sexta-feira, 11 de janeiro de 2013



Desculpem, estamos em obras
José Fortunati*
Porto Alegre vive um momento especial, com a execução de um conjunto de obras e intervenções que vão mudar a cara da cidade e garantir benefícios para todos. Começam a sair do papel os projetos do viaduto da Terceira Perimetral sobre a avenida Bento Gonçalves, a passagem de nível na rua  Anita Garibaldi, a elevada junto a Estação Rodoviária, a duplicação da avenida Voluntários da Pátria.  Já estão adiantadas as obras de duplicação das avenidas Beira Rio e Tronco e as intervenções nos corredores das avenidas Protásio Alves/Oswaldo Aranha e da Bento Gonçalves/João Pessoa para a implantação do sistema de ônibus rápido, o BRT, um avanço significativo em termos de transporte publico para a Capital de todos os gaúchos.
São obras decorrentes dos compromissos assumidos pela cidade para sediar uma das chaves da Copa 2014 e que ficarão como legado do grande evento esportivo, ampliando seus benefícios para as próximas gerações. São também resultados de muitas articulações com outras instâncias de poder, especialmente o governo federal, e do fazer a lição de casa, mantendo saudável as finanças municipais, o que permitiu, como nunca, a atração de recursos para investimentos na infraestrutura da cidade.
Com recursos próprios e financiamentos, por exemplo,  investimos mais de R$ 230 milhões em 19 obras de drenagem urbana, iniciadas em 2012 em vários pontos da cidade. Para manutenção e conservação do sistema pluvial foram aplicados mais R$ 15 milhões.  Com isso, buscamos minimizar a incidência de alagamentos, ainda mais agora que os temporais tem nos castigado em proporções desmedidas.  Os resultados podem ser ainda mais efetivos se conseguirmos vencer a batalha contra os focos de lixo, que alimentam a equação “mais focos de lixo nas ruas = mais alagamentos.”
Acrescente-se, ao planejado ou em execução, o início das obras do Metrô, o projeto Orla do Guaíba  associado ao de revitalização do Cais Mauá, a conclusão do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), a expansão da rede de ciclovias, os investimentos na rede pública de saúde e na qualificação da educação, expressões de uma cidade que se desenvolve sem perder o foco de que todas as ações devem facilitar o cotidiano das pessoas e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Esse conceito vamos repetir e praticar à exaustão.
Temos consciência de que todas as melhorias em andamento e outras tantas planejadas vêm acompanhadas de transtornos para a população, especialmente quanto ao trânsito de veículos. Entretanto, dialogando de forma permanente com as comunidades afetadas e buscando potencializar as informações que esclareçam as mudanças e as alternativas oferecidas, acreditamos que conseguimos minimizar os eventuais problemas. Entendemos que o porto-alegrense, sempre receptivo às iniciativas que representem avanços para a cidade, já assimilou a ideia de que o transtorno é provisório enquanto o beneficio é permanente.
*Prefeito de Porto Alegre

Dos jornais de hoje


Destaques dos principais jornais de Porto Alegre e do Brasil nesta sexta-feira, dia 11 de janeiro de 2013

 



Sisu 2013: estudantes abrem mão da carreira dos sonhos
Desde que as notas de corte do Sisu passaram a ser atualizadas diariamente, na madrugada de terça-feira (8), os candidatos começaram a rever os cursos pretendidos. Mais de 1,6 milhão de pessoas se inscreveram e muitos já abriram mão das carreiras que realmente queriam, em função do desejo de ingressar logo na vida universitária. (O Globo)

Manobra para atingir superavit faz Tesouro perder R$ 4 bi

A manobra fiscal adotada pelo governo para fechar as contas do ano passado fez o Tesouro Nacional ter um prejuízo de mais de R$ 4 bilhões. As ações da Petrobras, que pertenciam ao Fundo Soberano do Brasil (FSB) e foram vendidas na operação de salvamento do ajuste fiscal, foram liquidadas num momento em que a estatal liderou as perdas na Bolsa de Valores. (Folha de São Paulo)

Inflação da baixa renda avança 0,76% em dezembro

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou no mês de dezembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,76% no mês passado, após avançar 0,44% em novembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,90% no ano, taxa que coincide com a de 12 meses, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Estadão)

Doente em Cuba, Chávez falta à festa da sua própria posse

Os seguidores do presidente  venezuelano Hugo Chávez celebraram ontem o início de seu novo mandato, uma festa marcada pela ausência do líder socialista, o que aumenta as dúvidas sobre se ele poderá retomar o poder. (O Sul)

Fortunati reúne os secretários para falar de gestão

Prefeito de Porto Alegre minimiza as divergências na indicação do segundo escalão e salienta que, a partir da posse, auxiliares terão de responder a ele, e não aos partidos. (Jornal do Comércio)

Prefeitos decretam emergência

Em busca de dinheiro, Pontão e Caçapava do Sul lançam mão de decreto criado para casos de desastres. (Zero Hora)


Bom Dia!
Resolvi nem falar que estamos começando o fim de semana. É bom ficar quieto e, como se diz em São Gabriel, “não alertar os gansos”. Toda vez que falei em curtir o final de semana, acabou chovendo. Resolvi ficar quieto, então. Quem sabe, assim, o tempo ajuda.
Faz muitos anos, muitos mesmo, que a gente convive com a grave situação dos professores no Rio Grande do Sul. Todos os governos, indistintamente, enfrentaram greves, brigaram e não conseguiram solucionar a questão. E o pior é que, sempre que alguém assume o governo, a oposição cobra uma solução para o magistério. O PT, então, que comandou, ou comanda o Sindicato dos professores, só deu uma trégua durante o governo Olívio Dutra. No resto, foi pau e pau.
Agora, mais uma vez, o Ministério da Educação estabelece novos valores para o piso salarial dos professores. Tudo baseado em lei que foi assinada quando Tarso Genro, o atual governador do RS era ministro da Justiça. Só que, sinceramente, parece que ele esqueceu que os governantes são obrigados a cumprir a Lei. Aqui, no ano passado, quando o piso era de R$ 1.451 o Estado pagava R$ 921,75, ou seja, R$ 529,25 a menos do que manda a Lei. Hoje, com o aumento determinado pelo MEC, o piso passa para R$ 1.567, o governo paga R$ 977,05, ou seja, cada professor que cumpre 40 horas semanais, perde R$ 589,95 por mês. Mas o governo garante que nenhum professor ganha menos do que o piso, já que existem completivos sobre os salários.
Num país onde a educação sempre foi cantada como prioridade nacional, vamos combinar que pagar pouco mais do que dois salários mínimos como piso para um professor, está muito longe de ser o ideal. Mas o pior é que o Estado seguirá jurando que paga e os professores gritando que não. Quem perde? Claro que é a educação, como sempre.
Para dar um tom de final de semana e tentar esquecer as dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia, vamos lembrar um sucesso do Justin Timberlake que volta a gravar depois de seis anos parado. A música é Summer Love. Lembram dela? Esperando que o final de semana seja dos melhores, desejo a todos um Bom Dia!