Destacou como idênticos o “machismo”; que
é uma atitude de intolerância de certos homens para com as mulheres, e não o que ele entende que seja. Ele interpreta o que diz ter percebido em suas andanças por São Borja que cearenses e gaúchos são machistas; segundo engano de quem acha que acertou no que não
viu, pois ele confunde machismo com a bravura histórica dos gaúchos a lutar por quase 300 anos pelas terras que acreditavam já ter dono; há isso se dá o nome de macheza, modos e atitude de macho. E disse que ambos, gaúchos e cearenses, têm o mesmo espírito (se não foi essa a palavra, foi com o mesmo sentido) “de vingança, de lavar a honra com sangue por qualquer motivo” (!?).
Pela lança de meu Sepé Tiaraju!!!! Valei-me Padim Ciço dele!!! De onde ele tirou isso?
É o que dá escrever as orelhadas, como fez José de Alencar, conterrâneo do Lira Neto, com O Gaúcho sem nunca ter estado no Rio Grande do Sul. O livro é engraçadíssimo - mais do que atores da Globo falando como nordestinos, como em Gabriela, ou, como gaúchos, em O Tempo e o Vento. Esses escritores e biógrafos devem ter pensado que dá pra fazer como fizeram Edgar Rice Burroughs, que escreveu Tarzan sem nunca ter estado na África, como Willian Shakespeare, que escreveu Coriolano sem ter estado na Roma do século IV a.C., ou Giuseppe Verde, que compôs Ainda sem nunca ter estado na Etiópia e no Egito dos Faraós. Bom, mas aí já é outra coisa. E outra gente.
O Lira Neto de deixou buzina da vida. Então recolhi alguns trechos das bobagens e do péssimo texto dele.Escreve ele em seu livro Getúlio, que os jantares do Gegê, como o chamava meu pai, quando recebia personalidade estrangeiras eram “comilanças pantagruélicas”, tentando aludir ao glutão Pantagruel de Rabelais; possivelmente. Escreve ele que Getúlio “impressionava os convidados pela enorme quantidade de proteína animal que conseguia ingerir de UMA SÓ VEZ”; e que esse fato era “herança da infância e da juventude”. Escreve ele que Getulio “foi INICIADO no ritual de abater e carnear o boi, para depois sentar em volta do fogo com os companheiros de estância e observar o lento crepitar das brasas e das chamas conferindo cor, aroma e sabor às fibras sangrentas, sorvidas na forma de nacos fumegantes.”; botando na boca do escritor Pedro Vergara, uma explicação ridícula sobre o churrasco. Escreve ele que “Darcy, a primeira dama, reservava para o marido o osso em forma de forquilha do peito da galinha. Os filhos já sabiam que
saborear a carne branca que envolvia o ossinho era um dos prazeres prediletos do pai à mesa”. Não explicar numa biografia sobre essa, digamos, preferência de Getulio “pelo ossinho em forma de forquilha” sem definir o porquê desse habito, como se faz e pra que é que serve, torna-se apenas um dado tolo, sem sentido, e irrelevante na narrativa. Escreve ele que Getulio “todas as noites, para fazer o "quilo", gostava de sair CAMINHANDO A PÉ (caminhar a pé deve ser uma proeza e tanto!) pela praia do Flamengo, com seu característico paletó de linho branco e o par de sapatos bicolores, deixando atrás de si um rastro de baforadas no ar”. “Fazer o quilo”, uma expressão digna de Machado de Assis e do tempo dele, vá lá. Agora escrever uma CAMINHADA A PÉ e ainda mais com UM PAR de sapatos, deve ser uma façanha; e das mais relevantes. Escreve ele que “o hábito de fumar charutos - os de sua predileção eram os da marca Soberano e Mil e Uma Noites - também provinha da mocidade. Nas prateleiras da pequena biblioteca particular do jovem acadêmico de direito Getúlio Vargas, as páginas dos livros de Nietzsche,
Darwin, Saint-Simon, Zola, Euclides da Cunha e Aluísio
Azevedo, então seus autores favoritos, recendiam a tabaco e, também, a ERVA MATE MOIDA”. Escreve ele que “o chimarrão, como não poderia deixar de ser, era outra das paixões do gauchíssimo Getúlio. Por vezes, despachava com ministros e auxiliares de cuia na mão, a BOMBILHA de prata nos lábios.” Que tal?
Tudo isso é ridículo, patético. Pobre biografia do Pai dos Pobres, elogiada e glorificada pela imprensa e pela crítica literária brasilina; pobre literatura. E isso é apenas um trechinho do primeiro livro de uma trilogia. Não quero ler esse livro; parece escrito com o “português” do Paulo Coelho, de quem li dois livros apenas, a duras penas, durante a última edição da minha “Semana da Bondade” há três décadas.
Acho mesmo que o tempo me tornou chato e ranzinza pra certas coisas. Porém, intolerante ainda não. Escrever sobre a vida privada e pública e sobre o legado do mais famoso presidente da república não se faz com meia dúzia de informações e nem mesmo com um milhão delas. É pouco pra contar a história política de quem foi ditador por 15 anos e depois eleito presidente, democraticamente, para um mandato que exerceu por 3 anos apenas se não tivesse resolvido "sair da vida para entrar para a história" com um tiro no peito. Também é preciso muito mais para contar a história de um homem que viveu 72 anos num país agrícola, subdesenvolvido, cobiçado por nazistas alemães, fascistas italianos,
integralistas brasileiros e por norte americanos de boa vontade por quase uma década. É natural que certos assuntos ocupem grandes espaços nas mídias disponíveis e qualquer pessoa manifeste sua opinião sobre qualquer coisa. Os tempos de hoje são assim. É o que está acontecendo, portanto temos total liberdade de expressão. Mas a questão chave não é outra senão o entendimento do significado de liberdade.
Há quem entenda que liberdade é “eu posso tudo”. A liberdade é mais restritiva as atividades dos indivíduos do parece, pois suas regras são rígidas, claras e definitivas.
Para Spinoza o filosofo, ser livre significa agir de acordo com sua natureza. Schopenhauer entende que a ação humana não é livre. O iluminista Rousseau entendia que o coletivo é mais importante do que o indivíduo. Portanto o homem atinge apenas um certo grau de liberdade se abrir mão dela visando o bem comum.Já Emmanuel Kant acreditava que o cidadão livre é o co-legislador. Aquele que obedece as suas próprias leis.
No século XXI liberdade é um conceito ainda mais complexo, sobretudo quando se trata de liberdade de expressão, como já me referi, com a quantidade de meios disponíveis para pôr à vista o que se pensa e o que se faz.
Outra questão é liberdade de expressão da imprensa.
Nunca acreditei na existência de liberdade, como direito absoluto de expressão na imprensa já que jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão têm suas regras, seus interesses e seus donos; a liberdade de imprensa é kantiana.
Todavia existem tantas outras liberdades, todas reguladas pelas leis do Estado que se comparadas entrarão em choque; serão anacrônicas, desumanas, inaceitáveis e até mesmo engraçadas e patéticas. Portanto não comparemos o que é liberdade para um esquimó com o que nós brasilinos entendemos sobre direitos de expressão, de ir e vir, de propriedade, de privacidade e outras mais.
E é privacidade o que se discute na questão das biografias e não liberdade de expressão. É se o biografado autoriza ou não expor sua privacidade. Acho que ninguém vivo deve ser biografado; só depois de morto e de já ter se passado alguns anos, que não sei quantos devem ser.
Biografia não tem que ser autorizada, esse pretenso gênero literário tão discutido e produzido as baciadas sobretudo nos EUA onde, em geral, os biografados são pessoas de fama e notoriedade, artistas populares que seus fãs e seguidores sabem mais detalhes de suas vidas que eles mesmos e ainda pode-se escolher qual se quer ler entre 15, 20 autores diferentes do mesmo biografado.Pessoalmente não me interessa se Caetano Veloso comeu manga com febre na juventude ou se Getúlio Vargas sorvia um mate amargo a seu gosto e comia Aimée, mulher de seu Chefe de Gabinete. Se John Kennedy comeu ou não Marilyn Monroe e que outros serviços a estagiária Monica Lewinsky oferecia ao presidente Bill Clinton. Nada é mais óbvio, e irrelevante, que um gaúcho beba seu chimarrão onde bem lhe aprouver; assunto sem nenhuma importância numa biografia.
Se o melhor caminho para o fim da discussão é a conversa entre biógrafo e biografado, como agora sugere Roberto Carlos , o gênero biografia deixa de assumir uma responsabilidade para com o verdade, que não deve anular a imaginação, pois o biógrafo transforma simples informação em obra impressa, em livro/produto, inventando ou suprimindo material cria um determinado efeito e falha na verdade. Se contentar-se com o relato dos fatos, falha na arte literária. A tarefa biográfica, se entendida como tarefa artística, produzida sob essa tensão conceitual, demarca uma cronologia pondo em evidência certos padrões de comportamento que a obra confere dando forma e significado à vida do biografado.
Bio grafia não é obra feita para agradar leitores e nem para massagear o ego do biografado.
Deve ser livre, construída sob fatos, ser verdadeira e sem autorização de quem que seja deve ser escrita após a morte do biografado. Nesse caso o trabalho do biógrafo será estafante (que palavra!) e verdadeiro já que as biografias autorizadas de “famosos” são apenas enormes reportagens em formato de livro.O debate atual, inútil e vazio de interesse de leitores, se dá entre notórios artistas populares, possíveis biografados desejosos de assentar um marco para além tumulo; a frente de sua obra consagrada por uma ou mais gerações – caso raro - mas que já estão a margem dos limites dos gostos, dos hábitos e dos costumes de um outro público em uma outra época.
Não precisamos de uma lei para regular mais esse assunto. O Código Civil Brasileiro, jovem e atual com seus mais de 2 mil artigos “regula as relações jurídicas de ordem privada”, e basta. “Uma informação, seja através de livro ou filme, pode ser proibida se atingir a honra, a boa fama ou a respeitabilidade”; esse é o artigo 20 que quase arranha o direito de liberdade de expressão.
Portanto quem se sentir prejudicado que acorra ao Código.
 Será que se eu me meter a escrever biografias de bandidos terei que pedir autorização ao Fernandinho Beira Mar se resolver escrever a biografia dele? Sem autorização dele poderei ser processado e a biografia ser proibida por “atingir, a honra, a boa fama e respeitabilidade” desse senhor?
Divido com Duque, o cartunista, a mesma inquietação: “sendo assim o neto do Lobo Mau pode proibir uma biografia contando que seu avo comeu a vovozinha.”

*Jornalista e escritor

Lançamento

Livro de Ilton Freitas estará na Feira
Como a presença dos governos na Internet pode favorecer o Estado Democrático de Direito. Esta é a pergunta que o cientista político Ilton Freitas busca responder no livro Transparência e controle na era digital: a agenda da democracia brasileira, que será lançado na próxima quinta-feira (7.11), às 19 horas, no Variettá Bistro (Shopping Rua da Praia, 2º andar). Publicado pela editora Armazém Digital, a obra também estará sendo autografada na Feira do Livro no dia 13 de novembro, às 19 horas.
Ilton Freitas é Doutor em Ciência Política pela UFRGS e pesquisador associado do Centro de Estudos Internacionais de Governos (CEGOV/UFRGS). Coordenou o programa de inclusão digital da Prefeitura de Porto Alegre (2001-2004) e atuou como assessor parlamentar na Câmara Municipal. Atualmente trabalha na assessoria de Inclusão Digital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais brasileiros nesta manhã de terça-feira, dia 5 de novembro





Trânsito está matando menos em 2013 no RS
Até setembro, houve 1.477 mortes, contra 1.550 do mesmo período em 2013. Se a tendência se mantiver, pode ser o menor índice em quatro anos. (Zero Hora)

Banco Central regulamenta pagamento via celular e cartão pré-pago
Clientes deverão ter uma conta de pagamento vinculada à linha telefônica. (O Sul)

Seguro desemprego preocupa o governo
Mantega discute com centrais sindicais o corte de custos para cumpri meta fiscal. (Jornal do Comércio)

Estupros superam casos de homicídios no país
Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela números alarmantes da situação do setor. (Correio do Povo)

UE reduz previsão de crescimento do Brasil de 3% para 2,2% em 2013
A projeção para o PIB brasileiro é pior do que a de outros emergentes, como China e Índia;  para o próximo ano, a previsão caiu de 3,6% para 2,5%. (Estadão)

SP investiga enriquecimento de 42 fiscais da prefeitura
Contra três deles há ainda indícios de corrupção ativa e passiva, além de improbidade administrativa. (Folha de S.Paulo)

Déficit público sobe 37% na era Dilma
Sem conseguir aumentar a arrecadação e diante de gastos cada vez maiores da máquina estatal, o governo passou a recorrer como nunca a uma espécie de cheque especial. (Correio Braziliense)

Ministério da Fazenda abrirá concurso com 1.026 vagas
Salário inicial para o cargo de assistente técnico-administrivo é de R$ 2.802, podendo chegar a R$ 3.427,11 ao longo da carreira. (Estado de Minas)

PF identifica 130 suspeitos de incitar violência em protestos
Relatório será utilizado para prevenção contra ações violentas no Rio e em São Paulo. (O Globo)

Decisão do TJ-SP não barra candidatura de Maluf, diz defesa
Advogados de Maluf destacam que um político só pode ser barrado pela Ficha Limpa quando condenado por improbidade e enquadrado em cinco situações de forma cumulativa, entre elas enriquecimento ilícito e dolo, o que não ocorreu com o parlamentar. (Gazeta do Povo/PR)

Bom Dia!

Ganham R$ 200 mil por mês e ainda se queixam!
Procuro falar muito pouco em futebol neste blog, a não ser para divulgar a tabela de jogos e alguma notícia curiosa. Mas abro exceções quando a coisa beira o absurdo.
Quando voltava para casa, ontem, vinha escutando um programa esportivo e uma entrevista com um jogador famoso que defende o Grêmio. Sobre o jogo de quarta-feira, o comentário era de que “o Grêmio está sendo prejudicado por jogar dois torneios ao mesmo tempo”. E justificando seu argumento, disse que “enquanto o Bahia havia descansado para jogar domingo, o Grêmio havia jogado na quarta e que o Cruzeiro vai descansar esta semana enquanto o Grêmio novamente vai jogar na quarta-feira”. Claramente, mostrava sua preocupação com o fato de ter que jogar duas vezes por semana, ou de três em três dias. Saliento que com os jogado0res do Internacional não deve ser diferente.
Um jogador como o entrevistado, não deve ganhar menos do que R$ 200 mil por mês. Quem sabe até mais. E reclama por ter que jogar noventa minutos de três em três dias. O ideal, pelo que entendi, seria jogar noventa minutos uma vez por semana.
Um secretário municipal, por exemplo, ganha R$ 10 mil por mês, ou seja, 5% do que ganha o jogador entrevistado, e tem a responsabilidade de dirigir uma secretaria, prestar contas a toda a população e sofrer a fiscalização permanente da imprensa, do MP, do TCU e não sei mais o que. Tudo isso, para ganhar 5% do que recebe um jogador de futebol que, na maioria das vezes, não tem o preparo exigido de alguém que ocupe o cargo de secretário municipal e que trabalha, quase sempre, muito mais que oito horas todos os dias.
Pois o entrevistado, considerando-se dois jogos por semana, ou oito por mês, ganha R$ 25 mil, o equivalente a dois salários e meio de um secretário, por cada noventa minutos que fica em campo.
Para que não me entendam mal, não sou contra quem ganha R$ 200 mil por mês para jogar futebol. Sou contra quem paga este absurdo e quem colabora para que alguém pague tudo isso. Muitas vezes, quem não tem o que comer ou para pagar o estudo de um filho, compra ingresso para colaborar com o salário mensal de quem nem sabe que ele existe.
Acho, sinceramente, que está na hora de mudar um pouco esta situação. Caso contrário, pessoas como o entrevistado de ontem, seguirão ganhando R$ 200 mil por mês e reclamando do excesso de trabalho.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!