domingo, 9 de junho de 2013

Divergências entre PDMB-PT abrem 
espaço para Aécio e Eduardo Campos
As insatisfações entre setores do PMDB com o PT tornaram-se terreno fértil para investidas dos possíveis adversários da presidente Dilma Rousseff em 2014. Na última semana, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE), cotados para a corrida presidencial, aproveitaram-se das insatisfações motivadas principalmente por arranjos políticos locais, para tentar costurar com peemedebistas acordos que vão de encontro à aliança prioritária firmada no âmbito nacional para a reeleição de Dilma.
Nas conversas de Eduardo Campos, por exemplo, inclui-se a possibilidade de apoio mútuo com o senador Waldemir Moka (MS), que quer lançar sua candidatura ao governo do Mato Grosso do Sul. O projeto de Moka contraria a possível candidatura petista de Delcídio Amaral (PT).
Já Aécio Neves aproveitou, por exemplo, o embate entre petistas e peemedebistas na Paraíba para propor acordo ao senador Vital do Rêgo, que sonha em fazer de seu irmão, Veneziano Vital do Rêgo, governador da Paraíba. Petistas da Paraíba, no entanto, querem fechar com o PP e apoiar a candidatura do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.
Além de Vital, Aécio tem mantido conversas com o grupo de senadores chamados de independentes, entre eles, Ricardo Ferraço (ES), Luiz Henrique (SC), Roberto Requião (PR) e Pedro Simon (RS).
Uma tonelada de resíduos nas 
bocas de lobo da Osvaldo Aranha
Foto: Paula Fiori
O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) limpou 70 bocas de lobo da avenida Osvaldo Aranha, bairro Bom Fim, na manhã de sábado, 8. No trecho entre a rua Felipe Camarão e o Túnel da Conceição, foi recolhida uma tonelada de areia e resíduos. A operação envolveu 25 funcionários, cinco caminhões truck e um de hidrojateamento, utilizado para desobstruir tubulações. A ação visa a minimizar os alagamentos que podem ocorrer em dias de chuva intensa.
Equipes do órgão visitaram os estabelecimentos da via solicitando a colaboração dos comerciantes para manter a área limpa. “Os resíduos descartados indevidamente nas ruas podem fechar as bocas de lobo, impedindo o escoamento das águas pela rede de drenagem”, explicou o diretor-geral do DEP, Tarso Boelter.
DEP em Ação – O mutirão marcou o início do projeto DEP em Ação. O lançamento contou com a presença do vice-prefeito, Sebastião Melo. A intenção é realizar, todos os sábados, a limpeza preventiva de bocas de lobo, a dragagem de arroios e ações de conscientização ambiental em diferentes regiões visando a combater os alagamentos e revitalizar os cursos d’água da Capital.
Melo e Boelter percorreram a avenida dialogando com comerciantes e moradores. “A cidade é de todos nós. Por isso, contamos com a parceria dos cidadãos para manter a limpeza das ruas”, frisou Boelter.



Congresso prepara armadilhas para Dilma

Depois de semanas colecionando más notícias na articulação política e no desempenho da economia, Dilma Rousseff se prepara para enfrentar o que chama de "cilada" no Congresso Nacional.

Trata-se do projeto que permite derrubar, com facilidade, vetos presidenciais e da proposta que obriga o Tesouro Nacional a liberar R$ 10 milhões a R$ 15 milhões por ano a cada parlamentar.

O "Orçamento impositivo" tira do Executivo a prerrogativa de barrar liberações de recursos e de definir para qual congressista a verba é destinada por meio de emendas parlamentares.

"Todos os últimos governos passaram mandatos contingenciando o ovo, agora vão perder a galinha", disse à Folha Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara.

Distribuição de cargos e emendas são os principais instrumentos de articulação política, sobretudo quando a base de apoio é heterodoxa.

A obrigação de pagar valor fixo a deputados e senadores mudaria a relação política do Executivo com o Congresso, pois, nesse quesito, um oposicionista teria peso semelhante ao de um aliado.

Nos bastidores, a medida é apelidada no PMDB de "Lei Áurea". Já a proposta dos vetos, raramente revistos na norma atual, ganhou a jocosa alcunha "Lei do Ventre Livre", em referência à libertação dos filhos de escravos que antecedeu a Abolição.


"Estou aqui há 42 anos, e há 42 anos é essa humilhação de pedir emenda. A caneta do governo é viciada. Vai deixar de ter chantagem de parlamentar que só vota se tiver liberação [da verba]", disse o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que propõe emenda impositiva fixada em R$ 10 milhões.(Folha online)