sábado, 27 de outubro de 2012

Marcos Valério ficará preso aqui
Complexo Penitenciário Nelson Hungria tem 1900 detentos, entre eles o ex-goleiro Bruno Fernandes.
Há muito a sorte abandonou o publicitário Marcos Valério, mas ao menos sob um aspecto seu futuro não será tão tenebroso. Autoridades da área de segurança de Minas Gerais e integrantes da sua equipe de defesa afirmam que seu destino deverá ser uma cela no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, uma ilha de calmaria no inferno do sistema prisional brasileiro. O presídio fica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, não tão distante assim da casa onde o publicitário morou nos últimos anos, na Pampulha, região nobre da capital mineira. No Nelson Hungria, muitas celas abrigam apenas um prisioneiro. A ocupação máxima jamais ultrapassa três pessoas para cada cubículo de 6 metros quadrados. O total de 1 900 prisioneiros supera em apenas 18% a capacidade do local, de 1 600 detentos, muito abaixo da média de superlotação do sistema mineiro, que é de 50%. Ao contrário do que ocorre em alguns presídios, onde os chuveiros são coletivos, no complexo Nelson Hungria cada cela tem o seu (a água é fria).
Os dias de Marcos Valério começarão às 7h30, horário em que o café com leite é servido. Às 12 horas, os carcereiros passarão, por entre as grades, os talhares de plástico e a vasilha de papel-alumínio com o almoço do publicitário, em geral composto de arroz, feijão e carne ou frango. A cena se repetirá às 18 horas, no jantar. Dentro das celas, ele poderá ouvir rádio e ver televisão. O presídio não fornece os aparelhos, mas autoriza os presos a recebê-los de fora. Em 2008, uma nova ala para 300 presos foi inaugurada, com janelas maiores e portas com uma pequena abertura no lugar de grades, o que aumenta a privacidade dos internos. Valério terá direito a uma visita íntima por mês e a duas horas diárias de banho de sol. Nesse período, poderá fazer exercícios e jogar futebol. Tendo sorte, a partida poderá contar com a participação do (até agora) mais famoso detento do Nelson Hungria, o ex-goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a jovem Eliza Samudio. (Com VEJA on-line)
Cidade Baixa: regularização é pequena
Apenas 42 dos 130 donos de estabelecimentos compareceram à Prefeitura de Porto Alegre.
Poucos proprietários de bares e casas noturnas localizadas na Cidade Baixa, Bairro boêmio de Porto Alegre, procuraram a Secretaria Municipal de Produção Industria e Comércio (SMIC) para regularizara situação de funcionamento. Dos cerca de 130 estabelecimentos, apenas 42 procuraram a SMIC em busca de informações para as novas regras em vigor.
Na próxima semana, informa o titular da Smic, secretário Omar Ferri Jr., a pasta mudará a estratégia de divulgação.
Fiscais da secretaria percorrerão as ruas e distribuirão fôlderes com informações sobre as próximas atividades, que ocorrem nos dias 31 de outubro e 9 de novembro. Os empresários devem comparecer à Secretaria Municipal da Juventude, localizada na rua João Alfredo, 607, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Conforme Ferri Jr. quem não realizar o checklist nessas ocasiões vai ser notificado a comparecer à Smic para apresentar a documentação e verificar a regularidade.
O objetivo, conforme Ferri, é apurar as atividades realmente exercidas em cada local, verificar se os proprietários querem fazer alterações e adaptar o alvará vigente para que o estabelecimento atue de forma regular. Ele explica que a normatização é positiva tanto para os comerciantes quanto para os moradores e garante que já houve mudanças desde a implantação do Grupo de Trabalho que discute a vida noturna do bairro.
Meu irmão Dilamar
Hoje é um dia em que não consigo separar alguns tipos de sentimentos dentro de mim. O de alegria por estar aqui, escrevendo e vivendo intensamente e o de tristeza e saudade, são alguns dos que se misturam quanto tento escrever neste dia 27 de outubro. É um dia particularmente especial para mim.
É que hoje, se ainda estivesse aqui, meu irmão Dilamar Machado estaria de aniversário. Estaríamos, certamente, comemorando com uma carne que ele assava com todo o capricho e algumas bem geladas, que ele tratava de colocar no freeser bem cedinho.
O Dilamar foi uma pessoa extremamente especial na minha vida. Irmão, companheiro, amigo, chefe,  e principalmente, o maior exemplo para os caminhos que decidi seguir no jornalismo. Homem  de rádio, o Dilamar foi, quem sabe, o maior jornalista que conheci, por seu exemplo de honestidade, por sua atuação marcante na vida pública, por seu profundo conhecimento das dificuldades e das soluções.
Lembro que, quando apresentava o programa Vozes da Cidade, na Rádio Gaúcha, o Dilamar vivia os problemas que eram levados até ele para resolver. Os dramas das pessoas sem condições, as campanhas para auxiliar a quem não tinha, faziam parte do programa, mas acabavam dominando o enorme coração dele. O Dilamar não descansava enquanto não encontrasse uma solução para os dramas diários das pessoas que o procuravam.
Fui seu parceiro de rádio, depois na política e sempre tive nele um exemplo para qualquer das atividades que tivesse que desenvovler.
Hoje, então, os sentimentos se confundem na minha cabeça. Da alegria por ter podido desfrutar da companhia, da parceria e da cumplicidade do Dilamar, para a tristeza de escrever sobre sua ausência. É a vida, fazer o que?
Bem cedo pedi para a minha mulher que colocasse algumas cervejas na geladeira pois quero brindar, como faria com ele, com uma bem gelada, a satisfação de ter sido seu irmão e, muito mais, um amigo de horas boas e ruins. O Dilamar, para mim, é algo que jamais vai se apagar da lembrança. Até que estejamos juntos novamente.
Parabéns, meu irmão, pelos teus 77 anos. Tenho certeza que, juntamente com nosso velhos, irmãos e parentes que estão aí contigo, estás comemorando com o pensamento voltado aos que ficaram aqui, saudosos de ti.
Machado Filho