sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: segundo dia - 5


Termina o 2º dia de julgamento do mensalão
O presidente do STF, Ayres Britto, finalizou às 19h49 a sessão do segundo dia de julgamento do mensalão. Nesta sexta-feira (3), o procurador-geral da República apresentou a acusação para que os réus sejam condenados, buscando provar a existência do esquema e como ele funcionava. Na segunda-feira (6), começam a falar os advogados dos réus.
Gurgel termina sua explanação com a acusação dos réus


“O mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público no Brasil”.

Não nos intimidaremos jamais. O destemor, longe de ser virtude pessoal, é atribuito institucional (no Ministério Público)

Gurgel pede que sejam expedidos os mandados de prisão cabíveis imediatamente após a conclusão do julgamento

Após quase cinco horas de leitura da acusação da ação 470, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sentiu o esforço e o cansaço e começou a tossir. Ele fez breves pausas para beber água e continuar com a conclusão do texto.

A Procuradoria-Geral da República comprovou a acusação que fez contra 36 dos acusados, em relação a dois (Luiz Gushiken e Antonio Lamas), nas alegações finais, pedimos absolvição, por inexistência de provas.

Mensalão

Julgamento: segundo dia - 4


Recomeça o julgamento
Ayres Britto retoma às 17h18 a segunda sessão de julgamento do mensalão. O procurador-geral da República ainda tem duas horas e 49 minutos para falar.



Acusação contra corretoras
Gurgel recomeça citando proprietários de corretoras que se disponibilizaram a repassar os recursos das contas do valerioduto às pessoas beneficiadas. Eles são acusados de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O procurador-geral diz que, pela legislação, não é necessário que todos os integrantes da quadrilha se conheçam para o crime se configurar.
Acusações contra os dirigentes do PL
Pela acusação, o acordo e os pagamentos a parlamentares do PL eram feitos por Valdemar Costa Neto através de Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL. Entre 2003 e 2004, Costa Neto recebeu quase R$ 9 milhões. Para entender quem são os réus e os crimes aos quais eles respondem.
Uso do carro-forte 
Gurgel diz pela quarta fez a palavra “carro-forte”  durante a acusação, em outro saque realizado para o pagamento do mensalão. "Mais uma vez o emprego do carro-forte, que era recorrente, tal o volume dos recursos envolidos nesse esquema criminoso", diz o procurador-geral.

Os pagamentos, em regra, eram realizados em agência bancárias, de preferência do Banco Rural em Brasília, Belo Horizonte e em São Paulo, ou em hotéis"

A agência do Banco Rural no Brasília Shopping era frequentadíssima pelos integrantes da quadrilha, sempre essa mesma agência"

Acusação contra Roberto Jefferson
Presidente do PTB na época, recebeu o mensalão através de contatos com o deputado federal Romeu Queiróz e Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. Jefferson recebeu de três formas diferentes o dinheiro. O acordo era que o partido receberia R$ 20 milhões para apoiar o PT no governo, em quatro parcelas de R$ 5 milhões. Parte dos pagamentos foi feito por Valério, em espécie, na sede do PTB em Brasília.

Acusação contra João Paulo Cunha
Líder do PT na Câmara na época, é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agências de Valério. Tinha estreita amizade com o publicitário. A mulher dele fez o saque, diz a acusação. As agências de Valério fizeram a campanha que o levaram à presidência da Câmara

Como justificar que tudo que era feito pela quadrilha era feito de modo escuso, embuçado?

A operação era toda dissimulada, os recibos eram informais. Em vários casos (de beneficiários), temos pagamentos até semanais"

Acusação contra José Borba
Marcos Valério marcava reuniões com parlamentares na agência do Banco Rural em Brasília para receber o dinheiro em espécie, e um dos que recebeu lá foi José Borba, deputado do PMDB na época que apoiava o governo. Certa vez, Borba se negou a assinar um recibo do banco, obrigando a secretária de Valério a ir na agência sacar o dinheiro para entregar a ele. O objetivo era não fazer provas, diz Gurgel.


Mensalão

Julgamento: segundo dia - 3

Chega a duas horas o tempo de leitura da acusação dos réus na ação penal do mensalão. Roberto Gurgel, procurador-geral da República, terá cinco horas para mostrar dados do processo sobre os 38 acusados no caso.


Os parlamentares articularam a tese conjunta de que não houve pagamento para votar projetos do governo, e que isso não passou de um acordo político e que o dinheiro foi aplicado em atividades político-partidárias. (...) O simples fato de se manipular altas quantias de dinheiro em espécie já constitui claro indicativo da prática de condutas ilícitas.

Acusação contra integrantes do Banco Rural 
Gurgel diz que a presidente do banco na época, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane sabiam da atividade ilícita do dinheiro. Foram eles que fizeram empréstimos fictícios às agências de Valério e asseguraram a distribuição do dinheiro aos parlamentares.

Empréstimos fictícios
O Banco Rural repassou, através de empréstimos fictícios, R$ 32 milhões para o mensalão, diz Gurgel. O objetivo, ao aceitar a parceria com Valério, era fechar com o governo federal a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, que ultrapassaria a casa do "bilhão de reais". "Foi uma contribuição no mínimo modesta diante do objetivo final que eles buscavam", afirma o procurador.

Defesa do Banco Rural disse que o banco tinha recibos dos repasses de dinheiro feitos, mas, segundo o procurador-geral, não informaram ao Coaf e às autoridades os fatos suspeitos, impedindo uma investigação sobre o caso

Acusação contra Simone Vasconcelos e Geiza Dias
Gurgel diz que as funcionárias das agências de Valério realizavam saques e as entregas do dinheiro ilícito aos parlamentares. Eram elas também que repassavam ao Banco Rural o nome das pessoas que deveriam ser beneficiadas por repasses "que alimentavam o esquema ilícito de compra de votos"


Grandes quantias de dinheiro
A acusação relata que R$ 73 milhões foram desviados do Banco do Brasil. Diz que, como os saques eram grandes, mais de R$ 100 mil ou R$ 200 mil por vez, policiais eram contratados para isso. Até carros-fortes foram usados para transportar as quantias que eram repassadas a parlamentares, afirma Gurgel


Carro-forte ajudava no esquema
Procurador-geral volta a falar que, em certa ocasião, as funcionárias de Valério tiveram que alugar um carro-forte para transportar o dinheiro do mensalão. "As agências de Valério, só nesta oportunidade, tinham R$ 650 mil em espécie, que foram transportados pelo carro-forte. Algo que poucas agências têm em espécie nos dias de hoje"

Acusação contra sócios de Valério
O procurador-geral diz que Cristiano Paz e Ranom Hollerbach, sócios de Valério em três empresas de publicidade em Minas Gerais, tinham conhecimento das transações envolvendo as agências e os saques para pagamento dos parlamentares

Mensalão

Julgamento: segundo dia - 2


O procurador-geral cita depoimento de Roberto Jefferson, presidente do PTB em 2004, e que disse ter participado, na época, do "acordo de coptação política" com o PT. "Dirceu homologava todos os acordos do partido", afirmou Gurgel

O financiamento do mensalão ocorreu através de financiamentos no Banco Rural e de recursos públicos, por intermédio do Banco do Brasil, afirma o procurador. Ele cita reuniões, encontros e jantares de Dirceu e Marcos Valério com empresas e bancos para a obtenção de recursos e empréstimos

Acusação contra Delúbio Soares
Gurgel concentra-se agora na acusação contra Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e que teria participado do mensalão desde 2003. Era Delúbio quem decidia quem receberia os recursos e quanto cada parlamentar iria ganhar.

Delúbio Soares era o elo entre o núcleo político, comandando por José Dirceu, e o núcleo operacional e financeiro, comandando por Marcos Valério..

Acusação contra Marcos Valério
Gurgel diz que o publicitário conseguiu influência ao se aproximar de Dirceu, Delúbio e Genoino e se tornou um "articulador do grupo político" do mensalão, buscando novos parlamentares para a base aliada e intermediando relações entre empresas e o governo federal.

José Dirceu foi o mentor do esquema, enquanto Marcos Valério foi o seu maior operador.


Mensalão

Julgamento: segundo dia
Neste momento, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, está lendo seu relatório onde acusa, nas considerações finais, os 38 réus de participação ativa no esquema conhecido como mensalão. A seguir, os primeiras  pontos destacáveis da leitura do Procurador no STF.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, começa a ler a acusação sobre o julgamento do mensalão. Ele terá cinco horas de tempo para isso.
Gurgel começa sua denúncia citando Raymundo Faoro, jurista e analista da dinâmica política nacional, que descreveu a forma como "a camada dirigente" usa os meios disponíveis para se manter no poder.
- Gurgel cita Norberto Bobbio, Max Weber e Maquiavel sobre os conceitos de ética na política e a frase de que "os fins não justificam os meios"

“Vemos traços de um modelo que insiste, teimosa e atrevidamente, em manter um modelo político que mistura o público e o privado (...) para assegurar projetos políticos personalizados".

- O procurador-geral da República diz que, em 2004, o "Jornal do Brasil" foi o primeiro a usar o termo "mensalão"

- Considerando cada um dos 36 réus que Gurgel fará a acusação, ele diz que teria, em média, pouco mais de 8 minutos para falar de cada um

- Gurgel concentra sua acusação sobre a atuação de José Dirceu. Ele cita trechos dos depoimentos de Roberto Jefferson e Marcos Valério em que afirmaram que Dirceu tinha um papel de "liderança" do mensalão e que tudo era feito com o conhecimento do ex-ministro da Casa Civil

Nada, absolutamente nada, acontecia sem consentimento de José Dirceu

- Gurgel relata que Marcos Valério, apontado como operador financeiro do mensalão, foi apresentado a políticos do PT entre o 1º e o 2º turno das eleições presidenciais de 2002. Na época, o empresário da publicidade mineira tinha contratos com o governo federal e queria mantê-los. Foi assim que Valério conheceu Genoino, Delúbio Soares e José Dirceu

Foi sem dúvida o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público registrado no Brasil. Maculou a República

- Grupo político da quadrilha
José Dirceu era o líder do grupo político do "esquema ilícito concebido", diz o procurador. Dirceu é apontado como "mentor" do mensalão.


Procurador-geral pedirá condenação dos réus
O segundo dia de julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) será marcado nesta sexta-feira pela leitura da acusação a cargo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele terá até cinco horas para sustentar que os réus do processo merecem ser condenados. 
Gurgel pedirá a absolvição de dois dos 38 réus. O primeiro é Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação do governo Lula, acusado de ter pressionado um diretor do Banco do Brasil a liberar um empréstimo milionário ao esquema de corrupção. Em suas alegações finais, o Ministério Público alegará falta de provas contra o petista. O mesmo vale para Antonio Lamas, ex-assessor do extinto PL (hoje PR).
O voto de Gurgel não trará grandes novidades: confirmará a existência de um esquema capitaneado pelo PT e operado pelo publicitário Marcos Valério com o objetivo de abastecer financeiramente partidos aliados.
Depois da etapa desta sexta-feira, o STF inciará a exaustiva sequência de sustentações orais dos advogados. Na segunda-feira, devem ocupar a tribuna os defensores de José Dirceu, José Genoino, Marcos Valério, Delúbio Soares e Ramon Hollerbach.

Rápidas

Promotor pedófilo
Ricardo Maia, promotor de Justiça do Ceará, foi julgado e condenado, ontem, por crime de pedofilia. O procurador deverá cumprir 17 anos e meio de cadeia, inicialmente em regime fechado. Maia, por ser promotor, foi julgado pelo pleno do Tribunal de Justiça. Dos 19 desembargadores, 18 votaram pela condenação.

Exames de Lula
Na próxima segunda-feira, dia 6, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será submetido a um check-up geral. Lula vai passar por um pet scan, exame minucioso para detectar câncer e uma endoscopia. Ele será examinado por uma junta médica.

Direito do Consumidor
Jovens de todo o Brasil tem até o dia 9 deste mês para se inscrever no Curso para Jovem Consumidor, oferecido pelo Ministério da Justiça através dos Procons estaduais. O curso tem por objetivo disponibilizar aos jovens, informações sobre os direitos nas relações de consumo. Realizado pela Internet, o curso tem a duração de 60 horas. A capacitação deve ser feita de 18 de setembro a 6 de novembro, com direito a certificado.

Tomate caríssimo
O tomate tem sido o responsável por grandes sustos, principalmente nas donas de casa. É que o preço disparou e o produto se tornou o vilão da inflação. No IPC de julho, apurado pela FGV, o valor do quilo de tomate subiu 67,25%. Já no IPA, a cotação do produto quase dobrou, ou seja, subiu 93,12%. Essa é a maior variação de preço do tomate desde a implantação do Real, em julho de 1994.

UTI contaminada
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Novo Hamburgo teve que ser transferida de setor depois que pacientes foram contaminados. Foi constatada a presença de uma bactéria muito resistente, a Acinetobacter. Nove pacientes permanecem internados.

Chinesa em Camaquã
Começam no próximo mês as obras de construção da fábrica chinesa de veículos comerciais Shyan Yunlihong Industrial and Trade Company, em Camaquã. A fábrica deverá gerar 250 empregos na fase inicial de produção.

Radar móvel
O radar móvel da EPTC estará hoje nas avenidas Ipiranga, Assis Brasil, Aparício Borges, Tarso Dutra, Dante Ângelo Pilla, Borges de Medeiros, Severo Dullius, Padre cacique, Juca Batista, Cristiano Fischer, Pinheiro Borda, Diário de Notícias e Manoel Elias.

Villaverde e os blogueiros.
Depois de gravar programa na Rádio Guaíba e participar de ato no PV, o candidato Adão Villaverde (PT) estará reunido com blogueiros da Capital.

Érico na UFRGS
O candidato Érico Correa (PSTU) participa, pela manhã, de ato na UFRGS. Na parte da tarde, faz caminhada e entrega folhetos na Praça Argentina.

Jocelin na Esquina
A agenda do candidato do PSL, Jocelin Azambuja, marca ação de campanha na Esquina Democrática.

Fortunati com vereadores
O candidato à reeleição, José Fortunati (PDT) reservou para o dia de hoje, encontro com candidatos á vereador da Coligação que apóia sua candidatura.

Manuela faz gravações
Manuela D’Avila (PC do B), grava programas de rádio e televisão e, depois, participa de gravação de programa da Rádio Guaíba.

Robaina no Centro
Roberto Robaina, candidato do PSOL, faz caminhada, hoje, pela Rua da Praia e Centro Histórico.

Wambert tem reuniões
O tucano Wambert di Lorenzo reservou o dia de hoje para reuniões com seus coordenadores de campanha.

Mensalão

As repercussões do primeiro dia
Como se esperava, o primeiro dia do julgamento do maior escândalo político brasileiro, repercutiu entre a população, políticos e meio artístico. Através das redes sociais, opiniões favoráveis e contrárias pautaram as discussões. No Twitter, o termo mensalão e a afirmação “#ConfioNoSTF” ficaram no ar por muitas horas.
Entre o meio artístico, o ator José de Abreu, que se identifica com o Governo e o Partido dos Trabalhadores, postou: “Hoje veremos se temos um Poder Judiciário ou um Poder Midiático”, referindo-se a uma possível pressão da imprensa sobre os ministros. Suzana Vieira, escreveu: “O mensalão vem ai...Vamos ficar de olho! Nossa participação é muito importante. Olho neles”.
Vários políticos também se manifestaram, como a ex-senadora Heloisa Helena que publicou no Twitter, mensagem pedindo que os culpados sejam punidos. “Que o Brasil não sinta mais vergonha por ver pobre na cadeia pelo roubo de pão e corrupto impune pela pocilga do mensalão”. Roberto Jefferson, presidente do PTB e figura central das denúncias, publicou: “STF começa a julgar seu maior caso. É só mais um julgamento na nobre e sagrada tarefa que o tribunal exerce todo dia”.
Em publicação na rede social, o deputado federal Felipe Maia (DEM-RN) disse: “Julgamento do mensalão: com ele veremos se o ex-presidente Lula será lembrado apenas como pai dos pobres ou também como pai dos mensaleiros”. Já o senador Delcídio Amaral (PT-MS), lembrou: “Hoje começa o julgamento, pelo STF, do mensalão. Ficarão seqüelas...Avida é dura!”
Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assistir o julgamento não é importante. “Tenho mais coisas para fazer, quem tem de assistir são os advogados”, disse o petista. Seu companheiro de partido e presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) disse que quem assiste o julgamento “não tem nada para fazer”.
Bom dia
Hoje devemos entrar no segundo dia do julgamento do mensalão, o maior escândalo da política brasileira. Depois de impedir a tentativa do ex-ministro Thomaz Bastos de desmembrar o julgamento, hoje o Procurador-Geral da República deve ocupar a tribuna para denunciar aqueles que ele considera “quadrilheiros” e que participaram ativamente de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato entre outros crimes.
É  incrível como as reações de alguns políticos conseguem mostrar para a opinião publica que, em sua grande maioria, clama por justiça, seu total desdém para com um assunto que deveria ser tratado com seriedade. Ontem, tanto o ex-presidente Lula quanto o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) desdenharam do julgamento. Lula disse que tinha “coisa mais importante para fazer”, enquanto Maia disse que “julgamento do mensalão é para quem não tem o que fazer”. É bom lembrar que, não faz muito tempo, o deputado Marcos Maia viajou a Barcelona, acompanhado do filho, sem pedir licença ao Congresso, para passear. Será muito bom que os que “não tem nada para fazer”, lembrem bem do nome Marcos Maia na hora de votar. Está mais do que na hora do brasileiro pensar na força que tem e colocar um ponto final no desmando, na corrupção e na falta de vergonha que tomou conta do país.
No vídeo de hoje, um encontro raro de Paul McCartney e Eric Clapton. Foi em 2002 num show em homenagem a George Harrison. A música é Something. Aguardando por justiça, a todos um Bom Dia!

STF encerra 1º dia sem cumprir calendário

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, encerrou por volta das 19h30 desta quinta-feira a primeira sessão da Corte sobre o julgamento do mensalão.  A apresentação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, prevista para hoje, ficará para sexta-feira já que o maior tempo da reunião ficou por conta das discussões de uma questão de ordem apresentada pelo advogado Márcio Thomaz Bastos.
O ex-ministro da Justiça, que defende o ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, argumentou que o Supremo só tem competência constitucional para julgar réus com foro privilegiado. Dos 38 réus do mensalão, apenas os deputados federais Valdemar da Costa Neto (PR-SP),João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) e  possuem foro. Ele pediu que os outros acusados tivessem seus processos remetidos à Justiça de primeiro grau, mas a ação foi recusada pelos ministros, com nove votos contra e apenas dois a favor.
A votação da questão de ordem apresentada por Bastos gerou um bate-boca entre o ministro relator Joaquim Barbosa e o ministro revisor, Ricardo Lewandowski. "Vossa excelência é o revisor desse processo. Dialogamos ao longo do tempo. Me causa espécie vossa excelência se pronunciar pelo desmembramento quando poderia tê-lo feito ha seis meses", disse Barbosa. Lewandowski retrucou na mesma medida. "Me causa espécie que vossa excelência queira impedir que eu me manifeste. Eu, como revisor, ao longo do julgamento, vou fazer valer meu direito".
Após mais de três horas e meia de discussões acaloradas no plenário da Corte, Márcio Thomas Bastos comemorou o debate, apesar da derrota por nove votos a dois. "O debate foi muito teórico, foi muito doutrinário. Discutiram-se questões relativas à importância Constituição como órgão de cobertura do sistema legislativo. Foi um avanço. Foi um ponto de partida para que a Corte mude sua posição no futuro", disse.
Finalizada a votação, o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, leu o resumo do seu relatório, que foi referendado pelo revisor Ricardo Lewandowski. Nesta sexta-feira, o procurador-geral da República terá cinco horas para fazer a sustentação oral das acusações contra os 38 réus no processo. A sessão terá início às 14h e ainda estão previstas as defesas de advogados dos réus José Dirceu, José Genoíno, Delubio Soares, Marco Valério e Ramon Hollerbach.

Maia: é 'para quem não tem mais o que fazer'

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que o julgamento dos réus do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) é tema para a imprensa "e para quem não tem mais o que fazer". O presidente garantiu que, enquanto a oposição se reunia para acompanhar o julgamento, ele estava negociando com o governo a liberação de emendas para os municípios. "Faço isso não apenas para possibilitar as votações, mas porque considero uma medida importante", ressaltou.



Advogado vai tentar incluir Lula entre os réus
Luiz Francisco Corrêa Barbosa vai aproveitar a brecha aberta por Thomaz Bastos que obrigou o STF a retomar uma discussão já rejeitada pelos ministros
O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que representa o ex-deputado Roberto Jefferson no processo do mensalão, vai aproveitar a brecha aberta pela apreciação do pedido de desmembramento do caso para tentar novamente incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os réus do processo.
“A decisão de não acatar a questão de ordem já era esperada, mas foi importante na medida em que o relator, ministro Lewandowski, deferiu a apreciação. Ele abriu um precedente para que várias outras coisas que já foram apreciadas voltem”, disse Barbosa.
Lewandowski aceitou hoje a questão de ordem proposta pelo advogado Marcio Thomaz Bastos para que os réus que não têm foro especial respondam na primeira instância. O Supremo Tribunal Federal já havia julgado quatro outros pedidos semelhantes no caso do mensalão. A demanda de Thomaz Bastos foi rejeitada por 9 votos a 2 mas, segundo Barbosa, abriu o precedente.
O advogado de Jefferson já tentou outras duas vezes incluir Lula no rol de réus do mensalão. Ele argumenta que o ex-presidente foi o maior beneficiário do suposto esquema de compra de votos no Congresso. Ambas tentativas foram rejeitadas pelo STF.
De acordo com Barbosa, não existe contradição entre sua posição e a de Jefferson que, em entrevista à Folha de S.Paulo voltou a dizer que Lula não teve participação no esquema.
“Apurei junto à Casa Civil quais providências foram tomadas pelo ex-presidente. A resposta foi: nenhuma”, afirmou o advogado.
Segundo Barbosa, Jefferson, que está hospitalizado no Rio de Janeiro, foi impedido pelos médicos de falar. Por isso o ex-deputado tem se comunicado através de mensagens via celular. Em uma troca de torpedos Jefferson demonstra estar animado apesar do diagnóstico de câncer e combina um jantar regado a vinho com o advogado assim que receber alta.


Anatel libera venda de chips da TIM, Claro e Oi
Operadoras poderão comercializar novos números de telefone a partir de hoje.
Depois de 11 dias de proibição, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira a liberação da venda de novas linhas de celulares e internet das operadoras TIM, Claro e Oi a partir de sexta.
As vendas foram proibidas pela Anatel no dia 23 de julho, como forma de punição pela má qualidade dos serviços prestados. Como exigência para a liberação, as operadoras tiveram que apresentar planos de investimentos na qualidade da rede e no atendimento aos clientes.
Desde o anúncio da proibição, representantes das empresas estiveram reunidos quase diariamente com dirigentes da Anatel. As operadoras tiveram que apresentar suas ações detalhadas por estado e pelos indicadores de qualidade da Anatel.
A TIM foi proibida de vender em 18 estados e no Distrito Federal, a Oi, em cinco – incluindo o Rio Grande do Sul –, e a Claro, em três.