segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Leilão do pré sal

Sem concorrentes, vence o consórcio liderado pela Petrobras


Foto: Marcos de Paula/AE
Proposta foi a única apresentada nesta segunda no Rio de Janeiro
Um consórcio formado por Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, e as chinesas China National Corporation (CNPC) e China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) venceu nesta segunda o leilão de Libra, realizado no Rio de Janeiro. A proposta foi a única apresentada e garantiu o repasse mínimo de excedente ao governo federal, de 41,65% do óleo produzido.

As chinesas tiveram participação minoritária e ficaram ao todo com 20% de participação no grupo que explorará a área. Cada empresa ficou com participação de 10% do consórcio. A Petrobras ficou com 10%, porcentual que se soma à participação mínima de 30% prevista inicialmente. Com isso, a estatal terá 40% de participação
no grupo. A Shell e a Total, cada uma com 20% de participação respectivamente, completam o grupo vencedor.

O leilão realizado nesta segunda-feira, 21, o primeiro de uma área do pré-sal, reuniu menos interessados do que o previsto inicialmente. Após grandes multinacionais da indústria, tal como a Exxon Mobil, a BP e a Chevron, optarem por não disputar o leilão, o governo estimou que até quatro consórcios poderiam apresentar proposta pelo direito de exploração da área. O cenário mais otimista, contudo, não se confirmou.

Campo de Libra

O gigantesco campo de 1,5 mil km², situado na bacia de Santos, tem reservas provadas de entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo. Em cinco anos, sua produção poderá alcançar um máximo de 1,4 milhão de b/d, segundo as autoridades brasileiras.

Foi o primeiro leilão de um campo do "pré-sal", as gigantescas jazidas em águas ultraprofundas brasileiras descobertas a partir de 2007, sob um regime que concede à Petrobras uma participação obrigatória mínima de 30% na concessão. O modelo, aprovado em 2010 pelo ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva, busca que o Estado obtenha mais dinheiro do petróleo para destiná-lo à educação e à saúde.

Protestos

Um grupo de 200 manifestantes, em sua maioria sindicalistas que denunciam a "privatização" do setor de petróleo, derrubou na manhã desta segunda-feira uma barreira de segurança nas imediações do hotel foi realizado o leilão. Ele foi dispersado pela polícia com gases lacrimogêneos e balas de borracha.

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas nos confrontos. Cerca de 50 encapuzados arrancaram tapumes de alumínio de uma construção para utilizar como escudo e lançaram pedras contra as forças de segurança. Sinais de trânsito foram destruídos e lixo foi queimado na rua. Dois veículos das redes de televisão Bandeirantes e Record foram depredados.

Com um carro de som, um porta-voz dos sindicatos petroleiros dizia que as forças de segurança lançavam as bombas de gás contras as pessoas erradas. "Deveriam lançá-las dentro desse hotel, onde se vende o petróleo do país", afirmava. Em meio aos confrontos, várias pessoas seguiam aproveitando o dia de praia a poucos metros do hotel, enquanto vários executivos de terno e gravata entravam no hotel esfregando os olhos devido aos efeitos do gás. (Agência Estado)


Leilão de Libra

Força policial contra manifestantes
Manifestantes viraram e tentaram incendiar um carro de reportagem da TV Record na altura da praça do Ó, na Barra da Tijuca, por volta de 11h45m desta segunda-feira. Bombeiros apagaram o princípio de fogo. Antes disso, o grupo montou barricadas com placas de metal de uma obra e atiraram pedras em direção à Força Nacional, que avançou em direção ao grupo. No hotel Windsor, a poucos metros do local, ocorre o leilão de Libra, a primeira área de petróleo a ser licitada sob o regime de partilha. Mais de 300 pessoas protestam no entorno da região. Será a maior área de óleo já licitada no país.

Helicópteros patrulham o espaço aéreo da região e um deles deu voos rasantes no local, a poucos metros dos manifestantes. Um atirador disparou balas de borracha na multidão. No começo da tarde, ocorreram episódios de enfrentamento entre forças de segurança e manifestantes. O cheiro de gás lacrimogêneo, usado para dispersar os protestos, chegou a ser sentido no interior do hotel.(Com O Globo/conteúdo)

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de alguns jornais brasileiros na manhã desta segunda-feira, dia 21 de outubro





Tensão e lance único rondam leilão de Libra
Tendência de um só consórcio fazer oferta por área do pré-sal não desmobiliza protestos previstos para hoje no Rio. (Zero Hora)

Tropas do Exército ocupam local do leilão do pré-sal
Militares estão em frente ao hotel no Rio equipados com escudos e armados com escopetas e lança-bombas de gás. (Correio do Povo)

Confronto na Barra antes do leilão de Libra
Forças de segurança usam bombas de efeito moral contra sindicalistas que protestam contra licitação. (O Globo)

Manifestantes ficam feridos em protesto contra leilão de Libra
Policiais da Força Nacional de Segurança lançam mais bombas de gás lacrimogêneo e disparam tiros de borracha para dispersar manifestantes. (Estadão)

Protesto contra leilão do pré-sal tem confronto com Exército
Por volta das 10h45, a Força Nacional começou a lançar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os cerca de 300 manifestantes na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. (Folha de S. Paulo)

Manifestações marcam manhã que antecede leilão; dois ficam feridos
Avenida Lúcio Costa foi interditada. Moradores e trabalhadores da região da Barra da Tijuca não credenciados são impedidos de passar pela região. (Correio Braziliense)

Polícia usa gás para dispersar manifestantes que furaram bloqueio
Em protesto contra leilão, petroleiros fecham Porto de Maceió. (Diário de Pernambuco)

Força Nacional reprime ato contra leilão de Libra
Manifestantes romperam barreira. Força Nacional de Segurança usou bombas de efeito moral e spray de pimenta pra reprimir. (Gazeta do Povo/PR)

Protesto contra leilão do pré-sal tem feridos
Pelo menos seis pessoas ficaram feridas com balas de borracha em confronto entre manifestantes e homens da Força Nacional de Segurança, na Barra da Tijuca. (Estado de Minas)

Bom Dia!

Estamos de volta!

Começo a semana, com horário novo e tudo, justificando minha ausência neste espaço desde quarta-feira, dia 16. Como escrevi, estive no 6º Seminário de Comunicação da FIFA, em Manaus. Fomos discutir com as outras 11 cidades sede e com representantes do Comité Organizador Local da FIFA, questões relativas a área da comunicação daqui até o Mundial de 2014.
No local onde ocorreu o evento, o magnifico Amazon Jungle Palace, hotel flutuante localizado no Rio Negro, 50 quilômetros distante de Manaus, a comunicação se tornou difícil e me limitei a enviar material para o site da Secretaria Extraordinária da Copa. Posso afirmar que os resultados foram os mais positivos e saímos, todos, convencidos que o Brasil realizará uma grande Copa do Mundo. Temos muito trabalho pela frente, mas acredito que tudo estará na linha até o dia do começo da Copa.
Sobre o hotel, um capítulo especial. Para começar, toda a dificuldade do mundo para descreve-lo. Localizado no Rio Negro, no meio da Floresta Amazônica, impressiona pelas instalações e pelas opções. São quatro módulos que começam c om um amplo espaço para apartamentos, um segundo com um bar, uma piscina imensa e um espaço para descanso. No segundo , apartamentos e salões especialmente preparados para convenções reuniões de negócio. O terceiro deque abriga uma imensa área para crianças, com equipamento para jogos e distração dos pequenos. Na frente, um espaço para ser utilizado como restaurante. No terceiro e último, um amplo auditório com toda a estrutura para abrigar eventos como o Seminário da FIFA. Ao fundo, um amplo espaço onde a prefeitura de Manaus nos recebeu para um jantar e festa com música, dança e comidas típicas da Amazônia.
Prometo publicar, ainda hoje, algumas fotos para dividir com todos os momentos especiais que fizeram com que o trabalho fosse menos sentido durante os dias em que ficamos naquele hotel maravilhoso.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!